quinta-feira, 26 de junho de 2025

A GRANDEZA DAS PEQUENAS AÇÕES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KORACH 5785

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de

Sr. Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Camille bat Renée z"l    
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l    

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ KORACH 5785



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ASSUNTOS DA PARASHÁ KORACH
  • A Rebelião de Korach, Datan, Aviram e On ben Pelet.
  • Moshé intercede por Israel.
  • Os Incensários e a morte dos 250 seguidores.
  • A Punição de Korach, Datan e Aviram.
  • Temor e Queixa.
  • Epidemia mortal.
  • Aharon salva o povo com incenso.
  • O Teste dos cajados.
  • O cajado de Aharon.
  • Temor do Santuário.
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A GRANDEZA DAS PEQUENAS AÇÕES - PARASHÁ KORACH 5785 (27/jun/25) 

"O Rav Eliyahu Lopian zt"l (Polônia, 1876 - Israel, 1970) era conhecido não apenas por ser um grande sábio de Torá, mas também por seu cuidado extremo mesmo com os menores detalhes da Halachá. Para ele, qualquer detalhe era uma oportunidade de servir a D'us da melhor forma possível. Um desses detalhes, algo quase imperceptível aos olhos dos que o cercavam, era seu rigor em não retirar o Talit até que concluísse toda a sua Tefilá. Enquanto muitos homens já começavam a retirar o Talit antes do Kadish final, o Rav Lopian permanecia envolto no Talit até terminar os Tehilim que costumava recitar ao final da reza. Para ele, enquanto estivesse diante do Rei, deveria permanecer com seu "manto real".
 
Em Londres, onde ele morou por alguns anos, certa vez ele estava no Shacharit, sereno, com os olhos baixos e totalmente imerso em sua conexão espiritual com D'us. A maior parte da congregação já havia terminado a Tefilá e começava a conversar ou sair. Mas o Rav Lopian, como sempre, seguia ali, ainda coberto pelo Talit, pronunciando palavras de amor e temor a D'us.
 
Naquela manhã, porém, havia na sinagoga um visitante incomum: um judeu britânico muito afastado da Torá e das Mitzvót, que havia entrado, talvez apenas por curiosidade, por nostalgia ou por estar buscando alguma espiritualidade. Ele observava a movimentação, tentava entender o que significavam aqueles rituais, aquelas palavras em hebraico, aqueles gestos. Mas o que mais lhe chamou a atenção foi aquele senhor, que permanecia imóvel, coberto com um tecido branco, mergulhado em uma tranquilidade sagrada, mesmo após todos os demais já terem se dispersado. Aquilo o tocou profundamente. Havia algo ali que transcendia palavras, algo que falava diretamente à alma.
 
Naquele momento, o visitante pensou consigo mesmo: "Se alguém leva uma simples reza com tamanha seriedade, talvez haja aqui uma verdade que eu ainda não conheço. Preciso descobrir mais". E assim fez. A cena daquele Tzadik rezando com o Talit não o abandonou. Dias depois, procurou o Rav Lopian, conversou com ele e iniciou um processo sincero de Teshuvá. Não apenas ele retornou ao judaísmo com fervor, como também trouxe consigo toda a sua família. Aquele pequeno detalhe, o compromisso silencioso de um Rav em não retirar seu Talit antes do fim completo da Tefilá, tornou-se a faísca que reacendeu uma alma."
 
Esse episódio nos ensina que no judaísmo os detalhes pequenos são muito importantes. O que para muitos seria um "costume técnico", para o Rav Lopian era expressão de reverência a D'us. E esse cuidado, invisível aos olhos da maioria, brilhou como uma luz para uma alma em busca da verdade. Assim são os Tzadikim: sem alarde, com simplicidade, com pequenas atitudes, transformam o mundo.

Nesta semana lemos a Parashá Korach, que começa descrevendo mais um grave erro do povo judeu durante os 40 anos no deserto. Após todos os milagres que haviam sido feitos no Egito através de Moshé, e mesmo com toda a dedicação dele pelo povo sem receber absolutamente nada em troca, ainda assim um grupo de pessoas se rebelou contra a sua liderança. Korach, que era primo de Moshé, encabeçou a rebelião. Infelizmente, a rebelião terminou de forma trágica, com a morte milagrosa de todos os envolvidos e uma epidemia que dizimou muitos do povo. Era o triste fim de uma série de reclamações e castigos do povo judeu no deserto.
 
Moshé, em um primeiro momento, tentou dialogar com os rebeldes de forma agradável e humilde. Porém, logo percebeu que sua tentativa de apaziguá-los seria em vão, pois eles estavam obstinados. Moshé ficou extremamente triste e pediu a D'us: "Não aceite a oferenda deles. Não tomei nem mesmo um jumento de nenhum deles, e não causei dano a nenhum deles" (Bamidbar 16:15). A que jumento Moshé se refere? Explica Rashi (
França, 1040 - 1105) que quando Moshé foi de Midian ao Egito, para iniciar o processo de libertação do povo judeu, colocou sua esposa e seus filhos sobre um jumento. Ele poderia ter exigido que o povo judeu lhe fornecesse um jumento, já que estava indo prestar um "serviço comunitário". Porém, ao invés disso, ele usou um jumento de sua propriedade. Moshé aparentemente estava pedindo para que D'us fosse "testemunha" perante todo o povo de que ele nunca havia utilizado seu cargo de liderança como forma de obter benefícios pessoais. Porém, se este era o propósito, por que Moshé mencionou algo tão pequeno quanto usar seu próprio jumento para transportar sua família? Ele tinha outras demonstrações muito maiores de seu desinteresse por benefícios pessoais. Por exemplo, todos os materiais para a construção do Mishkan foram depositados na frente da sua tenda. Ele poderia ter pegado o ouro, a prata e as joias para si, como pagamento por seus serviços, mas além de não pegar nada, ainda fez questão de prestar contas de tudo. Então por que ele mencionou apenas a situação do jumento?
 
Há no Talmud (Avodá Zará 18a) uma conversa interessante entre dois grandes sábios que desperta exatamente o mesmo tipo de questionamento. Quando o Rabi Yossi ben Kisma adoeceu, seu aluno, Rabi Chanina ben Teradion, foi visitá-lo. O Rabi Yossi lhe disse: "Chanina, você não sabe que os romanos estão nos dominando, e eles nos proíbem ensinar Torá publicamente, sob pena de morte? Ouvi dizer que você ensina Torá para grandes públicos. Isso poderá terminar de forma trágica!". Logo depois o Rabi Chanina perguntou ao Rabi Yossi: "Mestre, terei uma porção no Mundo Vindouro?". O Rabi Yossi perguntou se ele tinha algum ato meritório em suas mãos para merecer o Mundo Vindouro. O Rabi Chanina contou: "Certa vez, confundi o dinheiro que estava juntando para Purim com dinheiro de Tzedaká e, na dúvida, distribuí tudo aos pobres". Disse-lhe o Rabi Yossi: "Se é assim, que a minha porção no Mundo Vindouro seja como a sua, e que o meu destino seja como o seu".
 
Porém, esta conversa é intrigante em diversos aspectos. Em primeiro lugar, por que o Rabi Yossi perguntou se seu aluno tinha algum ato meritório em suas mãos, se estava ciente que ele arriscava a vida para manter ininterrupta a transmissão da Torá? Isso não era suficiente para merecer o Mundo Vindouro? Mais difícil ainda é entender a resposta do Rabi Chanina. Ele considerava o ato de ter doado aos pobres um dinheiro sobre o qual recaiu uma dúvida, algo aparentemente pequeno, como sendo maior do que o risco de vida por ensinar Torá publicamente? E, finalmente, o que motivou o Rabi Yossi a responder: "Que a minha porção do Mundo Vindouro seja como a sua"? Por que ele se impressionou tanto com essa pequena ação, ao invés de se impressionar com o grande ato de estar disposto a arriscar a vida em prol da transmissão da Torá?
 
Os questionamentos ficam ainda mais fortes ao lembrarmos das próprias palavras do Rabi Yossi ben Kisma: "Mesmo se você me der todo o ouro, prata, pedras preciosas e pérolas do mundo, eu não morarei a não ser em um lugar de Torá" (Avót 6:9). Como pode ser que um grande sábio, para quem toda a riqueza do mundo não tinha nenhum valor perante o benefício espiritual do estudo da Torá, se impressionou com uma pequena doação de moedas e não se impressionou com o ensino de Torá mesmo sob risco de vida? Qual é o sentido disso?
 
Explica o Rav Eliyahu Dessler zt"l (Império Russo, 1892 - Israel, 1953) que as grandes ações de uma pessoa não revelam o verdadeiro nível espiritual dela, pois grandes ações já vêm naturalmente com um certo entusiasmo, mas que é algo externo, não um preenchimento interno. São nas pequenas ações, que à primeira vista não têm valor ou importância, que justamente se revela o verdadeiro íntimo do ser humano, seu verdadeiro nível espiritual.
 
Há um exemplo prático sobre isso no nosso cotidiano. A maioria das pessoas não se importa com algo inferior a uma "Prutá", uma moeda de valor mínimo, com valor de centavos. Porém, mesmo assim, os comerciantes costumam arredondar os valores para cima, adicionando-os ao total, e não subtraindo. Isso demonstra que o desejo por dinheiro domina até mesmo nos menores valores. Quando há dúvida se computar centavos a seu favor ou a favor do outro, a tendência é favorecer a si mesmo. Por isso, disseram os sábios no Talmud (Baba Batra 15b) que a grandeza de Iov era que ele renunciava até mesmo a meia Prutá de seu próprio dinheiro. Nossos traços de caráter verdadeiros são revelados justamente nas pequenas coisas, e é onde vemos a essência do homem.
 
O Midrash nos ensina algo incrível: "D'us não dá grandeza a uma pessoa antes de testá-la em algo pequeno". O Midrash menciona que D'us testou Moshé e David com coisas pequenas. Ele testou David com os rebanhos, e David os conduzia apenas para o deserto, a fim de afastá-los do roubo. D'us então disse para David: "Você foi fiel com os rebanhos, então você também cuidará do Meu rebanho". Da mesma forma, Moshé também conduziu o rebanho ao deserto, para afastá-los do roubo de pastar em campos alheios. D'us então o escolheu para cuidar do Seu povo. A razão é, como explicado, que o verdadeiro nível da pessoa se revela nas pequenas coisas. Somente após ser testada nas coisas pequenas, e ter passado, demonstrando seu valor verdadeiro, a pessoa recebe grandeza.
 
Moshé usou seu próprio animal, mesmo quando estava prestando um serviço para a comunidade. Este ato mostrou mais do caráter dele do que quando foi honesto com as valiosas doações do Mishkan. Ser honesto com grandes valores é meritório, mas ser honesto até com pequenos valores é ainda mais. Portanto, devemos ser cuidadosos também com os pequenos atos do cotidiano, com os detalhes das Mitzvót, pois serão eles que demonstrarão de verdade quem nós somos. Maior do que a alegria exterior por ter feito algo grandioso é a alegria interna por termos cumprido a vontade de D'us como deveríamos, até mesmo nos menores detalhes.

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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