sexta-feira, 25 de maio de 2018

A MAIOR BRACHÁ NA VIDA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT NASSÓ 5778

BS"D
O E-mail desta semana foi carinhosamente oferecido pela Família Lerner em Leilui Nishmat de: 

Miriam Iocheved bat Mordechai Tzvi z"l

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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A MAIOR BRACHÁ NA VIDA - PARASHAT NASSÓ 5778 (18 de maio de 2018)

"Hershale era um homem muito simples, que vivia em um pequeno vilarejo. Apesar de ser uma ótima pessoa, tinha um intelecto extremamente limitado. Na realidade, todas as pessoas do vilarejo também tinham um intelecto limitado, pois tinham pouco acesso ao conhecimento. Hershale, por ser muito comunicativo, foi escolhido entre todos os homens de seu vilarejo para fazer uma importante viagem à cidade grande. Sua missão era procurar soluções para os problemas de água do vilarejo. Como seus sistemas de armazenamento e distribuição eram muito rudimentares, à base de baldes retirados do riacho, eles estavam constantemente sofrendo com as secas. Para piorar, quando ocorria um incêndio na cidade, o fogo rapidamente causava uma enorme destruição. Juntaram dinheiro por muitos meses para pagar a viagem e a estadia de Hershale na cidade grande, mas acreditavam que o investimento valeria a pena.
 
Quando finalmente Hershale chegou à cidade grande, ele ficou impressionado com os avanços tecnológicos. Mas nada chamou mais sua atenção do que a torneira que ele viu na hospedaria. A água jorrava dela, sem a necessidade de baldes, era um verdadeiro milagre da tecnologia. Hershale entendeu que, com aquela incrível invenção, todos os problemas do seu vilarejo estariam resolvidos. Sem querer perder tempo, perguntou ao dono da hospedaria onde ele poderia comprar uma torneira igual àquela. O dono da hospedaria levou-o até a loja de materiais de construção. Lá, Hershale escolheu uma torneira bonita e, com muita pressa para mostrar a incrível invenção no seu vilarejo, pediu para embrulhar e iniciou imediatamente seu retorno triunfante.
 
Em um tom misterioso, Hershale convocou a cidade inteira para uma demonstração. Era o fim dos baldes pesados e dos incêndios destruidores. Porém, o sonho de Hershale transformou-se em pesadelo. Para sua humilhação, quando ele foi fazer a demonstração de inauguração da nova torneira, diante de todos os habitantes, nada aconteceu. Perplexo, ele girou várias vezes a torneira, como havia feito na hospedaria, mas nem uma gota saiu. Seus parentes cobriam o rosto de vergonha. Não podiam acreditar que ele havia comprado algo com defeito. Será que ele era tão estúpido que não tinha nem mesmo testado a torneira para ver se ela funcionava enquanto ainda estava na loja? Mas Hershale quis minimizar o problema. Tomou coragem e falou:
 
- Não se preocupem, já temos a solução do problema. Agora só precisamos juntar dinheiro para uma nova viagem. Eu garanto que desta vez testarei a torneira na loja, para me certificar de que não está com defeito..."
 
Como Hershale, às vezes nos comportamos como tolos, esquecendo que tudo o que temos vem de D'us, não do nosso esforço.

Muitas vezes presenciamos o momento em que os Cohanim, descendentes diretos de Aharon, dão uma Brachá, a todos os que estão presentes na sinagoga, no final da repetição da "Amidá", a oração silenciosa. E a fonte desta Brachá, conhecida como "Bircat Cohanim", está justamente na Parashat desta semana, Nassó (literalmente "levantar"), quando D'us, antes da inauguração do Mishkan (Templo Móvel), ordena aos Cohanim que abençoem o povo, como está escrito: "E D'us falou a Moshé: Fale com Aharon e seus filhos e diga: É assim que vocês devem abençoar os filhos de Israel, dizendo-lhes: 'Que D'us te abençoe e cuide de você. Que D'us ilumine Sua face sobre você e te agracie. Que D'us levante Sua face para você e te conceda paz'. E colocarão Meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei." (Bamidbar 6:22-27).
 
Porém, se pararmos para refletir, perceberemos que esta é uma Mitzvá um pouco estranha. Por um lado, se os Cohanim têm poderes especiais, de forma que podem dar Brachót para o resto do povo, então por que eles também não têm poderes especiais em outras áreas, como, por exemplo, perdoar os nossos pecados? E, por outro lado, se os Cohanim não têm nenhum poder especial, se eles são apenas intermediários de D'us para dar Brachót para o resto do povo, para que D'us precisa de intermediários para nos dar Brachót? D'us não estaria colocando um "tropeço" diante de nós ao colocar os Cohanim como intermediários de Suas Brachót, nos dando a impressão que eles têm poderes especiais, independentes de D'us?
 
Além disso, há outro questionamento interessante em relação ao "Bircat Cohanim". De acordo com os nossos sábios, a Brachá dos Cohanim contêm três partes. A primeira parte pede que D'us nos dê Brachót materiais, como saúde, riqueza e segurança; a segunda parte pede que D'us nos dê sabedoria e discernimento espiritual; e a terceira parte pede que D'us nos mande a paz. Por que a Brachá de recompensas físicas vem primeiro? Não seria esperado que a Brachá de discernimento espiritual viesse antes?

Explica o Rav Simcha Barnett que a resposta começa na história do homem simples que leva uma torneira para o seu vilarejo. Como no caso da torneira, no qual não se pode tirar água a não ser que ela esteja conectada a uma fonte de água, uma pessoa também não pode dar uma Brachá aos outros a não ser que ela esteja ligada a D'us, a Fonte das Brachót. Somente D'us pode garantir sucesso, abundância e felicidade às pessoas, pois Ele é a Fonte de tudo. Os Cohanim não tem "poderes mágicos", eles simplesmente agem como intermediários de D'us. Ele projetou os Serviços do Templo Sagrado de maneira a incluir os Cohanim como canais para que as Brachót de D'us possam ser trazidas ao Seu povo.
 
Porém, se os Cohanim não tem o poder real de dar Brachót, então por que D'us os envolve neste ato? Pois o Bircat Cohanim representa a parceria que todos nós temos com D'us neste mundo. D'us nos dá a capacidade de trazer Brachót ao mundo todo o tempo, com cada pequeno bom ato que fazemos. Mas, ao mesmo tempo, devemos ter claridade que existe uma Fonte mais elevada para os nossos poderes. De fato, é um grande teste perceber que nossas habilidades e nosso poder, que aparentemente estão em nossas mãos, são verdadeiramente pertencentes apenas a D'us. Apesar da realidade sugerir o contrário, pois vivemos como se tivessemos controle pleno de tudo o que fazemos, a verdade é que uma pessoa não pode nem mesmo levantar um dedo se esta não for a vontade de D'us. O Bircat Cohanim nos ajuda, portanto, a termos mais claridade em relação aos nossos objetivos e nossa responsabilidade no mundo material.
 
D'us, através da ordem das Brachót, também nos transmite uma importante mensagem em relação à utilização correta do mundo material. Há um famoso mito em relação ao judaísmo, de que é necessário se abster de prazeres físicos para obter espiritualidade. Porém, ao colocar os bens físicos em primeiro lugar no Bircat Cohanim, D'us está nos ensinando que não há necessariamente uma contradição entre o material e o espiritual. Obviamente que é um difícil teste, e um grande tropeço para muitas pessoas, quando nos conectamos aos bens materiais e nos esquecemos dos propósitos espirituais. Porém, por outro lado, quando bem utilizados, os bens físicos podem nos aproximar do espiritual. Por exemplo, a riqueza física pode nos dar a paz de espírito necessária para buscarmos empreendimentos espirituais. Quando a riqueza é utilizada na busca da Torá e das Mitzvót, ela é elevada a níveis espirituais. Além disso, a primeira parte da Brachá termina com um pedido para que D'us guarde e proteja nossas Brachót físicas. Isto nos ajuda a reconhecer que nossas posses materiais são frágeis e podem não durar para sempre. Por isso, não vale a pena investir muito tempo e esforço em algo tão passageiro, sobre o qual que não tem nenhuma garantia. De acordo com os nossos sábios, a melhor maneira de alguém preservar sua riqueza é usá-la para Tzedaká (caridade) e bons atos. Isso garante uma Brachá contínua e verdadeira de D'us.
 
Na segunda parte da Brachá nós pedimos a sabedoria da Torá e o discernimento espiritual, para nos ajudar a alcançar nossos objetivos espirituais na vida e completar o nosso potencial individual como seres humanos. Estas diretrizes espirituais nos ajudam a moldar as dimensões de nossas atividades materiais, tornando-as mais satisfatórias e significativas.
 
A última parte da Brachá é um pedido pela paz. É evidente que, de maneira mais ampla, esta é uma Tefilá pela paz mundial e pela paz dentro do povo judeu e dentro de nossas famílias. No entanto, é também um pedido para que D'us dê a cada um de nós a paz interior, que tão desesperadamente buscamos e que tão poucos possuem. Esta parte final da Brachá vem depois do pedido de bens materiais e de sabedoria espiritual, expressando a necessidade de integrarmos nossas atividades materiais e espirituais, pois o verdadeiro significado da paz é a totalidade. Pedimos a D'us que nos ajude a alcançar um equilíbrio na vida, que honre e expresse nossas personalidades. O caminho para a paz é através da Torá. Se usarmos os ensinamentos da Torá apropriadamente, como um guia para moldar nossas atividades na vida, encontraremos a paz interior, onde não há dissonância entre nossos desejos, ações e os frutos dos nossos esforços.

A maior felicidade que uma pessoa pode sentir na vida vem com a percepção de que ela está fazendo exatamente o que ela foi criada para fazer. Desta maneira, todas as nossas energias podem fluir livremente, sem impedimentos de dúvida ou confusão, e nos levam a produzir momentos significativos que durarão por toda a eternidade. No final do Bircat Cohanim, D'us informa aos Cohanim que se eles abençoarem o povo judeu em Seu nome, Ele cumprirá a Brachá. Isto significa que a Brachá verdadeira somente ocorre quando os Cohanim não esquecem de ligar a torneira da Fonte verdadeira de Brachót: D'us. Sobre nós está o esforço e as escolhas corretas, mas a Brachá pertence somente a D'us. Que possamos, através dos nossos bons atos, nos tornar utensílios merecedores de todas as Brachót que D'us, em Sua bondade ilimitada, tanto quer nos entregar.

Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHAT NASSÓ 5778:

São Paulo: 17h09  Rio de Janeiro: 16h57  Belo Horizonte: 17h04  Jerusalém: 19h00
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l.
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(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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