quinta-feira, 13 de novembro de 2025

COMO SER UMA PESSOA COMPLETA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT CHAIE SARA 5786

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de:


Sr. Nelson ben Luiza zt"l (Nissim ben Luna) 

R' Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Sr. Avraham Favel ben Arieh z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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PARASHÁ CHAIE SARA 5786



         São Paulo: 18h08                 Rio de Janeiro: 17h54 

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ASSUNTOS DA PARASHAT CHAIE SARA
  • Falecimento de Sara.
  • Compra de um local para o enterro.
  • A busca de uma esposa para Itzchak.
  • Critérios de Eliezer.
  • Rivka atende os requisitos.
  • Eliezer reconta toda a história para a família de Rivka.
  • Ytzchak se casa com Rivka.
  • Avraham se casa com Keturá e tem filhos.
  • Falecimento de Avraham.
  • Descendentes de Ishmael.
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COMO SER UMA PESSOA COMPLETA - PARASHAT CHAIE SARA 5786 (14/nov/25) 

Em Vilna, vivia um homem conhecido por sua generosidade. Todos na cidade conheciam seu grande coração. Ele sustentava viúvas, pagava dotes para moças órfãs e não havia uma única Yeshivá que não recebia dele uma generosa contribuição. Seu nome era mencionado com respeito em cada casa e até os rabinos o elogiavam publicamente. Certa tarde, ele foi visitar o Rav Chaim Volozhiner zt"l (Lituânia, 1749 - 1821), o mais próximo aluno do Gaon MiVilna zt"l (Lituânia, 1720 - 1797). Com semblante satisfeito, o homem disse:
 
- Rav, não sou estudioso de Torá como o senhor, mas D'us me concedeu muitas posses, e eu as utilizo para o bem. Sustento muitas instituições e pessoas necessitadas. Este não é o verdadeiro Serviço Divino?
 
O Rav Chaim olhou-o com bondade. Ele via diante de si um homem reto e sincero, cuja intenção era pura, mas que, sem perceber, via o estudo da Torá como algo secundário. Depois de um breve silêncio, o rabino respondeu: 
 
- Gostaria de lhe fazer uma pergunta. Quando o corpo e a alma se separam, qual dos dois permanece vivo?
 
- Ora, a alma vive eternamente, mas o corpo sem ela é apenas pó - respondeu o homem com simplicidade.
 
- Assim também é o ser humano - disse o Rav Chaim - Suas boas ações são como o corpo. Elas são belas, nobres, necessárias. Mas a Torá é a alma que lhes dá vida. Sem Torá, as ações ficam como um corpo sem espírito, como movimentos belos sem luz interior.
 
O homem ficou em silêncio. A comparação penetrou fundo em seu coração. O rabino então continuou:
 
- A Torá ensina não apenas o que fazer, mas como e por que fazer. Ela transforma o ato externo em um Serviço Divino. Um homem pode dar pão a mil famintos, mas se o fizer sem a luz da Torá, seu gesto termina quando o pão termina. Quando o faz com a consciência de que está cumprindo a vontade do Criador, o mesmo gesto ecoa pela eternidade.
 
O homem abaixou a cabeça. As palavras do Rav Chaim traziam um peso enorme. Ele entendeu que havia vivido sua vida pela metade. Naquela mesma noite ele foi até a casa do Gaon MiVilna, pedindo orientação sobre como começar a estudar Torá mesmo em uma idade avançada. O Gaon o recebeu com carinho e disse apenas uma frase: "Cada palavra de Torá que um homem aprende com sinceridade dá vida a todas as suas Mitzvót passadas".
 
Desde então, aquele homem generoso passou a dividir seus dias, parte em atos de bondade, parte no estudo da Torá. E sobre ele o Gaon MiVilna costumava dizer: "Este é um homem cujo corpo e alma vivem em paz, pois suas boas ações têm alma, e sua Torá tem mãos".

 

Nesta semana lemos a Parashat Chaie Sara (literalmente "A vida de Sara"), que começa contando sobre o falecimento de Sara, nossa primeira matriarca, e o enterro dela na Mearat HaMachpela. Mas o assunto central da Parashat é a busca de uma esposa para Ytzchak, nosso segundo patriarca, que já estava com 40 anos.
 
Avraham não queria uma mulher que fosse dos povos que habitavam Eretz Knaan, pois eram pessoas amaldiçoadas desde a época de Noach. Porém, ele já estava velho demais para empreender uma viagem longa em busca de uma esposa na região de Aram, onde vivia sua família. Já Ytzchak, por ter sido elevado sobre o altar como um sacrifício para D'us, ganhou um status de santidade que o impedia de sair de Eretz Israel. Então Avraham decidiu enviar seu fiel servo Eliezer nesta importante missão de encontrar uma esposa adequada para Ytzchak, pois Eliezer era um homem extremamente sábio e honesto. Guiado por D'us, Eliezer encontrou Rivka, neta de Nachor, o irmão de Avraham, em um poço de água. Primeiro Eliezer testou a bondade dela e, após perceber que seria a esposa perfeita para Ytzchak, deu a ela os presentes que havia trazido, como está escrito: "E aconteceu que, quando os camelos terminaram de beber, o homem (Eliezer) tomou um pendente de ouro, pesando meio shekel, e dois braceletes para suas mãos, pesando dez shekels de ouro" (Bereshit 24:22).
 

Rashi (França, 1040 - 1105) explica que estes presentes não eram aleatórios e continham um simbolismo especial. "Meio Shekel" é uma alusão ao "Machatzit HaShekel" que cada judeu doava anualmente para manter os Serviços dos Korbanot. "Dois braceletes" é uma alusão às duas Tábuas unidas entre si, enquanto "Pesando dez shekels de ouro" é uma alusão aos Dez Mandamentos, que estariam escritas nas duas Tábuas. Mas qual era a necessidade destes simbolismos nos presentes que Eliezer estava dando para Rivka? Entendemos que ao fazer uma alusão às Tábuas, Eliezer estava indicando a Rivka que ela seria parte da construção do povo judeu, que futuramente receberia as Tábuas contendo toda a Torá. Mas o que ele quis transmitir com o fato de as duas Tábuas serem unidas? E qual é a conexão entre o Machatzit HaShekel e o pendente, uma joia que era colocada no nariz?
 
Explica o Rav Yitzchak Zeev Soloveitchik zt"l (Bielorússia, 1886 - Israel, 1959), mais conhecido como Brisker Rav, que os Dez Mandamentos foram escritos em duas Tábuas: cinco em uma e cinco na outra. A primeira Tábua continha as Mitzvót "Bein Adam LaMakom" (entre o homem e D'us), enquanto a segunda continha as Mitzvót "Bein Adam LeChaveiro" (entre o homem e seu semelhante). Embora as Tábuas fossem distintas em seu conteúdo, assim está escrito sobre elas quando Moshé desceu do Monte Sinai: "E Ele deu a Moshé as duas Tábuas do Testemunho" (Shemot 31:18). A palavra "Luchot" está escrita sem o "Vav" (לחת, ao invés de לוחת), como se estivesse no singular. Rashi explica que isso vem nos ensinar que ambas as Tábuas eram iguais em importância.
 
O sentido disso é mostrar que, embora sejam duas Tábuas, e cada uma contenha uma parte diferente, na verdade elas são como uma única Tábua e não podem ser separadas. O povo judeu não deve pensar que pode escolher o que está em uma Tábua e deixar de lado o que está na outra. Está escrito no singular para ensinar que elas formam uma unidade indivisível, uma não se sustenta sem a outra. E a própria experiência humana confirma isso, pois todos aqueles que não têm o temor a D'us acabam também perdendo o senso de retidão em relação ao próximo, e aqueles que não se comportam adequadamente com o próximo no final também acabam desrespeitando D'us.
 
Quando Rivka tirou água do poço para servir Eliezer e seus camelos, revelou-se nela uma grande medida de generosidade e bondade. Mas Eliezer quis chamar a atenção dela para o fato de que tudo isso, por mais belo que fosse, ainda assim não representava a perfeição. A verdadeira plenitude só seria alcançada quando essa bondade se unisse à Emuná e à prática do que é bom e justo aos olhos de D'us. O que ele fez então? Deu-lhe dois braceletes. Com isso, quis mostrar a ela que a verdadeira perfeição está guardada apenas nas duas Tábuas unidas, que correspondem às duas dimensões da vida: a relação entre o homem e D'us e a relação entre o homem e seu semelhante. Portanto, mesmo que Rivka já fosse exemplar em bondade e generosidade com as pessoas, Eliezer entendeu que ela precisava saber que existia também a outra metade, a dimensão entre o homem e D'us, que ela aprenderia e adquiriria na casa de Avraham e Ytzchak.
 
Seguindo essa mesma linha, podemos entender também o sentido do pendente colocado no nariz de Rivka. Em relação aos Arba Minim de Sucót, o Midrash diz que o Etrog é o fruto mais completo, pois tem sabor e cheiro. O sabor simboliza a Torá, enquanto o aroma simboliza as boas ações. Por isso o Midrash ressalta que o povo judeu se compara ao Etrog, que tem sabor e cheiro, pois também o povo judeu tem aqueles que possuem Torá e boas ações. É por isso que Eliezer deu a Rivka um pendente de ouro para o nariz, o órgão responsável pelo olfato, símbolo das boas ações. Quis assim indicar que, embora ela fosse notável por suas boas ações e, portanto, seu nariz era digno de um enfeite de ouro, ainda assim o pendente pesava apenas meio shekel, sendo que por um lado "meio" era uma alusão à doação de Machatzit HaShekel que cada judeu doava, isto é, atos de bondade, mas por outro lado simbolizava que isso era "meio", isto é, apenas uma parte. Essa joia tinha o propósito de ensinar a Rivka que as boas ações representavam apenas metade da nossa perfeição. Para completar a outra metade, ela precisava adquirir a Torá, que corresponde ao "sabor", e isso somente ocorreria na casa de Avraham e Ytzchak.
 
Entendemos que este ensinamento se aplica aos homens, que tem a obrigação de estudar Torá. Porém, como isso se aplica às mulheres? Explica o Talmud (Brachot 17a): "Com que méritos as mulheres recebem recompensa pelo estudo da Torá? Quando levam seus filhos à sinagoga para ler a Torá e quando apoiam seus maridos para que estudem Torá no Beit Midrash e os aguardam até que voltem". E sobre isso ensinam os nossos sábios: "Rabi Yehoshua ben Levi disse: 'Todos os dias, uma Voz Celestial sai do Monte Horev (Monte Sinai) e proclama: "Ai da humanidade pelo desprezo à Torá", pois quem não se ocupa com o estudo da Torá é chamado de "repreendido", como está dito: "Como um anel de ouro no focinho de um porco é uma mulher bela, mas sem sabor" (Pirkei Avot 6:2). Rivka já era uma bela mulher, por seus incríveis atos de Chessed. Mas apenas na casa de Avraham ela se tornaria uma mulher completa, repleta do sabor da Torá.
 
A bondade é um dos pilares que sustenta o mundo, mas para que a bondade seja completa, deve seguir as diretrizes da Torá. Sem as diretrizes da Torá, a bondade pode ser apenas uma busca de honra e autopreenchimento. A Torá define os parâmetros corretos. Por exemplo, a forma como devemos ajudar, as leis de prioridade de Chessed e as quantidades que devem ser doadas. Sem a Torá, o ato de Chessed pode se tornar algo vazio e sem brilho. Mas com a Torá, o Chessed ganha alma, sentido e brilho, tornando-se um ato que dura para sempre. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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