quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

CONFIANÇA EM D’US - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAIETSE 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
Sr. Yakov Aharon ben Rivka Raisla
Haim David ben Esther
Chaim Michael ben Matania

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe  

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ VAIETSE



         São Paulo: 18h21                  Rio de Janeiro: 18h07 

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MENSAGEM DA PARASHÁ VAIETSE

 
ASSUNTOS DA PARASHÁ VAIETSE
  • Saída de Yaacov de Beer Sheva.
  • A visão de Yaacov.
  • Yaacov encontra Rachel e chora.
  • 7 anos de trabalho por Rachel.
  • A enganação de Lavan.
  • Após 7 anos de trabalho, Yaacov se casa com Lea.
  • Yaacov se casa com Rachel e trabalha mais 7 anos por ela.
  • Lea tem 4 filhos: Reuven, Shimon, Levi, Yehuda.
  • Yaacov se casa com Bilá, escrava de Rachel.
  • Bilá tem 2 filhos: Dan e Naftoli.
  • Yaacov se casa com Zilpá, escrava de Lea.
  • Zilpá tem 2 filhos: Gad e Asher.
  • Lea tem mais dois filhos: Issachar e Zevulun.
  • Lea tem uma filha: Diná.
  • Rachel tem um filho: Yossef.
  • Yaacov trabalha mais 6 anos para Lavan.
  • Lavan tenta enganar Yaacov.
  • Yaacov decide voltar.
  • Lavan persegue Yaacov e o alcança.
  • O Tratado de Yaacov e Lavan.
BS"D

CONFIANÇA EM D'US - PARASHÁ VAIETSE 5783 (02/dez/22)

Yaacov, um Baal Teshuvá do Rio de Janeiro, decidiu que havia chegado o momento de passar um mês na Yeshivá, em Jerusalém. Porém, enquanto estava preparando suas malas, havia algo que o incomodava. Sua mãe tinha uma loja no bairro de Copacabana, e ele a ajudava todos os dias. O problema é que na região havia um grande número de "pivetes", meninos de ruas que cometiam pequenos furtos e roubos. Eles assaltavam pedestres e, principalmente, motoristas desatentos que esperavam no sinal vermelho. Diariamente Yaacov assistia de dentro da loja as mesmas cenas, e o máximo que podia fazer era ligar para a polícia, pedindo o envio de uma viatura para a região. Normalmente nada acontecia, e mesmo quando enviavam uma viatura, era apenas uma trégua de minutos, pois logo após a saída dos policiais, os pivetes retornavam à sua rotina. Yaacov os observava agindo impunemente todos os dias, com um sentimento de impotência.

E foi assim, com o coração preocupado com a segurança de sua mãe, que Yaacov embarcou. Ele estava angustiado, pois era o único homem trabalhando na loja. Na Yeshivá, todos os dias ele telefonava para sua mãe, para saber como ela estava, e ela sempre lhe garantia que estava tudo bem por lá.
 
Após um mês de estudos, uma experiência incrível, ele retornou ao Brasil. Já no primeiro dia Yaacov teve uma surpresa. No final de tarde, ele foi de carro para ajudar a fechar a loja. Ele estacionou o carro bem em frente à loja, como sempre fazia. No entanto, daquela vez um guarda que estava próximo apitou e fez sinal com as mãos para que ele saísse, pois era um local proibido. Yaacov fez um gesto que seria rápido, mas o guarda não gostou. Imediatamente ele tirou o bloquinho de multas do bolso e aproximou-se, demonstrando que iria aplicar uma multa. Porém, quando chegou perto e viu Yaacov de kipá na cabeça, mudou completamente sua expressão.
 
- Você é israelita? - perguntou o policial, com uma expressão de deslumbramento.

Yaacov ficou um pouco assustado com a pergunta. Quando respondeu afirmativamente, o policial disse:

- Olá, eu sou o cabo Davi. Sou frequentador da Igreja Universal e admiro muito vocês, israelitas.

Yaacov começou a conversar com ele. Quando perguntou se o guarda era novo naquela região, ele deu uma resposta surpreendente. Explicou que estava trabalhando naquela esquina fazia um mês. Seu lugar de trabalho anterior era cerca de dez quadras de lá, mas seu superior o havia transferido no mês anterior para trabalhar naquela esquina. Yaacov estava incrédulo. Há anos não havia um guarda trabalhando naquela esquina, e justamente no período em que esteve ausente aquele guarda apareceu! No momento de se despedirem, o guarda passou o seu número de celular, dizendo a Yaacov que poderia ligar caso precisasse de algo.

No dia seguinte, ainda cansado da viagem, Yaacov foi trabalhar na loja da mãe. Ele percebeu que o guarda não estava na esquina. Aliás, não apenas ele percebeu, mas também alguns pivetes, que voltaram a roubar na região. Yaacov ligou para o cabo Davi e perguntou se havia acontecido algo. O guarda contou que havia sido novamente transferido para seu antigo local de trabalho e, portanto, não voltaria mais para aquela esquina.

Nenhum guarda o substituiu, e tudo voltou ao que era antes. A única coisa que havia mudado era a Emuná de Yaacov. Ele já não estava mais tenso com o que ocorria nas ruas de Copacabana. Ao contrário, ele estava tranquilo, após presenciar a sincronia dos eventos e perceber a Mão de D'us por trás de todo o ocorrido. Yaacov havia entendido que tudo, até nos menores detalhes, estava sob um controle Superior.

Nesta semana lemos a Parashá Vaietse (literalmente "e saiu"). Yaacov estava saindo de sua cidade, Beer Sheva, em direção a Charan, a cidade de seu tio Lavan, para esperar acalmar a fúria de seu irmão Essav e para procurar uma esposa, já que seus pais não queriam que ele se casasse com mulheres de Knaan, idólatras e de moralidade duvidosa, como as esposas de Essav.

Quando Yaacov partiu, ele estava levando presentes para o dote de casamento, como fez Eliezer, servo de Avraham, que levou 10 camelos carregados de joias e roupas quando foi para Charan procurar uma esposa para Ytzchak. Porém, o filho de Essav, Elifaz, roubou tudo o que Yaacov tinha. Em um primeiro momento, Yaacov ficou preocupado. Ele disse: "Eu levanto meus olhos para o céu, de onde virá minha ajuda?" (Tehilim 121:1). A palavra "minha ajuda" em hebraico é "ezri" que, de acordo com o Midrash, se refere a uma esposa. Quando D'us quis criar para Adam Harishon uma companheira, disse: "Não é bom o homem estar sozinho. Farei para ele uma 'Ezer Kenegdo'" (Bereshit 2:18), literalmente "uma ajuda diante dele". Em outras palavras, Yaacov estava questionando: "Sem dinheiro, sem dote, como conseguirei uma esposa para casar?".

Porém, imediatamente Yaacov se arrependeu do seu pensamento e questionou a si mesmo: "Por que estou perdendo a confiança no meu Criador?". Então, após refletir, ele disse: "Minha ajuda (minha esposa) vai vir de D'us, Quem fez os Céus e a terra" (Tehilim 121:2). Percebemos a enorme Emuná de Yaacov. A natureza do ser humano é, mesmo quando confiamos em D'us, ainda assim ficarmos curiosos e nos questionarmos: "De que maneira D'us nos mandará o que necessitamos? Será que Ele mandará através de um aumento salarial? Será que eu encontrarei um pacote cheio de dinheiro na rua? Será que serei convidado para ser sócio de uma grande empresa?". Apesar de estes questionamentos não serem considerados uma falta de Emuná, já que sabemos que será D'us que nos mandará o que precisamos, e que qualquer tipo de esforço é em vão se D'us assim não decretar, de qualquer maneira estes pensamentos nos causam angústia e ansiedade.

Portanto, aprendemos de Yaacov a como ter uma Emuná completa, sem questionamentos, sem especulações. Foi por isso que Yaacov se arrependeu dos seus pensamentos iniciais. O que importava qual seria a forma como D'us mandaria a salvação? Por que se preocupar em imaginar como D'us lhe mandaria uma esposa? Por isso ele voltou atrás e declarou: "D'us pode me mandar uma esposa da forma que Ele quiser, mesmo sem nenhuma lógica ou motivo. Foi Ele quem fez os Céus e a terra, Ele pode fazer o que quiser, no momento em que quiser".

Porém, deste conceito surge um interessante questionamento. Se devemos confiar em D'us, então por que não ficamos o dia inteiro sentados, esperando Sua salvação? Explica o livro "Chovot Halevavót" que não devemos nos apoiar em milagres. Devemos fazer o nosso esforço, viver de acordo com as regras do mundo material. Porém, ao mesmo tempo em que fazemos a nossa parte, devemos ter a certeza absoluta que tudo vem de D'us, nada é resultado dos nossos esforços. Tudo o que D'us faz em nossas vidas é, na verdade, um grande milagre.
 
Há outro ponto no início da nossa Parashá que também demonstra a enorme Emuná de Yaacov. Quando chegou ao local sagrado onde futuramente seria construído o nosso Beit Hamikdash, ele se deitou e dormiu. Mas antes de ele dormir está escrito: "e pegou das pedras do local, e colocou-as ao redor de sua cabeça" (Bereshit 28:11). Rashi explica que ele estava com medo de animais selvagens e, portanto, colocou as pedras ao redor de sua cabeça para se proteger. Porém, que tipo de proteção é essa? De que adianta, contra animais ferozes, colocar pedras apenas ao redor da cabeça, sem proteger o corpo? Além disso, por acaso os animais selvagens, frequentes nos desertos e locais desabitados, não poderiam facilmente saltar essas pedras?
 
Explica o Rav Simcha Zissel Broida zt"l (Lituânia, 1824 - 1898) que na maior parte da vida do ser humano, em áreas como sustento, saúde e segurança, tudo ocorre através de milagres. Para testar o ser humano, D'us oculta o milagre, para ver se a pessoa vai reconhecer que tudo vem de D'us ou se vai achar que é resultado do seu próprio esforço. Aprendemos isso das pedras que Yaacov colocou ao redor de sua cabeça. Os atos "naturais" que fazemos são praticamente insignificantes em relação aos resultados. Tudo o que ocorre é um milagre de D'us, e Yaacov sabia disso. Ele sabia que não eram as pedras que o protegeriam. Ele apenas as colocou em volta da cabeça para fazer a sua parte, mesmo sabendo que era D'us que cuidaria da sua proteção.
 
Precisamos reforçar constantemente a nossa Emuná, principalmente quando passamos por situações difíceis na vida, como testes e sofrimentos. Nenhum ser humano possui o conhecimento infinito para saber quais serão as consequências finais de cada acontecimento. Portanto, quando uma situação aparentar ser extremamente negativa, não se desespere, já que poderá vir a ser algo bom. De modo semelhante, quando as coisas aparentarem estar indo muito bem, não se torne arrogante, pois nunca sabemos o que o futuro nos reserva. Por exemplo, qualquer um que observasse a cena de Yossef sendo trazido ao Egito como escravo consideraria uma grande tragédia. Seus próprios irmãos o venderam, ele estava sendo afastado de seu querido pai e de sua terra natal. Porém, este era o primeiro passo para que Yossef se tornasse a segunda pessoa mais poderosa do Egito, o encarregado de administrar a economia do país e salvar sua família da fome. Mais tarde, quando Yaacov foi para o Egito se encontrar com seu filho Yossef, qualquer um que observasse a cena acharia que foi algo muito bom, já que ele estava indo se reencontrar com seu filho favorito, após muitos anos de separação. No entanto, a semente da escravização do povo judeu estava sendo plantada naquele exato momento.
 
Ao internalizar esta atitude, evitaremos sofrimentos desnecessários quando as coisas parecerem dar errado. O Chafetz Chaim (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933) dizia que as pessoas se enganam ao reclamar do que ocorre em suas vidas, pois caso fossem pacientes, veriam como as coisas são realmente para o nosso benefício. Se reforçarmos a nossa Emuná, viveremos muito mais tranquilos, sabendo que D'us resolverá tudo por nós. 

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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