quinta-feira, 13 de maio de 2021

FAÇA SEM ESPERAR RECONHECIMENTO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BAMIDBAR E SHAVUÓT 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BAMIDBAR



São Paulo: 17h12                  Rio de Janeiro: 17h00 
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VÍDEO DA PARASHÁ BAMIDBAR
ASSUNTOS DA PARASHÁ BAMIDBAR
  • O comando do censo do povo judeu.
  • Escolha dos líderes de cada Tribo.
  • Início do censo por Tribos.
  • Os Leviim.
  • O acampamento e a posição de cada Tribo.
  • O Mishkan durante as viagens.
  • Genealogia de Moshé e Aharon.
  • Status dos Leviim.
  • Censo dos Leviim: Guershon, Kehat e Merari.
  • Censo dos Primogênitos.
  • Redenção dos Primogênitos.
  • Funções para Kehat: carregar utensílios do Mishkan.
  • Precauções para os Kehatim.
BS"D

FAÇA SEM ESPERAR RECONHECIMENTO - PARASHÁ BAMIDBAR E SHAVUÓT 5781 (14/maio/2021)


Certa vez Daniel, um jovem rapaz, procurou um sábio para receber orientação sobre como agir diante das circunstâncias que se apresentavam em sua vida. Ao encontrar o mestre, expôs o problema:
 
- Mestre, gostaria de entender o que há de errado comigo. Desde criança eu sou o mais esforçado de minha família. Comecei a trabalhar desde muito cedo, ao contrário dos meus irmãos, que nunca precisaram fazer nada. Na escola, apesar de minhas notas sempre estarem entre as melhores, nunca ganhei nenhum elogio dos meus professores, diferente de alguns colegas, que eram mais populares e frequentemente recebiam ajuda para passar nas provas. Ontem, na empresa onde trabalho, meu colega foi promovido a supervisor, mas é a mim que todos os colegas, inclusive o recém-nomeado supervisor, recorrem quando querem tirar suas dúvidas. Por que o meu valor nunca é reconhecido?
 
Em resposta, o mestre deu um sorriso suave, olhou nos olhos de Daniel e disse, em um tom sereno e cheio de compreensão:
 
- Eu entendo que essas situações abalem você. Mas observe a natureza e você compreenderá o sentido disso tudo. Na floresta, as maiores árvores são aquelas que foram desprezadas pelos lenhadores, e só por isso puderam crescer até o limite de suas capacidades. Já aquelas árvores tidas como de madeira nobre tiveram seu curso interrompido muito antes.
 
- Na vida, todo aquele que é exaltado pelas capacidades que ainda não tem se assemelha à árvore nobre que é honrada pelo machado do lenhador e ali interrompe seu crescimento - continuou o sábio - Todo homem que é honrado pelo pouco que possui, toma esse pouco como uma grande fortuna e se esquece de adquirir algo mais. Ao contrário, aqueles que ainda não foram descobertos por seus tesouros, seguem livres em seu crescimento, até que um dia, assim como as mais altas árvores, não poderão mais ocultar sua grandeza.
 
- Chegará o dia em que você encontrará seu lugar - concluiu o sábio - Isso tem que ser assim para que você não se acomode como um simples hóspede na jornada da vida e resolva ali permanecer, confortável e seguro. E enquanto o seu momento não chegar, siga aprimorando suas capacidades e busque dar o melhor de si em tudo que faz.
 
Ao ouvir essas palavras, Daniel balançou a cabeça, demonstrando haver entendido o valor daqueles conselhos. Com um leve sorriso no rosto, agradeceu e partiu.

Nesta semana começamos o quarto livro da Torá, Bamidbar, que conta alguns dos eventos mais importantes que aconteceram com o povo judeu nos 40 anos em que permaneceram no deserto. E a Parashá desta semana, Bamidbar (literalmente "No deserto"), traz como assuntos principais a contagem do povo judeu e a organização das Tribos no deserto, com locais bem definidos de acampamento para cada uma delas.
 
Há um detalhe que nos chama a atenção. A Parashá Bamidbar sempre é lida antes da Festa de Shavuót, também conhecida como "Chag Matan Torá" (Festa da entrega da Torá), que começa no próximo domingo de noite (16 de maio). Qual é a relação entre esta Parashá e a Festa de Shavuót?
 
Na realidade há alguns pontos que conectam a nossa Parashá com a Festa de Shavuót. Em primeiro lugar, se D'us é Onisciente, por que Ele precisava ordenar a Moshé que contasse o povo? Uma das respostas é que a contagem demonstra o amor que D'us sente pelo povo judeu, como um colecionador de moedas, que sabe quantas moedas raras tem, mas sente uma enorme alegria em recontá-las repetidas vezes. Este amor de D'us pelo povo judeu foi reforçado através da entrega da Torá no Monte Sinai, como se fosse um casamento eterno.
 
Além disso, a organização de cada uma das Tribos demonstra o respeito e a união que havia entre as pessoas. Este foi justamente um dos pré-requisitos para a entrega da Torá, conforme explica Rashi (França, 1040 - 1105), que o povo inteiro estava "como um único homem, em um só coração".
 
Porém, há outro ponto interessante que conecta nossa Parashá com a Festa de Shavuót. A Parashá começa com as seguintes palavras: "E D'us falou para Moshé no deserto do Sinai" (Bamidbar 1:1). As palavras "No deserto do Sinai" indicam que D'us escolheu propositadamente o deserto como o local para a entrega da Torá. Há várias razões para isto, e cada uma delas nos ensina aspectos diferentes do impacto da Torá em nossas vidas.

Em primeiro lugar, se a Torá tivesse sido entregue na Terra de Israel ou qualquer outro lugar específico, seus habitantes iriam reivindicar que possuíam uma relação especial com a Torá, que não se aplicaria a pessoas de outros lugares. D'us se revelou ao povo judeu e entregou Sua Torá no meio do deserto, em um lugar onde qualquer pessoa tinha livre acesso, para ensinar que cada judeu do mundo tem uma parcela e obrigação na Torá, igual à de qualquer outro judeu.
 
Ao entregar a Torá no deserto, D'us também estava nos ensinando que, para nos tornarmos grandes no estudo da Torá, temos que "nos fazer como um deserto". Isto significa que um judeu deve estar pronto a sacrificar uma vida de conforto material em prol da Torá. O conceito de deserto indica o caminho oposto da civilização ocidental, com seus confortos materiais excessivos e luxúrias. Como a Torá é completamente espiritual, um judeu só pode progredir no seu estudo e no cumprimento de suas Mitzvót se estiver preparado para abrir mão de certos confortos materiais e comodismos. A Torá não é contra utilizarmos os prazeres materiais, contanto que o façamos com autocontrole, nunca se esquecendo dos nossos objetivos. A Torá nos ajuda a canalizarmos o uso do mundo material, para que os prazeres possam nos energizar, e não tirar a nossa força e foco.
 
Outra característica do deserto é o seu vazio completo, onde muitas vezes nem mesmo cactos se desenvolvem. Da mesma maneira, o intelecto do judeu deve ser "desértico", isto é, livre de elementos estranhos e de preconceitos. Só desta maneira os pensamentos da Torá poderão se enraizar dentro dele, pois a Torá é completamente pura, e não pode se misturar com ideias e pensamentos impuros.
 
Uma última comparação do deserto com a entrega da Torá é que o deserto é livre para que todos caminhem sobre ele. Isto nos ensina que, da mesma forma que o deserto "baixa sua cabeça" para todos, assim também um judeu que quer adquirir Torá deve ser humilde. A humildade é uma virtude necessária para o sucesso no estudo da Torá e para uma vida feliz neste mundo. Mas qual é a relação entre a humildade e o estudo de Torá? E por que a felicidade neste mundo depende da humildade?
 
A humildade traz muitos benefícios para o estudo. Em primeiro lugar, para progredir na Torá, a pessoa deve procurar a companhia de Talmidei Chachamim, estudiosos de Torá que são mais sábios do que ela, e absorver com sede os ensinamentos deles. Porém, a pessoa arrogante não aceita o conselho dos outros e não absorve o que os outros ensinam, pois acha que sua sabedoria está acima de tudo. É justamente o oposto do que ensinam nossos sábios: "Quem é sábio? Aquele que aprende de todas as pessoas" (Pirkei Avót 4:1), isto é, até mesmo daqueles que são menos sábios do que ele. Quem é arrogante não dá valor para a opinião dos outros e deixa de ganhar muita sabedoria. O orgulhoso também tem vergonha de fazer perguntas, pois tem medo do que os outros vão pensar e, com isso, carregam dúvidas por toda a vida, como está escrito "O envergonhado não aprende" (Pirkei Avót 2:5). E, finalmente, aquele que se convence de sua própria superioridade não se esforçará em cumprir as Mitzvót e estudar coisas que ele considera pequenas e sem importância.
 
Há também outros benefícios da humildade em nossas vidas. A pessoa humilde aproveita a vida sem depender das circunstâncias materiais, enquanto a pessoa arrogante fica insatisfeita com a sua porção. A pessoa humilde pode superar mais facilmente os problemas e situações desagradáveis da vida, enquanto a pessoa orgulhosa guarda rancor. A pessoa humilde faz amigos, enquanto que a pessoa arrogante afasta de perto de si as pessoas. Ela não sabe perdoar aqueles que fizeram mal para ela ou que não lhe deram o respeito que ela achava que merecia e, portanto, vai encontrar dificuldades na convivência com os outros.
 
A Torá é comparada com a água. Da mesma forma que a água se acumula nos lugares mais baixos, assim também a Torá somente se acumula nas pessoas verdadeiramente humildes, que se anulam perante os outros. Não é nenhuma coincidência que o responsável pela transmissão de toda a Torá, Moshé, era a pessoa mais humilde que já existiu. De todos os traços de caráter maravilhosos de Moshé, como a generosidade e a bondade, o traço que é diversas vezes repetido e ressaltado pela Torá é justamente a humildade dele.
 
A Torá foi entregue para nos elevar, nos auxiliar no conserto das nossas falhas e nos encaminhar para a perfeição em todos os nossos atos, pensamentos e traços de caráter. É por isso que D'us ama a pessoa humilde, pois ela está constantemente revisando seus atos para corrigir seus erros. A pessoa humilde ama as críticas, pois quer sempre melhorar. A pessoa arrogante, entretanto, não está aberta a críticas e nem é autocrítica. Portanto, ela está longe do arrependimento e do conserto dos seus atos. Que neste Shavuót possamos nos comportar como um deserto e novamente recebermos a Torá em nossas vidas.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle, Chaia bat Yehudit.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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