quinta-feira, 26 de novembro de 2020

NÃO DESTRUA SEUS MÉRITOS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIETSE 5781

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ASSUNTOS DA PARASHAT VAIETSE
  • Saída de Yaacov de Beer Sheva.
  • A visão de Yaacov.
  • Yaacov encontra Rachel e chora.
  • 7 anos de trabalho por Rachel.
  • A enganação de Lavan.
  • Após 7 anos de trabalho, Yaacov se casa com Lea.
  • Yaacov se casa com Rachel e trabalha mais 7 anos por ela.
  • Lea tem 4 filhos: Reuven, Shimon, Levi, Yehuda.
  • Yaacov se casa com Bilá, escrava de Rachel.
  • Bilá tem 2 filhos: Dan e Naftoli.
  • Yaacov se casa com Zilpá, escrava de Lea.
  • Zilpá tem 2 filhos: Gad e Asher.
  • Lea tem mais dois filhos: Issachar e Zevulun.
  • Lea tem uma filha: Diná.
  • Rachel tem um filho: Yossef.
  • Yaacov trabalha mais 6 anos para Lavan.
  • Lavan tenta enganar Yaacov.
  • Yaacov decide voltar.
  • Lavan persegue Yaacov e o alcança.
  • O Tratado de Yaacov e Lavan.
BS"D

NÃO DESTRUA SEUS MÉRITOS - PARASHAT VAIETSE 5781 (27 de novembro de 2020)

 
"Um dos alunos do Beth Medrash Govoha, em Lakewood, tinha o privilégio especial de levar diariamente ao Rosh Yeshivá, o Rav Aharon Kotler zt"l (Bielorússia, 1891 - EUA 1962), uma xícara de café de manhã. Certo dia, alguns minutos depois de ter colocado o café na mesa do rabino, o aluno passou pelo escritório e percebeu que a xícara estava intocada. Ele entrou, retirou a xícara de café frio e voltou com outro café bem quente, presumindo que o rabino tinha simplesmente esquecido de beber o café porque ele estava absorto nos estudos. Porém, vários minutos depois, ele passou de novo pelo escritório e notou que outra vez o café havia permanecido intocado. Naquele momento o aluno entendeu que não era apenas uma questão de estar concentrado nos estudos, deveria ter algum outro motivo. Com cuidado para não ofender o rabino, perguntou:
 
- Rav, desculpe, mas o senhor não vai tomar o seu café? Todos os dias o Rav toma rapidamente o café assim que eu trago, mas hoje eu já trouxe o café duas vezes e o Rav ainda não bebeu. Aconteceu algo?
 
- Vou compartilhar meus pensamentos com você - respondeu o Rav Aharon, com o rosto sério - Um casal conhecido está interessado em um ex-aluno da Yeshivá para casar com a filha deles. É muito provável que eles vão me ligar para perguntar sobre o rapaz. Porém, isto será um enorme problema. Ele não é um bom rapaz e louvá-lo com atributos que ele não possui é proibido pela Torá. Primeiro por ser mentira, e segundo por eu não estar me importando com possíveis danos que serão causados à outras pessoas, já que traços de caráter negativos acabam levando à discórdia e até mesmo ao divórcio, e isso seria responsabilidade de quem reteve as informações verdadeiras. Por isso, o correto seria falar a verdade, que ele não é um bom rapaz. Por outro lado, não me sinto confortável em divulgar meus verdadeiros sentimentos, pois sempre existe a possibilidade de que, uma vez casado, o rapaz amadureça, mude e o casal seja feliz. Minhas observações podem, portanto, fazer fracassar um potencial casal.
 
- É realmente um dilema difícil que estou enfrentando - continuou o Rav Aharon - Por isso, decidi que este dia seria um dia de jejum e Tefilót para Hashem, para que Ele me faça uma bondade e me livre deste telefonema, que pode resultar, D'us nos livre, em Lashon Hará. Como estou em jejum, não tomei o café que você trouxe"
 
Devemos nos inspirar com a atitude do Rav Aharon Kotler e seu cuidado antes de proferir cada palavra. Se medirmos as consequências das palavras e os danos que podemos causar, certamente seremos mais cuidadosos.

Nesta semana, lemos a Parashat Vaietse (literalmente "E saiu"), que descreve a fuga de Yaacov. Ele precisou sair de casa para escapar de seu irmão Essav, que queria matá-lo. Yaacov aproveitou a oportunidade para também procurar uma esposa que fosse da família de sua mãe. Por isso ele foi para a casa de Lavan, seu tio, onde encontrou sua prima Rachel e percebeu que seria com ela que ele construiria o futuro do povo judeu.

No meio do caminho, Yaacov deitou-se em um lugar sagrado, onde futuramente seria construído o Templo, e teve um sonho profético, de uma escada que ia até o céu, com anjos subindo e descendo, e no topo D'us, que garantiu a Yaacov que o acompanharia em sua jornada. Yaacov, ao acordar daquele sonho incrível, fez uma promessa, como está escrito: "Se D'us estiver comigo e me mantiver no caminho que eu vou... Então esta pedra que eu coloquei como monumento será uma casa de D'us" (Bereshit 28:20,22). Mas o que exatamente Yaacov estava pedindo para D'us quando disse "se me mantiver no caminho que eu vou"?

Explica o Midrash (parte da Torá Oral) que o pedido de Yaakov era para que D'us o protegesse de falar Lashon Hará (maledicência). Mas por que justamente neste momento Yaacov sentiu a necessidade de fazer este pedido a D'us? E isto este era o mais importante para pedir a D'us em um momento de tanta espiritualidade?

Estas perguntas, na realidade, surgem por uma falha no nosso entendimento sobre o quão grave é a transgressão de Lashon Hará. O Lashon Hará é a transmissão verbal, escrita ou até mesmo por sinais, de qualquer tipo de informação que pode causar danos ao outro, tanto físicos quanto psicológicos ou espirituais. O Lashon Hará pode humilhar, destruir a autoestima de uma pessoa, causar ódio e desunião. Porém, apesar disso, muitos justificam suas palavras de Lashon Hará, dizendo: "mas foi apenas um comentário, que mal tem?". Por isso, acabamos não dando o devido peso a esta transgressão que, infelizmente, está tão presente em nossas vidas.
 
Para entender um pouco melhor o peso desta transgressão, nossos sábios ensinam que nosso Primeiro Templo foi destruído por causa da idolatria, do derramamento de sangue e de relações ilícitas, mas 70 anos depois ele foi reconstruído. Já o Segundo Templo foi destruído há quase dois mil anos por causa do Lashon Hará e do ódio gratuito, mais ainda não tivemos o mérito de reconstruí-lo. Desta maneira, D'us está nos ensinando que o Lashon Hará e o ódio gratuito carregam a gravidade das três piores transgressões, com o agravantes de ser algo interno, difícil de ser mudado e consertado. Quando alguém chega ao absurdo de assassinar outra pessoa em um momento de impulsividade, como em uma briga, certamente sentirá remorso por toda a vida. Porém, uma pessoa pode falar Lashon Hará a vida inteira, estragando a vida dos outros, sem sentir nenhum arrependimento.

O Rav Israel Meir HaCohen zt"l (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido como Chafetz Chaim, explica que há alguns motivos que justificam o comportamento de Yaakov, de rezar para que D'us o protegesse do Lashon Hará justamente naquele momento em que estava se dirigindo à casa de Lavan. Em primeiro lugar, uma pessoa que se encontra em uma situação de perigo depende da Misericórdia Divina para poder se salvar. Quando nos encontramos em situações de perigo físico, devemos ser especialmente cuidadosos para não falar Lashon Hará, pois o Lashon Hará é algo tão desprezado por D'us que pode desencorajá-Lo de estender Sua ajuda a nós. Yaacov sabia que estava se dirigindo ao encontro de uma pessoa egoísta, desonesta e trapaceira, que não media esforços para conseguir o que queria. Ele sabia que corria até mesmo perigo de vida durante a convivência com Lavan e queria manter seus méritos espirituais para poder ser salvo.
 
Yaacov estava certo e sua preocupação se confirmou quando ele resolveu voltar para casa. Lavan o perseguiu e o alcançou, com intenção de matá-lo. Se não fosse a intervenção Divina, talvez Lavan teria conseguido realizar seu intento. Yaakov rezou para ser salvo de falar Lashon Hará pois sabia que isto o ajudaria a se proteger dos perigos físicos que certamente encontraria.
 
Além disso, somos seres sociais, muito influenciados pelas pessoas à nossa volta. É por isso que nossos sábios nos ensinam: "Se afaste de um mau vizinho e não se junte a um perverso" (Avót 1:7). Devemos escolher muito bem quem são as pessoas à nossa volta, pois elas nos influenciam, diretamente e indiretamente. Mas muitas vezes não temos escolha, como aconteceu com Yaacov, que precisava conviver com Lavan e os outros trapaceiros da região por algum tempo. E as más influências deixaram claro, já no momento em que Yaacov chegou em Haran, que o assombrariam. Logo que entrou na região, Yaacov encontrou os pastores da cidade reunidos, no meio da tarde, sentados ao lado do poço de água, sem trabalhar, enganando seus patrões. Certamente era um lugar onde as pessoas não se importavam com a honra dos outros, um lugar onde as más línguas não tinham nenhum tipo de freio. Como Yaacov sabia que não estava acima das influências externas, ele rezou para que D'us o protegesse daquelas más influências.
 
Finalmente, uma das principais causas do Lashon Hará é quando nos sentimos prejudicados por outra pessoa. Quando fomos enganados ou lesados, achamos que o Lashon Hará é normal e justificável. Yaacov sabia que teria que lidar com trapaceiros, que fariam de tudo para enganá-lo. E foi o que realmente aconteceu, durante todo o tempo no qual Yaacov trabalhou para Lavan, seu salário foi sendo mudado centenas de vezes. Neste tipo de situação, corremos um risco maior de tropeçarmos no Lashon Hará. Portanto, quando sentimos que estamos correndo o risco de falar mal de outra pessoa, devemos rezar para que D'us nos salve do Lashon Hará. Por todos estes motivos, Yaacov entendeu que, antes de ir para a casa de Lavan, rezar para não falar Lashon Hará era o pedido mais importante a se fazer naquele momento.
 
Obviamente que este tipo de Tefilá é muito importante na nossa luta para evitarmos o Lashon Hará. Porém, não é suficiente apenas rezarmos para D'us. Devemos pedir a Ele proteção espiritual contra todas as transgressões, mas também devemos fazer a nossa parte. E uma das principais ferramentas para derrotarmos o Yetser Hará é o estudo da Torá. O Chafetz Chaim explica que muitos tropeçam em Lashon Hará por não estudarem e não conhecerem as leis. Ao terem sua atenção chamada por falarem Lashon Hará, muitos se defendem, dizendo: "mas é verdade o que eu falei". Se a pessoa tivesse estudado, saberia que mesmo dizendo apenas a verdade, ainda assim não escapamos do Lashon Hará, caso estejamos denegrindo e manchando a imagem dos outros.
 
Este foi um dos motivos pelos quais Yaacov, antes de ir para a casa de Lavan, passou 14 anos estudando na Yeshivá dos descendentes de Noach. O estudo da Torá traz dois benefícios: a purificação espiritual e o conhecimento do que é certo e o que é errado. Yaacov se preparou, através do estudo da Torá, para saber lidar com as malandragens de Lavan sem tropeçar junto. E assim devemos nos comportar, nos controlando, mesmo quando os outros tentem nos enganar e nos fazer mal. O Lashon Hará não destrói apenas a vida dos outros, mas também a nossa própria alma, que fica manchada, e desagrada a D'us. Por isso, devemos estudar muito e nunca esquecer de rezar, implorando a D'us que nos ajude a escaparmos desta terrível e destruidora transgressão.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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