sexta-feira, 25 de novembro de 2022

UM DIA A GENTE VAI EMBORA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TOLDOT 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
Sr. Yakov Aharon ben Rivka Raisla
Haim David ben Esther
Chaim Michael ben Metania

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe  

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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MENSAGEM DA PARASHÁ TOLDOT

 
ASSUNTOS DA PARASHÁ TOLDOT
  • Ytzchak e Rivka fazem Tefilá.
  • Rivka engravida.
  • Bebê se mexe.
  • Profecia.
  • Nascimento de Yaacov e Essav.
  • Venda da primogenitura.
  • Fome na terra.
  • Ytzchak e os Plishtim.
  • Disputa pelos poços.
  • O Casamento de Essav.
  • Ytzchak fica cego.
  • Ytzchak dá a Brachá de primogenitura para Yaacov.
  • Ytzchak dá Brachá para Essav.
  • Yaacov vai para a casa de seu tio Lavan procurar uma esposa.
  • Essav se casa com a filha de Ishmael.
BS"D

UM DIA A GENTE VAI EMBORA - PARASHÁ TOLDOT 5783 (25/Nov/22) 

Um dia a gente vai embora e fica tudo por aqui. Os planos, as tarefas de casa, as dívidas com o banco e as parcelas do carro novo que compramos só para ter status.

A gente vai embora e, de repente, percebemos que não somos tão importantes quanto pensávamos em nossa arrogância, pois o mundo continua.

A gente vai embora e percebemos como eram pequenas e sem motivos as nossas brigas, as grosserias e a impaciência, que só serviram para nos afastar das pessoas.

A gente vai embora e todos os grandes problemas que achávamos que tínhamos desaparecem. Pois os problemas moram dentro de nós. As coisas têm a energia que colocamos nelas, e exercem sobre nós a influência que permitimos.
⠀⠀
A gente vai embora. Pois é, é bem assim, piscou e a vida se vai.

A gente vai embora e somos rapidamente substituídos no cargo que ocupávamos na empresa.
 
A gente vai embora e as coisas que nos recusávamos a emprestar são doadas, algumas são até jogadas fora.

Quando menos se espera, a gente vai embora. Aliás, quem espera morrer?

Se a gente esperasse pela morte, talvez a gente vivesse melhor.

Talvez a gente aproveitasse melhor as oportunidades da vida. Quem sabe, a gente entenderia que não vale a pena se entristecer com as coisas banais e respeitaria mais as pessoas.

O tempo voa. A partir do momento em que a gente nasce, começa a viagem veloz com destino ao fim. Desperdiçamos o nosso tempo, sem nos dar conta que cada dia a mais é um dia a menos, porque a gente vai embora o tempo todo, aos poucos, e um pouco mais a cada segundo que passa.

O que você está fazendo com o tempo precioso que lhe resta?

Que possamos ser a cada dia pessoas melhores, com mais valores. Que saibamos reconhecer o que realmente importa nessa passagem pelo mundo, e possamos deixar a nossa contribuição e o nosso legado. Até porque, um dia, a gente vai embora.

Nesta semana lemos a Parashá Toldot (literalmente "gerações"), que nos conta um pouco mais sobre a vida do nosso segundo patriarca, Ytzchak. Ele passou por testes muito parecidos com os testes de seu pai, Avraham, e também conseguiu deixar sua herança espiritual no mundo. A Parashá também descreve a gravidez conturbada de Rivka, nossa segunda matriarca, e o nascimento e crescimento de seus dois filhos, Yaacov e Essav. Yaacov escolheu uma vida de espiritualidade, dedicando seus dias ao estudo da Torá e ao aprimoramento de seu caráter, tornando-se um grande Tzadik e o terceiro patriarca do povo judeu, enquanto Essav se dedicou a buscar prazeres do mundo material, afundando-se nos piores níveis de transgressões e destruindo o enorme potencial que tinha recebido.
 
Um dos pontos mais importantes da nossa Parashá foi o evento que mudou a história do povo judeu: o famoso incidente de venda da primogenitura. Apesar de Yaacov e Essav serem irmãos gêmeos, Essav nasceu primeiro e, portanto, ganhou o direito aos privilégios da primogenitura, que incluíam benefícios físicos, como o dobro da herança, e também benefícios espirituais. Yaacov tentou impedi-lo de adquirir a primogenitura no momento do nascimento, segurando-o pelo calcanhar, mas não conseguiu. Surgiu então outra oportunidade, quando eles tinham 15 anos, de reaver a primogenitura. O faminto Essav, vindo do campo após cometer uma série de graves transgressões, viu seu irmão Yaacov preparando uma sopa de lentilhas. Desesperado, ele pediu para que Yaacov vertesse "daquela comida vermelha" diretamente em sua garganta, tamanho era o seu desespero. Yaacov, aproveitando a oportunidade, propôs um negócio à Essav: seus direitos de primogenitura em troca de um prato de sopa de lentilhas. Essav, desprezando a primogenitura, concordou, e Yaacov finalmente adquiriu a  primogenitura e todos os seus benefícios.
 
Mas por que é importante a Torá nos ensinar qual era a comida que Yaacov estava cozinhando, já que para Essav não importava? Rashi (França 1040 - 1105) nos ensina que Yaacov estava cozinhando uma sopa de lentilhas pois, como naquele dia nosso patriarca Avraham havia falecido, Ytzchak estava observando as leis de luto por seu pai, e há o costume de servir lentilhas ao enlutado como primeira refeição após o enterro.
 
Deste ensinamento de Rashi surge um enorme questionamento: não parece estranho, e até mesmo inadequado, que a questão da primogenitura surgisse novamente naquele momento particular da história? Mesmo que Yaacov realmente quisesse os benefícios da primogenitura, que incluíam questões espirituais importantes, ele não poderia ter escolhido outra oportunidade para negociar com Essav? Estavam todos enlutados pelo falecimento de Avraham, um dos pilares do mundo, que tinha acabado de falecer. Ytzchak estava sentando Shivá, cumprindo as leis de luto. Yaacov estava ocupado com uma importante Mitzvá, de preparar a refeição para um enlutado, quando Essav entrou em cena. Era somente isso que se passava na mente de Yaacov, a aquisição da primogenitura? Por que Yaacov achou importante levantar a questão sobre a primogenitura justamente naquele momento tão difícil e triste?
 
Explica o Rav Issachar Frand que a resposta começa com o entendimento do costume de servir lentilhas ao enlutado. Servimos lentilhas para um enlutado por causa do simbolismo de sua forma. Lentilhas são redondas, como a vida, que é uma roda que está sempre girando. As lentilhas arredondadas simbolizam a natureza cíclica, entre o nascimento e a morte, o destino de todos. O luto é uma condição quase inevitável em nossas vidas, todos acabam enfrentando-o mais cedo ou mais tarde. É normal nos despedirmos dos nossos parentes mais velhos, vivenciar a troca de gerações, a partida dos mais velhos e a chegada dos mais novos.
 
Esta experiência do luto, apesar de ser muito dolorida, é importante para o nosso amadurecimento espiritual. As pessoas muitas vezes começam a pensar sobre a vida justamente nos momentos de luto. Quando as pessoas pensam que a morte é inevitável, quando internalizam sua condição de serem mortais, começam a dar mais valor para a vida. Assim nos ensina o mais sábio dos homens, Shlomo Hamelech: "É melhor ir a uma casa de luto do que ir a uma casa de banquete, pois esse é o fim de todo homem, e os vivos devem colocar isso em seu coração" (Kohelet 7:2). Quando vamos a uma festa nos divertimos, encontramos pessoas queridas, comemos e bebemos bem. Porém, nos tornamos pessoas melhores? Já quando precisamos ir a um enterro, em especial quando é um parente ou um amigo próximo, sentimos que a vida tem um ponto final. Normalmente saímos do cemitério mais despertos e dispostos a aproveitar melhor o nosso bem mais precioso: o tempo. Em outras palavras, saímos de lá pessoas melhores.
 
O incidente da venda da primogenitura nos ensina que a forma como um Tzadik e um Rashá veem a vida são diametralmente opostas. Yaacov olhava para a vida como: "O que eu preciso realizar? Quais são minhas responsabilidades? Como eu posso contribuir com a humanidade?". O status de primogênito significava para ele muito mais do que apenas receber uma porção dupla de herança. O status de primogênito incluía também responsabilidades espirituais. Os primogênitos eram os responsáveis por fazer o Serviço a D'us. Quando Yaacov refletia sobre a morte, o quão efêmera e passageira é a nossa vida neste mundo, ele contemplava a vida, e isso o motivava a procurar sua responsabilidade espiritual.
 
Por outro lado, a atitude de Essav perante a vida era: "Coma, beba e seja feliz, porque amanhã morreremos. A morte é inevitável e, portanto, preciso aproveitar a boa vida enquanto posso! Aproveite agora, antes que seja tarde demais". Justamente naquele momento, enquanto Essav estava refletindo sobre a morte de seu avô e o luto de seu pai, ele começou a pensar: "Eu não quero a responsabilidade de ser o primogênito. Eu não quero "gastar" a minha vida servindo a D'us. Quero aproveitar a vida agora. Quero estar livre das responsabilidades". Por isso que naquele exato momento a venda da primogenitura foi consumada. Foi quando a enorme diferença em relação ao status do primogênito, isto é, a forma de ver a vida, surgiu à tona. Yaacov entendeu que ele deveria adquirir a primogenitura naquele exato momento no qual Essav havia decidido se livrar dela.
 
Da Parashá aprendemos, portanto, que nossa espiritualidade pode ser medida de acordo com a forma como damos valor ao nosso tempo, às oportunidades de crescimento e às nossas responsabilidades na vida. Aquele que pensa que a vida é feita de "aproveitar os prazeres" ainda não começou a viver. Já aquele que quer aproveitar cada instante, cada oportunidade, para construir sua alma eterna e deixar sua contribuição ao mundo, entendeu de verdade o que é viver.   

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
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