sexta-feira, 1 de maio de 2015

CONTINUE ANDANDO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT ACHAREI MÓT E KEDOSHIM 5775 

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CONTINUE ANDANDO - PARASHIÓT ACHAREI MÓT E KEDOSHIM 5775 (01 de maio de 2015)

"Nas Olimpíadas de 1992, em Barcelona, os corredores estavam preparados para a largada da semifinal da prova de 400 metros rasos masculina. Entre eles estava um jovem inglês, Derek Redmond, um dos favoritos para a grande final. Quando foi dada a largada, os competidores começaram a disputa de forma acirrada, cada um no limite do seu esforço físico. Derek estava bem na corrida, e vinha com boas chances de classificação. Eram segundos decisivos na vida daqueles que haviam treinado e se preparado tanto, e estavam ali para fazer valer o esforço de uma vida de dedicação.

 
Derek Redmond tinha um motivo a mais para querer a vitória. Quatro anos antes, nas Olimpíadas de Seul, ele havia passado por cinco operações em ambos os tendões. Após muito esforço, ele havia conseguido se recuperar e participar daquela olimpíada. Porém, no meio da corrida, seu tendão direito se rompeu. Derek foi ao chão, sentindo muita dor. Era o fim do sonho, e agora restavam apenas a tristeza e a dor. As câmeras não focalizaram Derek caído, e sim o campeão Steve Lewis, que havia completado a prova em 44s50. 

Mas Derek Redmond não desistiu. Determinado a concluir a prova, ele se levantou com muita dificuldade e, saltando com apenas uma das pernas, retomou a corrida, obviamente sem a menor chance de classificação. Foi quando seu pai, Jim Redmond, de 49 anos de idade, desceu a arquibancada, escalou a cerca de proteção e saltou para a pista antes que qualquer fiscal pudesse impedi-lo. Ele alcançou seu filho, abraçou-o e ajudou-o a caminhar.

A multidão, de pé, começou a aplaudir ao perceber que Derek Redmond estava participando da corrida da sua vida. O jovem corredor apoiou sua cabeça no ombro direito do pai e juntos eles percorreram o que restava da pista até a linha de chegada, sob os aplausos de incentivo da multidão de mais de 60 mil espectadores. Derek não venceu a corrida, mas naquele dia ele saiu de lá como um grande vencedor".

Dificuldades e tropeços na vida sempre existirão. Mas não podemos parar, não podemos desistir. Temos que continuar sempre buscando o nosso crescimento, nos esforçando um pouco mais a cada dia. 

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Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Acharei Mót e Kedoshim. Enquanto a Parashá Acharei Mót descreve os serviços feitos pelo Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) em Yom Kipur, a Parashá Kedoshim traz várias Mitzvót "Bein Adam LeHaveiró" (entre o homem e seu semelhante), nos ensinando que, para chegarmos ao nível de sermos Kedoshim (pessoas sagradas), não podemos focar apenas no nosso relacionamento com D'us, também devemos ser muito cuidadosos no nossos relacionamento com o próximo.
 
Na Parashá Acharei Mót, no meio da descrição de algumas Mitzvót, a Torá nos traz um mandamento genérico: "E cumpram Minhas Leis, e guardem Meus Estatutos, para andar neles, Eu sou Hashem teu D'us" (Vayikrá 18:4). O que significa a expressão "andar" em relação às Mitzvót? E o que esta expressão acrescenta neste comando genérico de cumprir as Mitzvót da Torá?
 
Explica o Rav Avraham Shmuel Binyamin (Eslováquia, 1815 - 1872), mais conhecido como Ktav Sofer, que muitas vezes podemos aprender o verdadeiro significado de uma palavra estudando o seu oposto. Neste caso, o oposto de "andar" seria "ficar parado", que em hebraico é "omed". Em muitas situações o Tanach utiliza esta expressão em relação aos anjos, como em uma das visões do profeta Yeshayahu: "Os Serafim (tipo de anjo) estavam parados ("omdim") sobre ele" (Yeshaiahu 6:2). Mas qual é o sentido da Torá dizer que os anjos estavam "parados"? Segundo o Ktav Sofer, esta expressão é utilizada para ensinar que os anjos se mantêm estacionados em seu nível espiritual, isto é, eles não têm conexão com o conceito de "crescimento espiritual". Apesar de terem sido criados em um nível espiritual muito elevado, eles não crescem mais. Já a linguagem "andar" foi utilizada em relação ao ser humano, para ensinar sobre a sua possibilidade de crescer e melhorar continuamente seu nível espiritual através de seu esforço, evitando permanecer espiritualmente parado.
 
O mesmo conceito é utilizado pelo Ktav Sofer nas palavras iniciais da Parashá Bechukotai: "Se vocês andarem nos Meus Estatutos, e guardarem as Minhas Mitzvót, e as cumprirem" (Vayikrá 26:3). A expressão "andarem nos Meus Estatutos" significa que não é suficiente manter as Mitzvót todos os dias exatamente no mesmo nível em que as cumprimos nos dias anteriores, ao contrário, devemos constantemente crescer em nosso nível espiritual, cumprindo cada uma das Mitzvót de uma maneira melhor e mais louvável a cada dia.
 
Das palavras do Ktav Sofer aprendemos dois conceitos muito importantes. Em primeiro lugar, que não é suficiente nos acomodarmos na vida, achando que ao cumprir algumas Mitzvót já fazemos tudo o que é necessário no nosso trabalho espiritual. A Torá ressalta que devemos estar constantemente nos esforçando para continuar crescendo, não apenas acrescentando Mitzvót que ainda não cumprimos, mas tentando sempre melhorar ainda mais as Mitzvót que já cumprimos. Um segundo ponto interessante é perceber que, se a Torá repetidamente utiliza a linguagem de "parado" em relação aos anjos, isto significa que permanecer parado não é uma opção para os seres humanos. A Torá explicitamente nos comandou a "andar nas Mitzvót", isto é, a continuar crescendo sempre, pois apenas os anjos conseguem permanecer estacionados em sua espiritualidade sem cair para trás. Já os seres humanos, que não têm esta característica, caso não estejam crescendo, automaticamente estão caindo espiritualmente.
 
Este conceito também pode ser visto em uma interessante Halachá (Lei Judaica). A Torá nos ensina que em relação ao Mizbeach (Altar de Sacrifícios) há um pequeno detalhe construtivo, como está escrito: "Você não deve subir no Meu Mizbeach através de degraus" (Shemot 20:23). Como o Mizbeach tinha cerca de um metro e meio de altura, então os Cohanim subiam nele através de uma rampa. Explica o Rav Motty Berger que o final do versículo traz um motivo explícito para esta proibição de subir no Mizbeach através de degraus, que está relacionado com o conceito de "Tzniut" (recato). Porém, há outro incrível ensinamento por trás desta proibição. Quando uma pessoa está subindo uma rampa íngreme, se ela não faz nenhum esforço, a inclinação da rampa faz com que ela naturalmente caia para trás. O esforço precisa ser grande não apenas para subir, mas até mesmo para ficar parado no mesmo lugar. Já em uma escada, quando a pessoa está subindo, é possível ficar parada em um dos degraus sem o risco de cair para trás, pois a superfície onde ela está pisando é plana. Portanto, a proibição de utilizar degraus no Mizbeach nos ensina que, quando estamos fazendo o nosso Serviço Divino, não podemos ficar parados, pois nossa subida espiritual não ocorre como alguém que sobe em uma escada, e sim como alguém que sobe em uma rampa.
 
Mas por que uma pessoa que não faz esforços ativos para se manter espiritualmente acaba caindo, ao invés de ficar parada no mesmo nível? Pois o nosso Yetzer Hará (má inclinação) está o tempo inteiro nos puxando espiritualmente para baixo. Se a pessoa não aplica uma força ativa para crescer, então ela automaticamente cai, pois o Yetzer Hará a puxa para baixo e não há nenhuma força contrária para mantê-la estável. Já os anjos, que não têm Yetzer Hará, podem se manter constantes mesmo sem precisar de nenhum tipo de esforço.
 
Mas não é fácil colocar este conceito tão importante no coração. Uma das grandes dificuldades é que olhamos para pessoas que não demonstram estar fazendo nenhum esforço ativo para crescer, e mesmo assim parece que elas estão se mantendo no mesmo lugar, elas não demonstram estar se deteriorando espiritualmente. Mas a verdade é que o nosso Yetzer Hará nos derruba com sabedoria, de maneira que não conseguimos perceber. Ele vai atacando devagarzinho a pessoa, fazendo-a gradualmente se enfraquecer no cumprimento das Mitzvót. O processo é tão sutil que dificilmente é percebido pelos que estão observando-a de fora. Normalmente nem mesmo a própria pessoa está realmente consciente de seu processo lento de declínio espiritual. Ela fica tranquila, pensando que está estável, mas a verdade é que sem esforços a pessoa vai dando ao Yetzer Hará pequenos avanços que, somados, se tornam grandes derrotas.
 
Outra forma do Yetzer Hará nos atacar é através da força do costume. Quando uma pessoa não se esforça para melhorar em áreas onde ela ainda tem alguma deficiência, ela vai caindo cada vez mais na armadilha do hábito. E quanto mais uma pessoa repete um mau hábito, mais vai se tornando difícil se separar deste comportamento errado. Cada transgressão cria uma pequena "linha" que nos conecta um pouco mais aos maus hábitos. Aquela frágil linha, que em um primeiro instante poderia ser facilmente rompida, vai se acumulando até tornar-se uma corda grossa, muito difícil de ser arrebentada.
 
D'us poderia ter criado o mundo da maneira que quisesse. Portanto, tudo o que Ele criou é necessário, e tem como um de seus propósitos nos ensinar como funcionam as regras do mundo espiritual. Por exemplo, uma das coisas que D'us criou foi a força da gravidade. O que podemos aprender com a força da gravidade? Que o tempo inteiro estamos sendo puxados "para baixo". Mesmo ficar parado de pé exige esforço. Para saltarmos é necessário um esforço ainda maior. D'us nos dá, através da força da gravidade, um exemplo de que estamos o tempo inteiro sendo espiritualmente puxados para baixo. Sem nenhum esforço, acabamos no chão, sem nenhuma espiritualidade. Mesmo para nos mantermos parados de pé é necessário continuamente nos esforçar. E para subir precisamos utilizar ainda mais energia.
 
Aprendemos deste conceito da Parashá o quanto é fundamental nos esforçarmos ativamente para continuar crescendo espiritualmente, e que não existe para o ser humano a possibilidade de ficar parado constantemente no mesmo nível espiritual. Este ensinamento é ainda mais importante nesta época do ano. Passamos pela festa de Pessach, que representa a força de renovação do povo judeu, e estamos agora nos dias da Contagem do Omer, que fazem a conexão entre a saída do Egito e o recebimento da Torá no Monte Sinai. Da mesma forma que nestes dias o povo judeu cresceu, do pior nível de impureza até o nível de estarem prontos para receber a Torá, assim também temos a enorme oportunidade de crescer, nestes dias tão propícios, em todas as áreas espirituais. O mais importante é nunca desistir, apesar das dificuldades que surgem no nosso caminho, e continuar "andando nas Mitzvót", para conseguirmos vencer a corrida da vida.

SHABAT SHALOM

Rav Efraim Birbojm

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