quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

HONESTIDADE NÃO TEM PREÇO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT TERUMÁ 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
   
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT

PARASHAT TERUMÁ 5780:

São Paulo: 18h16                   Rio de Janeiro: 18h02 
Belo Horizonte: 18h02                  Jerusalém: 17h00
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ASSUNTOS DA PARASHAT TERUMÁ

- Doações para a construção do Mishkan (3 Terumót: ½ Shekel obrigatório, para as bases; ½ Shelek obrigatório, para os Korbanót; doação não obrigatória dos materiais de construção).
- O Aron Hakodesh e a Kaporet.
- A Shulchan.
- A Menorá.
- As 3 coberturas do Ohel Moed.
- As Tábuas (Estrutura do Ohel Moed).
- Parochet e Tela de entrada.
- O Mizbeach.
- O Pátio.

HONESTIDADE NÃO TEM PREÇO - PARASHAT TERUMÁ 5780 (28 de fevereiro de 2020)


Na pequena cidade de Santo Antônio da Platina, norte do Paraná, a honestidade de uma criança emocionou um funcionário da Companhia Paranaense de Energia, João Cândido da Silva Neto, de 57 anos. Era dia de trabalho e, como fazia todos os dias, ele estava se deslocando até a casa de uma família para cortar a eletricidade em razão da falta de pagamento. Para ele, o corte de eletricidade era uma atividade desagradável em qualquer circunstância. Apesar de ser obrigado a cumprir seu trabalho, lhe doía o coração, em especial quando se deparava com uma família carente, que se desesperava ao descobrir que ficaria sem energia.

Naquele dia não foi diferente. Ao chegar ao local para onde havia sido mandado, encontrou uma mulher sentada em um banco de madeira, junto com três crianças descalças, diante de uma casa de madeira bem velha. A mulher perguntou a João, com o olhar triste, se ele tinha vindo cortar a eletricidade. João balançou a cabeça afirmativamente, embora o coração quisesse dizer "não". A mulher então implorou para que ele não cortasse a luz, pois apesar de estar com duas contas atrasadas, estava para receber seu salário no dia 9. João então avisou, para a surpresa da mulher, que aquele dia era o dia 9. Ele informou que precisaria fazer o desligamento de qualquer maneira, mas se ela fizesse o pagamento naquele dia, ele voltaria ainda no final da tarde para religar. E assim ficou combinado.
 
Quando João terminou o desligamento, começou a atualizar as informações do serviço no tablet da empresa. Neste momento, as três crianças descalças se aproximaram dele e pediram R$ 1,00 para cada uma. João se apiedou delas e procurou nos bolsos alguma moeda, mas não encontrou. Acabou dando a um dos meninos, chamado Eugênio, uma nota de R$ 5,00, e pediu que ele dividisse o dinheiro com seus irmãos. Os olhos de Eugênio brilharam ao ver tanto dinheiro. João saiu de lá com o coração pesado ao ver o estado da casa na qual aquela família morava, demonstrando extrema pobreza. Como ficariam ainda sem luz?
 
Para a sua alegria, João recebeu no fim do dia o aviso do religamento da eletricidade daquela família. Conforme havia prometido, ele foi imediatamente ao local para "devolver a luz" àquelas pessoas tão pobres. Era seu momento de redenção, após um dia com tantas tristezas.
 
Ao ouvir o barulho da caminhonete, todos saíram eufóricos. O menino Eugênio veio até João e disse, muito alegre: "Ainda bem que você voltou!". João pensou que ele estivesse feliz pela luz que seria religada, mas este não era o motivo da alegria do menino pobre. Ele abriu sua mãozinha suja e suada, mostrando uma nota amassada de R$ 2,00, e exclamou: "Moço, toma seu troco!". Ao devolver aquele dinheiro, o pequeno menino deu um incrível exemplo de honestidade e responsabilidade. João não quis receber o troco de volta, disse que havia dado tudo para ele dividir entre os irmãos. Mas o pequeno menino insistiu e disse:
 
- Moço, era só um real pra cada um! Já dividi o dinheiro com meus irmãos, sobraram dois reais. Eles são seus.
 
João emocionou-se naquele dia. No momento em que nosso país vive uma monstruosa crise moral, onde as instituições governamentais estão todas contaminadas pela corrupção, aparece um menino todo sujo e nos faz acreditar que a humanidade ainda tem jeito. Naquele dia, João chorou de alegria. Como já não fazia há muito tempo, naquela noite ele dormiu feliz.

A Parashat desta semana, Terumá (literalmente "Porção"), descreve a construção do Mishkan (Templo Móvel) e seus utensílios sagrados. A Parashat começa contando sobre a arrecadação dos materiais necessários para todas as partes do Mishkan e, em seguida, descreve o comando de D'us para a construção do Aron HaKodesh (Arca Sagrada), da Menorá, da Shulchan (Mesa de ouro, onde eram oferecidos 12 pães chamados "Lechem Hapanim"), das Ieriót (coberturas de tecido e couro), dos Krashim (Tábuas que formavam as paredes do Mishkan), do Mizbeach (Altar de sacrifícios), das cortinas internas e externas e da área do pátio externo.
 
Sabemos que a ordem das Parashiot não são aleatórias e, portanto, a própria sequência na qual D'us as escreveu também transmite importantes informações. Por que D'us escreveu sobre a construção do Mishkan e seus utensílios logo depois da Parashat Mishpatim?
 
Explica o Ramban zt"l (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270) que a Parashat da semana passada, Mishpatim,  trouxe dezenas de Mitzvót e seus detalhes, em especial Mitzvót "Bein Adam Lehaveiró" (da pessoa com seu companheiro), que fazemos constantemente no nosso dia-a-dia, como auxiliar alguém que precisa de ajuda, dar Tzedaká aos pobres, devolver um objeto perdido e ser honesto nos negócios.

Quando D'us entregou a Torá, Ele criou um relacionamento com o povo judeu, um pacto que envolvia as duas partes. Ele afirmou que nos transformaria em Sua nação caso andássemos nos Seus caminhos, como está escrito: "E agora, se você ouvir a Minha voz e guardar o Meu pacto, você será um tesouro para Mim entre todas as nações... Você será para Mim um reino de sacerdotes e uma nação sagrada" (Shemot 19:5,6). Andar nos caminhos de D'us significa se comportar da maneira correta mesmo nos pequenos detalhes do cotidiano. Através do cumprimento das dezenas de Mitzvót contidas na Parashat Mishpatim, o povo judeu estava demonstrando sua disposição de aceitar a Torá e manter o "contrato" firmado com D'us no Monte Sinai.
 
As Mitzvót nos santificam, nos elevam e nos conectam a D'us. Por isso, quando o povo judeu recebeu as Mitzvót cotidianas e começou a cumpri-las, imediatamente tornou-se um povo sagrado. Desta maneira, este povo também tornou-se merecedor de um Mishkan, isto é, que a Presença de D'us habitasse constantemente entre eles. É por isso que logo após as Mitzvót da Parashat Mishpatim, D'us ordenou que eles construíssem um Mishkan. Da mesma maneira que eles podiam constantemente servir a D'us através das pequenas Mitzvót cotidianas, então D'us decidiu morar constantemente entre eles.
 
D'us é infinito, está acima do tempo, do espaço e da matéria. Ele pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, pois não tem nenhum tipo de limitação. Então qual é a ideia de que Ele "habita" em um determinado lugar? A resposta é que D'us realmente não precisa de uma "residência". Porém, Ele cria lugares, objetos e momentos que são sagrados com o intuito de facilitar com que possamos "sentir" Sua presença, nos conectar a Ele e experimentar Sua Santidade. Isto é apenas uma forma de D'us querer se manifestar através de algo material, tornando um lugar, um objeto ou um momento do ano mais especial.
 
Este conceito pode ser percebido em um pequeno detalhe do comando de D'us na construção do Mishkan. Assim está escrito: "Construa para Mim um Mishkan, para que Eu possa morar dentro deles" (Shemot 25:8). Por que "dentro deles", ao invés de "dentro dele"? O "eles" refere-se ao povo judeu e suas casas. O objetivo das Mitzvót é fazer com que cada pessoa e cada casa se transforme em pequenas moradias da Presença de D'us. No judaísmo não há separação entre a sinagoga, o lar, a família, o trabalho e o lazer. A Torá e seus valores servem para criar um relacionamento com D'us que se aplica a todos os momentos das nossas vidas.
 
O Mishkan é uma ferramenta e um veículo para nos ajudar a trazer a Presença Divina a este mundo de forma constante, não apenas em momentos esporádicos. O Mishkan é uma "repetição em pequena escala" do que ocorreu no Monte Sinai. Assim como no Monte Sinai as pessoas estavam todas ao redor da montanha, no deserto os judeus se organizavam ao redor do Mishkan. Da mesma forma que no Monte Sinai D'us falava diretamente com Moshé, no Kodesh Hakodashim D'us também falava diretamente com Moshé, por cima do Aron HaKodesh. O Mishkan era a forma de mantermos a conexão máxima, uma repetição constante do evento da entrega da Torá. No Monte Sinai houve o casamento entre D'us e o povo judeu. Não era a intenção de D'us formar conosco um vínculo tão forte no Monte Sinai e não dar continuidade a este relacionamento. O Mishkan é a continuação dessa proximidade, onde e quando estivermos. E mesmo quando o Templo Sagrado deixa de existir fisicamente, D'us pode repousar dentro de cada um de nós, em nossas casas e em nosso cotidiano, pois cada Mitzvá e cada pequeno ato de honestidade é a forma de mantermos nossa conexão com D'us.
 
O Rav Yossef Dov Soloveitchik zt"l (Bielorrússia, 1820 - 1892), mais conhecido como Beis HaLevi, traz outra razão pela qual a Parashat Terumá, que fala do Mishkan, vem logo após a Parashat Mishpatim. A Parashat Terumá começa pedindo às pessoas que contribuam com ouro, prata e os outros materiais necessários para a construção do Mishkan. Quando fazemos uma doação, de onde vem o dinheiro? É o fruto do nosso trabalho. Por isso, a pessoa deve conhecer bem as leis sobre transações comerciais e sobre propriedade para ter certeza de que não está fazendo nada de errado em seus negócios. A Tzedaká feita com dinheiro juntado através de ganhos ilícitos não é uma Mitzvá, é uma transgressão. Este é o conceito ensinado pelos nossos sábios de "Mitzvá Habá BeAveirá" (Uma Mitzvá que vem através de uma transgressão). Para doar para a construção de um "Mishkan", precisamos ter a certeza de que cumprimos as Mitzvót cotidianas da Parashat Mishpatim.
 
Às vezes ocorrem grandes acontecimentos ou decisões. Porém, o principal das nossas vidas são os pequenos acontecimentos cotidianos. É em cada pequeno ato que definimos quem somos de verdade. Os pequenos atos do cotidiano trazem santidade para nossas casas, nossas famílias, nosso trabalho e nossos momentos de lazer. O nosso 3º Beit HaMikdash precisa em breve ser reconstruído em Jerusalém. Porém, antes disso, ele deve ser reconstruído dentro de cada um de nós.
 

 SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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