quarta-feira, 24 de maio de 2023

FAREMOS E OUVIREMOS - SHABAT SHALOM M@IL - SHAVUÓT 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  


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FAREMOS E OUVIREMOS - SHAVUÓT 5783 (25/mai/23)
 
O Rav Yossef Shlomo Kahaneman zt"l (Lituânia, 1886 - Israel, 1969), mais conhecido como Ponovitcher Rav, mesmo em sua juventude já era um estudante de Torá muito sério e dedicado. Certa vez lhe ofereceram como Chavruta na Yeshivá um jovem rapaz, recém chegado. Eles começaram a estudar, mas o Ponovitcher Rav começou a se incomodar, pois o rapaz tinha muita dificuldade para acompanhar os estudos.
 
Apesar de sentir que ele não estava rendendo muito com aquele rapaz, o Ponovitcher Rav resolveu tentar mais uma semana, mas as dificuldades continuavam. Ele começou a pensar que estava desperdiçando seu precioso tempo de estudos. Porém, mesmo assim, decidiu dar mais uma semana de chance. Mas também naquela terceira semana o rapaz continuava com dificuldades.
 
Quando a quarta semana chegou, o Rav de Ponovich sentiu que já não podia mais continuar. Na véspera de Shabat ele chamou o rapaz para uma conversa. Como todo o respeito e cuidado para não magoá-lo, o Ponovitcher Rav explicou que eles não poderiam mais continuar com a Chavruta, pois ele estava procurando alguém em um nível um pouco mais alto para conseguir aproveitar melhor o tempo de estudo. Porém, mesmo com todo o cuidado, o Ponovitcher Rav percebeu como o rapaz ficou triste com a notícia.
 
Na noite de Shabat, o Ponovitcher Rav estava estudando sozinho, em um canto iluminado da sinagoga. Foi quando ele viu que alguém entrou na sinagoga escura, abriu o Aron Hakodesh e começou a chorar. Pela voz, ele percebeu que tratava-se do seu Chavruta. O rapaz, aos prantos, começou a conversar com D'us:
 
- Por que isso aconteceu comigo, D'us? Eu estava gostando tanto dos estudos! Eu quero crescer em Torá! Eu só precisava de mais algum tempo para conseguir acompanhar o meu Chavruta! O que eu faço agora, D'us? Tudo o que eu quero na vida é sentar e estudar Torá!
 
O Ponovitcher Rav ficou muito comovido com aquele choro amargo e sincero, que vinha do fundo do coração. Se ele tinha tanto amor pela Torá, quem sabe poderia crescer. Ele decidiu que voltaria a estudar com o rapaz. E assim, no domingo de manhã, o Ponovitcher Rav comunicou ao seu Chavruta que havia repensado sua decisão e que eles poderiam voltar a estudar juntos. Ele pôde ver o enorme sorriso que se abriu no rosto daquele rapaz após a notícia. Quando começaram a estudar, o Ponovitcher Rav presenciou um milagre aberto. O jovem rapaz parecia outra pessoa, pois estudava com agilidade e entendia tudo o que estudavam. O que havia acontecido? Provavelmente aquele choro sincero, diante do Aron Hakodesh, demonstrando um imenso amor pela Torá, havia aberto os Portões do Céu. 
 
Aquele jovem rapaz, que inicialmente teve dificuldades no estudo, se tornaria um dos maiores rabinos da sua geração: o Rav Elchanan Wasserman zt"l (Império Russo, 1874 - Lituânia, 1941), que foi o maior aluno do Chafetz Chaim. E toda a sua grandeza começou com um choro sincero diante do Aron Hakodesh, vindo de um coração que tudo o que queria era sentar e estudar Torá.

Estamos chegando à próxima parada do Calendário judaico, a Festa de Shavuót, também conhecida como "Chag Matan Torá", a Festa da entrega da Torá. Nesta quinta-feira de noite (25/maio/23) reviveremos o momento histórico da entrega da Torá no Monte Sinai, evento que mudou completamente a história do povo judeu e impactou toda a humanidade. E, fora de Israel, no Shabat também estaremos comemorando a Festa de Shavuót. Por isso, não será lida na Torá a Parashá da semana, e sim um trecho especial que fala sobre o Chag.
 
Talvez um dos pontos que mais marcou a entrega da Torá foi o comportamento do povo judeu. Quando a Torá foi oferecida a todos os povos, eles questionaram sobre o seu conteúdo e, sentindo que não poderiam cumpri-la, rejeitaram-na. Mas quando a Torá foi oferecida ao povo judeu, a resposta deles foi: "Naassê Ve Nishmá" (Tudo o que D'us disser, faremos e ouviremos) (Shemot 24:7), isto é, sem nenhum tipo de questionamento, uma aceitação incondicional da Torá. Por este ato, seiscentos mil anjos desceram do Céu e entregaram como recompensa a cada indivíduo do povo judeu duas coroas.
 
Porém, há uma pergunta clássica sobre esta reação do povo. A ordem mais lógica seria o contrário, primeiro "ouvir" quais são as leis e depois "fazê-las". Nossos sábios explicam que esta inversão nos ensina que estávamos dispostos a aceitar o cumprimento das Mitzvót antes de saber qual era o seu conteúdo. Era um cheque em branco, uma grande demonstração de amor do povo judeu por D'us.
 
De acordo com o Talmud (Shabat 88a), aquela não foi apenas uma atitude bonita. Naquele momento uma Voz Celestial questionou: "Quem revelou este segredo para os Meus filhos?". Portanto, nesta declaração do povo judeu havia um segredo, alguma informação oculta. Qual era o segredo? Além disso, se o louvor foi por terem dito "Naassê" antes de "Nishmá", então foi apenas um grande ato que fizeram. Por que foram recompensados com duas coroas, como se tivessem feito dois grandes atos?
 
O Zohar Hakadosh, parte das nossas fontes místicas, nos explica que "Naassê" se refere aos bons atos, enquanto "Nishmá" se refere ao estudo da Torá. "Nishmá" não se refere a uma audição "técnica", para saber o que deveriam cumprir. Trata-se do estudo "Lishmá", o estudo pelo próprio estudo. Não como um meio para chegar ao cumprimento das Mitzvót, mas como uma Mitzvá por si só. "Naassê" antes de "Nishmá" indica que mesmo quando já sabiam o que cumprir, pois sem isso não havia o que cumprir, eles desejavam se ocupar com o estudo da Torá. Demonstraram o desejo de atingir os dois níveis: o da prática e do estudo. Por isso mereceram duas coroas.
 
Explica o Rav Eliahu Bahbut shlita que o povo judeu havia acabado de sair do Egito, após ver as 10 pragas e a abertura do Mar, eventos completamente milagrosos. O povo entendeu que a grandeza de D'us estava muito além de qualquer compreensão humana. Eles então chegaram à seguinte conclusão: se D'us está acima de qualquer compreensão, então Sua Torá, que é Sua vontade e Sua sabedoria, também está acima de qualquer compreensão. Portanto, em sua limitação, o ser humano não é capaz de decidir se deve ou não receber a Torá.
 
Naquele momento em que D'us ofereceu a Torá ao povo judeu, poderia até parecer que a Torá não estava de acordo com sua natureza e força, resultado da profundidade da Torá e limitação daquele que tentava captá-la. Era como perguntar a um garoto de seis anos se ele gostaria de investir em ações na bolsa de valores. A criança não tem ferramentas para entender e decidir este tipo de assunto. É por isso que os judeus responderam todos juntos "Naassê", antes de saber qualquer coisa, pois entenderam que de nada adiantaria pedir para analisar os dados. Mesmo que a Torá não parecia acessível, eles entenderam que isso não era motivo para rejeitá-la. Como não tinham dados suficientes, confiaram com a "ingenuidade de uma criança" em D'us, que certamente não jogaria sobre eles a responsabilidade da decisão de algo impossível de ser decidido racionalmente. A própria pergunta de D'us, se eles queriam receber a Torá, já era a prova de que conseguiriam. Já as demais nações não tiveram o mérito de compreender que não tinham a capacidade de entender se deveriam receber a Torá ou não. Foram usar seu lado racional para entender algo que estava acima do seu entendimento.
 
Este entendimento de que a Torá é uma sabedoria elevada fez com que o povo judeu desejasse avidamente estudá-la também, não para cumprir as Mitzvót, mas pelo prazer do estudo, para que cada um pudesse captar pelo menos parte desta maravilha, cada um de acordo com seu nível.
 
Ensina o Talmud (Shabat 88a): "Diz Rabi Chamá filho de Rabi Chanina: Por que está escrito "Como a macieira entre as árvores da floresta" (Shir Hashirim 2:3)? Pois o povo judeu se compara com as macieiras. Da mesma forma que os frutos da macieira nascem antes das folhas, o povo judeu antecipou o "Naassê" ao "Nishmá". Mas por que esta comparação com as árvores? De acordo com a ciência, as folhas captam o oxigênio, o gás carbônico e a luz solar e os transforma em energia. Os frutos representam o "Naassê", a ação, o resultado. As folhas representam o "Nishmá", captar a luz da Torá, absorver sua maravilhosa energia e transformá-la em energia e vida. Eles entenderam que a Torá era o oxigênio de suas vidas. O entendimento da sublimidade da Sabedoria Divina, que fez o povo antecipar o "Naassê" antes mesmo de saber as Mitzvót, foi o que os fez falar "Nishmá", expressando a aceitação em duas áreas: receber as Mitzvót com confiança e querer estudar a Torá.
 
Quando D'us perguntou: "Quem ensinou este segredo aos meus filhos?", a que Ele se referia? Ao conhecimento da grandiosidade da Torá, que até então era conhecido apenas pelos anjos. D'us expressou a admiração pelo povo judeu ter entendido sozinho esse conceito, de que o nível de sabedoria da Torá estava acima de qualquer entendimento  humano. Como a sabedoria de D'us está acima de qualquer compreensão, o povo entendeu que não era exigido uma ponderação na aceitação da Torá. Por isso aceitaram com "ingenuidade", como a ovelha que confia em seu Pastor. Este nível de "ingenuidade" foi resultado da retidão do povo judeu, a retidão do pensamento, algo que os outros povos não tiveram.
 
Que novamente neste Shavuót possamos receber a Torá, com alegria, com amor, com confiança de que é o melhor para a nossa vida, e com o desejo de se aprofundar cada vez mais em seus infinitos conhecimentos. 

CHAG SAMEACH 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
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