sexta-feira, 16 de outubro de 2020

O POTENCIAL DO SER HUMANO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT BERESHIT 5781

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ASSUNTOS DA PARASHAT BERESHIT
 
- Dia um: Luz e Escuridão.
- Segundo dia: Separação das águas de baixo e as águas de cima. 
- Terceiro dia: Terra firme e Vegetais.
- Quarto dia: Sol, Lua e Estrelas.
- Quinto dia: Animais aquáticos.
- Sexto dia: Animais da terra e Adam Harishon.
- Shabat.
- Adam e Chavá no Gan Éden.
- A cobra engana Chavá.
- A transgressão de Adam e Chavá.
- D'us aparece no Gan Éden.
- A maldição da cobra, de Chavá e de Adam.
- A expulsão do Gan Éden.
- Cain e Hevel: Oferendas e assassinato.
- Julgamento e castigo de Cain.
- 10 gerações de Adam a Noach.
- Os filhos de Noach: Shem, Ham e Yefet.
- Os gigantes e as transgressões.
- O Decreto de destruição do mundo.
BS"D

O POTENCIAL DO SER HUMANO - PARASHAT BERESHIT 5781 (16 de outubro de 2020)

 
"Yaacov, um rapaz, que estudava em uma conceituada Yeshivá de Israel, resolveu ser o aluno mais estudioso da Yeshivá. Assim, a partir daquele dia, ele começou a se dedicar mais. Porém, após se esforçar muito, ele percebeu que haviam alunos muito mais inteligentes do que ele. Yaacov então decidiu ser o aluno mais comportado da Yeshivá, e assim começou a se dedicar ao bom comportamento. Porém, após algum tempo, percebeu que, mesmo se esforçando muito, haviam alunos que se destacam mais. Então Yaacov decidiu ser o maior líder na Yeshivá e se esforçou para isso, mas pouco tempo depois percebeu que haviam alunos com mais aptidão para serem líderes.
 
Aquilo quebrou a autoestima dele. Completamente arrasado, Yaacov saiu da Yeshivá para dar uma volta. Como estava muito frio, resolveu entrar em um restaurante para tomar um chá bem quente e se acalmar um pouco. Um senhor que estava sentado lá viu aquele jovem com o rosto triste e perguntou se estava tudo bem. Yaacov, não escondendo a tristeza e a decepção, disse:
 
- Eu pensei que eu poderia ser o aluno mais estudioso, o aluno mais comportado ou o líder dos alunos da Yeshivá onde eu estudo, mas comecei a perceber que há pessoas muito melhores do que eu. No final das contas, eu não passo de mais um número na Yeshivá.

Aquele senhor ficou sério, olhou nos olhos de Yaacov e disse:

- Você se acha um número? Isso significa que você acha que os nazistas estavam certos!

Yaacov, assustado, não entendeu. O senhor então explicou:

- Era isto que os nazistas queriam, justamente fazer com que nós pensássemos que somos apenas um número.
 
E, ao falar estas palavras, ele levantou a manga da sua camisa e mostrou o número que tinha tatuado no seu braço. Dando um triste sorriso ao rapaz, ele disse:
 
- Você é uma pessoa única e especial. Cada um tem seus talentos e qualidades. Sabe qual é o problema? Você fica se comparando com os outros. Com certeza você é um ótimo líder, uma pessoa com bons traços de caráter e um aluno muito estudioso. Talvez não seja o mais estudioso, o mais comportado e o melhor líder, mas com certeza você tem muitas qualidades. Então, não se compare aos outros. Nunca pense que você é apenas mais um número. Você é uma pessoa única e especial, se esforce para atingir o seu potencial"

Precisamos nos lembrar sempre que temos um enorme potencial. Nossos talentos e qualidades devem ser aproveitados para cumprirmos nossa tarefa única no mundo. Se esforce, assim atingiremos nosso objetivo.

Nesta semana recomeçamos o ciclo de leitura da Torá com o primeiro livro, o Sefer Bereshit, também conhecido como "Sefer HaYetsirá" (Livro da Criação), que descreve a criação física e espiritual do mundo. A Parashat desta semana, Bereshit (literalmente "No princípio"), descreve a criação física do mundo e a criação de Adam Harishon, o primeiro ser humano. Qual era o nível espiritual deste primeiro ser humano?
 
A resposta está em um interessante Midrash. Quando D'us quis criar o ser humano, Ele se aconselhou com os anjos. Os anjos questionaram qual seria a natureza deste ser, e D'us respondeu que ele seria mais sábio do que os seres celestiais. Para provar, D'us trouxe diante dos anjos alguns animais, feras e pássaros e perguntou o nome deles, mas os anjos não sabiam. Quando D'us fez as criaturas passarem diante do ser humano e perguntou o nome deles, ele falou o nome de cada animal. D'us então perguntou qual era o seu próprio nome, e ele respondeu que gostaria de ser chamado de Adam, pois havia sido criado da Adamá (terra). D'us então perguntou o Seu nome, e Adam disse que era Ado-nai, pois D'us era o Adon (Senhor, Dono) de todo o mundo. D'us falou: "Então serei chamado de Ado-nai, pois este é o nome pelo qual Adam Harishon Me chamou".
 
Porém, este Midrash desperta alguns questionamentos. O que significa que os anjos não sabiam o nome dos animais, mas Adam Harishon sabia? E por que saber o nome dos animais é algo importante e considerado uma demonstração de grande sabedoria?
 
Explica o Rav Natan Tzvi Finkel zt"l (Império Russo, 1849 - Israel, 1927), mais conhecido como "Saba MiSlobodka", que no nome de algo está contida a sua essência. Portanto, quando D'us perguntou o nome dos animais, era necessária uma enorme sabedoria para, em poucos instantes e após uma simples olhada, identificar todos os detalhes contidos e quais eram as características que definiam cada animal. Este era um nível de sabedoria que nem mesmo os anjos possuíam. Portanto, o nome atribuído por Adam a cada uma das centenas de milhares de criaturas continha todas as forças que D'us havia internalizado nelas, além de toda a espiritualidade e suas características únicas e especiais.
 
A sabedoria de Adam Harishon foi ainda além, pois ele também conseguiu identificar as características de todas as criaturas, em todos os níveis espirituais, inclusive os seres celestiais, e atribuir a cada uma delas um nome que continha a sua essência e sua tarefa no mundo, desde os seis dias da criação até a eternidade. E mesmo a essência de D'us, dentro do que é possível uma criatura captar, conseguiu ser percebida por Adam Harishon, que identificou D'us como sendo o Dono de todo o universo e o Senhor de todas as criaturas.
 
Porém, quando D'us pedir para que Adam Harishon atribuísse um nome a si mesmo, ele associou sua essência ao material com o qual havia sido criado, a Adamá (terra). Isto é um pouco intrigante, pois Adam reconheceu em todas as criaturas suas características espirituais, porém em si mesmo ele aparentemente reconheceu apenas o material físico com o qual foi criado. Por que Adam viu a Adamá como sendo sua essência?
 
O Saba MiSlobodka explica que foi justamente isto que demonstrou a enorme sabedoria de Adam Harishon. Ele reconheceu que, por um lado, ele era o mais elevado entre todas as criaturas feitas por D'us, a ponto de D'us se orgulhar e falar para os anjos que "a sabedoria dele é maior do que a de vocês". Por outro lado, Adam percebeu a enorme implicação que havia em ter sido criado a partir da Adamá. Ele tinha um enorme potencial, a possibilidade de crescer e subir espiritualmente, nível após nível. Mas, se permanecesse parado, desperdiçando seu potencial de crescimento, ou até mesmo deixando de crescer tudo o que poderia, então sofreria uma enorme queda espiritual, voltando à terra e recebendo o aviso de que "até o mosquito foi criado antes de você".
 
Isto se comprovou com o próprio Adam Harishon, um ser que estava acima até mesmo dos seres celestiais mais elevados e, mesmo assim, por uma falha em seu crescimento, despencou espiritualmente e foi castigado com a morte, para si mesmo e para as futuras gerações, fazendo com que literalmente voltasse para a terra com a qual havia sido criado, como está escrito: "Do pó você veio e ao pó você voltará" (Bereshit 3:19).
 
Não há nenhuma contradição entre a formação do ser humano ter sido a partir da terra e sua grandeza espiritual. Da mesma maneira que uma pessoa muito elevada pode, com uma simples escorregada, descer aos menores níveis imaginários, o contrário também é válido, isto é, uma pessoa pode, em um instante, sair dos níveis espirituais mais baixos e atingir níveis de grandeza ilimitados. E a prova disso é o caso que ocorreu com o Rabi Chanina ben Tradion, um dos dez Tzadikim que foram mortos, com requintes de crueldade, pelos romanos. O Talmud (Avoda Zara 17b) descreve que o Rabi Chanina foi condenado à morte pelos romanos por ensinar Torá publicamente, apesar da proibição do governo romano. Ele foi condenado a ser queimado na fogueira, envolto pelo rolo da Torá que ele segurava no momento em que foi preso. Tufos de lã embebidos em água foram colocados sobre o seu coração, para retardar sua morte e prolongar seu sofrimento. Apesar dos apelos dos seus alunos, o Rabi Chanina recusava-se a fazer qualquer ato que pudesse acelerar sua morte e diminuir seus sofrimentos. Naquele momento, o carrasco romano percebeu que estava diante de uma pessoa muito santa. Ele ofereceu-se para remover os tufos de lã umedecidos, mas pediu em troca uma porção no Mundo Vindouro. O Rabi Chanina concordou e, quando finalmente faleceu, o carrasco se atirou nas chamas e morreu junto com ele. Uma Voz Celestial então proclamou que os dois haviam sido aceitos no Mundo Vindouro.
 
Quem era este carrasco? Certamente alguém de índole duvidosa, completamente afastado de espiritualidade. Um assassino, sem valores morais, uma pessoa de conduta desprezível. E, apesar disso, em um instante de despertar, em um ato para diminuir os sofrimentos de outro ser humano, ele foi convidado a entrar no Mundo Vindouro junto com o Rabi Chanina.
 
O ser humano tem um potencial gigantesco, mas este potencial não se preenche sozinho. Somente poderemos cumprir nossa missão neste mundo através do nosso esforço, aproveitando as oportunidades e utilizando da forma adequada as ferramentas que D'us nos deu. O mundo material se assemelha a uma escada rolante que desce. Não podemos ficar parados, não podemos deixar de crescer nem mesmo por um instante. Pois, depois de uma vida de esforço, quando olharmos a recompensa que receberemos, entenderemos que valeu a pena.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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