sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

UM POR TODOS E TODOS POR UM - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ MIKETZ 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 
    Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ MIKETZ 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ MIKETZ

ASSUNTOS DA PARASHÁ MIKETZ
  • Os dois sonhos do Faraó.
  • Yossef é chamado para interpretar os sonhos.
  • Yossef se torna o vice rei.
  • Yossef se casa com Osnat.
  • A estratégia de Yossef é implantada no Egito.
  • Yossef tem dois filhos: Efraim e Menashé.
  • Começam os anos de fome no Egito.
  • Yaacov manda seus filhos aos Egito.
  • Yossef reconhece seus irmãos, mas eles não o reconhecem.
  • Yossef acusa os irmãos de serem espiões.
  • Os irmãos de Yossef se arrependem.
  • Yossef prende Shimon e exige a vinda de Biniamin.
  • Yaacov se recusa a enviar Biniamin.
  • A fome continua e Yaacov é obrigado a enviar Biniamin.
  • Yossef testa seus irmãos e esconde cálice de prata na sacola de Biniamin.
  • Biniamin é acusado de roubo e condenado a virar escravo.
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UM POR TODOS E TODOS POR UM - PARASHÁ MIKETZ 5784 (15/dez/23)
 
O diretor de uma famosa escola de Israel, conhecido por ser extremamente rigoroso na escolha dos alunos que eram aceitos, certa vez ajudou um colega a organizar um evento rabínico especial. Este evento contava com a presença de muitos rabinos importantes e de um dos grandes rabinos da geração. Multidões vieram para obter um pouco de inspiração. O evento foi tão concorrido que logo os ingressos se esgotaram.
 
Quando o diretor chegou ao evento com seu filho, um jovem rapaz, ele ainda estava sem ingresso e não sabia que estavam esgotados. Ele ficou surpreso ao descobrir que não poderia entrar. Como havia ajudado a organizar o evento, inicialmente imaginou que poderia negociar com o segurança. Porém, depois de alguns minutos de tentativas sem sucesso, o diretor começou a perder a calma. Aquele constrangimento, no frio congelante, continuou por mais de uma hora. O diretor não conseguia acreditar no que estava acontecendo, e estava decidido a repreender duramente seu colega quando o evento acabasse, por ter deixado ele e seu filho do lado de fora.
 
Assim que as portas se abriram e centenas de pessoas começaram a sair, ele rapidamente mirou seu colega no meio da multidão e começou a despejar sobre ele toda a frustração acumulada nas últimas horas. Com uma carta na manga, o amigo o deixou terminar de gritar. Rapidamente ele o surpreendeu ao dizer que o grande rabino ainda estava lá dentro e, para compensá-lo, poderia levá-lo ao rabino para uma reunião individual. Rapidamente os sentimentos de frustração do diretor foram substituídos por uma enorme empolgação enquanto iam ao encontro do grande rabino.
 
Quando foi apresentar o diretor ao grande rabino, o colega não se esqueceu de mencionar o que havia acontecido com ele do lado de fora. O grande rabino pediu ao diretor que contasse um pouco mais sobre como ele havia se sentindo nos momentos em que estava lá fora, no frio congelante, enquanto o evento acontecia. O diretor abriu seu coração e começou a falar sobre como se sentiu horrível por estar lá fora, naquele frio congelante. Quase chegando às lágrimas, explicou como havia sido terrível, especialmente por estar passando vergonha na frente de seu filho jovem. Ele disse que ficou tão humilhado que se sentiu sozinho e rejeitado, como se fosse um nada, um ninguém! Foi como se tudo o que havia feito na vida fosse um fracasso total, por ter sido excluído e separado de todos que entraram no evento. Nada poderia tirar aquela sensação ruim, que parecia que nunca iria acabar. Ele terminou dizendo: "Não consigo entender por que D'us fez isso comigo! Eu trabalhei tanto por este evento!".
 
Após um instante de silêncio, o grande rabino deu uma resposta curta, mas muito sábia, que carregava uma importante lição de vida para todos aqueles que tiveram o mérito de escutar:
 
- Sei que sua escola é muito rigorosa na seleção dos alunos. Talvez D'us queira que você conheça os sentimentos dos estudantes que você rejeitou, por não terem a mesma formação que você, ou a linhagem que você considera adequada, ou que não tenham condições de pagar. Talvez, depois de terem tentado de tudo para entrar na sua escola tão rigorosa e terem fracassado, eles se sentiram envergonhados, sozinhos, rejeitados e como se não fossem nada e ninguém! Como se tudo o que fizeram fosse um fracasso, já que seriam separados de todos os que conheciam. Talvez eles também estejam perguntando por que D'us fez isso com eles, já que se esforçaram tanto! Eles também são filhos jovens de D'us. Você tem uma resposta para eles?
 
O diretor escutou em silencia e abaixou a cabeça. O rabino havia conseguido ensinar àquele diretor que uma das ferramentas mais importantes na nossa vida é a empatia, sentir a dor do próximo. Mesmo nos casos em que um aluno não fosse adequado, o diretor deveria se comportar da maneira mais solidária possível e encaminhá-lo à escola adequada. Assim construímos a união do povo judeu.

Nesta semana lemos a Parashá Miketz (literalmente "Ao fim de"), que continua descrevendo a saga de Yossef, após ter sido vendido com escravo pelos seus próprios irmãos, que achavam que ele era uma má influência dentro da família. Porém, a vida de Yossef logo começou a mudar, pois após interpretar os sonhos do Faraó e sugerir medidas para os anos de fartura e fome, ele foi imediatamente elevado ao cargo de vice-rei sobre todo o Egito.
 
A fome profetizada através dos sonhos do Faraó não atingiu apenas o Egito, mas também a Terra de Israel. Ao ver que as provisões terminavam, Yaacov enviou seus filhos ao Egito, pois sabia que lá haviam armazenado comida. E assim está escrito: "Então os filhos de Israel vieram comprar provisões entre os que chegavam, pois havia fome em Eretz Knaan" (Bereshit 42:5).
 
O Talmud Bavli (Meguilá 23b) registra as várias partes da Tefilá que requerem um "Minian", pois são "Devarim ShebeKedushá" (partes imbuídas com níveis mais elevados de santidade). O fato de que essas partes exigem um Minian é aprendido do versículo "E Eu serei santificado no meio de Bnei Israel" (Vayikrá 22:32), utilizando uma das "13 ferramentas de interpretação da Torá", conhecida como "Gzeirá Shavá", quando aprendemos de um assunto para o outro através de um termo igual que aparece nas duas diferentes fontes. O versículo que fala sobre a santificação de D'us usa o termo "toch" (meio), que também é encontrada no versículo que fala sobre a os malvados seguidores de Korach, como está escrito: "separem-se do meio desta congregação maligna" (Bamidbar 17:10). E a partir da palavra "Eidá" (congregação), o versículo sobre Korach se conecta com outro versículo, que define o número de pessoas em uma "Eidá". Na Parashá Shelach, os espiões também são chamados de "Eidá". O versículo afirma: "Quanto tempo levará esta congregação maligna". Como o versículo se refere apenas aos espiões que provocaram D'us, então Calev e Yehoshua estavam excluídos da conta, sobrando dez. Tendo definido que "Eidá" é no mínimo "dez pessoas", então "toch", justaposto a "Eidá", também se refere a um mínimo de dez pessoas. Assim aprendemos que a santificação de D'us no "meio" de Bnei Israel requer um Minian. O Talmud dá uma enorme "volta" para aprender que o Minian precisa ter no mínimo dez pessoas.
 
Porém, o Talmud Yerushalmi (Beracot 7:3) cita outra fonte de aprendizado do número de pessoas necessárias para um Minian, que é o versículo da nossa Parashá: "Então os filhos de Israel vieram comprar provisões entre os que chegavam". Nem todos os filhos foram, já que Yaacov não permitiu que Biniamin fosse e Yossef já estava no Egito. Portanto, no total dez filhos de Yaacov foram ao Egito. O termo "betoch" (entre) se conecta com o versículo referente à santificação de D'us, onde também está escrito "betoch", concluindo que para haver Minian precisamos de dez pessoas, como os dez filhos de Yaacov. Esta parece ser uma maneira muito mais simples e direta de obter o mesmo resultado que foi obtido pelo Talmud Bavli. Então por que o Talmud Bavli escolheu seguir um aprendizado mais complicada do que o trazido pelo Talmud Yerushalmi, se o resultado é o mesmo?
 
A resposta está em um comentário no qual Rashi (França, 1040 - 1105), citando um interessante Midrash, diz que todos os filhos de Yaakov entraram no Egito através de portões diferentes. Há duas opiniões sobre o motivo pelo qual eles se comportaram desta maneira. A razão trazida por Rashi é que Yaakov os instruiu a entrar separadamente para protegê-los do "Ain Hará" (mau-olhado) dos egípcios, já que eles eram jovens fortes e bonitos. Outra opinião afirma que os irmãos aproveitaram para procurar Yossef no Egito e decidiram que a maneira mais eficaz de fazê-lo seria cada um entrar por um portão diferente.
 
Explica o Rav Yochanan Zweig que um Minian não consiste apenas em dez homens rezando individualmente. Para alcançar o status de "Minian", é necessário uma "reunião coletiva de cabeças", isto é, que as pessoas envolvidas estejam unidas por um propósito e uma causa comuns. Se os irmãos se separaram com a intenção específica de não serem vistos juntos, esta não pode ser a fonte dos requisitos de um Minian, que exige que o grupo seja unido e coeso. No entanto, se os irmãos se separaram para tentar encontrar Yossef de uma maneira mais eficiente, esta seria a fonte ideal para os requisitos de um Minian, pois eles compartilhavam um propósito comum e trabalharam juntos ,de forma coesa, para atingir um objetivo único.
 
Desta maneira podemos tentar explicar a diferença entre as abordagens do Talmud Bavli e o Talmud Yerushalmi. O Talmud Bavli entende que os irmãos se separaram porque estavam seguindo as instruções de Yaakov. Portanto, o Talmud Bavli precisa procurar outra fonte para provar que o número necessário para um Minian é de dez pessoas, mesmo que seja uma forma bem mais complexa de chegar neste aprendizado. Já o Talmud Yerushalmi entende que os irmãos estavam unidos pelo objetivo comum de encontrar Yossef, e por isso pode definir o número mínimo de pessoas necessárias para um Minian de acordo com este acontecimento, de forma mais direta.
 
Apesar deste ensinamento ser muito profundo, há algo que podemos aprender para as nossas vidas, e que certamente é muito importante dentro do que está acontecendo atualmente com o povo judeu. Somente é considerado um Minian quando as pessoas estão unidas e conectadas, quando há um objetivo em comum, quando há uma preocupação coletiva. Da mesma maneira, o povo judeu só é considerado um povo quando estamos juntos, conectados, um respeitando o outro, apesar das diferenças. Todas as vezes em que o povo judeu começa com suas "guerras internas", então D'us manda inimigos externos para nos unir. Por que esperamos pelas dificuldades e sofrimentos para nos unirmos? Se durante a guerra conseguimos nos respeitar e até mesmo amar uns aos outros, convivendo de forma pacífica, ajudando uns aos outros e rezando uns pelos outros, por que não podemos fazer isso também em épocas de paz? Talvez esta paz interna é justamente o que D'us está esperando para finalmente nos tirar do exílio e novamente reunir todo o povo judeu em Israel, um por todos e todos por um. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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