quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

CRESCIMENTO INDIVIDUAL E COLETIVO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHEMOT 5777





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O E-MAIL DESTA SEMANA FOI ESPECIALMENTE DEDICADO EM AGRADECIMENTO A HASHEM PELA REFUÁ SHLEMÁ DE ELIAHU BEN ESTHER E RACHEL BAT LUNA, PELOS SEUS FILHOS SALOMÃO BENMUYAL E ESTHER LUNA BENMUYAL.

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.

BS"D


CRESCIMENTO INDIVIDUAL E COLETIVO - PARASHÁ SHEMOT 5777 (20 de janeiro de 2017)
Yossef era funcionário de uma grande empresa. Certo dia, todo o grupo gerencial, um total de 12 pessoas, foi participar de um curso de sobrevivência na selva. A primeira prova apresentada pelo instrutor era cruzar um rio com uma forte correnteza. Os funcionários deveriam se dividir em três grupos de quatro pessoas e superar aquele obstáculo em equipe. O grupo "A" recebeu quatro tambores de óleo vazios, duas grandes toras de madeira, uma pilha de tábuas, um grande rolo de corda grossa e dois remos. O grupo "B" recebeu dois tambores, uma tora e um rolo de barbante. Já o grupo "C" não recebeu recurso nenhum para cruzar o rio. Eles poderiam utilizar qualquer material fornecido pela natureza, caso conseguissem encontrar algo perto do rio ou na floresta próxima. Não foi dada nenhuma instrução a mais. Simplesmente foi dito aos participantes que todos eles deveriam atravessar o rio no prazo de quatro horas.

Yossef teve a sorte de estar no grupo "A", que não levou mais do que uma hora para construir uma forte jangada. Quinze minutos mais tarde ele já estava com o resto do seu grupo, em segurança e enxuto, do outro lado do rio. O grupo "B" levou quase duas horas para atravessar o rio. Há muito tempo Yossef não ria tanto como no momento em que a tora, amarrada aos dois tambores, virou com a força das águas, derrubando todos os integrantes do grupo. Eles conseguiram chegar ao outro lado, mas encharcados da cabeça aos pés.

Porém, o melhor ainda estava por vir. Nem mesmo o rugido das águas do rio foi suficiente para encobrir as gargalhadas dos oito homens quando o grupo "C" tentou lutar contra as águas espumantes. Os coitados agarraram-se a um emaranhado de galhos e pequenos pedaços de madeira amarrados com cipós, tudo o que eles haviam conseguido como "ferramentas" para ajudar na travessia do rio. O auge da diversão foi quando o grupo bateu em um rochedo, quebrando os galhos. Reunindo todas as forças que lhe restava, o último membro do grupo "C", o gerente de logística, chegou ao outro lado do rio, todo arranhado e com os óculos quebrados. Quando ele chegou, já haviam passado mais do que quatro horas.

Neste momento, o instrutor do curso voltou e perguntou como havia sido a competição. Os integrantes do grupo "A" responderam em coro: "Nós vencemos! Nós vencemos!". Os integrantes do grupo "B" também estavam felizes, pois haviam terminado a travessia dentro das 4 horas propostas. Somente os integrantes do grupo "C" estavam quietos e cabisbaixos. O instrutor do curso balançou negativamente a cabeça e disse:

- Vocês entenderam mal as instruções. A meta de vocês não era competir e vencer uns aos outros. Eu avisei que todos deveriam atravessar o rio no prazo de quatro horas. Isto significa que a tarefa somente seria concluída com sucesso se os três grupos tivessem atravessado o rio dentro das quatro horas. Nenhum de vocês pensou em ajuda mútua, nem imaginou a possibilidade de dividir os recursos para atingir uma meta comum. Não passou pela cabeça de nenhum integrante dos grupos "A" e "B" coordenar os esforços e ajudar os integrantes do grupo "C", que não tinham recebido nenhuma ferramenta para cruzar o rio. Portanto, ninguém aqui ganhou nada. Apesar de terem conseguido cruzar o rio, todos vocês perderam.

Foi uma grande lição para todos no grupo gerencial. Naquele dia, o grupo aprendeu muito sobre trabalho em equipe e sobre a importância de se importar com os outros. 
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Nesta semana começamos o segundo livro da Torá, Shemot, que tem o mesmo nome da nossa Parashá. Literalmente "Shemot" é traduzido como "Nomes". Porém, o nome desta Parashá é intrigante. Com exceção dos primeiros versículos, que mencionam o nome das 12 tribos de Israel, nos surpreendemos ao perceber que a Parashá não menciona o nome da maioria dos personagens que aparecem nela. Por exemplo, as parteiras que salvaram muitos bebês judeus são chamadas de "Shifrá" e "Puá" (Shemot 1:15), mas não são identificadas por seus nomes reais, que de acordo com o Talmud (Sota 12b) eram Yocheved e Miriam, a mãe e a irmã de Moshé Rabeinu. Amram, o pai de Moshé, é chamado de "um homem da casa de Levi" (Shemot 2:1). Yocheved também é chamada de "uma filha de Levi" (Shemot 2:1). Moshé é referido como "garoto" (Shemot 2:3) ou como "jovem" (Shemot 2:6). Miriam é chamada de "sua irmã" (Shemot 2:4) e Batia, que salvou Moshé das águas do Nilo, é chamada apenas de "filha do Faraó" (Shemot 2:5). Parece que intencionalmente a Torá se esforça para ocultar as identidades dos personagens desta Parashá. Por que?

Outro ponto que nos chama a atenção é um ensinamento do Talmud (Sota 12b) de que Yocheved tinha 130 anos quando deu a luz a Moshé. O Rav Avraham ben Meir zt"l (Espanha, 1092 - 1167), mais conhecido como Ibn Ezra, se surpreende com este ensinamento do Talmud, pois quando Sara deu a luz aos 90 anos, a Torá ressaltou a natureza milagrosa deste evento. Porém, a Torá nem mesmo mencionou o fato de Yocheved ter dado a luz a um filho aos 130 anos, um milagre muito maior. Se realmente ela deu a luz aos 130 anos, por que a Torá nem mesmo mencionou este fato?

Finalmente, outra questão é despertada quando prestamos atenção nos detalhes de um evento milagroso descrito pelos nossos sábios. Quando os magos egípcios previram o nascimento iminente do salvador do povo judeu, o Faraó decretou que todos os meninos recém nascidos fossem atirados no rio Nilo. Os pais de Moshé, que ainda era um pequeno bebê, colocaram-no em uma cestinha revestida de material impermeável e deixaram-no à deriva no rio Nilo, para que de alguma maneira ele fosse encontrado por alguém e pudesse se salvar. Quando Batia, a filha do Faraó, desceu para se banhar, ela viu a cestinha de Moshé flutuando entre os juncos do rio Nilo. De acordo com o Talmud (Sotá 12b), apesar de estar muito longe do bebê, Batia estendeu suas mãos para alcançar a cestinha e milagrosamente suas mãos se alongaram e alcançaram o bebê. Mas Batia não sabia que um milagre aconteceria. Então, ao ver que a cestinha estava muito longe, certamente fora do seu alcance, por que ela estendeu os braços para tentar alcançá-la?

Explica o Rav Yohanan Zweig que a resposta destas três perguntas está no entendimento da diferença fundamental que há entre o Sefer Bereshit, o primeiro livro da Torá, e o Sefer Shemot. O Sefer Bereshit, que descreve as vidas de personagens como Adam Harishon, Noach e os nossos três patriarcas, Avraham, Ytzchak e Yaacov, tem seu foco no desenvolvimento do caráter e na realização do potencial dos indivíduos que foram os responsáveis por fornecer o "material genético espiritual" necessário para a formação do povo judeu. Já o Sefer Shemot tem como foco a formação e o desenvolvimento do povo judeu como uma nação.

A consequência desta diferença é que, enquanto o foco principal do Sefer Bereshit são as realizações e as vidas dos indivíduos, o foco do Sefer Shemot é o lado coletivo do povo judeu. Por causa dos eventos milagrosos descritos no Sefer Shemot, que levaram à criação do povo judeu como uma nação, a Torá minimiza as realizações individuais e ressalta o impacto coletivo dos acontecimentos.

A formação do povo judeu seguiu os planos determinados por D'us, um projeto cujo objetivo era trazer à existência uma nação. Cada movimento de cada indivíduo envolvido neste projeto foi cuidadosamente coordenado por D'us, como parte de uma incrível coreografia. Enfatizar as realizações individuais diminuiria o envolvimento Divino nos eventos que se desdobraram e levaram ao nascimento e desenvolvimento do povo judeu. É por isso que os nomes dos indivíduos raramente são mencionados nesta Parashá, para dar a sensação de que suas ações foram meramente mecânicas e preordenadas por uma "Autoridade superior".

Pelo fato do Sefer Shemot seguir o "script" definido por D'us, mesmo os eventos mais milagrosos são tratados como acontecimentos comuns e triviais. Por isso, nenhuma menção é feita ao incrível fato de Yocheved ter dado a luz a um filho com a idade de 130 anos. Já no Sefer Bereshit, como as realizações dos indivíduos são muito enfatizadas, a possibilidade de Sara ter um filho aos 90 anos foi muito ressaltada.

Isto também explica a atitude de Batia. As ações dos indivíduos mencionados nesta Parashá foram conduzidas por D'us, de acordo com os Seus planos. Batia estendeu sua mão em direção à cestinha pois era a vontade de D'us que Moshé fosse salvo. Batia havia se transformado em uma ferramenta nas mãos de D'us para alcançar o objetivo final: a formação do povo judeu.

Desta enorme diferença entre os livros Bereshit e Shemot nós aprendemos uma lição extremamente importante para nossas vidas. Com o Sefer Bereshit nós aprendemos que D'us dá a cada indivíduo forças e ferramentas para que ele possa desenvolver o seu potencial e as suas habilidades, alcançando assim os seus objetivos. Porém, o Sefer Shemot nos ensina que parte dos objetivos de cada judeu é também se preocupar com o povo como um todo. Nossas forças e habilidades também devem ser voltadas a beneficiar outras pessoas. Não adianta desenvolvermos nossas habilidades e o nosso caráter se não fizermos nada pelos outros, pois não estaremos completando nosso objetivo coletivo como parte de uma nação. O povo judeu é uma unidade e todos vão juntos, para cima ou para baixo. Não estamos em uma corrida para ver quem chega primeiro, e sim em um "curso de sobrevivência", no qual apenas sairemos vitoriosos quando, além de cumprirmos nossos objetivos individuais, ajudarmos a todos em volta a também cumprirem os seus objetivos.
SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHÁ SHEMOT 5777:

                   São Paulo: 19h37  Rio de Janeiro: 19h23                     Belo Horizonte: 19h19  Jerusalém: 16h27
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l.
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(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).


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