quinta-feira, 10 de agosto de 2023

ELEVANDO CORPO E ALMA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ REÊ 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  
Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
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PARASHÁ REÊ



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MENSAGEM DA PARASHÁ REÊ

ASSUNTOS DA PARASHÁ REÊ
  • A Brachá e a Klalá.
  • Santidade da Terra de Israel / Destruição das idolatrias.
  • Altares particulares.
  • Permissão de comer oferendas redimidas.
  • Comidas sagradas consumidas apenas em Jerusalém.
  • Permissão de comer comidas não consagradas.
  • Princípios gerais.
  • Proibição de copiar os rituais dos Knaanim.
  • O falso Profeta.
  • "Missionários"idólatras.
  • A Cidade Apóstata.
  • Responsabilidade do"Povo Escolhido".
  • Animais proibidos para o consumo: Criaturas aquáticas e Pássaros.
  • O Segundo Dízimo.
  • Dízimos para o pobre.
  • O Ano de Shmitá.
  • Emprestando dinheiro.
  • O Escravo judeu.
  • Animais primogênitos.
  • Shalosh Regalim: Pessach, Shavuót e Sucót.
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ELEVANDO CORPO E ALMA - PARASHÁ REÊ 5783 (11/ago/23)

"O Rebe de Kopshitz zt"l era conhecido e respeitado, não apenas por sua grandeza no conhecimento da Torá, mas em especial pela sua conduta exemplar nas dificuldades do cotidiano. Para ele, a Torá não era apenas algo teórico, e sim algo que ele conseguia colocar na prática.

Um exemplo do seu comportamento diferenciado pôde ser observado em um incidente no qual a maioria de nós teria tropeçado. O Rebe de Kopshitz costumava sempre convidar um determinado amigo para suas alegrias familiares, como festas de casamento, Brit-milá e Bar-Mitzvá. No entanto, este amigo não se esforçava para honrar os convites recebidos e nunca comparecia, e não se importava nem mesmo em justificar sua ausência. Apesar disso, quando o Rebe de Kopshitz recebia um convite deste amigo para uma de suas festas, ele sempre se esforçava para comparecer, apesar de suas muitas responsabilidades e ocupações.

Certa vez, seus alunos perceberam que o Rebe estava fazendo um enorme esforço para conseguir ir ao casamento do filho caçula daquele amigo. Os alunos já estavam muito incomodados, pois achavam que este tipo de situação estava se tornando humilhante para o Rebe. Decidido a tentar impedi-lo de ir à festa do amigo, um dos seus alunos disse:
 
- Rebe, basta! Ir novamente a uma festa deste homem, fazendo esforços tão grandes, enquanto ele nunca vem nas suas festas e nem mesmo se justifica, é humilhação demais para uma pessoa importante como você! Acho que você não veria ir à festa, para ensinar uma lição a este homem! Deixe ele provar do seu próprio veneno! Até quando você vai se humilhar e dar honra a alguém que não se importa com você?

O Rebe, ao perceber a irritação do aluno, deu um sorriso e respondeu:

- Obrigado por se preocupar com minha honra. Porém, me diga você o que é melhor: que o mau aprenda com o bom e conserte seus maus atos, ou que o bom aprenda com o mau e estrague seus bons atos?

- Você tem razão - concluiu o Rebe - Este homem de fato não age corretamente ao nunca vir prestigiar minhas alegrias familiares. O desprezo dele pelas alegrias alheias é realmente merecedor de repreensão. Porém, se agora eu não for à festa dele, então é sinal que eu estou aprendendo dele a não me comportar bem. Por acaso não é melhor que ele aprenda de mim o modo correto de como se comportar?"

A Torá nos eleva, nos transforma em pessoas melhores. O modo como nossos sábios de Torá agem nas situações difíceis do cotidiano nos ensina que a Torá pode, e deve, mudar a nossa vida e nossas condutas.

Na Parashá desta semana, Reê (literalmente "Veja"), Moshé continuou seus discursos finais, preparando o povo judeu para a entrada na Terra de Israel. Moshé novamente ressaltou a santidade do povo e da Terra de Israel, o que implica em uma responsabilidade ainda maior de nos comportarmos de uma maneira exemplar e nos tornarmos uma "luz" para as nações do mundo. Isso se aplica também às situações difíceis da vida, nas quais precisamos saber reagir da maneira correta.

Por exemplo, há um versículo interessante que nos ensina a como nos comportarmos da maneira correta, com tranquilidade e serenidade, mesmo em momentos de sofrimento e dificuldade: "Vocês são filhos de Hashem, seu D'us. Vocês não devem se mutilar e nem causar calvície entre seus olhos por um morto" (Devarim 14:1). Este versículo se refere a uma pessoa que perdeu um parente querido e, no desespero, pode chegar ao ponto de se automutilar, fazendo cortes em seu corpo ou arrancando o cabelo. Pode parecer absurda a ideia de se comportar desta maneira tão extrema, mas Rashi (França, 1040 - 1105) explica que a prática era comum entre os Emorim, um dos povos idólatras que viviam na Terra de Israel, após a perda de um ente querido, em uma demonstração de desespero e não aceitação da vontade Divina. É justamente isso o que a Torá está nos ensinando a evitar. Ao mencionar o relacionamento entre pais e filhos, a Torá quer ressaltar o amor de D'us por nós mesmo nos momentos de dificuldade. Da mesma forma que um pai sempre faz o melhor para o seu filho, mesmo que o filho nem sempre consiga entender as intenções elevadas do pai, assim também D'us sempre quer o nosso bem e todos os Seus atos são de bondade, mesmo que, em nossa limitação, nem sempre conseguimos compreender. A perda de pessoas queridas é sempre um momento difícil, mas a Torá nos ensina a encararmos esta dificuldade com outros olhos, trazendo consolo e conforto.

Porém, há um detalhe neste versículo que chama a atenção. A Torá coloca lado a lado a declaração "vocês são filhos de Hashem" com a proibição de não nos automutilarmos. Rashi explica que, uma vez que somos filhos de D'us, não devemos desfigurar nossos corpos, ao contrário, devemos manter uma aparência bonita. Porém, este motivo parece um pouco contraditório com outro ensinamento do Talmud (Nidá 31a), que afirma que há três sócios na criação de um ser humano: o pai, a mãe e D'us. Enquanto os pais fornecem à criança suas características físicas, D'us fornece à criança uma alma espiritual. Porém, se D'us fornece nossa parte espiritual, então por que o versículo descreve nossa relação com D'us como sendo Seus filhos no contexto de preservar nosso corpo físico? Isso não deveria estar associado a manter nossa parte espiritual?

Além disso, a expressão "Vocês não devem se mutilar" é "Ló titgodedu". O Talmud (Yevamot 13b) explica que desta expressão podemos aprender outra proibição da Torá. A palavra "Agudot" significa "grupos". A Torá também está nos advertindo a não fazermos "Agudot Agudot", isto é, não mantermos dentro do povo judeu "facções" que observam as Halachót de forma divergente dentro de uma mesma comunidade. Por isso, quando alguém visita uma comunidade com costumes diferentes dos seus, é obrigado a se comportar da maneira como as pessoas de lá se comportam.
 
Mas deste ensinamento também surge um questionamento. Se as proibições de nos automutilar e de manter facções separadas são aprendidas da mesma expressão na Torá, isto significa que deve existir alguma conexão entre elas. O que estas duas Mitzvót, aparentemente tão diferentes, têm em comum?

No primeiro parágrafo do Shemá Israel. D'us nos ordena a ensinarmos Torá aos nossos filhos: "Veshinantam leBanecha" (E as ensinarão aos seus filhos) (Devarim 6:7). Porém, Rashi comenta que "seus filhos" se refere a "seus alunos", pois os alunos de Torá de uma pessoa são considerados como se fossem seus filhos. Para apoiar este conceito, Rashi cita justamente o versículo da nossa Parashá, "Vocês são filhos de Hashem". Como o versículo do Shemá Israel trata do estudo de Torá, provavelmente Rashi entende que, através do estudo da Torá de Hashem, nos tornamos Seus alunos e, portanto, podemos ser chamados de Seus filhos.

O Talmud (Bava Metzia 33a) ensina que existe uma ordem de prioridade na Mitzvá de devolver um objeto que foi encontrado. Por exemplo, uma pessoa que encontrou dois objetos perdidos, um que pertence ao seu pai e outro que pertence ao seu professor de Torá, ela é obrigada a devolver o objeto perdido de seu professor de Torá antes mesmo de devolver o objeto perdido de seu pai, pois seu pai lhe proporciona uma existência finita neste mundo, enquanto seu professor de Torá lhe proporciona uma existência infinita no Mundo Vindouro. A Torá ensinada por seu professor não apenas garante à alma uma existência infinita, mas também eleva o corpo que foi dado a ele por seu pai, de um estado físico e finito para um estado espiritual e eterno.

Explica o Rav Yohanan Zweig que, com todos estes entendimentos, podemos responder os questionamentos anteriores. Embora D'us seja claramente a Fonte da nossa alma, o estudo da Torá permite que o corpo se eleve e também seja percebido como um produto da mesma Fonte. Essa mensagem é enfatizada pela Mitzvá que proíbe mutilar nosso corpo por sermos filhos de D'us. Por meio do estudo da Torá, nos tornamos Seus alunos e, assim, Seus filhos, tanto em relação ao corpo quanto em relação à alma. A reconciliação entre corpo e alma é, portanto, a prova definitiva de que emanamos de uma única Fonte.
 
Como somente a Torá é capaz de realizar essa reconciliação, é de extrema importância que a própria Torá seja vista como algo que emana de uma única Fonte. Qualquer ação que distorça essa verdade diminui a eficácia da Torá em unir e reconciliar todas as forças aparentemente divergentes na Criação. Portanto, não podemos tolerar facções separadas que observam práticas de Halachá divergentes dentro de uma mesma comunidade, pois isso vai diretamente contra o conceito da Fonte única.
 
Apesar de este ensinamento trazer conceitos espiritualmente profundos, há algo que podemos aprender e que pode ser aplicado ao nosso dia a dia. Uma das principais funções da Torá é ter efeitos positivos sobre a nossa alma, mas ela também pode influenciar positivamente o nosso corpo. A Torá nos transforma, nos eleva e nos permitir adquirir o autocontrole e dominar nossas emoções. Por isso, aquele que traz a Torá para a sua realidade cotidiana se transforma em uma pessoa melhor e mais equilibrada. Somente assim poderemos iluminar o mundo inteiro. Não com nossas palavras, mas com nosso comportamento exemplar, baseado na Torá.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
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