quinta-feira, 31 de outubro de 2019

TRAZENDO ESPIRITUALIDADE PARA O MUNDO MATERIAL - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT NOACH 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
   
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TRAZENDO ESPIRITUALIDADE PARA O MUNDO MATERIAL - PARASHAT NOACH 5780 (01/nov 2019)


"Nos Estados Unidos, quando as pessoas veem no chão moedas de "um cent", elas costumam ignorá-las, afinal, valem apenas um centavo de dólar. Porém, havia uma pessoa que nunca deixava passar moedas jogadas no chão. Não era por nenhuma promessa supersticiosa nem por falta de dinheiro, pois tratava-se de um homem muito rico, mas que parava para pegar cada centavo. E a razão é uma grande lição para nós.

Charles era o diretor de uma grande empresa. Certa vez, ele e sua esposa foram convidados a passar o fim de semana na casa de campo do Sr. Richard, o dono da empresa. Eles estavam um pouco nervosos, pois não sabiam como seria aquela convivência prolongada.

O Sr. Richard era um homem muito rico e tinha uma bela casa de campo. Porém, era uma pessoa muito agradável e um excelente anfitrião. Na primeira noite, levou seus convidados para jantar em um dos melhores restaurantes da região. Na segunda noite, quando eles estavam prestes a entrar em outro restaurante chique, algo estranho aconteceu. O Sr. Richard, que estava caminhando com a esposa um pouco à frente, parou de repente e ficou olhando para a calçada por um longo e silencioso momento. Charles e a esposa estranharam, pois parecia que não havia nada no chão, exceto uma moeda de um cent, já velha e escurecida, que alguém havia deixado cair, junto com algumas bitucas de cigarro. Ainda em silêncio, o Sr. Richard abaixou-se e pegou a moeda. Ele a ergueu, sorriu e depois colocou-a no bolso como se tivesse encontrado um tesouro.

Durante o jantar, aquela cena ficou na cabeça de Charles e o incomodou. Que atitude estranha! Qual era a necessidade de um milionário pegar uma moeda velha e suja do chão? Queria perguntar, mas tinha medo de ofender o chefe. Teve então uma ideia genial. Charles mencionou casualmente que sua filha tinha uma coleção de moedas e perguntou se a moeda que o Sr. Richard havia encontrado tinha algum valor. Um enorme sorriso apareceu no rosto do Sr. Richard quando ele enfiou a mão no bolso, pegou a moeda de um cent e explicou:

- Olhe atentamente para esta moeda e você entenderá o quanto ela é valiosa. A maioria das pessoas, quando olha para uma moeda, somente consegue enxergar o valor que está escrito nela. Porém, veja o que está escrito aqui embaixo, em letras bem pequenas: "In G-d we trust" (Em D'us nós confiamos). Isto significa que, se confiarmos em D'us, até mesmo uma pequena moeda adquire santidade. Esta inscrição está em todas as moedas e notas dos Estados Unidos, mas poucas pessoas notam. Quando encontro uma moeda, sei que é D'us que está colocando uma mensagem bem na minha frente, dizendo-me para confiar Nele. Quem sou eu para passar e ignorar esta mensagem? Ao ver uma moeda no chão, eu sempre paro e reflito como está a minha confiança em D'us naquele momento. Por um curto período de tempo, eu aprecio a pequena moeda como se fosse de ouro. Acho que é a maneira que D'us utiliza para começar uma conversa comigo. Este é o sinal da paciência e da bondade de D'us, pois os centavos são muito abundantes!

Charles e a esposa ficaram maravilhados com aquelas palavras, que mudaram suas vidas. Na semana seguinte, quando a esposa de Charles estava fazendo compras, ela encontrou uma moeda de um cent na calçada. Normalmente ela teria ignorado, mas desta vez ela parou e pegou a moeda. Ao fazer uma reflexão, ela percebeu que estava preocupada com coisas que não podia mudar. Então ela leu as palavras "In G-d we trust" e abriu um largo sorriso. As preocupações automaticamente tinham ido embora"

Os sinais de D'us estão ao nosso redor, em cada detalhe do mundo material. Às vezes, apenas os ignoramos por causa de sua simplicidade. Mantenha os olhos abertos aos sinais de D'us.

A Parashat desta semana, Noach, descreve uma grande tragédia que se abateu sobre a humanidade. Poucas gerações após a Criação, as pessoas haviam se desviado tanto dos caminhos corretos que D'us decidiu destruir o mundo inteiro e recomeçá-lo através das poucas pessoas que haviam mantido seus valores morais: Noach e sua família. Até mesmo os animais, influenciados pelos atos pervertidos dos seres humanos, começaram a se corromper, e muitos animais começaram a se misturar com outras espécies. Por isso, os animais também foram incluídos no decreto de destruição.

Como D'us iria destruir o mundo através de um dilúvio, Ele instruiu Noach a construir uma "Teivá", literalmente uma arca. Quando a Teivá finalmente foi concluída, após 120 anos, a Torá descreve que os animais e os pássaros chegaram a Noach por sua própria vontade, conforme está escrito: "Dois a dois eles chegaram a Noach" (Bereshit 7:9). Citando um Midrash, Rashi afirma que apenas os animais que permaneceram "fiéis" à sua espécie, sem se corromperem, foram aceitos pela Teivá. Porém, foi D'us quem instruiu Noach sobre quais animais seriam permitidos a bordo. Por que a explicação do Midrash sugere que foi a Teivá que "escolheu" quais animais poderiam entrar?
 
Além disso, por que a Torá dedica tantos versículos à descrição da Teivá? O que importa para nós, quase cinco mil anos depois, saber as medidas e cada detalhe da construção da Teivá, como o revestimento utilizado, a existência de uma janela superior, a posição da porta e o número de andares?

Outro questionamento surge quando lemos um versículo ensinado por Shlomo Hamelech: "Quando o espírito do Governante estiver sobre você, não deixe seu lugar" (Kohelet 10:4). Segundo o Midrash, este versículo é uma alusão a Noach, um louvor por ele não ter saído da Teivá até que D'us dissesse "Saia da Teivá" (Bereshit 8:16). O Midrash conclui que Noach entendeu que, da mesma maneira que ele precisava de permissão para entrar na Teivá, ele também precisava de permissão para sair dela. Mas por que Noach precisava de autorização para sair da Teivá? Não era óbvio que, após a chuva ter terminado e a água ter baixado, ele deveria sair imediatamente para começar a repovoar o mundo?

Explica o Rav Yohanan Zweig que a Teivá tinha uma natureza completamente milagrosa e sobrenatural. De acordo com o Ramban zt"l, o grande número de diferentes espécies de animais, além dos alimentos necessários para sustentá-los durante um ano e todo o lixo produzido, não poderiam ser acomodado nas dimensões da Teivá. Claramente, toda a viagem teve uma natureza milagrosa. Viver sob condições milagrosas se traduz em uma manifestação maior da presença de D'us, como ocorreu na época em que o povo judeu estava no deserto. Portanto, a Teivá era o veículo que abrigava a presença de D'us e continha níveis elevados de "Kedushá" (Santidade).

De acordo com o Rav Elazar Rokeach zt"l (Alemanha, 1176 - 1238), há um incrível paralelo entre a Teivá, a "Arca de Noach", e o Aron HaKodesh, a "Arca Sagrada", que era utilizada para guardar a Torá na época dos Templos. Não por coincidência, o Aron HaKodesh também é referido pelo Talmud como "Teivá". Este entendimento nos ajuda a responder muitos dos questionamentos anteriormente levantados. Em primeiro lugar, como a Teivá era um lugar muito sagrado, no qual a Presença de D'us pairava, Noach precisava de permissão para entrar e sair dela, da mesma forma que o Cohen Gadol precisava de permissão para entrar e sair do "Kodesh Hakodashim", o local do Mishkan onde ficava o Aron Hakodesh. As palavras "quando o espírito do Governante estiver sobre você" referem-se à santidade da Presença Divina. Em um local onde reside a Presença de D'us, é necessária a permissão para entrar e sair.

Além disso, por ser um local sagrado, a Teivá não toleraria nenhum animal que tivesse corrompido seus caminhos. É por isso que Rashi afirma que apenas os animais que permaneceram "fiéis" às suas espécies, isto é, que se mantiveram em um estado de pureza, foram aceitos pela Teivá.

Quando a Torá descreve a construção do Mishkan, o Templo Móvel que serviria como local de repouso da Presença de D'us, as dimensões e detalhes de cada utensílio e de toda a estrutura são registrados. Portanto, este é o motivo pelo qual a Torá também descreveu as medidas e detalhes da construção da Teivá, um utensílio que, como o Mishkan, era muito sagrado e representava o local onde repousava a Presença Divina.

As semelhanças não terminam por aí. É costume mencionar, no final de cada Parashat, uma palavra cujo valor numérico corresponda ao número de versículos contidos naquela Parashat. Esta palavra, conhecida como "Siman" (sinal), também faz alusão a um tema importante discutido na Parashat. O número de versículos da Parashat Noach é 153. O mais interessante é que o Siman da Parashat é a palavra "Betzalel", que também é o nome da pessoa escolhida por D'us para ser o "arquiteto" do Mishkan e construir a Arca Sagrada, que abrigava as Tábuas dos Mandamentos entregues por D'us.

Por que saber que há uma conexão entre as duas "Arcas" é tão importante? Pois este conhecimento carrega uma incrível mensagem para nossas vidas: quando utilizamos os objetos do mundo material da forma correta, o material se transforma em espiritual. O Mishkan, apesar de ser uma construção física, transformava objetos materiais em espiritualidade. Da mesma maneira, apesar de a Teivá ser apenas um simples barco de madeira, ela tornou-se o local de repouso da Presença Divina. E este é o nosso objetivo no mundo: transformar materialismo em espiritualidade. Por isso, se estivermos atentos, perceberemos que os momentos de maior espiritualidade podem estar escondidos nos pequenos detalhes da vida, que estão ao alcance de todos, como a moeda de um cent. Basta estarmos sintonizados com as mensagens de D'us.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

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