quinta-feira, 27 de agosto de 2020

USANDO O MAL PARA FAZER O BEM - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT KI TETSÊ 5780

O EMAIL DESTA SEMANA É DEDICADO À ELEVAÇÃO DA ALMA DE

HANA BAT REINA Z"L



Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 

efraimbirbojm@gmail.com.
   
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT

PARASHAT KI TETSÊ 5780:

São Paulo: 17h35                   Rio de Janeiro: 17h22 
Belo Horizonte: 17h26                  Jerusalém: 18h32
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VÍDEOS DA PARASHAT KI TETSÊ
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ASSUNTOS DA PARASHAT KI TETSÊ
- Mulheres cativas de guerra
- A porção do Primogênito.
- O Filho Rebelde.
- Enforcamento e enterro do corpo.
- Devolução de objetos perdidos.
- O Animal caído.
- Proibição de homens usarem roupas de mulher e vice versa.
- Espantando a mãe pássaro.
- Parapeito.
- Agricultura Mista e Combinações proibidas.
- Tsitsit.
- A mulher casada difamada.
- Se a acusação é verdadeira e o castigo por adultério.
- A jovem comprometida.
- Violação.
- Casamentos proibidos: A esposa do pai, genitais mutilados, Bastardo, Amonitas e Moabitas, Edomitas e Egípcios.
- Santidade do acampamento do exército.
- Abrigando escravos fugitivos.
- Proibição de prostituição.
- Cobrança de Juros.
- Mantendo as promessas.
- O trabalhador em uma videira e no campo.
- Divórcio e novo casamento.
- Isenção da guerra no Shaná Rishoná.
- Proibição de pegar a pedra do moinho como objeto de garantia.
- Sequestro.
- Lembrança do erro de Miriam e a Tzaraat.
- Garantia para empréstimos e a honra do devedor.
- Pagamento de salários na data certa.
- Responsabilidades individuais.
- Consideração pelas viúvas e órfãos.
- Presentes da colheita aos pobres (Leket, Shichechá e Peá).
- Chicotadas.
- Levirato (Ibum e Halitzá).
- Pessoa que ataca seu companheiro.
- Pesos e Medidas corretos.
- Lembrando Amalek.
 

USANDO O MAL PARA FAZER O BEM - PARASHAT KI TETSÊ 5780 (28 de agosto de 2020)

 
"O rabino estava tendo muitas dificuldades com a sua comunidade, em especial com um dos frequentadores, Eduardo, que tinha características muito ruins. Talvez um dos piores defeitos de Eduardo era fazer piadas nas horas mais impróprias, em especial durante as aulas do rabino. Ele queria sempre falar algo engraçado ou irônico, mesmo que estragasse completamente a mensagem que o rabino queria transmitir.
 
Certa vez, em uma palestra que estava lotada, o rabino estava transmitindo uma mensagem justamente sobre o nosso trabalho de Midót (traços de caráter). O rabino ensinou que todas as nossas Midót e forças podem ser utilizadas para o bem, até mesmo as coisas que parecem ser apenas negativas, como a inveja, a mesquinhez e a raiva. Por exemplo, a inveja pode ser canalizada para aumentar a nossa vontade de crescer espiritualmente, nos espelhando nas pessoas espiritualmente maiores. A mesquinhez pode ser utilizada como um "freio", para não gastarmos nosso dinheiro com vanidades e futilidades. A raiva pode ser canalizada para lutarmos contra as injustiças. E, assim, o rabino foi descrevendo várias Midót ruins, mas que podem ser utilizadas para fazer o bem.
 
Porém, no meio da palestra, Eduardo levantou a mão, pedindo permissão para fazer uma pergunta. O rabino logo percebeu que a intenção era fazer alguma piada ou deboche, mas não podia ignorar aquela mão levantada, já que havia dado permissão para outras pessoas falarem. Assim que recebeu permissão, Eduardo começou a falar:
 
- Rabino, então você está dizendo que todas as nossas Midót e forças podem ser utilizadas de maneira positiva, né? Isto quer dizer que também existe algum uso positivo da "Kofrut", a vontade de negar D'us?
 
Eduardo se sentiu realizado. Sua pergunta certamente deixaria o rabino embaraçado e destruiria sua palestra. Porém, o rabino abriu um enorme sorriso e disse:
 
- Eduardo, obrigado pela excelente pergunta. Você sabe como pode fazer para utilizar a "Kofrut" de forma positiva? Toda vez que alguém te pedir ajuda, não diga "Que D'us te ajude". Neste momento, se comporte como se D'us não existisse. Levante-se e faça a sua parte."
 
Há momentos em que mesmo as nossas piores Midót podem, e devem, ser utilizadas para fazer o bem.

A Parashat desta semana, Ki Tetsê (literalmente "quando você sair"), traz muitas Mitzvót "Bein Adam Lehaveiró" (entre a pessoa e seu companheiro), nos ensinando como devemos ser cuidadosos com a honra do próximo e a importância de fazermos bondades. São abordados assuntos como ajudar um companheiro a levantar seu animal caído, a devolução de objetos perdidos, a consideração pelas viúvas e órfãos e os presentes dados de forma honrosa para os pobres.
 
A Parashat começa discutindo leis que se aplicam aos soldados judeus durante a guerra, mostrando que mesmo em situações envolvendo risco de vida, há leis que devemos seguir, não nos comportando de acordo com a nossa vontade, mas sim de acordo com a vontade de D'us. A Parashat começa com as seguintes palavras: "Quando você vai sair para a guerra contra seus inimigos, e Hashem, teu D'us, entregá-los em suas mãos, e você capturar um cativo" (Devarim 21:10)
 
Porém, estas palavras despertam alguns questionamentos. Em primeiro lugar, se estamos falando sobre uma guerra, por que a Torá precisa dizer que é "contra seus inimigos"? Não é óbvio dizer que a guerra é contra os inimigos? Além disso, por que a Torá utiliza a expressão "Quando você sair para guerra"? Não seria mais apropriado escrever "quando você guerrear"? Por que a expressão "sair" foi utilizada?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que há dois tipos de guerras do povo judeu. Existe a "Milchemet Mitzvá", uma "guerra obrigatória", e a "Milchemet Reshut", uma "guerra permitida". De acordo com Rashi, a Milchemet Mitzvá é uma guerra travada para conquistar os territórios dentro dos limites da Terra de Israel, como as guerras de conquista lideradas por Yehoshua, enquanto a Milchemet Reshut é uma guerra travada fora da Terra de Israel. De acordo com esta explicação de Rashi, podemos entender a expressão "quando você vai sair", pois indica que as instruções iniciais da Parashá referem-se a uma Milchemet Reshut, um tipo de guerra que envolve sair da Terra de Israel.
 
Porém, de acordo com o Rambam (Maimônides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270), também são chamadas de Milchemet Mitzvá as guerras travadas pelo povo judeu para se defender dos seus inimigos, e isto poderia acontecer mesmo fora da Terra de Israel. Portanto, de acordo com o Rambam, por que a Torá utiliza a expressão "quando você sair"?
 
Além disso, Rashi, em seus comentários no início da Parashat, traz outra prova de que estes versículos referem-se a uma Milchemet Reshut. A Parashá está discutindo sobre a permissão de capturar pessoas durante a guerra. Isto certamente refere-se a uma Milchemet Reshut, pois em uma Milchemet Mitzvá somos ordenados a não deixar sobreviventes, como está escrito: "Porém, das cidades destes povos que Hashem, teu D'us, te dá por herança, você não permitirá que viva nenhuma alma" (Devarim 20:16). De acordo com esta explicação, o versículo já deixou claro que trata-se de uma Milchemet Reshut e, portanto, não seria necessário utilizar a expressão "sair para a guerra". Então, mesmo de acordo com a explicação de Rashi, por que a Torá utilizou esta expressão?
 
A resposta está em algo que ocorreu com os nossos patriarcas. Ytzchak já estava velho e cego, e como achou que a morte se aproximava, quis dar a Brachá de primogenitura ao seu filho primogênito, Essav, sem saber que ele havia vendido a primogenitura ao seu irmão, Yaacov. Rivka, ao escutar os planos do marido, aconselhou Yaacov a receber a Brachá no lugar do seu irmão. Porém, Yaacov teve medo que, mesmo cego, seu pai descobriria o plano, pois havia uma grande diferença entre eles: enquanto Essav tinha muitos pelos no corpo, Yaacov tinha a pele lisa. Rivka ajudou Yaacov a cobrir seus braços e seu pescoço com a pele de um animal, dando a impressão de que ele tinha muitos pelos. Ytzchak realmente desconfiou que havia algo errado ao escutar Yaacov falando e, por isso, pediu para que ele se aproximasse. Ao mexer no braço de Yaacov, Ytzchak exclamou: "A voz é a voz de Yaakov, mas as mãos são as mãos de Essav" (Bereshit 27:22). O Talmud (Guitin 57b) comenta que a expressão "voz" refere-se à Tefilá, enquanto a expressão "mãos" refere-se à guerra. Nenhuma Tefilá pode ser bem sucedida sem o poder de Yaakov, e nenhuma batalha militar pode ser vitoriosa sem o poder de Essav. Isto significa que mesmo o povo judeu precisa das características de Essav para ter sucesso na guerra.
 
Porém, isto não é algo simples para o povo judeu. A natureza de um judeu é buscar a paz e, sempre que possível, evitar um confronto. A sensibilidade do povo judeu faz com que as guerras sejam um conceito estranho para ele. Ao contrário, os descendentes de Essav são, por natureza, guerreiros, de personalidade competitiva, sempre buscando o confronto, como faziam os romanos. Pedir a um judeu para fazer uma guerra significa solicitar que ele passe por uma transformação psicológica completa. Em outras palavras, ele deve assumir o comportamento de Essav, algo fora dele. É por isso que a Torá utiliza a expressão "quando você sair para a guerra", pois quando um judeu vai para a guerra, ele deve sair do comportamento natural de um descendente de Yaakov e assumir o comportamento de um descendente de Essav.
 
Vestir esta "roupa" de Essav não é algo fácil para o povo judeu. É por isso que a Torá precisa nos ensinar como realizar esta mudança. O povo judeu deve ir para as guerras "contra seus inimigos", isto é, por estarmos fazendo algo que vai contra a nossa natureza, precisamos focar que estamos fazendo isto para exterminar os nossos inimigos, aqueles que nos fazem mal, tanto materialmente quanto espiritualmente. Se identificarmos aqueles contra quem travamos uma guerra como sendo nossos inimigos, a guerra torna-se uma missão. Apesar de ser algo difícil para nós, seremos capazes de utilizar a característica de Essav, necessária para ter sucesso na guerra.
 
Este é um conceito incrível que podemos usar em nossas vidas. O livro Orchót Tzadikim descreve os vários traços de caráter que compõe o ser humano. Alguns são predominantemente bons, como a humildade, a generosidade e a misericórdia, enquanto outros são predominantemente ruins, como o orgulho, a mesquinhez e a crueldade. Em hebraico, os traços de caráter são chamados de "Midót". Porém, a palavra "Midót" também significa "medidas". O sal na comida é bom somente se for utilizado na medida certa. Sal demais estraga a comida, enquanto a falta de sal deixa a comida sem gosto. Da mesma maneira, os nossos traços de caráter devem ser sempre utilizados na medida correta. Mesmo os melhores traços de caráter devem ser usados sempre com equilíbrio e sabedoria, pois se forem mal utilizados, podem tornar-se tropeços em nossos desafios do cotidiano. E mesmo os piores traços de caráter podem ser utilizados, com cuidado e na medida certa, de maneira positiva.
 
Criar conflitos normalmente não é algo positivo, e fazer guerras não faz parte da índole do povo judeu. Porém, quando trata-se de lutar pela verdade e batalhar por um mundo melhor, então devemos vestir nossas "roupas de Essav" e lutar pelo que é certo. Quando o inimigo nos ameaça, tanto fisicamente quanto espiritualmente, é o momento de usarmos este traço de caráter para fazer a vontade de D'us, conforme disse Shlomo Hamelech: "Há um tempo para cada assunto sob o céu... Há um tempo para a guerra e um tempo para a paz" (Kohelet 3:1,8). Que possamos usar sempre nossas Midót de forma positiva e construtiva.

 

QUE POSSAMOS SER INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA
 
SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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