quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

D’US ESTÁ ENTRE NÓS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TERUMÁ 5782

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PARASHÁ TERUMÁ



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ASSUNTOS DA PARASHÁ TERUMÁ
  • Doações para a construção do Mishkan.
  • Aron Hakodesh e a Kaporet.
  • Shulchan.
  • Menorá.
  • 3 coberturas do Ohel Moed.
  • Tábuas (estrutura do Ohel Moed).
  • Parochet e Tela de entrada.
  • Mizbeach.
  • Pátio.
BS"D

D'US ESTÁ ENTRE NÓS - PARASHÁ TERUMÁ 5782 (04/fevereiro/2022)

 
Adriano, o imperador de Roma, costumava discutir diversos assuntos com o Rabi Yehoshua ben Chanania, um dos grandes sábios do Talmud. Uma vez ele lhe perguntou:
 
- Diga-me, rabino, existe um Senhor do Universo, alguém que o governe o mundo todo?
 
- Óbvio! - respondeu Rabi Yehoshua - Por acaso o mundo é algo sem um Dono? Você acha possível que tudo seja regido pelo acaso?
 
- E quem criou os céus e a terra? - continuou perguntando Adriano, não se contentando com a resposta.
 
- Hashem! - respondeu mais uma vez Rabi Yehoshua - Está escrito na Torá, na Parashá Bereshit.
 
Na realidade, o imperador já sabia as respostas de Rabi Yehoshua. Ele estava apenas tentando "vencer" uma discussão com o sábio judeu. Ele continuou a perguntar com esperteza:
 
- Se isso é verdade, então por que então Ele não aparece, para que todos O vejam e O temam?
 
- Isso é impossível - respondeu Rabi Yehoshua - as criaturas não conseguiriam suportar a luz e o esplendor da Presença Divina!
 
Adriano estava aguardando exatamente esta resposta, e ficou confiante da sua vitória.
 
- Eu não acredito em você - disse o imperador - Eu, Adriano, o imperador de Roma, quero vê-Lo!
 
- Você não vai poder vê-lo, imperador! - respondeu calmamente o Rabi Yehoshua, sem se abater.
 
Adriano começou a insistir que queria ver D'us, e afirmou que caso isso não acontecesse, seria um sinal de que tudo o que o Rabi Yehoshua havia dito não era verdade. Novamente sem se abalar, Rabi Yehoshua pediu para que o imperador aguardasse até o dia seguinte. O imperador ficou desconcertado, não estava esperando uma resposta do Rabi Yehoshua. Ele aceitou, mas ficou muito curioso. Já de manhã bem cedo ele estava impaciente, esperando o Rabi Yehoshua chegar e lhe mostrar D'us. Finalmente, ao meio-dia, Rabi Yehoshua chegou ao palácio. Era o auge do verão e o calor estava intenso. Rabi Yehoshua pediu a Adriano que o acompanhasse para fora do palácio e, apontando para o sol, disse:
 
- Olhe diretamente para o sol e você verá D'us.
 
- Isso é impossível! - respondeu Adriano, indignado - Quem é que pode olhar diretamente para o sol?
 
- É impossível? Você não pode fazer isso? - perguntou Rabi Yehoshua, com um enorme sorriso no rosto - Que seus ouvidos escutem o que sua boca está falando! O sol é apenas uma das centenas de milhares de criações de D'us, e ninguém consegue olhar diretamente para ele. E você quer olhar Hashem, o Todo-Poderoso, o Criador de todo o universo?
 
Resignado, o imperador teve que concordar com as sábias palavras do Rabi Yehoshua ben Chanania.

Nesta semana lemos a Parashá Terumá (literalmente "Porção"), que descreve o comando de D'us para a construção do Mishkan, o Templo Móvel, com todos os seus mínimos detalhes. Além da estrutura, que era composta por um pátio cercado por cortinas de linho e uma construção central, feita de tábuas de madeira revestidas de ouro e coberta com várias camadas de cortinas de lã, linho e couro, a Parashá também descreve os detalhes dos utensílios que ficavam dentro do Mishkan e eram utilizados no Serviço a D'us, como o Aron Hakodesh, a Menorá, a Shulchan e o Mizbeach, também feitos com metais nobres e os mais finos acabamentos.
 
Os judeus, após terem sido libertados da escravidão do Egito, haviam se tornado uma nação. Durante a estadia do povo judeu no deserto, em sua preparação para a entrada na Terra de Israel, Moshé foi ordenado a construir o Mishkan, um Templo temporário e portátil, que podia ser montado e desmontado, e que acompanharia o povo judeu durante suas viagens. Algum tempo após a entrada do povo judeu na Terra de Israel, o Mishkan foi substituído definitivamente pelo Beit Hamikdash de Jerusalém.
 
Mas este conceito central da Parashá, a construção do Mishkan, desperta um grande questionamento: afinal, por que era necessário a construção do Mishkan? Se a Presença Divina permeia cada partícula do espaço no universo, por que D'us comandou ao povo judeu que construísse para Ele uma "moradia" limitada?
 
Além disso, a linguagem utilizada pela Torá parece incomum: "E que eles façam para Mim um Santuário, e neles habitarei" (Shemot 25:8). Esperaríamos que o versículo terminasse com as palavras "e nele habitarei", isto é, se referindo ao Santuário que D'us ordenou que construíssem. Então por que está escrito "e neles habitarei", no plural?
 
Os nossos sábios trazem diferentes respostas para estes questionamentos. O Midrash ensina que, na realidade, o comando para a construção do Mishkan não segue a ordem cronológica dos eventos. A Torá primeiro descreve o Mishkan e as roupas do Cohen Gadol, nas Parashiót Terumá e Tetzavê, e somente depois descreve a terrível transgressão do Bezerro de Ouro, na Parashá Ki Tissá. Porém, na realidade, foi o inverso que ocorreu, isto é, primeiro o povo judeu fez o Bezerro de Ouro e somente depois D'us ordenou a construção do Mishkan. A inversão na descrição dos acontecimentos ensina que D'us prepara o antídoto antes mesmo de a doença surgir.
 
Mas qual é a conexão entre a transgressão do Bezerro de Ouro e a construção do Mishkan? O Midrash explica que quando o povo judeu fez o Bezerro de Ouro, um dos piores erros cometidos em toda a nossa história, a Presença Divina se afastou do povo. D'us quis destruir o povo judeu e recomeçar, através de Moshé, um novo povo. Moshé implorou para que D'us perdoasse o povo judeu, até que finalmente conseguiu despertar a Misericórdia Divina. Porém, ainda assim Moshé não estava satisfeito. Ele questionou: "D'us, como será demonstrado para as nações do mundo que Você realmente perdoou o povo judeu?". D'us então ordenou que Moshé construísse o Mishkan e disse: "No Mishkan o povo judeu oferecerá os Korbanót e Eu os aceitarei. Será uma demonstração pública do Meu amor renovado pelo povo judeu". Através do Mishkan, a Presença Divina, que tinha se afastado, voltou a repousar entre nós.
 
Porém, quando Moshé escutou que D'us, cuja Glória preenche o céu e a terra, pretendia "morar" em uma residência tão "humilde", construída por seres humanos, ele se assustou. Mas D'us o tranquilizou, dizendo: "Não preciso nem mesmo do Mishkan inteiro. Habitarei no espaço entre as barras do Aron Hakodesh". D'us, em Seu grande amor pelo povo judeu, restringiu Sua morada ao pequeno Mishkan, como um pai que aceita viver em uma casa pequena apenas para poder estar perto de seus filhos amados.
 
Já o livro "Lilmod Ulelamed" traz outra resposta para o nosso questionamento. O ser humano pode acreditar que a Presença de D'us existe em todos os lugares, mas é difícil para o intelecto humano conceber prontamente esse conceito tão abstrato. Os sentidos humanos são muito limitados para compreender plenamente a Onipresença de D'us. Portanto, em um gesto de amor com os seres humanos, D'us escolheu um local específico e concreto para repousar a Sua Presença, algo que os seres humanos poderiam prontamente ver e aceitar. Este local foi o Mishkan, e futuramente o nosso Beit Hamikdash.
 
Porém, esta belíssima explicação ainda desperta um enorme questionamento. Infelizmente, não tivemos o mérito de viver com a presença do Beit Hamikdash e sua influência espiritual nos últimos dezenove séculos. Isso significa que não podemos atualmente experimentar esta proximidade da Presença Divina. Então, de que adiantou D'us ter vindo "habitar" no mundo junto conosco, se já não podemos mais sentir Sua presença?
 
A resposta é que a Presença de D'us não é reservada apenas ao Beit Hamikdash. Cada lar judaico (Bait Yehudi), cada sinagoga (Beit Haknesset) e cada Centro de estudo de Torá (Beit Midrash), onde existem manifestações do cumprimento do judaísmo, através de Tefilót, do estudo da Torá e do cumprimento das Mitzvót, pode se tornar um local onde se concentra santidade. Para que a Presença Divina possa pairar de forma que possamos senti-La, cada lar judaico, sinagoga e Centro de estudos devem ser dignos dessa santidade. 
 
É por essa razão que a Torá usa o plural ao declarar "e neles habitarei", para nos recordar que a moradia de D'us não é apenas no Mishkan ou no Beit Hamikdash, mas que D'us habitará no meio de todos nós se formos merecedores deste privilégio. A isso se refere as palavras do versículo: "Que grade nação tem um D'us tão perto de si, como Hashem, nosso D'us, em todos os momentos que nós O invocamos?" (Devarim 4:7). D'us não está apenas no Mishkan, D'us está no coração de cada um de nós, quando nós O procuramos de verdade. Com as Mitzvót e o estudo da Torá podemos transformar nossas casas e sinagogas em um verdadeiro Mishkan.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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