sexta-feira, 22 de março de 2019

LIVRE-SE DOS MAUS COMPORTAMENTOS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT TZAV 5779

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à elevação da alma de:
 
ITE (IDA) BAT EFRAIM Z"L


Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail 
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LIVRE-SE DOS MAUS COMPORTAMENTOS - PARASHAT TZAV 5779 (22 de março de 2019)


"Avraham era uma pessoa muito honrada, com muitas qualidades. Porém, ele tinha um terrível defeito, que muitas vezes acabava destruindo suas qualidades: ele sentia um desejo incontrolável por dinheiro. Sempre que ele passava por algum teste nesta área, ele perdia a cabeça, jogava tudo para cima e corria com fervor atrás de seus desejos.

Muitos anos se passaram e Avraham, já em sua velhice, adoeceu e sentiu que a morte se aproximava. Seus amigos e parentes estavam todos em volta de sua cama, preparando-se para a última despedida. Avraham quis aproveitar aquele momento para ensinar uma preciosa lição aos seus amigos e familiares. Juntando suas últimas forças, ele fez um gesto para que todos se aproximassem. Com a voz já muito fraca, ele disse:

- Gostaria que minhas últimas palavras pudessem ensinar algo importante a vocês. Apesar de estar sentindo que meu fim se aproxima e que mais um pouco me levarão deste mundo, eu garanto a vocês que se alguém me oferecesse agora dinheiro, eu não conseguiria me impedir de estender a mão para pegá-lo e guardá-lo sob meu travesseiro. Infelizmente, até mesmo neste momento o desejo pelo dinheiro ainda me controla desta maneira...

Estas foram suas últimas palavras. Alguns minutos depois, a alma dele partiu deste mundo". (História Real)

Nossos sábios ensinam uma importante regra: todos os traços de caráter negativos de uma pessoa, caso ela não se esforce para arrancá-los pela raiz, os acompanharão até o túmulo. Foi isto o que aconteceu com Avraham.

Nesta semana lemos a Parashat Tzav (literalmente "ordene"), que continua descrevendo detalhes do principal serviço realizado no Mishkan: a oferenda dos Korbanót (sacrifícios). Porém, a Parashat começa com uma linguagem um pouco diferente: "E disse D'us para Moshé: 'Comande a Aharon e seus filhos e diga: Esta é a lei do Korbán Olá (Sacrifício de Elevação). Este é o Korban que queima no altar a noite toda até a manhã seguinte, e o fogo do altar queimará com ele'" (Vayikrá 6:1,2). Ao contrário dos outros serviços, quando D'us comandou a Moshé que "diga" as coisas para Aharon e seus filhos, neste caso a Torá utilizou uma linguagem mais dura, "comande". Qual é a diferença entre o Korban Olá e os outros Korbanót?
 
Explica Rashi (França, 1040 - 1105) que normalmente os Cohanim tinham o direito de comer parte dos Korbanót oferecidos. O Korban Olá era uma exceção, pois como ele era completamente queimado no altar, os Cohanim não podiam consumir nenhuma parte dele. Preocupado com o possível desprezo que os Cohanim poderiam ter com a oferenda deste Korban, por não terem nenhum benefício dele, D'us usou uma linguagem mais dura, para que os Cohanim fossem ágeis neste Korban como eram em todos os outros.
 
Porém, se pararmos para refletir, este comando está sendo feito a Aharon, o irmão de Moshé, e aos seus filhos, gigantes espirituais. Será que alguém em um nível tão alto seria negligente com o Serviço Divino apenas porque não receberia nenhuma parte do Korban? D'us está suspeitando mesmo de pessoas tão grandes?
 
Responde o Rav Elyahu Lopian zt"l (Polônia, 1876 - Israel, 1970) que a nossa Torá é baseada em "Emet" (verdade), e a Emet foi entregue para ser aplicada a todas as pessoas, sem distinção, desde alguém muito jovem ou espiritualmente pequeno, que recém começou a entender a vida, até pessoas experientes e espiritualmente muito elevadas. A Torá, incluindo todas as Mitzvót, as advertências e todos os seus detalhes, foi entregue a todos, igualmente.
 
Porém, como isto explica a linguagem mais dura da Torá ao se referir a Aharon e seus filhos? Se eles eram tão elevados, provavelmente já tinham conquistado seu Yetser Hará (má inclinação)! A resposta é surpreendente: quanto maior o nível espiritual da pessoa, a força do seu Yetser Hará é proporcionalmente maior, para que cada pessoa tenha, em todos os momentos, a possibilidade completa da escolha entre o bem e o mal. Durante toda a vida não há nada que force a pessoa a andar em um bom caminho ou o contrário. Mesmo a pessoa espiritualmente elevada, que não dá ouvidos ao seu Yetser Hará, ou a pessoa que está se afogando no mar dos desejos, cujo coração está espiritualmente bloqueado por causa de suas transgressões, ainda assim a Torá se aplica a todos, sem distinção, nas suas Mitzvót e advertências. Em qualquer nível que a pessoa esteja, ela sempre estará igualmente sujeita a testes equilibrados, de acordo com o seu nível espiritual. Pois o livre arbítrio foi entregue ao ser humano, isto é, cada um tem a permissão de, a cada momento, se inclinar e se tornar um grande Tzadik (Justo), ou se inclinar e se tornar um grande Rashá (malvado).

Por isso, até o dia da nossa morte, e até mesmo as pessoas mais elevadas, devemos ser cuidadosos com os ataques do Yetser Hará. O Talmud Yerushalmi (Tratado de Shabat) conta a história de um homem muito temente a D'us, que diariamente se sentava e repetia Mishnaiót do Pirkei Avót. Porém, todas as vezes que ele chegava na Mishná "Não confie em você mesmo até o dia da sua morte" (Avot 2:4), ele mudava e dizia "Não confie em você mesmo até a sua velhice", pois como ele já tinha certa idade e era muito correto, sentia que o Yetser Hará já não conseguia mais vencê-lo. Porém, surgiu no Céu uma acusação contra este homem, por ele ter mudado as palavras da Mishná. Foi dada permissão ao Yetser Hará de se disfarçar para atacá-lo. O Yetser Hará veio ao mundo como uma mulher linda, como há tempos não se via beleza igual. Quando o homem levantou seus olhos e viu aquela linda mulher, se encantou de tal maneira que da sua boca saíram palavras que não eram adequadas a alguém no nível dele. Imediatamente ele se arrependeu, e seu sofrimento foi tão intenso que ele entrou em uma situação de risco de vida. Isto despertou uma misericórdia no Céu e ordenaram ao Yetser Hará que interrompesse o teste. O Yetser Hará então se revelou ao homem e disse: "Fui enviado desde o Céu para que você pare de mudar a Mishná e dizer 'Não confie em você mesmo até a sua velhice'".
 
Portanto, até o dia de sua morte a pessoa não deve confiar em si mesma e achar que já conquistou seu Yetser Hará. O correto é que devemos pedir, até o fim da vida, misericórdia dos Céus para que nos ajude a evitar os tropeços. O Talmud (Kidushin 30b) nos ensina que é a isto que se refere o versículo "O Rashá aguarda o Tzadik e quer matá-lo" (Salmos 37:32). "Rashá" se refere ao Yetser Hará, que não desiste de ninguém e não deixa para trás nem mesmo o maior Tzadik da geração. Em todos os momentos o Yetser Hará fica espreitando a pessoa, para agarrá-la no local e no momento apropriado, para fazê-la tropeçar. A princípio, a vitória do Yetser Hará está sempre garantida, pois a guerra contra ele é muito difícil. Nossa salvação está na continuação do versículo: "Mas D'us não nos abandona em suas mãos". Isto quer dizer que, se D'us não nos ajudasse, nenhum ser humano conseguiria vencer o Yetser Hará. Até mesmo no dia da morte, quando a pessoa, em boa velhice, está em seu leito de morte e sabe claramente que em pouquíssimo tempo abandonará este mundo e irá prestar contas diante do Rei dos reis, ainda assim esta pessoa precisa de muita misericórdia e deve pedir ajuda a D'us, para passar nos testes, que podem vir até mesmo nos últimos instantes de vida.

Isto ocorre também com gigantes espirituais. Por exemplo, certa vez uma pessoa viu, ao acordar, que o Rav Eliahu Lopian estava de pé no quarto, sozinho, sussurrando algumas palavras perto da janela. Curiosa, a pessoa conseguiu escutar que ele repetia, sem parar, o versículo "Não traga uma abominação para sua casa" (Devarim 7:26). A pessoa, ao se levantar, pediu ao Rav Lopian uma explicação do motivo pelo qual ele repetia tantas vezes aquele versículo. O Rav Lopian disse: "Todos os dias, quando eu entro na sinagoga da Yeshivá para rezar, todos se levantam em minha honra. Eu então me sento na parte de honra da sinagoga, destinada às pessoas importantes. Também a sinagoga inteira espera até eu terminar o Shemá Israel e a Amidá. Por isso, eu tenho muito medo que o Yetser Hará do orgulho consiga entrar no meu coração. O orgulho é algo terrível, conforme está escrito na Torá "É uma abominação para D'us todo aquele de coração orgulhoso" (Mishlei 16:5). É por isso que, todos os dias, antes de ir para a sinagoga, eu fico repetindo este versículo". A pessoa então questionou o Rav Lopian: "Rav, perdão, mas será que uma pessoa idosa como você, já fisicamente debilitada, ainda precisa se preocupar em não cair na tentação de sentir orgulho?". O Rav Lopian deu um sorriso e explicou: "Não entendi a sua pergunta. Imagine que uma forte bomba tivesse sido colocada ao lado da porta de entrada, capaz de explodir e matar imediatamente aquele que encostasse nela. Apesar de milhares de vezes pessoas já terem passado ao lado da bomba e nada ter acontecido, isto é motivo suficiente para pensar que já não há mais perigo de explodir? O mesmo se aplica a qualquer traço de caráter negativo. Não importa a idade, não importa o nível espiritual, o Yetser Hará está sempre se esforçando para nos derrubar".
 
Quando D'us comandou a Aharon e a seus filhos para serem cuidadosos com o Korban Olá, Ele estava nos ensinando a força do nosso Yetser Hará. Gigantes espirituais, como o Rav Eliahu Lopian, sabiam que a luta contra o Yetser Hará é constante, que não há descanso nem possibilidade de se descuidar. Assim nos ensina o Talmud (Baba Batra 17a): "Eu criei o Yetser Hará, e Eu criei a Torá como antídoto contra ele". A Torá é o nosso guia para escapar do Yetser Hará, não importa o nível espiritual no qual a pessoa se encontra. Se não nos esforçarmos para arrancar os nossos maus hábitos e nossos traços de caráter negativos, infelizmente eles nos acompanharão até o túmulo. Aqueles que confiam em si mesmos e caminham tranquilamente em terrenos perigosos podem cair a qualquer momento, mas aqueles que seguem as palavras de Shlomo HaMelech, "Bem aventurado é aquele que tem medo sempre" (Mishlei 28:14), isto é, que tem medo de cometer transgressões e está sempre se preparando para lutar contra o Yetser Hará, este certamente terá sucesso espiritual.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
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