quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

PENSANDO NO FUTURO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT MIKETZ E CHANUKÁ 5780






Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.

   
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PARASHAT MIKETZ 5780:

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ASSUNTOS DA PARASHAT MIKETZ
- Os dois sonhos do Faraó.
- Yossef é chamado para interpretar os sonhos.
- Yossef se torna o vice rei.
- Yossef se casa com Osnat.
- A estratégia de Yossef é implantada no Egito.
- Yossef tem dois filhos: Efraim e Menashé.
- Começam os anos de fome no Egito.
- Yaacov manda seus filhos aos Egito
- Yossef reconhece seus irmãos, mas eles não o reconhecem.
- Yossef acusa os irmãos de serem espiões.
- Os irmãos de Yossef se arrependem.
- Yossef prende Shimon e exige a vinda de Biniamin.
- Yaacov se recusa a enviar Biniamin.
- A fome continua e Yaacov é obrigado a enviar Biniamin.
- Yossef testa seus irmãos e esconde cálice de prata na sacola de Biniamin.
- Biniamin é acusado de roubo e condenado a virar escravo.

PENSANDO NO FUTURO - PARASHAT MIKETZ E CHANUKÁ 5780 (27 de dezembro de 2019)

"Roberto era um vigia com uma enorme responsabilidade nas costas. Ele morava em um farol e sua função era manter a luz acesa durante todas as noites. Ele também era responsável pelo controle do suprimento de óleo que mantinha o farol aceso, para que nunca faltasse. O trabalho de Roberto era muito importante, pois o farol guiava grandes embarcações quando elas passavam por um canal muito estreito e perigoso, cheio de rochas.

Próximo ao farol havia uma pequena aldeia. Constantemente vinha algum morador procurar Roberto para pedir-lhe um pouco de óleo para acender lamparinas. Roberto, que gostava de ser visto com bons olhos pelas pessoas, nunca dizia não. Ele gostava da sensação de poder, de saber que as pessoas precisavam dele.

Porém, Roberto esqueceu-se de levar em consideração o consumo dos habitantes no cálculo do estoque de óleo necessário ao farol. Como cada vez mais moradores vinham procurá-lo, certa vez acabou todo o suprimento de óleo antes do momento programado. Pouco a pouco, a luz do importante farol foi enfraquecendo, até que apagou-se completamente.

Quando viu o farol apagado, Roberto apavorou-se com a situação que ele havia criado. Poucos instantes depois, um grande navio, cheio de tripulantes, aproximou-se do canal em alta velocidade e, sem o auxílio da luz do farol, bateu nas rochas e afundou. Infelizmente a consequência foi, além do milionário prejuízo, a irreparável perda de vidas humanas. No tribunal, Roberto acabou sendo condenado por sua falta de responsabilidade."

A atitude insensata e irresponsável de Roberto, pensando somente nas necessidades momentâneas, de forma egoísta, esquecendo-se das futuras consequências, causou uma grande tragédia. Precisamos sempre pensar no futuro, levar em consideração a consequência das nossas escolhas e dos nossos atos.

Nesta semana, junto com a Parashat Miketz (literalmente "No final de"), continuamos comemorando a Festa de Chanuká. A Parashat Miketz segue descrevendo a vida de Yossef no Egito. Depois de 12 anos na prisão, injustamente acusado de um crime que ele não cometeu, Yossef foi libertado para interpretar os sonhos do Faraó, nos quais sete vacas gordas e bonitas eram engolidas por sete vacas magras e feias, e sete espigas gordas e bonitas eram engolidas por sete espigas magras e feias. Muitos sábios egípcios tentaram desvendar estes sonhos, mas sem sucesso. Após interpretar corretamente os sonhos, de que haveria sete anos de fartura, seguidos por sete anos de fome, o Faraó elevou Yossef a vice-rei do Egito e nomeou-o responsável por armazenar comida para os anos de escassez. Mas qual é a conexão entre a Parashat Miketz e Chanuká?

Há algo que chama a atenção na recompensa que Yossef recebeu, pois parece completamente desproporcional ao seu ato. É verdade que ele demonstrou uma enorme sabedoria ao interpretar corretamente o sonho do Faraó. O Midrash nos revela que não apenas ele interpretou-os corretamente, mas diversas vezes corrigiu o Faraó enquanto ele relatava os sonhos, pois o Faraó intencionalmente inseriu erros em seu relato para testar Yossef. Porém, após demonstrar esta incrível habilidade de interpretar sonhos, ele deveria ter sido convidado para ser o interpretador de sonhos oficial do reinado, não o vice-rei, uma pessoa que tinha um poder quase ilimitado sobre todo o Egito. A vida de todos os egípcios estaria nas mãos de Yossef. Por que o Faraó confiou tanto assim em alguém que apenas havia demonstrado uma habilidade de interpretar sonhos corretamente?

Poderíamos dizer que o motivo desta confiança não foi por Yossef apenas ter interpretado os sonhos do Faraó, mas também por ele ter trazido a solução para o problema. Após prever anos de fartura seguidos de anos de escassez, Yossef sugeriu que fosse armazenada parte da produção durante os anos de fartura para que nos anos de escassez o alimento estocado pudesse salvar as pessoas da fome. Porém, esta resposta não é suficiente para entender a atitude do Faraó. A ideia de armazenar comida durante os anos de fartura não demonstra uma inteligência especial. Na verdade, este é um conceito que qualquer criança sabe. Há muitas histórias infantis, como a cigarra e a formiga, que louvam a atitude daquele que tem a sabedoria de armazenar alimento na época de fartura para consumir na época de escassez. Então, o que o Faraó enxergou de tão especial na sugestão de Yossef, a ponto de nomeá-lo vice-rei, o segundo homem mais poderoso do maior império da época?

A Torá nos ordena a cuidarmos de todos os elementos da criação, com total respeito ao equilíbrio perfeito com o qual D'us criou o universo. Nos ensina o Midrash que quando D'us criou Adam Harishon, deu uma volta com ele por todo o Gan Éden, um jardim paradisíaco, e disse a ele: "Tudo isto Eu criei para você utilizar. Porém, é tudo Meu. Portanto, tome cuidado para não destruir Meu mundo". Deveríamos, portanto, ter uma maior consciência ecológica, buscando minimizar nossos impactos sobre a natureza. Podemos utilizar o que D'us nos deu, mas com respeito e cuidado. Porém, o que vemos na prática é que a humanidade não se importa muito com a forma com a qual utiliza os bens naturais. Enquanto o homem se preocupa em procurar vida em Marte, nos esquecemos de cuidar da vida no nosso planeta. Por mais lucros, empresas poluem rios, desmatam florestas e causam a extinção de algumas espécies de animais. Reciclamos pouco e não conservarmos a energia que utilizamos, colocando em risco as futuras gerações. Os líderes mundiais fazem encontros para debater o problema, mas acabam se tornando apenas reuniões hipócritas, que apenas mascaram os verdadeiros fatores que estão levando à destruição do nosso planeta: a ganância e o egoísmo. E, mesmo individualmente, também não abrimos mão dos nossos comodismos em prol de um uso mais sustentável dos recursos naturais.

A verdade é que não é fácil para uma pessoa realmente viver o agora pensando no futuro. Jovens não conseguem evitar começar a fumar, mesmo sabendo que suas vidas serão encurtadas. Não cuidamos da nossa alimentação, mesmo sabendo dos problemas futuros que uma alimentação desequilibrada causa ao corpo. Os problemas parecem tão distantes que agora pensamos: "o que importa o que vai acontecer só daqui a 30 anos?".

Explica o Rav Yssocher Frand que este conceito é a resposta para o nosso questionamento em relação à recompensa que Yossef recebeu do Faraó. A forma de pensar de Yossef, de guardar coisas para depois, era algo muito estranho ao Egito, por dois motivos. Em primeiro lugar, pois os egípcios eram muito imediatistas, preferiam o prazer momentâneo, mesmo que fosse à custa das necessidades futuras. Além disso, os egípcios eram extremamente egoístas, pensavam somente em si mesmos. Isto fazia com que seus olhos estivessem sempre voltados ao presente, às suas necessidades atuais, sem se importar com as futuras gerações. Quem deixaria de ter um pouco mais de prazer para deixar algo aos futuros descendentes?

É interessante perceber que isto não ocorria apenas com os egípcios antigos. Pesquisadores certa vez fizeram um renomado estudo com um grupo de crianças, que ficou conhecido como o "Experimento do Marshmallow". Algumas crianças, sem saber que estavam sendo filmadas, entravam individualmente em uma sala e recebiam um Marshmallow com a seguinte instrução: "Se você quiser, pode comer o seu marshmallow imediatamente, ou pode esperar 15 minutos para comer e então ganhar 2 marshmallows". Para nós, parece óbvia qual é a escolha correta, mas muitas crianças não conseguiram esperar os 15 minutos e acabaram comendo o seu marshmallow, perdendo a oportunidade de ganhar um segundo marshmallow. Quando os pesquisadores continuaram monitorando estas crianças, constataram que a maioria daquelas que conseguiram esperar os 15 minutos sem comer o marshmallow se tornaram adultos muito mais bem sucedidos em todas as áreas da vida.

Como consequência destas duas características, o imediatismo e o egoísmo, era culturalmente difícil para os egípcios pensarem em uma solução como a trazida por Yossef. Foi por isso que o Faraó conseguiu perceber uma enorme sabedoria em Yossef, pois ele conseguia vencer a prisão mental de somente viver no presente, e conseguia pensar em termos de futuro. Portanto, ele também seria a pessoa ideal para fazer cumprir este plano, com todos os seus detalhes e implicações.

Este conceito conecta a nossa Parashat com a Festa de Chanuká. Os gregos, com sua cultura helenista, que eles tentaram impor também ao povo judeu, ensinaram ao mundo o conceito do "Carpe Diem", de aproveitar o dia, aproveitar o momento, sem pensar no amanhã. É o culto do imediatismo, do egoísmo, da busca incessante de prazeres físicos, ignorando os valores espirituais nas decisões cotidianas. E esta é a luta da nossa geração contra os gregos, pois quando somos guiados por valores espirituais, certamente aprendemos a investir nas futuras gerações e aprendemos a abrir mão de alguns confortos para pensar no que ainda virá, conforme nos ensina o Talmud (Tamid 32a) "Quem é o sábio? Aquele que enxerga o futuro".
          
Chanuká são dias de reflexão: Será que estamos vencendo a filosofia grega? Vivemos como Yossef aconselhou os egípcios, isto é, guardando provisões para o futuro? Vivemos neste mundo material, limitado, pensando em juntar provisões para o Olam Habá (Mundo Vindouro), eterno, a época em que não poderemos mais juntar méritos, ou preferimos investir nosso tempo na busca de luxos materiais? Nos "experimentos do marshmallow" que temos na vida, será que passamos no teste? O mundo material se assemelha a uma pessoa que prepara-se para zarpar em um navio para uma longa viagem no mar. O que a pessoa comerá durante a viagem? Apenas o que ela preparou antes de zarpar. Da mesma maneira, teremos por toda a eternidade os frutos do que plantarmos neste mundo. Que este Chanuká seja o momento em que deixaremos de ser tão imediatistas e começaremos a pensar mais no nosso futuro e das gerações que ainda estão por vir.
      
SHABAT SHALOM E CHANUKÁ SAMEACH
 
R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

NEM TUDO É O QUE PARECE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIESHEV E CHANUKÁ 5780






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ASSUNTOS DA PARASHAT VAIESHEV
- Yaacov se assentou em Eretz Knaan.
- Yossef fala mal dos irmãos (Mulheres, Escravos, Shechitá).
- 2 sonhos de Yossef: trigos e estrelas.
- Yossef sai para procurar seus irmãos, a pedido de Yaacov, e encontra homem no caminho.
- Irmãos de Yossef querem matá-lo.
- Por sugestão de Reuven, Yossef é jogado no poço.
- Reuven se ausenta.
- Por sugestão de Yehudá, Yossef é vendido como escravo e levado ao Egito em caravana de especiarias.
- Yehudá e Tamar.
- Yossef é vendido ao Potifar.
- A esposa do Potifar e a tentação de Yossef.
- Yossef é enviado para a prisão.
- Yossef interpreta os sonhos dos dois prisioneiros.
- A interpretação de Yossef se cumpre.

NEM TUDO É O QUE PARECE - PARASHAT VAIESHEV E CHANUKÁ 5780 (20 de dezembro de 2019)

Avraham, um judeu norte-americano, estava com muitas dificuldades financeiras. Ele precisava de 50 mil dólares e conseguiu este valor emprestado em um Gmach (instituição que faz empréstimos por bondade). Avraham combinou com o responsável pelo Gmach que pagaria em dez vezes. Ele deixou dez cheques de 5 mil dólares, mas pediu para que não fossem descontados, pois viria todo mês pagar em dinheiro e levaria o cheque. Assim foi durante dois meses. Porém, no terceiro mês, o responsável se confundiu e depositou o cheque dele.

Enquanto isto, Avraham estava viajando de carro em uma estrada distante, pouco movimentada, quando viu que o tanque estava quase vazio. Entrou no posto de gasolina mas, para sua surpresa, quando foi passar o cartão de crédito na máquina, a transação não foi aceita. Imediatamente ele ligou para a empresa do cartão de crédito e descobriu, para o seu desespero, que o cheque de 5 mil dólares havia sido depositado, deixando a sua conta negativa e causando com que o banco automaticamente bloqueasse seu cartão. E agora, como ele faria para reabastecer o carro, no meio do nada, sem nenhum centavo na carteira?

Avraham começou a procurar desesperadamente por algum dinheiro perdido no carro. Procurou no porta-luvas, no porta-malas, embaixo dos bancos. Conseguiu, depois de muito esforço, encontrar 23 dólares. Ele chamou o frentista e pediu para que colocasse vinte e três dólares de gasolina, o suficiente para chegar em casa ou a algum lugar mais habitado. Enquanto o frentista se prepara para encher seu tanque, ele comentou com Avraham que havia visto sua movimentação anormal, abrindo e fechando as portas do carro, e perguntou se estava tudo bem. Avraham contou o que havia acontecido. O frentista ficou maravilhado com a reação de Avraham, afirmando que se o mesmo tivesse acontecido com ele, teria entrado em pânico. Quis saber qual era o segredo para ter mantido a calma.

- Eu tenho fé - respondeu Avraham - Eu sei que tudo aquilo que D'us faz é para o bem. Obviamente fiquei preocupado com o problema, mas com a tranquilidade de que há alguma bondade escondida no que ocorreu.

- Então eu tenho algo que pode lhe interessar - disse o frentista - Eu vendo "raspadinhas da sorte" por 3 dólares. Por que você não coloca apenas 20 dólares de gasolina no carro e compra uma raspadinha?

Avraham pensou um pouco e decidiu arriscar. Quando raspou o cartão, descobriu que estava premiado. Era um prêmio de 50 mil dólares..." (História Real)

O que teria acontecido se Avraham tivesse passado o cartão e a transação fosse aceita? Ele teria seguido a viagem e nunca teria recebido todo aquele dinheiro. O que parecia algo ruim era, na realidade, o início de algo muito bom. Assim devemos enxergar nossas vidas, sempre com olhos positivos e com muita Emuná (fé).

Nesta semana lemos a Parashat Vaieshev (literalmente "E se assentou"), que descreve a história de Yossef, filho do nosso patriarca Yaacov, que passou por muitos altos e baixos em sua vida. Ele foi vendido como escravo ao Egito pelos seus próprios irmãos, acusado de querer roubar a primogenitura, e foi comprado por Potifar, um ministro do Faraó. Acabou tornando-se a segunda pessoa mais importante na casa de Potifar, mas foi injustamente acusado de tentar atacar sua esposa e acabou preso por 12 anos. Da prisão, ele saiu para interpretar os sonhos do Faraó e se tornar o vice-rei do Egito.

Porém, precisamos nos aprofundar na história de Yossef. Se pudéssemos congelar a cena dele sendo acorrentado e levado como escravo ao Egito, o maior centro de idolatrias e promiscuidade da época, certamente enxergaríamos como sendo algo muito ruim, uma terrível tragédia. Yossef havia sido vendido pelos seus próprios irmãos e ficaria longe de seu querido pai, em uma terra estranha. Será que havia algo de positivo no que estava acontecendo?

Já na Parashat Vaigash, que lemos daqui a duas semanas, há outra cena marcante. Yossef finalmente se reencontra com o seu pai. Se também pudéssemos congelar esta cena, certamente enxergaríamos como algo muito bom, uma imensa alegria. Pai e filho estavam se reencontrando após 22 anos. Naquele momento Yossef já havia se tornado um homem muito poderoso, o vice-rei do Egito, e Yaacov foi tratado com todas as honras reais. Será que havia algo de negativo no que estava acontecendo?

A resposta é que da história de Yossef aprendemos como somos limitados e o quanto não enxergamos as bondades de D'us quando elas parecem ocorrências negativas aos nossos olhos, e o quanto não percebemos que o que parece ser bom aos nossos olhos pode ser, na realidade, algo que terá futuras consequências negativas.

A venda de Yossef parecia realmente ser algo muito ruim e negativo. Porém, na realidade, era a preparação para que ele viesse a se tornar a segunda pessoa mais importante no comando do Egito. Ele se tornaria o encarregado de administrar a economia do país e o responsável por estocar comida nos anos de fartura para os anos de fome que assolariam a Terra de Israel e o Egito. Foi por causa de sua venda como escravo que Yossef pôde alimentar seu pai e seus irmãos durante os anos de fome, garantindo a continuidade do povo judeu.

Ao contrário, quando Yaacov foi ao Egito para se reencontrar com Yossef, o que parecia ser algo muito bom, era, na realidade, o início da terrível escravização do povo judeu, um processo doloroso que duraria 210 anos e seria uma época de muita tristeza e sofrimento.

Os seres humanos sofrem de uma terrível doença, a "Síndrome do buraco da fechadura". Vemos as ocorrências em nossas vidas de forma limitada, como alguém que entende o que ocorre dentro de uma casa olhando apenas através do pequeno buraco da fechadura. Não é provável que esta pessoa chegará constantemente a conclusões equivocadas em relação ao que realmente está acontecendo dentro da casa? Da mesma maneira, nenhum ser humano possui o conhecimento infinito que lhe permite conhecer as consequências finais de cada ação. Portanto, quando uma situação aparenta ser extremamente negativa, não devemos nos desesperar, pois D'us está preparando algo muito bom para o futuro. De modo semelhante, quando as coisas aparentam estar indo muito bem, não devemos nos tornar arrogantes, pois não sabemos o que o futuro nos reserva.

Ao internalizar esta atitude, evitaremos muitos sofrimentos desnecessários. Por exemplo, uma grande fonte de sofrimentos são as situações nas quais tudo parece dar errado. Devemos sempre confiar em D'us e dizer para nós mesmos diante de uma situação difícil: "Provavelmente verei no futuro como o que está acontecendo agora foi bom para a minha vida". Esta atitude de equilíbrio também nos ajuda a evitarmos um sentimento de euforia extrema quando as coisas aparentam estar indo muito bem, pois a euforia facilmente leva à depressão caso a situação mude no futuro. Ao evitar reações extremas, seremos capazes de lidar melhor com as instabilidades da vida. Esta foi a receita de Yossef, que nunca se desesperou diante das dificuldades e nunca permitiu que o sucesso subisse à sua cabeça quando estava no topo.

O Chafetz Chaim zt"l (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933) dizia que as pessoas se enganam muito ao ficarem sempre reclamando dos acontecimentos em suas vidas, pois se fossem pacientes, veriam como as coisas são realmente para o seu benefício. Ele contava o caso de um rabino que precisou abandonar a cidade onde vivia devido a uma briga que ocorreu lá. Sem escolha, ele precisou morar em uma cidade pequena, muito diferente do que havia planejado para sua vida. Por anos ele ficou questionando aquele acontecimento, procurando os motivos pelos quais ele precisou sair de sua cidade e ir para um lugar estranho. Anos mais tarde ficou claro que sua mudança para aquela cidade teve um efeito muito positivo na educação dos seus filhos, que não estavam tendo um bom comportamento na cidade grande. À primeira vista parecia ter sido algo ruim, mas, com o tempo, verificou-se que aquela mudança foi o melhor que poderia ter ocorrido. De forma similar, quando o Rav Israel Salanter zt"l (Lituânia, 1810 - Prússia, 1883) estava doente e alguém perguntava se ele estava melhor, ele respondia: "Que diferença faz se a situação está melhor ou pior? O que D'us deseja é sempre o melhor".

Este conceito se conecta com a próxima Festa do Calendário Judaico, Chanuká, quando revivemos dois grandes milagres: o óleo da Menorá, suficiente para um único dia, mas que durou 8 dias, e a vitória na batalha contra os gregos, o maior império da época. Porém, como pode ser que D'us, em Sua bondade infinita, permitiu que os gregos dominassem Jerusalém e impurificassem o nosso Beit Hamikdash (Templo Sagrado)? Onde estava a bondade neste caso? A resposta é que, olhando só para aquele momento, realmente a bondade parece não existir. Porém, olhando também para o passado e o futuro, tudo fica claro. O povo judeu estava caindo espiritualmente cada vez mais, em um lento processo de assimilação, que certamente levaria ao fim do judaísmo, como ocorreu com tantos outros povos que se assimilaram e desapareceram. Mesmo as pessoas que cumpriam as Mitzvót faziam sem um brilho nos olhos. Então chegaram os gregos e, com violência, proibiram os judeus de cumprir as Mitzvót. Os judeus, antes tão sonolentos e sem vontade, se levantaram como leões e lutaram pela Torá e suas Mitzvót, dispostos a entregar suas próprias vidas. A invasão dos gregos, portanto, foi algo bom, pois despertou o povo judeu e o trouxe de volta ao caminho da Torá.

A preocupação vem de acharmos que somos nós que estamos no comanda da situação. A tranquilidade vem de sabermos que é D'us quem está sempre no comando de todas as situações e que tudo é fruto da Sua bondade infinita, de Alguém que conhece presente, passado e futuro, e que sempre quer o melhor para cada um de nós.
      
SHABAT SHALOM E CHANUKÁ SAMEACH

R' Efraim Birbojm

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

ARRANCANDO AS MÁS INCLINAÇÕES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAISHLACH 5780






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ARRANCANDO AS MÁS INCLINAÇÕES - PARASHAT VAISHLACH 5780 (13 de dezembro de 2019)

"Quando Rafael era graduando na faculdade de psicologia, aprendeu uma lição que nunca mais esqueceu. No último dia de aula, uma professora subiu ao palco para ensinar uma lição final, que ela chamou de "lição sobre o poder da perspectiva". Como ela mostrou um copo de vidro, todos esperavam que ela mencionaria a típica metáfora do "copo meio vazio ou meio cheio". Porém, ao invés disso, com um sorriso, a professora perguntou:

- Quanto vocês acham que pesa este copo de vidro que eu estou segurando?

Os alunos começaram a gritar diferentes respostas, que iam desde alguns poucos gramas a até quase um quilo. Depois de deixar que todos dessem sua resposta, ela balançou a cabeça negativamente e disse:

- Acho que todos vocês erraram. Segundo meu ponto de vista, o peso absoluto deste copo é, na verdade, irrelevante. Tudo depende de quanto tempo eu vou segurá-lo. Se eu segurar por um minuto, ele é bem leve. Se eu segurá-lo por uma hora, seu peso pode fazer meu braço doer. Se eu segurá-lo por um dia inteiro, em algum momento meu braço vai se sentir entorpecido e paralisado, forçando-me a soltar o vidro no chão. Em cada caso, o peso absoluto do vidro não muda, mas quanto mais tempo eu segurá-lo, mais pesado ele será sentido.

A maioria dos estudantes não entendeu qual era a mensagem que ela queria transmitir. Então ela continuou:

- Esta é uma das lições mais importantes para suas vidas. Suas preocupações, frustrações, decepções e pensamentos estressantes são muito parecidos com este copo de vidro. Pense neles apenas por um instante e nada ruim vai acontecer. Pense neles um pouco mais e você começará a sentir uma dor perceptível. Pense neles o dia todo e você vai se sentir entorpecido e paralisado, incapaz de fazer qualquer outra coisa até soltá-los."

O mesmo se aplica aos nossos traços de caráter negativos. Quando repetimos más condutas, mesmo que seja com as melhores intenções, elas vão se tornando mais pesadas em nossas vidas. Afaste-se dos maus atos.

Nesta semana lemos a Parashat Vaishlach (literalmente "E enviou"), que descreve o reencontro dos irmãos, Yaacov e Essav. Yaacov havia fugido para esperar que a fúria de Essav se esfriasse, após ele ter recebido, com astúcia, a Brachá de primogenitura no lugar do seu irmão. Mesmo que já haviam se passado 36 anos, Yaacov preferiu enviar mensageiros para saber o que esperar do reencontro. As notícias não eram boas. Essav vinha acompanhado de 400 homens armados. Não era uma comitiva de boas vindas, e sim uma declaração de guerra.

A Torá descreve a reação de Yaacov diante das informações trazidas: "E Yaakov sentiu medo e ficou angustiado" (Bereshit 32:7). Mas por que a Torá utiliza duas expressões, medo e angústia? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que Yaakov sentiu medo de que ele ou alguém de sua família fossem mortos na guerra, mas sentiu angústia por ser forçado a possivelmente matar outros durante a batalha.

Porém, esta explicação de Rashi levanta um questionamento. Yaacov era um homem de paz. Ele não estava começando uma guerra, ele estava apenas defendendo sua família da agressão de 400 Reshaim (perversos). Esta não era uma oportunidade para livrar o mundo do mal? Então por que ele sentiu-se angustiado?

Explica o Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) que a resposta deste questionamento está em um interessante ensinamento do Talmud (Brachót 10a). Na época do Rabi Meir, um dos maiores sábios do Talmud, havia um grupo de Reshaim que o importunavam constantemente. O Rabi Meir passou então a rezar para que eles morressem. Porém, Bruria, sua esposa, discordou dele e disse: "Não é melhor rezar para que os malfeitores se arrependam do que rezar para que eles morram?". Foi neste sentido que Yaakov ficou angustiado. Obviamente ele queria acabar com o mal do mundo. O tempo inteiro ele se envolvia em esforços para transformar o mundo em um lugar melhor. Porém, a angústia era saber que, naquele momento, a forma de acabar com o mal seria através da morte de pessoas, e não do arrependimento delas. Isto lhe doeu muito.

Existe uma famosa pergunta filosófica: será que os fins justificam os meios? Em outras palavras, será que podemos tomar atitudes que não são completamente corretas se o propósito for alcançar um objetivo maior? Por exemplo, uma pessoa que rouba para ajudar os necessitados está fazendo algo correto? O Talmud (Nazir 10b) ensina que uma transgressão "Leshem Shamaim", isto é, com intenções puras e com o objetivo de fazer algo bom, tem o mesmo nível de uma Mitzvá feita com segundas intenções (isto obviamente não se aplica nos nossos dias, já que não temos mais nível espiritual para fazermos uma "transgressão Leshem Shamaim"). Porém, se esta afirmação é verdadeira, então por que nossos sábios do Talmud aconselhavam a pessoa a se envolver com Mitzvót, mesmo com segundas intenções, e não a fazer transgressões com intenções nobres?

Responde o Gaon MiVilna (Lituânia, 1720 - 1797) que, embora o resultado em ambos os casos possa ser o mesmo, quando a pessoa faz Mitzvót sem a intenção adequada, ao menos isto condiciona a pessoa a cumprir Mitzvót e, eventualmente, ela chegará a cumprir as Mitzvót com intenções corretas. Por outro lado, ao fazer um ato que normalmente é uma transgressão, mesmo que seja com boas intenções, a pessoa acaba se condicionando a fazer transgressões. Provavelmente, das próximas vezes o mau ato virá sem a intenção adequada. É isto que nos ensina a angústia de Yaacov. Mesmo quando há justificativas para cometer um "mau ato", ainda assim há um perigo inerente no uso de métodos normalmente associados a valores negativos.

É por isto que, imediatamente após D'us nos ordenar a destruirmos uma cidade na qual a maioria dos habitantes inclinou-se à idolatria, Ele garante que nos dará o atributo da misericórdia, como está escrito: "Para que D'us possa voltar atrás de Sua fúria e possa lhe conceder misericórdia" (Devarim 13:18). Segundo o Chafetz Chaim (Bielorrússia, 1838 - Polônia, 1933), uma vez que cumprir a Mitzvá de matar pessoas, mesmo sendo graves transgressores, pode induzir uma pessoa a ser cruel e impiedosa, então logo em seguida D'us nos promete uma Brachá especial de misericórdia, para neutralizar os efeitos negativos do "mau ato".

Nossos sábios vão além e afirmam que uma pessoa é punida caso tenha causado dor e incômodo a outra pessoa no momento em que cumpre uma Mitzvá, caso houvesse a possibilidade de ter feito a Mitzvá de forma que trouxesse menos incômodo. O ato de Yaakov, de receber as Brachót no lugar do irmão com astúcia, causou muito sofrimento a Essav, fazendo com que ele chorasse e gritasse de forma amarga. Este grito encontrou sua "vingança" centenas de anos depois, quando um descendente de Essav, Haman, fez com que Mordechai, um descendente de Yaacov, desse um grito amargo, quando o povo judeu estava sob o risco de extermínio.

Explica o Rav Zev Leff que foi por este motivo que Yaakov repreendeu Shimon e Levi quando eles resgataram Diná das mãos do príncipe de Shechem. Eles usaram métodos típicos de Essav, o assassinato e a enganação. Parte do conserto para as manchas negativas deixadas por este ato foi que os descendentes de Levi se tornaram professores de crianças. Levi cometeu o erro de pensar que os fins justificam os meios. Na educação das crianças, exatamente o oposto é verdadeiro. Quando ensinamos uma criança a cumprir Mitzvót, não estamos preocupados com o fim, a Mitzvá, pois os atos da criança ainda não são contados. Estamos preocupados com os meios, o desempenho das ações. Estas ações de Mitzvá, que um pai está obrigado a educar seu filho, condicionam a criança a agir de forma semelhante quando ela crescer. A Mitzvá de "Chinuch Banim" (educar as crianças) é, portanto, a antítese da ideologia equivocada de que os fins justificam os meios.

Além disso, se alguém utilizar meios impróprios para fazer um bom ato, corre o grande risco de ser punido caso suas intenções não sejam completamente puras. Uma vez que a ação por si só é uma transgressão, e é apenas a intenção que pode transformá-la em uma Mitzvá, caso falte a intenção boa, a ação se torna uma transgressão total. Quando Pinchás matou Zimri e Kozbi, por profanarem publicamente o nome de D'us, foi necessário D'us testemunhar pessoalmente que as intenções de Pinchás eram completamente puras, respondendo à queixa das tribos de que ele era um assassino. Se seu ato tivesse sido motivado por qualquer outra intenção, então ele teria sido de fato um assassino. O Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) ressalta que, mesmo quando um criminoso era executado pelo Tribunal Rabínico, a pena deveria ser infligida com a única intenção do cumprimento do comando de D'us, e não por qualquer desejo pessoal de vingança.

A Amidá originalmente era composta por 18 Brachót, mas posteriormente mais uma Brachá foi acrescentada. Nesta Brachá, chamada "Velamalshinim" (delatores), pedimos que D'us destrua os hereges e delatores. Esta Brachá foi adicionada devido à perseguição física e espiritual que os judeus estavam sofrendo nas mãos de perversos. O sábio escolhido para compor esta Brachá foi Shmuel HaKatan, o mesmo sábio que ensinava: "Quando seu inimigo cair, não se alegre" (Pirkei Avót 4:19). Apenas uma pessoa com sentimentos puros em relação a seus inimigos poderia compor uma Brachá pedindo a destruição dos perversos.

Antes de usarmos a violência para destruir o mal do mundo, devemos nos certificar de que estamos agindo "Leshem Shamaim". Na dúvida, é melhor tentarmos através do amor e da simpatia para, desta maneira, trazer de volta nossos irmãos que estão distantes da Torá e da Mitzvót.
      
SHABAT SHALOM
               
R' Efraim Birbojm

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