sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

PLANTANDO SEMENTES PELA VIDA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAISHLACH 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHAT VAISHLACH




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ASSUNTOS DA PARASHAT VAISHLACH
  • Yaacov envia mensageiros.
  • Yaacov teve medo e se prepara para o reencontro com Essav.
  • Yaacov fica sozinho.
  • A luta com o anjo.
  • Yaacov encontra Essav.
  • Chegada a Shechem, Diná é sequestrada e desonrada.
  • Shimon e Levi vingam a honra da irmã, Yaacov fica furioso.
  • Yaacov viaja para Beth El.
  • A morte de Rivka e Dvora.
  • D'us muda o nome de Yaacov para Israel.
  • Rachel tem mais um filho: Biniamin.
  • A morte de Rachel e o enterro no caminho, em Beth Lechem.
  • A morte de Itzchak.
  • A Linhagem de Essav, de Seir e reis de Edom.
BS"D

PLANTANDO SEMENTES PELA VIDA - PARASHAT VAISHLACH 5781 (04 de dezembro de 2020)


"Reuven trabalhava em uma fábrica que ficava na cidade vizinha. Todos os dias ele pegava o ônibus e viajava por cerca de cinquenta minutos até o trabalho. No fim da tarde, ele fazia o mesmo trajeto de volta para a casa. A viagem era muito tranquila e Reuven aproveitava para relaxar um pouco. Mas havia no ônibus algo curioso que acontecia todos os dias e que começou a incomodá-lo. No ponto seguinte ao que ele subia, entrava sempre uma velhinha. Assim que subia no ônibus, ela procurava sempre sentar em uma das janelas. E todos os dias ela repetia a mesma atitude estranha: ela abria a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem inteira atirando alguma coisa para fora do ônibus através da janela. Certo dia, Reuven fez questão de sentar-se ao lado da velhinha. Assim que ela começou o seu "ritual", ele não resistiu e disse:

- Boa tarde. Desculpe a curiosidade, mas o que a senhora está jogando pela janela?

- Boa tarde - respondeu a velhinha, de forma muito simpática - Jogo sementes de flores. É que eu viajo neste ônibus todos os dias e, quando olho para fora, acho a estrada tão cinzenta e vazia. Gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom...

- Mas a senhora não acha que é um desperdício? - interrompeu Reuven - A maioria das sementes deve cair no asfalto, sendo esmagadas pelos carros ou devoradas pelos passarinhos!

- O senhor tem razão - disse a velhinha, com muita paciência - Mas acredito que mesmo muitas sendo perdidas, algumas acabam caindo na terra e, com o tempo, vão brotar. Mesmo que demorem para crescer e precisem de água, serão irrigadas pelas chuvas e crescerão no momento certo.

Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu "trabalho". Reuven desceu do ônibus pouco tempo depois, achando que a velhinha já estava meio "caduca" e que não valia a pena discutir com ela.

O tempo passou. Certo dia, sentado à janela, Reuven olhou para fora e reparou nas belas margaridas, hortênsias e rosas na beira da estrada. A paisagem estava colorida, linda. O homem lembrou-se da velhinha, mas procurou-a no ônibus e não a encontrou. Perguntou ao cobrador, que conhecia todos os passageiros, mas foi informado que ela havia falecido de pneumonia no mês anterior. Chocado com aquela notícia, Reuven voltou ao seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. Pensou consigo mesmo: "Quem diria, as flores brotaram mesmo! Mas de que adiantou o trabalho da velhinha, se ela faleceu sem ver o resultado?".

Naquele instante, Reuven escutou uma risada de criança. No banco da frente, um garotinho apontava pela janela, entusiasmado, e dizia: "Olha, mãe, que lindo, quantas flores pela estrada!". Reuven então entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que havia plantado, a velhinha havia feito a sua parte, ela tinha deixado um presente maravilhoso para as outras pessoas.
 
No dia seguinte, Reuven entrou no ônibus de manhã e fez questão de sentar-se ao lado de uma janela. Ele tirou um pacotinho de sementes do bolso e começou, com um enorme sorriso no rosto, a atirá-las pela janela..."
 
Precisamos parar de pensar somente em nós mesmos, no nosso próprio benefício, e começar a pensar em plantar no mundo coisas que os outros também poderão colher.

Nesta semana lemos a Parashat Vaishlach (literalmente "E enviou"). A Parashat começa com a volta de Yaacov para casa, depois de 20 anos trabalhando na casa de seu tio Lavan. Ele havia ido para Padan Aram sozinho, sem bens, e voltava agora com um verdadeiro acampamento, com 4 esposa e 12 filhos, além de muitos animais, empregados e dinheiro. Mas havia algo que preocupava muito Yaacov: como seria o reencontro com seu irmão Essav? Seria um momento feliz, ou uma batalha de vida ou morte? Ele confiava plenamente em D'us, mas também fez todos os preparativos necessários. Yaacov rezou muito, pedindo para que D'us o protegesse e evitasse uma luta sangrenta; dividiu o acampamento em dois, para garantir a continuidade do povo judeu, pois caso Essav atacasse um acampamento, o outro se salvaria; e mandou presentes, centenas de animais, para apaziguar seu irmão, pois sabia o quanto ele sentia desejo por bens materiais.
 
Felizmente os dois irmãos se abraçaram e choraram, e o reencontro terminou em paz. Essav convidou Yaacov para que viajassem juntos, mas Yaacov não aceitou, argumentando que tinha muitas crianças e animais pequenos, cujo passo lento atrasaria o grupo, e por isso sugeriu que Essav fosse na frente. No final, cada um seguiu o seu caminho, pois enquanto Essav voltou para a Terra de Seir, Yaacov foi viver na cidade de Shechem, como diz o versículo: "E Yaacov chegou intacto à cidade de Shechem, que está na Terra de Knaan, quando veio de Padan Aram. E acampou diante da cidade" (Bereshit 33:18)

Este versículo desperta um grande questionamento, pois descreve muitos detalhes que são aparentemente desnecessários. Em primeiro lugar, o que significa que Yaacov chegou intacto à cidade de Shechem? Além disso, por que a Torá precisou relembrar, justamente neste momento, que Yaacov estava vindo de Padan Aram? E, finalmente, por que a Torá precisou ensinar que Yaacov acampou diante da cidade de Shechem?

Explica Rashi (França, 1040 - 1105) que a Torá está ressaltando que Yaacov, apesar de ter passado por muitos testes e perigos, havia sido protegido por D'us e estava intacto em três aspectos. Ele estava intacto em seu corpo, pois D'us o havia curado do ferimento causado durante a luta com o anjo de Essav. Ele também estava intacto em relação ao seu dinheiro, pois apesar de ter mandado muitos presentes para apaziguar Essav, seus animais haviam dado à luz muitos filhotes, repondo tudo o que ele havia perdido. E, finalmente, ele também estava completo com sua Torá, pois apesar de ter passado 20 anos na casa de Lavan, um homem trapaceiro e idólatra, e da viagem cansativa, ele não tinha esquecido nenhum dos seus conhecimentos de Torá.

Por que a Torá relembrou justamente neste momento que Yaacov tinha vindo de Padan Aram? Rashi explica que é como uma pessoa que diz ao seu companheiro: "Aquela pessoa estava no meio dos dentes do leão, mas voltou em segurança". Yaacov, apesar de tantos anos vivendo em um lugar espiritualmente e fisicamente tão nocivos e prejudiciais, comparado aos dentes de um leão, recebeu uma proteção especial de D'us e voltou intacto, um grande milagre.

Finalmente, o Talmud (Shabat 33b) afirma que quando Yaakov acampou diante de Shechem, ele decidiu que precisava fazer algo pelo bem estar da cidade. O Talmud traz três opiniões sobre qual foi o benefício que ele trouxe para Shechem: de acordo com uma opinião, ele cunhou moedas, facilitando o comércio. Segundo outra opinião, ele estabeleceu mercados, facilitando a compra e venda de mercadorias. E de acordo uma terceira opinião, ele montou casas de banho, dando aos moradores mais qualidade de vida. O ponto em comum entre as três opiniões é que Yaacov se importou com os habitantes de Shechem e quis contribuir de alguma maneira. Mas por que Yaacov se preocupou tanto em dar alguma contribuição para a cidade de Shechem?

O Midrash ensina que sempre que recebemos algum benefício de uma cidade, devemos mostrar nossa gratidão fazendo algo pelo bem estar de seus habitantes. Como Yaacov e sua família haviam sido bem recebidos pelos habitantes de Shechem, então ele quis contribuir de maneira que trouxesse melhorias para a cidade.

O Rav Chaim Shmulevitz zt"l (Bielorrússia, 1853 - Polônia, 1918) explica que este princípio também se aplica a outras áreas da vida, pois sempre devemos fazer algo de bom para retribuir as bondades recebidas. Ele cita como exemplo um rapaz que vai estudar em uma Yeshivá, um local de muito crescimento espiritual e amadurecimento. Embora os alunos normalmente não são capazes de ajudar na manutenção e nos altos gastos de uma Yeshivá, eles podem ajudar no aprimoramento espiritual do lugar. Como? Principalmente servindo de exemplo para os outros alunos. Eles devem vir para as Tefilót e para os Shiurim na hora certa, para que os outros se inspirem e façam o mesmo. Eles devem se cuidar de não falar Lashon Hará, para que os outros alunos sigam sua conduta. Eles devem ser extremamente respeitosos com seus colegas de quarto, para que os outros alunos aprendam com eles. Assim, eles estarão contribuindo para que a Yeshivá possa crescer.
 
Também podemos usar este conceito para as nossas vidas. Devemos sempre estar muito agradecidos por estarmos vivos e, portanto, devemos nos esforçar para deixarmos a nossa contribuição ao mundo. Viemos ao mundo para fazer a diferença, para deixar a nossa marca. Mas se engana aquele que pensa que, para deixar a nossa marca, precisamos ser artistas famosos, presidentes de uma grande empresa ou grandes rabinos da geração. Na maioria das vezes, podemos deixar a nossa marca através de pequenas atitudes do cotidiano, as pequenas "sementes" que plantamos pelos caminhos da vida. Mesmo que aparente que não estamos fazendo diferença para ninguém, se formos perseverantes e não permitirmos que a falta de resultados imediatos nos desmotive, certamente chegaremos lá.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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