quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A GRANDEZA DOS NOSSOS SÁBIOS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHOFTIM 5783

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Sr. Gabriel David ben Rachel

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Haviva Bina bat Moshe z"l  
Aharon Yitzhack ben David Calman z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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MENSAGEM DA PARASHÁ SHOFTIM

ASSUNTOS DA PARASHÁ SHOFTIM
  • Estabelecimento de Tribunais de Justiça.
  • Proibição de colocar árvores e pilares perto do Mizbeach.
  • Sacrifícios com defeito.
  • Castigos por idolatria.
  • Juiz rebelde.
  • Escutando os sábios de cada geração.
  • O rei de Israel.
  • A porção dos Cohanim.
  • Adivinhação e Astrologia.
  • Profecia.
  • Cidades de Refúgio.
  • Assassino intencional.
  • Preservando os limites das terras.
  • Testemunhas.
  • Preparando para a guerra.
  • Cohen de guerra.
  • Pessoas dispensadas da guerra: Construiu uma casa e não inaugurou; Plantou um vinhedo e não redimiu; Noivou e não casou; Está com medo.
  • Abertura para a paz.
  • Bal Tashchit (Destruição de árvores frutíferas).
  • O Assassinato não-solucionado.
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A GRANDEZA DOS NOSSOS SÁBIOS - PARASHÁ SHOFTIM 5783 (18/ago/23)
 
"Era uma manhã fria de inverno na Polônia. O Rav Moishe Isserles zt"l (Polônia, 1530 -1572), mais conhecido como Ramó, havia terminado sua aula matinal e, como de costume, dirigiu-se para o quarto anexo à sinagoga, utilizado como Beit Din. Junto com outros dois rabinos, ele julgava os mais diversos casos. De repente, uma luxuosa carruagem estacionou ao lado da sinagoga e dela saíram dois homens bem vestidos, que dirigiram-se diretamente ao Beit Din. Eles disseram que estavam de passagem por aquela cidade e que necessitavam de um julgamento em relação a um desentendimento que havia surgido entre eles durante a viagem. O Ramó pediu para que o acusador falasse primeiro, e assim ele contou:
 
- Eu e meu amigo somos sócios há muito tempo no ramo do comércio, e estávamos nos dirigindo a uma grande feira de negócios na Cracóvia, para comprar mercadoria e revender em nossa cidade. Ao passarmos por uma fonte de água, decidimos parar um pouco para esticar as pernas e nos refrescar. Ao retornar para a carruagem, entreguei ao meu sócio a quantia de mil zehuvim para que ele utilizasse na compra das mercadorias. No entanto, ao chegarmos aqui na cidade, quando perguntei a ele sobre o dinheiro que havia lhe entregado, ele respondeu que eu havia sonhado, pois não tinha recebido nada. A princípio achei que era brincadeira, mas ele insiste em negar. Por isso resolvi intimá-lo a vir comigo ao Beit Din.
 
O Ramó então dirigiu-se ao acusado e pediu para que desse a sua versão dos fatos.
 
- O que meu amigo disse é parcialmente correto - disse o acusado - nós realmente somos sócios e estamos viajamos para a feira de negócios na Cracóvia. No entanto, com relação à fonte de água e ao dinheiro, sou obrigado a dizer que é mentira, pois durante todo o trajeto não paramos para descansar e também não me lembro de ter visto nenhuma fonte de água, e muito menos de ter recebido algum dinheiro do meu sócio.
 
Os juízes interrogaram os sócios, mas não conseguiram descobrir quem estava mentindo, pois os dois estavam dispostos até mesmo a jurar. O quarto ficou em total silêncio enquanto os rabinos pensavam em como solucionar o problema. Então, após algum tempo, o Ramó chamou o acusador e disse:
 
- De acordo com a sua versão, momentos antes de entregar o dinheiro ao seu sócio vocês haviam passado por uma fonte de água. Gostaria de pedir para que você vá até lá e me traga um cantil com a água dessa fonte.
 
O homem então apressou-se e partiu. Duas horas se passaram e o homem ainda não havia voltado com a água. Enquanto isso, o Ramó continuava julgando outros casos que chegavam a ele, enquanto o sócio estava sentado na sala de espera, aguardando o retorno do amigo. Entre um julgamento e outro, o Ramó saiu e perguntou:
 
- Por que seu amigo está demorando tanto para voltar com a água? A fonte fica assim tão longe?
 
- Sim, rabino, a fonte fica bem longe da cidade - respondeu o sócio, na inocência.
 
- Creio que está havendo uma contradição da sua parte - disse o Ramó, deixando o homem sem palavras -  Antes você não disse que não tinha visto nenhuma fonte de água no caminho, mas agora afirma que ela fica longe da cidade. Como isto é possível?
 
Com voz trêmula, o acusado confessou que estava mentindo. Ao voltar com o cantil de água, o acusador surpreendeu-se ao ver que seu sócio já havia confessado o roubo e devolvido o dinheiro para os juízes."
 
Devemos saber reconhecer e respeitar a incrível sabedoria dos grandes sábios de Torá do povo judeu, de todas as gerações. Com sua incrível luz espiritual, eles iluminaram e continuam iluminando o mundo todo.

Nesta semana lemos a Parashá Shoftim (literalmente "juízes"), que começa nos ensinando sobre a importância de todas as cidades terem um sistema de justiça, com tribunais compostos de juízes honestos e competentes, para que a justiça e a honestidade prevaleçam.
 
Também há um importante conceito trazido na nossa Parashá, chamado "Emunat Chachamim", isto é, a confiança que devemos ter nos nossos sábios de Torá e o respeito que devemos demonstrar. Por que isso é tão importante? Todos nós queremos ser boas pessoas, fazer o que é correto. As pessoas são essencialmente boas, e acabam fazendo transgressões apenas por desconhecimento das leis ou por sucumbirem aos seus desejos. Antigamente, quando alguém transgredia ou queria melhorar seus atos, poderia procurar os profetas de sua geração, gigantes espirituais como Shmuel, Yeshayahu e Yirmiahu. Até mesmo os reis e líderes se aconselhavam com os profetas e seguiam seus ensinamentos. Além disso, profetas eram enviados por D'us para chamar a atenção daqueles que haviam se desviado do caminho, às vezes até mesmo de cidades inteiras, como o profeta Yoná, que foi chamar a atenção da gigantesca cidade de Nínive. Isso era tão eficiente que até mesmo uma cidade de idólatras como Nínive conseguiu consertar seus atos e cancelar o decreto Divino de destruição.
 
O problema é que atualmente não temos mais profetas que podem nos chamar a atenção e aconselhar sobre o que D'us espera de nós. Mas a Torá não nos deixou desamparados. A Parashá ensina que podemos sempre nos aconselhar com os sábios de Torá, para que possamos fazer o que é correto, como está escrito: "E você deve vir aos Leviim, Cohanim e ao juiz que estiver naqueles dias, e você deve perguntar, e eles lhe dirão as palavras do julgamento... Conforme a lei que te instruírem e conforme o juízo que te disserem, assim você deverá fazer" (Devarim 17:9, 11).
 
Mas por que a Torá utiliza a expressão "que estarão naqueles dias"? Que outros juízes uma pessoa procuraria, se não os juízes que estão no seu tempo? Obviamente que não podemos procurar juízes de gerações anteriores! Rashi (França, 1040 - 1105) explica que esta expressão é uma advertência para as futuras gerações. Mesmo que os juízes que estarão nas próximas gerações não terão a mesma estatura dos juízes das gerações anteriores, ainda assim devemos escutá-los, pois são os juízes disponíveis em nosso tempo que podem nos orientar e nos possibilitar fazer o que é correto aos olhos de D'us.
 
Explica o Rav Yssocher Frand que isso não se aplica apenas aos juízes. Aplica-se também aos nossos rabinos, professores de Torá e Roshei Yeshivot. Existe o conceito de "Yeridat HaDorot", isto é, há uma queda espiritual de uma geração para outra. Porém, apesar de os líderes da Torá com quem interagimos atualmente não estarem de fato à altura daqueles que viveram em gerações passadas, ainda assim devemos ter a atitude de honrá-los, respeitá-los e principalmente escutar os seus ensinamentos, pois eles são os líderes da Torá do nosso tempo, as maiores autoridades que existem, a nossa conexão com D'us e Sua Torá.
 
Este conceito pode ser observado em um enigmático ensinamento do Talmud (Bava Batra 15b), que registra um diálogo entre o D'us e o Satan. O Satan disse a D'us: "Eu atravessei o mundo inteiro e não encontrei ninguém tão fiel quanto seu servo Avraham. Você prometeu que daria a ele o comprimento e a largura da terra que ele atravessou, mas ele não conseguiu encontrar nenhum lugar para enterrar Sara, até que ele precisou comprar um terreno por quatrocentas moedas de prata, e mesmo assim ele não reclamou sobre Seus caminhos". Então D'us disse ao Satan: "Você levou em consideração meu servo Yov? Pois não há ninguém como ele na terra". O Satan então desafiou D'us a deixá-lo testar Yov, para verificar seu verdadeiro caráter. Este foi o início das tragédias que se abateram sobre Yov, conforme são relatadas no início do Sefer Yov.
 
Porém, há algo neste ensinamento do Talmud que chama a atenção. Desde quando o Satan elogia pessoas diante de D'us, como fez com Avraham? O Satan é conhecido por suas acusações, não pelos seus elogios! O próprio Talmud continua falando sobre os métodos do Satan: "Ele desce a este mundo e induz uma pessoa a pecar. Ele então sobe ao Céu, levanta acusações contra aquele mesmo pecador e inflama a ira de D'us contra ele. Ele então recebe permissão para agir e leva a alma do pecador como punição". Como entender este elogio do Satan, se seu trabalho é acusar e apontar defeitos?
 
O Rav Avraham Yaacov Pam zt"l (Lituânia, 1913 - EUA, 2001) explica que o elogio não foi uma bondade do Satan, e sim uma de suas táticas para nos derrubar. O que o Satan estava fazendo era escolher alguma grande personalidade anterior, uma pessoa grande e piedosa, para apresentá-la como um "maravilhoso judeu", alguém sem igual. Por que ele fez isso? Para que as pessoas diminuíssem aos seus olhos os líderes da geração atual, pois a comparação com Avraham ressaltaria os seus defeitos. Foi o que o Satan fez em relação a Yov, para diminuí-lo. E esta é a tática desonesta que o Satan utiliza para nos induzir ao desrespeito e à falta de veneração em relação aos sábios da nossa geração. A arma do Satan é tentar sempre menosprezar nossos líderes contemporâneos, comparando-os aos grandes líderes das gerações passadas. Devemos evitar esta armadilha, sabendo valorizar os líderes que estiverem "naqueles dias".
 
Devemos ter claridade que os sábios de Torá são nosso único caminho para chegarmos a D'us da forma correta, e é por isso que o Satan tenta diminui-los. Devemos confiar nos nossos sábios, nos aconselhar sempre que necessário e fugir da autoenganação. São eles que nos permitem crescer, consertar e melhorar cada vez mais.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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