quinta-feira, 7 de novembro de 2019

PRISIONEIROS DO MUNDO MATERIAL - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT LECH LECHÁ 5780

BS"D
O E-mail desta semana é dedicado à elevação da alma de:

DANIEL BEN HANA BITON Z"L
REINA BAT MESSODA Z"L

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
   
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PARASHAT LECH LECHÁ 5780:

São Paulo: 18h04                   Rio de Janeiro: 17h50 
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PRISIONEIROS DO MUNDO MATERIAL - PARASHAT LECH LECHÁ 5780 (08 de novembro de 2019)

 
"Alfredo era um mendigo que vivia dos trocados que recebia na rua. Certa vez, ele foi tentar pedir dinheiro para Eduardo, o homem mais rico da cidade, mas que era conhecido por ser muito pão duro. Eduardo estava sentado à mesa, fazendo anotações em seu livro de contabilidade, quando Alfredo chegou.
 
- Não posso lhe atender agora - disse rispidamente Eduardo - estou muito ocupado, contando a minha fortuna.
 
Alfredo gostou da ideia. Ele tirou do bolso tudo o que tinha e começou a contar seus trocados. Eduardo percebeu o que estava acontecendo e começou a rir. Ele não aguentou e, de forma sarcástica, comentou:
 
- Estou vendo que você está tentando me imitar. Porém, parece que há uma grande diferença entre nós. Enquanto eu conto milhões, você conta centavos. Por que você não calcula a diferença que há entre nós?
 
- Já fiz esta conta - disse corajosamente Alfredo - Consultei um especialista e cheguei à conclusão que não estamos tão distantes assim um do outro. A diferença são alguns poucos milhares de reais.
 
Ao perceber a expressão de espanto e curiosidade no rosto de Eduardo, o mendigo explicou:
 
- Verifiquei com o coveiro da cidade. Ele me disse que existem dois tipos de enterro. Existem cerimônias mais simples, para os pobres, e cerimônias mais chiques, para os ricos. A diferença verdadeira entre nós não passa de vinte mil reais. Pois, depois do enterro, nenhum dinheiro vai nos diferenciar..."
 
Não podemos deixar que nossas posses nos controlem e nos façam achar que somos melhores que os outros. Pois desta vida não se leva nada, a não ser as Mitzvót e as boas ações que realizamos.

Nesta semana lemos a Parashat Lech Lechá (Literalmente "Vá, por você"), que descreve alguns testes aos quais Avraham foi submetido. Ele tornou-se um dos pilares do mundo ao passar por cada teste, e foi o responsável por difundir o conceito de um D'us único. Avraham é o modelo de perseverança e luta, nos ensinando que, mesmo se o mundo inteiro vai contra a verdade, não devemos desistir de fazer o que é correto.
 
O primeiro teste pelo qual Avraham passou está apenas indicado no final da Parashat da semana passada, Noach. Avraham esteve disposto a entregar sua própria vida pela honra de D'us, enquanto ainda vivia em Ur Kassdim. O rei da época, Nimrod, tentou convencer Avraham a voltar para as idolatrias, inicialmente com argumentos "lógicos", que foram facilmente refutados por Avraham, e depois com ameaças. Avraham estava disposto a ser atirado em uma fornalha para não abrir mão de sua Emuná, e foi salvo de forma milagrosa. Este grande milagre espalhou-se pelo mundo inteiro, mas o impacto não foi tão grande, pois muitas pessoas duvidaram da veracidade daquela história, achando que tratava-se apenas de "Fake News", algo inventado.
 
A Parashat desta semana traz outro difícil teste de Avraham. Em sua época ocorreu a primeira "Guerra Mundial", a guerra da coligação dos 4 reis contra a coligação dos 5 reis. Os 4 reis eram extremamente poderosos e conseguiram vencer os 5 reis. Os derrotados tiveram seus bens saqueados e foram levados como cativos. Entre os 5 povos derrotados estavam Sdom e Amorá, e entre os cativos estava Lót, o sobrinho de Avraham. Quando Avraham foi avisado que Lót havia sido sequestrado, ele arriscou a vida para salvá-lo, lutando contra a coligação dos 4 reis e vencendo milagrosamente.
 
Outro grande milagre ocorreu após a vitória de Avraham. Os reis de Sdom e Amorá, ao serem derrotados pelos 4 reis, conseguiram fugir do campo de batalha. Porém, na região na qual a luta aconteceu, haviam vários poços de lama. Em sua fuga, os reis de Sdom e Amorá caíram em poços de lama e deveriam ter morrido, pois quanto mais a pessoa se debate, mais ela afunda, até morrer sufocada. Porém, um grande milagre aconteceu e eles foram salvos. Este milagre foi, na verdade, um reforço do milagre que havia acontecido com Avraham. Quando as pessoas souberam que os reis de Sdom e Amorá haviam milagrosamente se salvado dos poços de lama, então também acreditaram que Avraham havia sido milagrosamente salvo da fornalha. O Ramban (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270) explica que o milagre aconteceu justamente no momento em que Avraham passou ao lado dos poços de lama, demonstrando a todos que o milagre havia ocorrido pelo seu mérito. O Midrash conta que houve um grande despertar na humanidade e todos os povos juraram que, a partir daquele momento, nunca mais voltariam para as idolatrias.
 
A própria guerra de Avraham contra os 4 reis trouxe um despertar para a humanidade, pois as pessoas viram com seus próprios olhos os enormes milagres que ocorreram. Avraham venceu a guerra com um pequeno exército de 318 homens, pessoas sem nenhum tipo de treinamento militar. A guerra era contra as maiores potências militares da época, com reis muito poderosos que, no caminho para a batalha, foram destruindo todos os povos que encontravam. Rashi (França, 1040 - 1105) explica que o coração de todos os que viam a força daqueles 4 reis se derretia de medo e o pânico tomava conta deles. Se nem mesmo a coligação dos 5 reis pôde derrotá-los, como Avraham conseguiu fazê-lo, acompanhado apenas de um pequeno exército? As pessoas entenderam o tamanho do milagre que havia ocorrido. O Talmud (Taanit 21a) descreve detalhes dos milagres daquela guerra. Por exemplo, quando Avraham atirava areia sobre seus inimigos, os grãos transformavam-se em espadas, e quando ele atirava palha, ela transformava-se em flechas.
 
Portanto, todos aqueles povos que foram salvos por Avraham, em especial os reis de Sdom e Amorá, que vivenciaram um milagre pessoal, certamente enxergaram a mão de D'us. O reconhecimento foi tão grande que eles enviaram Shem, o filho de Noach, que na época era chamado de Malkitzedek, para abencoá-lo. Além disso, o Midrash afirma que um enorme trono foi erguido para coroar Avraham como o rei da humanidade.
 
Porém, há algo que chama muito a nossa atenção. Na Parashat lida na próxima semana, Vaierá, a Torá descreve a destruição completa das cidades de Sdom e Amorá. A Torá explica que eles mereceram este decreto por terem se corrompido completamente e por terem feito atos de muita crueldade. Mas se os reis e os habitantes de Sdom e Amorá haviam presenciado tantos milagres abertos e haviam reconhecido a força e a bondade de D'us, como puderam fazer tantas transgressões, a ponto de perderem o mérito de existir sobre a face da terra? Eles haviam testemunhado que existe um Dono do mundo, que existe o conceito de recompensa pelos bons atos e castigo pelos mais atos, então o que não estava claro para eles?
 
Responde o Rav Eliahu Lopian zt"l (Polônia, 1876 - Israel, 1970) que o ser humano se acostuma a viver de acordo com seus traços de caráter e seus desejos. O natural é não lutarmos contra nossas vontades e instintos, nem tentarmos dominar nossas más inclinações. Mesmo quando uma pessoa tem claridade de algo, ou até mesmo quando uma pessoa presencia um milagre, quando surge um desejo em seu coração, ela corre atrás dele. Mesmo quando o intelecto diz que sua atitude a levará a um fim ruim e amargo, os desejos vencem e a pessoa segue seu instinto. Foi isto o que ocorreu com os habitantes de Sdom e Amorá, cujas transgressões causaram seu extermínio. Eles eram movidos pelos desejos e pela busca de preenchimentos materiais. E, por serem guiados pelos seus desejos, de nada adiantou o intelecto e o reconhecimento da verdade. Eles não esqueceram da verdade, somente não encontram forças para vencer seus instintos, a ponto de ser afundarem e cometerem as piores transgressões.
 
Já Avraham seguiu o caminho contrário. Ele reconheceu o Criador, não por profecia ou inspiração Divina, e sim através de uma análise intelectual profunda, que o levou a colocar sua Emuná em D'us. Avraham se compara a uma pessoa que, passando por um palácio com várias luzes acesas, diz: "Será que é possível este palácio funcionar sem alguém estar controlando?" O dono do palácio, ao escutar que alguém o procurava, sai e se apresenta, dizendo "eu sou o dono do palácio". Da mesma maneira, Avraham percebeu a harmonia e a perfeição do mundo, e por isso começou a questionar: "É possível que este mundo não tenha alguém que o conduza?". D'us, vendo que alguém O procurava, apresentou-se para Avraham e disse: "Eu sou o Dono deste mundo". Avraham chegou a este entendimento com esforço e reflexão. Foi com o máximo do seu potencial intelectual que Avraham entendeu que todos os atos de D'us são apenas por bondade. Por observar que D'us era bondoso e misericordioso, Avraham entendeu que ele deveria andar nos mesmos caminhos e também fazer bondade aos outros. E não há bondade maior do que mostrar aos outros o caminho da verdade.
 
Avraham andou por muito tempo neste caminho baseado apenas em seu intelecto, até que o rei Nimrod quis atirá-lo em uma fornalha. Avraham estava disposto a morrer pela honra de D'us. Foi neste momento que o "Dono do mundo" se revelou a ele, isto é, a partir do momento em que Avraham esteve disposto a dar a sua própria vida, a Presença de D'us repousou sobre ele e Avraham tornou-se um profeta.
 
Esta foi a diferença entre Avraham e a população de Sdom. Ele alcançou o sucesso espiritual pois não teve preguiça e não se satisfez com um simples entendimento de D'us, apenas para "sair da obrigação". Ao contrário, ele transformou seu intelecto e sua sabedoria em atitudes. Avraham conseguiu conectar seu intelecto ao seu coração. Seu entendimento conseguiu fazer com que ele anulasse suas más inclinações e se tornasse um dos pilares do mundo. Este é o nosso trabalho, fazer com que o intelecto vença os instintos. Podemos utilizar o mundo material, mas não como algo que nos escraviza e nos faz esquecer até mesmo milagres abertos, e sim como uma maneira de reconhecer e contemplar o Criador. Milagres são bons, mas nosso intelecto é melhor.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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