sexta-feira, 11 de setembro de 2020

A VERDADEIRA DEMONSTRAÇÃO DE AMOR - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT NITZAVIM E VAYELECH 5780

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHIÓT NITZAVIM E VAYELECH 5780:

São Paulo: 17h37                   Rio de Janeiro: 17h24 
Belo Horizonte: 17h29                  Jerusalém: 18h14
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ASSUNTOS DA PARASHAT
NITZAVIM
 
- Renovação do Pacto.
- Advertência contra idolatria.
- Arrependimento e Redenção.
- A Torá é acessível a todos.
- Livre-Arbítrio.



 
VAYELECH
 
- Preparação para nova liderança.
- Yehoshua.
- Hakel e a leitura do Sefer Devarim pelo Rei de Israel.
- Preparativos finais de Moshé.
- A Torá é colocada como testemunha.

A VERDADEIRA DEMONSTRAÇÃO DE AMOR - PARASHIÓT NITZAVIM E VAYELECH 5780 (11/SET/2020)


"Na época em que o Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204) era médico particular do Sultão egípcio, ele ficou muito amigo do Rav Avraham ben Meir zt"l (Espanha, 1092 - 1167), mais conhecido como Ibn Ezra. Apesar de ser um grande erudito, o Ibn Ezra sofreu com tragédias pessoais e extrema pobreza na vida.

Em certa ocasião, o Ibn Ezra teve uma terrível infecção nos olhos, que o impedia de continuar estudando Torá. Sem dinheiro e sem outra alternativa, somente lhe restava pedir ajuda ao seu amigo Rambam. Normalmente o Rambam o recebia de forma calorosa, com um enorme sorriso. Porém, daquela vez foi diferente, pois o Rambam se comportou de maneira muito estranha. Assim que o Ibn Ezra entrou, o Rambam virou o rosto e nem mesmo lhe deu boas vindas. O Ibn Ezra começou a explicar as dores que sentia no olho, mas o Rambam continuava ignorando-o. E, ao invés de ajudar seu amigo, o Rambam chamou seu servente e disse:
 
- Leve este homem e o prenda no estábulo, junto com os animais, pois é isto que ele merece!
 
O Ibn Ezra não conseguia acreditar nos seus ouvidos. Por que seu amigo estava se comportando daquela maneira, tão cruel e hostil? Ele não tinha feito nada de errado! Sem demora, o servente do Rambam o levou ao estábulo e trancou a porta. Muito decepcionado com a reação do amigo, ele suspirou profundamente. Logo, as lágrimas começaram a rolar no seu rosto. A tristeza e a sensação de abandono eram tão grandes que ele chorou amargamente durante toda a noite.

Quão grande foi a surpresa do Ibn Ezra quando, ao amanhecer, o Rambam veio pessoalmente cumprimentá-lo, pedindo perdão por tê-lo tratado daquela maneira tão rude. Sob o olhar de espanto do Ibn Ezra, o Rambam explicou que, no dia anterior, ao olhar para os olhos do amigo, havia diagnosticado que ele tinha uma doença muito grave, que poderia fazê-lo perder a visão para sempre. A única forma de tratar aquela doença era limpar os olhos repetidamente com lágrimas. Por isso ele havia prendido seu amigo de forma tão cruel, para causar-lhe angústia e levá-lo ao choro. O Rambam finalizou dizendo que seu amigo já estava visivelmente curado."

D'us nos manda às vezes coisas que parecem não ser boas. Porém, não podemos esquecer que Ele quer somente o nosso bem, e que tudo o que acontece em nossas vidas é para o bem, mesmo que não entendamos... ainda.

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Nitzavim (literalmente "De pé") e Vayelech (literalmente "E foi"). Na Parashat Nitzavim, Moshé nos alerta novamente sobre os perigos do contato com as nações idólatras que viviam na Terra de Israel, nos ensina sobre a força da Teshuvá (arrependimento) e ressalta nossa obrigação de estudarmos Torá. Já a Parashat Vayelech fala sobre a transmissão da liderança do povo para Yehoshua, a comemoração do "Hakel" (a cada sete anos, no final do ano de Shemitá, todo o povo judeu ia para Jerusalém, escutar a leitura do Sefer Devarim pelo rei de Israel) e os preparativos finais de Moshé antes do seu falecimento.
 
No final da Parashat da semana passada, Ki Tavô, Moshé advertiu duramente o povo judeu e listou 98 Klalót (maldições) que recairiam sobre nós caso nos afastássemos dos caminhos da Torá. Mas por que esta advertência com tantas Klalót, e tão severas? Em outras Parashiót da Torá, D'us simplesmente nos deu advertências e avisou qual seria a punição aplicada caso transgredíssemos Seus mandamentos. Então por que neste momento, quando estavam prestes a entrar na Terra de Israel, D'us foi tão duro com o povo judeu? E qual é a conexão destas Klalót tão duras com o início da Parashat Nitzavim, na qual Moshé renova o pacto de D'us com o povo judeu e os adverte sobre a idolatria?
 
A Parashat começa com as seguintes palavras: "Vocês estão de pé, neste dia, todos vocês, diante de Hashem, seu D'us" (Devarim 29:9). O que Moshé quis dizer com estas palavras? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que, após ter escutado as terríveis Klalót, o povo judeu empalideceu e disse a Moshé: "Não conseguiremos suportar este peso sobre nossas costas!". Imediatamente Moshé os acalmou, dizendo: "Vocês estão de pé, neste dia, todos vocês, diante de Hashem". Qual é o consolo contido nestas palavras de Moshé? Rashi explica que é como se Moshé estivesse dizendo ao povo: "Vocês viram que, durante os 40 anos em que permanecemos no deserto, muitas vezes o povo provocou a fúria de D'us como seus maus atos. Porém, apesar disso, estamos todos aqui, vivos". Moshé quis transmitir ao povo que, apesar dos erros, D'us não havia destruído o povo.
 
Entretanto, ainda não está claro qual foi o consolo de Moshé ao povo. Poderíamos pensar que ele estava dizendo: "Não se preocupem. As advertências parecem pesadas, mas vocês podem ver que, na prática, não são tão terríveis assim". Porém, é impossível imaginar que esta era a mensagem que Moshé estava querendo transmitir ao povo, pois desta forma ele estaria destruindo o objetivo das Klalót, que era justamente impedir que o povo se desviasse dos caminhos corretos. Então, qual é o verdadeiro significado das palavras de Moshé?
 
Há outro questionamento interessante, relacionado com os castigos que recebemos de D'us. O Midrash afirma que quando D'us pune os Reshaim (perversos), eles não se recuperam mais, mas os Tzadikim (justos) sempre se recuperam de suas punições. O entendimento mais simples deste Midrash é que os Reshaim recebem punições mais severas do que os Tzadikim e, por isso, não conseguem mais se levantar. Porém, o Midrash continua e diz que apenas uma série de flechas é suficiente para derrubar os Reshaim, enquanto um lote inteiro de flechas não é suficiente para superar a resiliência dos Tzadikim. O Midrash está enfatizando que a diferença entre os Reshaim e os Tzadikim não é a severidade do golpe, mas sim a sua capacidade de resistir ao castigo. Então, qual é o segredo dos Tzadikim, que conseguem se levantar mesmo após receberem duros castigos de D'us, enquanto os Reshaim não se levantam mais, mesmo sem terem sido castigados de forma tão dura?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que a resposta está no entendimento do verdadeiro valor das Mitzvót em nossas vidas. Normalmente associamos o cumprimento das Mitzvót com a construção do nosso Mundo Vindouro, pois nossos sábios ensinam que cada Mitzvá é como um tijolo na construção da nossa eternidade. Porém, além de ajudar a garantir para nós um lugar no Mundo Vindouro, cumprir as Mitzvót tem outro importante propósito, relacionado com a nossa vida neste mundo. As Mitzvót dão à pessoa um senso de realidade. Quando uma pessoa cumpre Mitzvót, sua força vital e sua própria vontade de viver são fortalecidas, pois a pessoa vive com mais foco e objetivo. A consequência é que uma pessoa com grande vontade de viver é mais capaz de superar as adversidades da vida. E, ao contrário, as transgressões criam na pessoa um desânimo na vida, um sentimento de que a vida é apenas passageira, de que não vale a pena grandes investimentos. Os Reshaim, portanto, não têm determinação para viver, não aprendem a lidar com as falhas que cometem na vida e acabam desabando, completamente desanimados, diante dos desafios.
 
O mesmo se aplica aos nossos relacionamentos. A capacidade de uma pessoa de superar as dificuldades que podem surgir em um relacionamento é proporcional ao valor que a pessoa atribui a ele e, portanto, ao esforço que faz para manter esse relacionamento. Infelizmente percebemos isto de forma muito clara na nossa sociedade, onde a falta de compromisso nos casamentos faz com que eles sejam dissolvidos ao primeiro sinal de adversidade.
 
Com estes conceitos, podemos entender o consolo de Moshé. O povo judeu havia se aproximado dele, apavorado com o imenso fardo que sentia por causa das terríveis Klalót que havia acabado de ouvir. Moshé os tranquilizou, dizendo que eles tinham uma perspectiva errada sobre a natureza de uma Klalá. Recompensa e punição representam até que ponto um relacionamento ainda existe ou já foi dissolvido. Uma Klalá reflete o desejo de D'us de um relacionamento duradouro com o povo judeu. A Klalá é a ferramenta que D'us usa para persuadir o povo judeu a apreciar seu relacionamento com Ele. A própria existência de Klalót prova que D'us fará de tudo para assegurar que o povo judeu continue no relacionamento, pois conforme Ele jurou aos nossos antepassados, Ele nunca nos abandonará. Portanto, o fato de o povo judeu estar em pé diante de Moshé, vivo e bem, indica que seu relacionamento com D'us está em boa situação. Mesmo que surgirão momentos em que eles serão submetidos às Klalót, o consolo é que as próprias Klalót indicam que D'us deseja que o relacionamento perdure.
 
Foi por isto que Moshé utilizou a expressão "neste dia". Embora em todos os dias há um período em que fica tudo escuro, temos a certeza de que o sol voltará a brilhar. Da mesma forma que D'us trouxe luz para nós, Ele nos trará luz novamente no futuro. As Klalót e sofrimentos nos preservam e permitem que estejamos diante de D'us. As Klalót evitam que nos desviemos do caminho, enquanto os sofrimentos nos purificam das nossas transgressões. Isto significa que Moshé estava dizendo ao povo judeu: "Vocês não estão vivos apesar das Klalót. Vocês estão vivos, em uma vida verdadeira, uma vida com sentido, justamente por causa das Klalót".
 
Estamos chegando a Rosh Hashaná, o "Dia do Julgamento". Este dia também traz uma mensagem incrível do amor de D'us pelo povo judeu. Por que Ele nos julga neste dia? Para nos ensinar que Ele se importa com os nossos atos. Na verdade, Ele se importa até mesmo com os pensamentos do nosso coração. Em Rosh Hashaná Ele quer ver o quanto nós estamos comprometidos no nosso relacionamento com Ele. D'us não quer nos perder, e vai fazer de tudo para isso. Pois, além de ser "Melech", ele também é Pai. E um pai nunca desiste de um filho.
 

SHABAT SHALOM
 
QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA
  

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Mordechai Ben Sara, Simcha bat Shengle.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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