quarta-feira, 31 de março de 2021

RECONHECENDO AS BONDADES RECEBIDAS - SHABAT SHALOM M@IL - SHEVII DE PESSACH 5781

Este E-mail é dedicado à elevação da alma de

LEVANA BAT PALOMBA Z"L


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RECONHECENDO AS BONDADES RECEBIDAS - SHEVII DE PESSACH 5781 (02 de abril de 2021)

                                                                              
"Certa vez, a filha do Rav Eliahu Lopian zt"l (Polônia, 1876 - Israel, 1970) veio visitá-lo, trazendo sua filhinha. Como toda avó, a esposa do Rav Lopian começou a dar doces para a neta. A mãe disse para a filhinha:
 
- O que se fala para a vovó?
 
A menininha, que era muito educada, disse:
 
- Obrigada, vovó.
 
Neste momento, elas ouviram um choro vindo da sala. Foram correndo e viram que era o Rav Lopian que estava chorando. Perguntaram o que havia acontecido, e ele respondeu:
 
- Eu estava observando agora o que aconteceu com a minha netinha. Ela falou "obrigado" para a vovó por ter recebido dela alguns docinhos. Porém, ela só agradeceu depois da mãe mandá-la falar obrigado. Então eu fiquei pensando se eu, todos os dias, não agradeço a D'us na minha Tefilá da mesma maneira. Nós agradecemos a D'us pelos milagres e por todas as coisas boas que Ele nos faz. Mas será que eu falo de coração, ou agradeço da boca para fora, só porque está escrito no Sidur? Quando lembrei disso, me deu vontade de chorar."
 
O agradecimento a qualquer pessoa que nos faz uma bondade, e muito mais a D'us, deve vir do reconhecimento daquilo que o outro nos fez, e não deve ser apenas um agradecimento da boca para fora, só para cumprir um protocolo. Antes de agradecer, devemos parar para pensar: por que eu vou falar "obrigado"? O que eu estou reconhecendo? O que o outro me fez de bom? Se estes questionamentos são importantes antes de agradecer a uma pessoa, muito mais no agradecimento a D'us. Se nós refletirmos um pouco antes de agradecer, certamente o nosso agradecimento não estará apenas cumprindo um protocolo, pois será realmente de coração.

Nesta semana o Shabat coincide com a Festa de Pessach. E no Shabat é novamente Yom Tov, o Shevii de Pessach (7o dia de Pessach). Por que este dia é especial, diferente dos outros dias de Pessach? Pois foi neste dia que D'us fez mais um grande milagre, ao abrir o Mar Vermelho e possibilitar a salvação dos judeus, além de retribuir aos egípcios a maldade que eles haviam feito, medida por medida, afogando-os.
 
Os judeus tinham saído fisicamente do Egito, mas ainda se sentiam escravos, pois sabiam que a qualquer momento os egípcios poderiam persegui-los para levá-los de volta à escravidão. E foi o que aconteceu, pois mais uma vez D'us endureceu o coração do Faraó e dos egípcios. Eles se arrependeram de terem libertado seus escravos, partindo em sua perseguição. No sétimo dia após a saída do Egito, os judeus se encontravam diante do Mar Vermelho, intransponível, e perceberam que os egípcios se aproximavam, com milhares de soldados e carruagens de guerra. Os judeus se apavoraram e gritaram para D'us. Então o incrível milagre da abertura do Mar Vermelho aconteceu. O milagre foi tão grande e incrível que o povo judeu fez um cântico de agradecimento e reconhecimento a D'us, chamado "Shirat Haiam" (Cântico do mar), que ficou para sempre gravado na Torá. Neste cântico, um dos versículos diz: "Este é o meu D'us, e eu farei Dele minha habitação" (Shemot 15:2). Era uma demonstração do nosso desejo de proximidade com D'us.
 
Já o Talmud (Shabat 133b) ensina que a linguagem "Veanvehu", traduzido como "e eu farei Dele minha habitação", também pode ser traduzida como "E eu me assemelharei a Ele", isto é, da mesma forma que Ele é gracioso e misericordioso, então também devemos ser graciosos e misericordiosos. D'us e Seus atos infinitos de bondade e misericórdia devem ser nosso modelo e nossa inspiração para sermos pessoas cada vez melhores.
 
Porém, há outro ensinamento do Talmud (Sanhedrin 92a) aparentemente contraditório: "Qualquer pessoa que não tem entendimento, é proibido ter misericórdia dela... Todo aquele que dá seu pão a quem não tem entendimento traz para si sofrimentos". É difícil entender este ensinamento, pois a Torá nos ordena a sermos misericordiosos até com os animais. O Talmud (Baba Metsia 85a) ensina que o Rabi Yehuda Hanassi teve 13 anos de sofrimentos terríveis pela falta de misericórdia com um pequeno bezerro. Muito maior, portanto, é a obrigação de sermos misericordiosos com um ser humano sem entendimento. Então como entender este ensinamento e a aparente contradição com a obrigação de sermos misericordiosos como D'us?
 
Para responder estes questionamentos, antes precisamos definir o que é ser misericordioso. Somente é considerado misericórdia quando fazemos algo que a Torá não nos comandou. Por exemplo, ajudar um pobre necessitado não é um ato de misericórdia, é uma obrigação da Torá. Da mesma forma, devolver ao dono um objeto perdido que foi encontrado também não é considerado um ato de misericórdia, pois não estamos fazendo nada mais do que nossa obrigação. Obviamente estamos obrigados a fazer isto para uma pessoa que não tem entendimento, e até mesmo para uma pessoa de caráter ruim. Portanto, quando o Talmud fala sobre misericórdia, se refere a fazer mais do que estamos obrigados pela Torá, um nível de bondade ainda maior.
 
Outro esclarecimento necessário é em relação a quem é chamado de "alguém sem entendimento". Se estivesse se referindo a uma criança ou alguém com algum tipo de debilidade mental, o ensinamento não faria sentido, pois em relação a estas pessoas é óbvio que devemos ser bondosos e misericordiosos em um nível ainda maior, provendo a eles tudo o que necessitam. De acordo com o Rav Yaacov Kanievsky zt"l (Ucrânia, 1899 - Israel, 1985), mais conhecido como Steipler, "uma pessoa sem entendimento" se refere a alguém com as faculdades mentais normais, mas que não tem "Acarat HaTov", isto é, não sabe reconhecer as bondades que recebe dos outros e não é humilde perante quem o ajuda. É alguém que, apesar de seu nível normal de entendimento e percepção das coisas, despreza aqueles que são misericordiosos com ele e, de forma orgulhosa, olha para os seus benfeitores como se fossem inferiores. Ao invés de reconhecer o incrível nível de generosidade da pessoa misericordiosa, o mau agradecido pensa que o ato de bondade não é mais do que obrigação da pessoa, já que ele se sente o centro do mundo, como se todos existissem apenas para servi-lo.
 
Podemos agora entender também por que aquele que tem misericórdia de quem não tem entendimento traz sofrimentos para si. Há algumas consequências negativas de termos misericórdia com aquele que não reconhece as bondades recebidas. Em primeiro lugar, é uma forma de fortalecer ainda mais a arrogância do orgulhoso. Em segundo lugar, fortalece o péssimo traço de caráter de ser mal-agradecido, pois a pessoa vai achar cada vez mais que tudo o que fazem por ela não é mais do que obrigação. Em terceiro lugar, a pessoa mal-agradecida costuma pagar o bem com o mal, se comportando de maneira mesquinha justamente com aquele que faz bondades. E, finalmente, este negador de bondades tende a odiar aqueles que fazem bondades, pois um ato esporádico de misericórdia se transforma em "direito adquirido" e vira uma cobrança, como se fosse uma obrigação do outro, e não um ato de bondade. Isto acaba causando desentendimentos, brigas e ódio.
 
Como todas estas coisas negativas são consequência de sermos misericordiosos com quem não sabe reconhecer as bondades recebidas, talvez é por isso que nossos sábios dizem que a pessoa traz sofrimentos para si mesma, pois se refere às cobranças desmedidas e o pagamento do bem com o mal. O mal-agradecido terminará causando ao generoso doador muita dor, sofrimento e preocupações.
 
Portanto, não há nenhuma contradição entre os ensinamentos. Somos obrigados a emular D'us em Seus atos de bondade. Porém, Ele mesmo colocou limites em relação à misericórdia que devemos sentir pelas pessoas. Quando se trata de alguém que não sabe reconhecer as bondades recebidas, não devemos ser misericordiosos, pois é uma forma desta pessoa despertar, entender que tem um traço de caráter negativo e, assim, poder mudar.
 
Por que não saber reconhecer as bondades recebidas é um traço de caráter tão negativo e amargo? Pois uma das maneiras de desenvolvermos amor pelas pessoas e por D'us é justamente através do Acarat HaTov. A palavra "Lehodot" significa agradecer e reconhecer. Quanto mais reconhecemos as bondades que recebemos, mais sentimos gratidão e mais nos conectamos com nosso benfeitor. D'us despreza aquele que não sabe reconhecer as coisas boas que recebe. Alguém que se acostuma a ser mal-agradecido com seu companheiro vai acabar sendo mal-agradecido com D'us e, no final, vai acabar negando todas as bondades que recebe Dele.
 
D'us também não é misericordioso com aqueles que são mal-agradecidos, como está escrito: "Pois não é um povo de entendimento; portanto, seu Criador não terá misericórdia dele, e Aquele que o formou não lhe concederá favor" (Yeshayahu 27:11). Esse ensinamento está muito ligado com o Shirat Haiam, um enorme agradecimento feito a D'us. Se os judeus não tivessem agradecido por este enorme milagre, teriam sido rotulados como mal-agradecidos, perdendo a Proteção Divina. Mas o povo soube reconhecer e agradecer.
 
E nós, somos agradecidos? A Tefilá é o momento de falar diretamente com D'us. Podemos abrir o coração e pedir tudo o que precisamos. Porém, acima de tudo, é um momento para agradecermos de coração por tudo o que já temos. Certamente temos muito mais do que nos falta. Alguém trocaria tudo o que tem na vida por tudo o que sente que lhe falta? Portanto, precisamos agradecer mais do que pedir. E não um agradecimento da boca para fora, mas do fundo do coração, com o correto reconhecimento de tudo o que temos de bom na vida.
 

SHABAT SHALOM E PESSACH KASHER VE SAMEACH
 

R' Efraim Birbojm

 

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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