quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

CUIDANDO DAS NOSSAS PALAVRAS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ MIKETZ 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel
Sr. Yakov Aharon ben Rivka Raisla
Haim David ben Esther
Chaim Michael ben Matania

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe  

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ MIKETZ



         São Paulo: 18h33                  Rio de Janeiro: 18h18 

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MENSAGEM DA PARASHÁ MIKETZ

 
ASSUNTOS DA PARASHÁ MIKETZ
  • Os dois sonhos do Faraó.
  • Yossef é chamado para interpretar os sonhos.
  • Yossef se torna o vice rei.
  • Yossef se casa com Osnat.
  • A estratégia de Yossef é implantada no Egito.
  • Yossef tem dois filhos: Efraim e Menashé.
  • Começam os anos de fome no Egito.
  • Yaacov manda seus filhos aos Egito.
  • Yossef reconhece seus irmãos, mas eles não o reconhecem.
  • Yossef acusa os irmãos de serem espiões.
  • Os irmãos de Yossef se arrependem.
  • Yossef prende Shimon e exige a vinda de Biniamin.
  • Yaacov se recusa a enviar Biniamin.
  • A fome continua e Yaacov é obrigado a enviar Biniamin.
  • Yossef testa seus irmãos e esconde cálice de prata na sacola de Biniamin.
  • Biniamin é acusado de roubo e condenado a virar escravo.
BS"D

CUIDANDO DAS NOSSAS PALAVRAS - PARASHÁ MIKETZ 5783 (23/dez/22)

"Era domingo de manhã e Sara estava tranquila em casa quando, de repente, alguém tocou a campainha. Sara ficou preocupada, pois ela não estava esperando visitas. Pelo olho mágico ela viu que era Miriam, uma antiga conhecida da família. Curiosa, ela abriu a porta.

- Olá, Miriam, quanto tempo! - disse Sara, com um sorriso - Entre, por favor, e fique à vontade. A que devo a honra desta sua inesperada visita?

- Você não está sabendo, Sara? - disse Miriam, em tom de mistério - Agora estou trabalhando como vendedora autônoma de livros. A cada semana eu passo nas casas oferecendo um livro diferente.

- Que trabalho interessante! - disse Sara, surpresa - E qual livro que você está vendendo nesta semana?

- Nesta semana estou vendendo o livro "Shemirat Halashón" (Cuidados com a fala), do Chafetz Chaim - respondeu Miriam, empolgada - Esta é uma edição especial, com capa de couro, e está com um preço muito especial. Você gostaria de dar uma olhada?

- Não precisa, Miriam, muito obrigado - disse Sara, recusando o livro - Aqui em casa não falamos Lashón Hará de jeito nenhum. Nós tomamos muito cuidado com o que falamos sobre os outros. Como você pode observar, aqui na porta colocamos a plaquinha "Lashón Hará não entra nesta casa", e olha só que lindo quadro do Chafetz Chaim nós penduramos na parede da sala!

- Que bom, Sara. Fico feliz - disse Miriam - Bom, vou indo, pois ainda tenho que bater em muitas portas.

- Antes que eu me esqueça, queria pedir um favor - disse Sara, baixando seu tom de voz - Não deixe de bater na porta dos meus vizinhos do andar de cima, pois eles precisam comprar e ler este livro. Ele falam muito Lashón Hará. O tempo todo vivem fofocando e falando mal dos outros..."
 
Talvez uma das características mais graves do Lashon Hará é que as pessoas transgridem sem perceber. Conseguem enxergar os erros dos outros, mas não conseguem ver seus próprios defeitos.

Nesta semana lemos a Parashá Miketz (literalmente "Ao final"), que começa descrevendo os sonhos do Faraó, que o deixaram angustiado, pois ele sabia que os sonhos continham alguma mensagem importante, mas não havia ninguém que conseguia interpretá-los corretamente. Foi então que o copeiro-chefe disse ao Faraó: "Hoje menciono minhas falhas. O Faraó irou-se contra os seus servos e me colocou na prisão... a mim e ao padeiro-chefe. E tivemos um sonho na mesma noite... E ali conosco estava um jovem hebreu, escravo do açougueiro-chefe, e contamos a ele, e ele interpretou nossos sonhos... E aconteceu assim como ele havia interpretado" (Bereshit 41:9-12).

Rashi (França, 1040 - 1105) explica que os malvados são pessoas amaldiçoadas, pois mesmo quando fazem uma bondade, a fazem de forma incompleta. Quando o copeiro-chefe estava na prisão, Yossef cuidou dele e se preocupou com seu bem estar. Certo dia, quando Yossef viu que ele estava com o rosto preocupado, se importou e interpretou corretamente seu sonho. Yossef pediu a ele um único favor: quando ele fosse libertado e voltasse a servir o Faraó, que se lembrasse dele e mencionasse que ele estava preso injustamente. Porém, logo que saiu da prisão, o copeiro-chefe se esqueceu de Yossef e das bondades que havia recebido dele.

Após dois anos, quando finalmente o copeiro-chefe mencionou Yossef ao Faraó, somente o fez por interesses próprios. Além disso, fez questão de mencionar Yossef de maneira que o desprezasse. Segundo Rashi, a linguagem "jovem" significava que Yossef era um tolo imaturo, não estava apto a nenhum tipo de grandeza. A linguagem "hebreu" significava que nem a língua egípcia ele conhecia. A linguagem "escravo" era para lembrar ao Faraó que, segundo os estatutos egípcios, Yossef nunca poderia reinar. Portanto, o copeiro-chefe fez tudo o que podia para destruir a reputação de Yossef.

Porém, o Rav Pessach Eliahu Falk zt"l (Inglaterra, 1944-2020) faz um interessante questionamento. O copeiro-chefe havia convivido com Yossef na prisão durante algum tempo. Ele certamente havia testemunhado a sabedoria dele, muito longe de ser tolo e imaturo. Ele viu a força de Yossef ao interpretar corretamente os dois sonhos. Como ele ousou ser tão descarado, a ponto de falar mentiras tão absurdas ao Faraó?
 
A resposta é que, na realidade, o copeiro-chefe não falou em nenhum momento ao Faraó que Yossef era tolo e imaturo. Ele falou apenas a verdade, que Yossef era um jovem escravo hebreu. Porém, quando alguém diz sobre outra pessoa ele é um "jovem", o primeiro pensamento que vem à cabeça de quem escuta é que se trata de alguém imaturo e, provavelmente, tolo. Além disso, os escravos eram pessoas pouco inteligentes, sem nenhum tipo de estudo, incapazes de realizar atividades intelectuais. Podemos ver, portanto, o nível de crueldade do copeiro-chefe, pois por um lado ele não falou nenhuma mentira, já que queria se resguardar de qualquer consequência negativa das suas palavras, mas, por outro lado, quis causar o máximo de dano possível a Yossef, fazendo o Faraó indiretamente se acostumar com a ideia de que Yossef era uma pessoa incapaz.

Deste ensinamento aprendemos uma incrível regra espiritual: a primeira impressão que temos de alguém fica profundamente gravada em nosso coração, a ponto de ser difícil arrancar posteriormente. Por isso, este é um dos maiores danos causados através do Lashon Hará. Quando alguém denigre seu companheiro, mesmo que depois a pessoa se arrependa e queira arrancar suas palavras do coração daquele que ouviu, não terá sucesso, pois sempre ficará um resíduo no coração do outro. Por isso devemos tomar muito cuidado com as nossas palavras, pois os danos causados à imagem do outro podem ser permanentes.

É isso que nos ensina David Hamelech: "As flechas do valente são afiadas, e levam com elas brasas de 'Retamim'" (Tehilim 120:4). Explica o Midrash que "Retamim" são árvores cuja madeira tem a capacidade de queimar por um tempo extremamente longo. Assim também são as palavras de Lashon Hará, pois após serem escutadas, elas se alojam no coração e lá ficam queimando por muito tempo. Por exemplo, se uma pessoa fala ao dono de uma empresa que certo funcionário é preguiçoso, mesmo que o dono da empresa testemunhe por mais de 10 anos o funcionário trabalhando de forma ágil e prestativa, se uma única vez o funcionário tropeçar e for preguiçoso, o dono da empresa pensará: "meu amigo tinha razão, esse funcionário é realmente preguiçoso".

Por que David Hamelech comparou o Lashon Hará com flechas afiadas que carregam brasas? Pois fora a destruição imediata que o Lashon Hará causa na vida da pessoa difamada, como uma flecha afiada que rasga a carne, há mais uma terrível consequência negativa, que é a permanência das palavras difamatórias por muito tempo no coração daqueles que ouviram, não sendo esquecidas, como brasas que queimam por muito tempo.

Há um interessante ensinamento do Talmud (Eruvin 14a): "Por que Beit Hilel tiveram o mérito de que a Halachá foi fixada de acordo com suas palavras? Pois eles repetiam as palavras de Beit Shamai. E não apenas isso, mas eles ainda falavam as palavras de Beit Shamaim antes das suas". O que o Talmud está nos ensinando?
 
Explica o Rav Chaim Shmulevitz zt"l 
(Lituânia. 1902 - Israel, 1979) que há uma Halachá que proíbe um juiz de escutar um dos litigantes antes que chegue o outro litigante. Qual é o motivo? Para que não entre no coração do juiz os argumentos de um dos lados. Nos ensina Shlomo Hamelech: "Aquele que argumenta primeiro em uma disputa está certo, e vem seu companheiro para investigar". Quando o primeiro fala, o juiz imediatamente acredita como sendo verdadeiras suas palavras, mas quando o segundo chega para dar a sua versão, o juiz já não acredita e vai verificar bem suas palavras. Mesmo que racionalmente o juiz sabe que está diante de uma pessoa que tem interesses, e que certamente vai contar a sua própria versão dos fatos, e que quando o outro litigante chegar ele vai contradizer tudo o que foi dito e trazer a sua própria versão dos fatos, ainda assim as palavras do primeiro litigante entram no seu coração e, em sua cabeça, esta versão será a "imagem" do que realmente aconteceu. Por isso é proibido o juiz escutar um dos lados sem o outro lado estar presente.
 
Se isso vale para ideias que escutamos dos outros, muitos mais quando nós decidimos que certa informação negativa sobre o próximo é verdadeira, pois isso vai se fixar com muita força em nosso coração. Mesmo que depois outra pessoa venha trazer argumentos para provar que as informações negativas não são verdadeiras, ainda assim será difícil escutar. Esta é a grandeza de Beit Hilel. Pelo amor que tinham pela verdade, eles foram sábios ao antecipar as palavras de Beit Shamai antes de suas próprias palavras, para que não houvesse uma inclinação natural de achar que suas próprias palavras eram a verdade absoluta. Este é um dos motivos pelos quais as disputas entre Beit Shamai e Beit Hilel são consideradas "Machloket Leshem Shamaim" (disputas em Nome de D'us), baseadas na busca sincera pela verdade, e não apenas para "ganhar a discussão".
 
Esta Parashá, portanto, nos ensina algo fundamental se quisermos viver de maneira verdadeira e honesta. Precisamos tomar cuidado com o que falamos e escutamos. Tão grave quanto falar Lashon Hará é escutar, pois as palavras se fixam no coração, às vezes pela vida toda. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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