sexta-feira, 7 de setembro de 2018

COMO SER UM VENCEDOR - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT NITZAVIM 5778 E ROSH HASHANÁ 5779

BS"D
Este E-mail foi carinhosamente oferecido por Shlomo e Hannah Benmuyal, desejando a todo Am Israel um Shaná Tová Umetuká, e que este seja o ano da nossa Gueulá.


Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do
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(07 de setembro de 2018) COMO SER UM VENCEDOR - PARASHAT NITZAVIM 5778 E ROSH HASHANÁ 5779

"O Rav Mordechai Shwab zt"l (Alemanha, 1911 - EUA, 1994) tinha um aluno que, mesmo depois de casado, fazia questão de visitar seu rabino em todos os Chaguim. Certo ano, quando se aproximava a Festa de Sucót, o aluno recebeu um telefonema da família do Rav Shwab. Eles achavam que talvez fosse melhor ele não visitar o rabino naquele ano, pois o Rav Shwab estava muito doente. O rabino estava com a aparência tão deformada que a família ficou com medo que o aluno iria se assustar de vê-lo naquele estado. Porém, o aluno achou que era exagero e insistiu em não cancelar aquele costume tão precioso de visitar seu rabino. Como conhecia o Rav Mordechai há muitos anos, estava seguro de que não se assustaria.
 
Quando chegou o Chol HaMoed de Sucót, o aluno foi visitar o Rav Shwab. Porém, a situação de saúde do rabino era realmente tão ruim que, quando o aluno viu seu rosto, ficou completamente fora de si e quase desmaiou. O aluno ficou aflito e extremamente triste de ver seu rabino, uma pessoa sempre com tanta energia e entusiasmo, naquele estado lastimável. Quando o Rav Shwab percebeu a preocupação estampada no rosto de seu aluno, ele deu um sorriso e disse:
 
- Não se preocupe, eu estou vivendo com alegria. Infelizmente eu não tive forças para ir à sinagoga em Yom Kipur. Na verdade, eu quase nem consegui rezar em Yom Kipur, pois estava me sentindo muito fraco. Mal consigo estudar Torá por causa das minhas fortes dores de cabeça. Mas eu não estou triste. Sabe por que? Pois não fui eu que me fiz doente, foi D'us. Esta é a vontade Dele. E se Ele fez com que eu estivesse assim, "Chaim Birtsono" (eu quero viver de acordo com a Vontade Dele)".


Naquele dia o Rav Mordechai Shwab provavelmente deu sua aula mais tocante e profunda de Emuná (fé). Emuná não é acreditar que tudo vai ficar bem de acordo com os nossos parâmetros. Emuná é saber que o bem verdadeiro está sempre ocorrendo, mesmo quando, de acordo com a nossa lógica limitada, parece o contrário

.

Nesta semana lemos a Parashat Nitzavim, que traz o último discurso de Moshé antes de seu falecimento. Como um líder responsável e que amava seu povo, sua preocupação final na vida era despertar o povo judeu e prepará-los para a entrada na Terra de Israel. Isto se conecta muito com a próxima parada do nosso calendário, a Festa de Rosh Hashaná, o ano novo judaico, que começa no próximo domingo de noite (09 de setembro). Rosh Hashaná é também conhecida como "Yom HaDin" (Dia do Julgamento), pois neste dia todos os nossos atos passam diante de D'us e somos julgados por tudo o que fizemos e pelas coisas boas que deixamos de fazer.
 
Deveríamos estar preocupados nestes últimos dias do ano. Será que nosso ano foi realmente bom? Será que fizemos tudo o que deveríamos ter feito? Nos ensina o profeta: "Quando um leão ruge, quem não fica com medo?" (Amos 3:8). Se uma pessoa estivesse andando na rua e escutasse o rugido de um leão, certamente tremeria de medo. Em hebraico, a palavra "leão" é "Ariê" (אריה), que é formada com as iniciais de Elul (אלול), Rosh Hashaná (ראש השנה), Yom Kipur (יום כיפור) e Hoshana Raba (הושענא רבה). O profeta estava nos ensinando que quando estes dias de julgamento "rugem", é possível não sentir medo? Portanto, estes devem ser dias de introspecção, reflexão sobre o passado e decisões sobre o futuro, em uma preparação rigorosa para nos apresentarmos diante de D'us da forma correta no Dia do Julgamento.
 
Infelizmente não estamos preocupados como deveríamos. Mas por que? Voltando à alegoria do leão, há situações nas quais as pessoas não sentem medo do seu rugido. Por exemplo, quando uma pessoa vai ao zoológico, ela senta-se tranquilamente e faz um piquenique com a família. Mesmo se escuta o rugido do leão, ela não se assusta e continua sentada tranquilamente. Como ela sabe que o leão está em uma jaula, preso por grossas barras de ferro, ela não sente medo. Nossos sábios explicam que desde a destruição do nosso Beit Hamikdash (Templo Sagrado), há uma divisória de ferro que interrompe entre D'us e nós. Por isso não sentimos medo, pois esta "divisória" nos deixa insensíveis aos assuntos espirituais. Temos que tirar esta divisória de ferro que nos afasta de D'us.
 
Porém, sabemos que isto é algo difícil de ser alcançado. Nossa memória não nos deixa esquecer o que aconteceu nos anos anteriores. Nós sempre tentávamos melhorar. Quando chegava Rosh Hashaná, nós sempre estávamos decididos a crescer e mudar, mas não conseguimos. Como fazer para não desistirmos novamente?
 
A solução para este desânimo é entender que há duas formas de abordarmos Rosh Hashaná. Podemos olhar Rosh Hashaná com uma visão pessimista e dizer: "No ano passado eu decidi estudar mais e não estudei. Decidi dar mais Tzedaká e não dei. Portanto, nem vou tentar neste ano", ou podemos olhar Rosh Hashaná com um olhar de vencedores e dizer "Quero continuar crescendo, quero continuar melhorando. Mesmo as coisas que tentei no ano passado e não consegui, neste ano vou tentar de novo. Vou aprender com meus erros passados e fazer dar certo desta vez".
 
Explica o Rav Paysach Khron que os dias entre o Rosh Chodesh Elul e Yom Kipur são uma época de "Ratson" ("boa vontade" Divina), isto é, são dias propícios para o nosso crescimento espiritual. Não é o momento de nos lamentarmos pelas falhas do passado e desistirmos. O profeta Bilaam tentou nos amaldiçoar, mas de sua boca saiu uma grande Brachá ao povo judeu: "Eles são um povo que se levanta como um leão" (Bamidbar 23:24). Precisamos ter autoconfiança, sabermos que temos um incrível potencial aguardando para ser explorado.
 
O Talmud (Menachot 29b) nos ensina que o mundo foi criado com a letra "ה" (Hei), que é completamente aberta embaixo, significando que com qualquer tropeço a pessoa pode "sair do mundo" e se perder de seu caminho espiritual. Mas há também uma pequena abertura em cima, sempre aberta para a Teshuvá. Não importa o quanto erramos, D'us criou o mundo sempre aberto para Teshuvá, como nos ensinou Shlomo HaMelech, o mais sábio de todos os homens: "O Tzadik (Justo) cai sete vezes e se levanta" (Mishlê 24:16). Shlomo Hamelech não veio nos ensinar apenas que o Tzadik, por ser apenas um humano, está suscetível a erros e, por isso, às vezes tropeça e cai. Shlomo HaMelech está nos ensinando que para chegar ao nível de Tzadik, é necessário aprender com os erros e nunca desistir.
 
Mas por onde começamos? Um dos momentos mais marcante de Rosh Hashaná é a Tefilá "Unetane Tokef", que diz, entre outras palavras: "Quem vai viver e quem vai morrer? Quem viverá com tranquilidade e quem viverá com dificuldade. Quem vai enriquecer e quem vai empobrecer?". Esta Tefilá termina com as seguintes palavras: "Porém, a Teshuvá (Arrependimento), a Tefilá (Reza) e a Tzedaká (Caridade) removem o mau decreto". Por que justamente estas 3 ações? Pois elas representam as nossas 3 áreas de relacionamentos. Teshuvá é "Bein Adam Leatzmo" (a pessoa com ela mesma), Tefilá é "Bein Adam Lamakom" (a pessoa com D'us) e Tzedaká é "Bein Adam Lechaveiro" (a pessoa com seu companheiro). São três dimensões de conexão espiritual nas quais precisamos nos esforçar para melhorar, nem que seja em apenas uma pequena parte.
 
O primeiro passo é a Teshuvá. Uma das principais mudanças que precisamos almejar é na forma como "julgamos" D'us. Ele tem um plano para o mundo, desde a Criação. Coisas difíceis acontecem, mas somente no "Fim dos Tempos" poderemos entender Seus cálculos perfeitos. Emuná significa não perder nosso amor por D'us mesmo quando acontecem coisas difíceis, que nós não entendemos. Esta é uma parte importante da nossa Teshuvá, ter claridade que, quando passamos por dificuldades, é D'us nos testando. Não devemos ficar quebrados, pois D'us nos ama e Ele tem um plano para cada um de nós. Nunca podemos perder a esperança e a Emuná nos momentos difíceis. E, acima de tudo, não podemos julgar os atos de D'us.
 
O segundo passo é a Tefilá. Pensamos sempre na Tefilá como um momento de pedir, pedir e pedir. Mas isto não é correto. Precisamos aprender a agradecer mais, a saber reconhecer mais o que temos de bom. Precisamos melhorar em dizer "obrigado" para D'us, pois temos muito pelo que sermos agradecidos a Ele. Uma pessoa que tem filhos, que é casada, que tem saúde e trabalho é milionária e deveria sair dançando na rua de alegria. Quando vamos a um médico e preenchemos a ficha de cadastro, precisamos agradecer por cada doença da lista que nós não temos. Temos que melhorar a concentração durante as nossas Tefilót, mas em especial precisamos nos conscientizar de que fazer Tefilá não é só pedir. Parte importante é a nossa demonstração de agradecimento. Uma maneira prática de fazermos isto é escrevendo em um cartão todas as coisas boas que temos na vida. Certamente nos surpreenderemos ao perceber como somos abençoados em nossas vidas.
 
O terceiro passo é a Tzedaká. Melhorar na área de Tzedaká não significa apenas doar mais dinheiro aos necessitados. Significa vencer o nosso lado egoísta e parar de pensar somente em nós mesmos. Não é errado pensar em si mesmo, mas precisamos pensar também nos outros. Ensinam os nossos sábios que isto é especialmente importante em Rosh Hashaná, pois quando nos preocupamos com os outros, então D'us também se preocupa conosco.
 
Quando D'us criou o conceito do julgamento de Rosh Hashaná, Ele não queria que chegássemos quebrados e fracassados. Ao contrário, D'us quer nos estimular a crescer, Ele quer extrair o melhor do que temos dentro de nós. Com esta atitude vencedora e autoconfiante, com crescimentos pequenos e constantes nas três áreas da vida, poderemos alcançar o que buscamos há tantos anos.

                   "QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA"

Shabat Shalom e Shaná Tová

R' Efraim Birbojm

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHAT NITZAVIM 5778:

São Paulo: 17h38  Rio de Janeiro: 17h25  Belo Horizonte: 17h28  Jerusalém: 18h20
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Chana Mirel bat Feigue, eliezer ben Shoshana.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l.
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(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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