sexta-feira, 23 de junho de 2023

LIDERANDO COM HONESTIDADE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KORACH 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  


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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ KORACH



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MENSAGEM DA PARASHÁ KORACH

ASSUNTOS DA PARASHÁ KORACH
  • A Rebelião de Korach, Datan, Aviram e On ben Pelet.
  • Moshé intercede por Israel.
  • Os Incensários e a morte dos 250 seguidores.
  • A Punição de Korach, Datan e Aviram.
  • Temor e Queixa.
  • Epidemia mortal.
  • Aharon salva o povo com incenso.
  • O Teste dos cajados.
  • O cajado de Aharon.
  • Temor do Santuário.
  • Deveres dos Cohanim e Leviim.
  • Presentes dos Cohanim.
  • Pidion Haben.
  • Presentes dos Leviim
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LIDERANDO COM HONESTIDADE - PARASHÁ KORACH 5783 (23/jun/23)
 
"Há muitos anos, em uma pequena cidade da Europa, vivia o Rav Eliahu Chaim Maizel zt"l (Ucrânia, 1821 – Polônia, 1912). Ele era chefe do Beit Din e muito conhecido por sua incrível sabedoria e suas maneiras engenhosas de resolver casos difíceis.
 
Certo dia, duas mulheres vieram ao Beit Din do Rav Eliahu trazendo um caso interessante. No dia anterior, ambas haviam lavado as roupas de suas respectivas famílias e colocado para secar em um pátio que era comum às duas casas. De madrugada, ladrões vieram e roubaram todas as roupas que estavam penduradas em um dos varais, mas fugiram apressadamente sem levar nada do outro. As duas mulheres então vieram ao Beit Din, cada uma argumentando que as roupas roubadas eram da outra e as que permaneceram no varal eram dela.
 
O Rav Eliahu escutou atentamente os dois lados e pediu para que trouxessem as referidas roupas que ficaram no varal. Após trazerem as roupas em um cesto, ele pediu para que ambas as mulheres saíssem e aguardassem na sala de espera. Assim que elas saíram, ele chamou sua esposa através de outra porta que conectava seu escritório com a sua casa e pediu para que ela trouxesse algumas peças da família deles e acrescentasse à cesta. O Rav Eliahu então chamou uma das mulheres para que entrasse em seu escritório e perguntou se ela reconheceria, sem sombra de dúvidas, quais peças de roupa eram dela. A mulher afirmou que conhecia muito bem as suas roupas. O Rav Eliahu pediu para que ela verificasse as roupas que estavam no cesto com muita atenção e dissesse quais eram as que lhe pertenciam. Ela começou a retirar uma a uma as peças de roupas, e assim ela dizia: "Esta é minha, esta também é minha, mas esta não é minha...". Assim, ela separou algumas que eram dela e outras que não eram.
 
O Rav Eliahu então pediu para que ela voltasse para a sala de espera, misturou novamente todas as roupas e chamou a outra mulher. Ele repetiu o mesmo processo, mas esta, ao retirar as roupas do cesto, disse: "Esta é minha, esta também é minha, esta também. Enfim, todas são minhas, como eu falei anteriormente". O Rav Eliahu então a censurou, dizendo que ela não estava falando a verdade, e deu razão para a primeira vizinha"
 
Roubo não se refere apenas a assaltos a banco ou grandes desvios de dinheiro. A verdadeira honestidade está nos pequenos atos do cotidiano.

Nesta semana lemos a Parashá Korach. Mais uma vez a Parashá descreve erros graves do povo judeu, novamente com consequências trágicas. Korach, primo de Moshé, iniciou uma rebelião, questionando a liderança de Moshé e Aharon e conseguindo muitos apoiadores. Porém, em última instância, a rebelião era contra D'us, que havia apontado Moshé e Aharon como líderes.
 
Moshé era muito respeitado. Em que contexto esta rebelião aconteceu? Logo após o erro dos espiões, quando o povo já estava muito incomodado com o decreto de que não entrariam na Terra de Israel. Foi neste ambiente de insatisfação e tristeza que Korach, o primo de Moshé, aproveitou para iniciar uma rebelião. Ele também estava pessoalmente insatisfeito com Moshé, por causa da indicação de Elitsafan, seu primo mais novo, como líder da família de Kehat. Por causa da honra, Korach se considerava merecedor do cargo, e começou a imaginar que a única explicação para a escolha de Elitsafan era que Moshé havia feito a indicação por sua própria vontade, e não por ordem de D'us. Este foi o ponto de partida para uma grande rebelião, que envolveu outras pessoas grandes e importantes, e que terminou de forma trágica, com a morte sobrenatural de todos os diretamente envolvidos. Korach e os outros líderes foram engolidos por uma "boca" que se abriu na terra, enquanto duzentos e cinquenta seguidores morreram queimados por um fogo Divino.
 
Há um detalhe interessante na reação de Moshé pouco antes da aplicação do castigo Divino. Moshé havia tentado de todas as maneiras fazer a paz. Tentou conversar com Korach, Datan e Aviram, mesmo sendo menosprezado publicamente pelos três. Então, para provar que tinha razão e que as escolhas não eram pessoais, Moshé propôs aos seguidores de Korach que oferecessem um incenso e D'us pessoalmente mostraria quem era o Seu escolhido. Mas antes da prova pública, Moshé fez um desabafo para D'us, como está escrito: "Moshé ficou muito angustiado e disse a D'us: "Não aceite a oferenda deles. Não peguei nenhum jumento de nenhum deles e não fiz mal a nenhum deles" (Bamidbar 16:15). O que significavam estas palavras de Moshé?
 
Rashi (França, 1040 - 1105) explica que a intenção de Moshé era dizer que ele jamais havia utilizado sua posição de líder para proveito próprio, mesmo quando talvez tivesse direito. Por exemplo, quando ele saiu de Midian para salvar o povo judeu no Egito, Moshé usou seu próprio animal para viajar. Moshé tinha um comportamento completamente oposto ao que vemos atualmente, com políticos e líderes aproveitando seus cargos públicos para receber todos os tipos de benefícios, pensando apenas em si mesmos e não se importando com as necessidades do povo que representam. Enquanto Moshé mostrava o valor da honestidade, os políticos atuais agem de maneira escandalosamente desonesta. Moshé fazia tudo de acordo com as ordens explícitas de D'us, sem nenhum tipo de favoritismo ou abuso de poder. Ele não utilizava nada que pertencia ao povo para assuntos particulares. Já os nossos políticos empregam amigos e familiares, às vezes até mesmo criando cargos para este fim. Eles usam aviões para assuntos pessoais, levam amigos em viagens e abusam do poder, gastando um dinheiro que deveria estar sendo utilizados em prol da melhoria da vida da população.
 
A Torá nos traz mais alguns exemplos da honestidade de Moshé. O Mishkan foi construído com materiais nobres, como ouro, prata e cobre. Todos os materiais foram deixados na entrada da tenda de Moshé. Por isso, após a construção, Moshé fez questão de fazer toda a contabilidade dos materiais utilizados, de forma detalhada, para que não houvesse dúvidas. O Talmud (Sotá 13a) também ensina que na saída do Egito, enquanto o povo estava ocupado recolhendo riquezas, Moshé estava preocupado em retirar o caixão de Yossef do fundo do rio Nilo para enterrá-lo em Israel. Esta não era uma obrigação apenas de Moshé, e sim de todo o povo, mas Moshé abriu mão de recolher riquezas para cumprir esta Mitzvá coletiva.
 
Quando Korach despertou dúvidas sobre a liderança de Moshé e sobre sua honestidade, infelizmente muitos o apoiaram. Porém, também houveram muitos que rechaçaram as acusações. Nossos sábios explicam que os argumentos de Korach eram muito convincentes, era difícil não aderir. Então, para que as pessoas continuassem apoiando Moshé, foi fundamental ele ter construído um histórico de retidão. Esta base forte de honestidade, construída em tantas ocasiões, derrubou os argumentos de Korach, pois as pessoas entenderam que não tinham fundamentos, não havia como argumentar contra a honestidade de Moshé. Portanto, se Moshé não tivesse uma conduta exemplar em toda a sua vida, certamente Korach teria convencido ainda mais pessoas.
 
O mesmo conceito pode ser percebido na Haftará desta semana, o trecho dos profetas lido após a leitura da Torá. O povo judeu havia reclamado que queria um rei. Em um primeiro momento, Shmuel HaNavi  hesitou em atendê-los, pois percebeu que as motivações do povo eram equivocadas. Mas, após o comando de D'us, ele ungiu Shaul HaMelech como o primeiro rei do povo judeu. Mas isso foi algo muito doloroso para Shmuel HaNavi, pois até aquele momento ele havia assumido a liderança do povo. Ele viajava por todo o país, resolvia os litígios judiciais, ensinava Torá e transmitia a palavra de D'us sempre que necessário. Portanto, a Haftará traz a insatisfação de Shmuel com o pedido do povo, de nomeação de um rei sobre eles, pois ele havia servido seu povo fielmente, colocando as necessidades deles sempre antes das suas próprias necessidades.
 
Como Moshé, Shmuel HaNavi também quis mostrar ao povo o quanto ele havia sido honesto. Mesmo sendo um funcionário público, Shmuel HaNavi nunca havia usado o dinheiro do povo para cuidar das suas necessidades pessoais. Até o burro que ele usava para viajar e servir o povo era particular. Os sentimentos que ele expressou eram semelhantes aos de Moshé. Após dezenas de anos de serviços comunitários, não havia nenhum benefício pessoal que Shmuel HaNavi havia ganhado com isso. Shmuel Hanavi desafiou publicamente qualquer um que pensasse que ele havia se comportado desonestamente a se apresentar, mas ninguém o fez. O povo anunciou isso em uníssono, testemunhando diante de D'us que o comportamento e a retidão do profeta eram impecáveis, e uma voz do Céu confirmou que isso era verdade.
 
Esta conduta reta e honesta não é uma exigência apenas de reis e líderes. Qualquer pessoa deve buscar ter uma conduta irrepreensível em termos de honestidade. Mas a obrigação dos líderes, que têm muita influência sobre o povo, é ainda maior. Por isso, um líder deve ter cuidado redobrado com suas atitudes e conduta, pois elas devem ser exemplares, algo primordial para que o povo o admire e siga seus passos.
 
O povo judeu foi escolhido para ser um exemplo, uma "luz para as nações". Dessa forma, cada judeu é um líder em potencial e um exemplo para todos os povos. É muito inspirador ouvir pessoas dizendo que gostam de fazer negócios com judeus por eles serem mais honestos. Isso é um grande Kidush Hashem. Por isso, devemos tomar cuidado com nossas atitudes, sabendo da importância que cada uma tem. Devemos ser exemplos de boa conduta, fazendo todos os esforços para influenciar os outros de forma positiva. Cobramos retidão e honestidades dos nossos líderes, mas a principal pergunta que devemos fazer é: como está a nossa própria honestidade?

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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