quinta-feira, 24 de junho de 2021

AMIZADE VERDADEIRA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BALAK 5781

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BALAK



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VÍDEO DA PARASHÁ BALAK
ASSUNTOS DA PARASHÁ BALAK
  • Balak, rei de Moav, contrata Bilaam
  • Bilaam pede permissão a D'us.
  • Mula de Bilaam e o anjo no caminho.
  • 3 tentativas de amaldiçoar o povo judeu convertidas em 3 Brachót.
  • A transgressão do povo judeu com as mulheres de Midian.
  • A transgressão pública de Zimri (Shimon) e Kosbi (Midian)
  • O zelo de Pinchás (Levi).
BS"D

AMIZADE VERDADEIRA - PARASHÁ BALAK 5781 (25 de junho de 2021)


"Um navio naufragou durante uma tempestade no mar, mas apenas Moshé e Reuven sobreviveram, nadando até uma pequena ilha deserta. Os dois, que eram bons amigos, sem saber o que fazer para serem resgatados, concordaram que não havia outro recurso a não ser rezar para D'us. No entanto, para descobrir de quem era a reza mais poderosa, eles concordaram em dividir o território entre eles e ficar em lados opostos da ilha.

A primeira coisa que fizeram foi rezar por comida. Na manhã seguinte, Moshé viu uma árvore frutífera no seu lado da ilha e pôde comer seus frutos, mas a parte de Reuven permaneceu estéril. Depois de uma semana, Moshé começou a se sentir muito sozinho e decidiu rezar por uma esposa. No dia seguinte, outro navio naufragou na região e o único sobrevivente foi uma mulher, que nadou até o lado dele da ilha. Do outro lado, nada aconteceu.

Logo Moshé rezou por uma casa, por roupas, por mais comida. No dia seguinte, como mágica, tudo isso foi dado a ele. No entanto, Reuven continuava sem nada. Finalmente, Moshé rezou por um barco, para que ele e sua esposa pudessem deixar a ilha. Ao acordar, ele encontrou um barco atracado no seu lado da ilha. Moshé, muito contente, embarcou com sua esposa, mas decidiu deixar Reuven na ilha. Ele considerou Reuven indigno de receber as bênçãos de D'us, uma vez que nenhuma de suas rezas havia sido respondida. Quando o navio estava prestes a partir, Moshé ouviu uma Voz Celestial estrondosa:
 
- Por que você está deixando seu amigo na ilha?

- Minhas bênçãos são somente minhas, já que fui eu que rezei por elas - respondeu Moshé - As rezas de Reuven ficaram sem resposta. Por isso, acho que ele não merece nada.

- Você está enganado! -  a Voz Celestial o repreendeu - Ele fez apenas uma reza, e Eu o atendi. Se não fosse por isso, você não teria recebido nenhuma das Minhas bênçãos. E você sabe o que ele pediu? Ele rezou para que todas as suas rezas fossem atendidas."
 
Valorize seus amigos, em especial aqueles que realmente se importam e se preocupam com você.

Nesta semana lemos a Parashá Balak, que nos ensina sobre a desesperada tentativa de Balak, o rei do povo de Moav, de frear o avanço do povo judeu, que havia acabado de arrasar os reis Sichon e Og, vizinhos de Moav. Porém, Balak entendeu que de nada adiantaria usar a força física, como outros haviam tentado. Como a força dos judeus estava na espiritualidade, Balak entendeu que deveria tentar combatê-los também na área espiritual. Para isso ele contratou o profeta Bilaam, alguém com uma tremenda força de amaldiçoar povos inteiros.
 
De onde Balak conhecia Bilaam e seu poder? Ele havia sentido a força de Bilaam em sua própria pele. Por muito tempo Sichon havia tentado conquistar, sem sucesso, a cidade de Cheshbon, que pertencia a Moav. Ele então contratou Bilaam para amaldiçoar a cidade, e só assim conseguiu conquistá-la. Balak, ao ver que o poder de Bilaam era real, o contratou. Porém, Balak não contava com a proteção espiritual do povo judeu. Por três vezes Bilaam tentou amaldiçoar o povo judeu, mas D'us fez com que de sua boca saíssem Brachót. Balak ficou extremamente irritado, pois o tiro havia saído pela culatra. Não apenas o povo judeu não havia sido amaldiçoado, mas havia recebido de Bilaam Brachót, ficando ainda mais fortes do que já eram.
 
Porém, as Brachót que saíram da boca de Bilaam precisam de um entendimento mais profundo. Por exemplo, uma das Brachót proferidas foi: "Ele (D'us) não percebeu iniquidade em Yaakov, e não viu perversidade em Israel. Hashem, seu D'us, está com ele, e a "Teruat Melech" está nele" (Bamidbar 23:21). O que significa a expressão "Teruat Melech"? E o que Bilaam estava expressando nesta Brachá?
 
O Ibn Ezra (Espanha, 1092 - 1167) explica que a linguagem "Teruá" refere-se ao toque do Shofar que era tocado em honra a D'us, o nosso Melech. Já o Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) explica que a linguagem "Teruá" refere-se ao toque das trombetas que anunciavam as viagens do povo judeu, em uma demonstração de alegria pelo Rei os acompanhar em suas viagens. Porém, o comentário que mais chama a atenção é o de Rashi (França, 1040 - 1105), que traduz "Teruat Melech" como sendo "a amizade do Rei", pois a linguagem "Teruat" vem da mesma raiz de "Reut", que significa "amizade". Segundo Rashi, nesta Brachá Bilaam estava expressando a futilidade de qualquer tentativa de amaldiçoar o povo judeu, pois como D'us é "amigo" do povo judeu, já não examina a iniquidade do povo nem os critica por suas deficiências, mesmo quando eles O provocam, violando intencionalmente Sua palavra.
 
Mas desta explicação de Rashi surge um enorme questionamento. Criticar uma pessoa por seus erros não seria uma demonstração de amizade? O verdadeiro amigo não é aquele que não hesita em criticar quando julga necessário? A crítica é justamente o que demonstra e expressa a preocupação com o bem-estar do outro! Então por que a "amizade" entre D'us e o povo judeu foi expressada no versículo através da ausência de críticas, mesmo quando elas são merecidas e necessárias?
 
Além disso, em relação a este conceito de amizade, surge outro questionamento interessante. Há na Torá o importante mandamento de "Veahavta Lereecha Kamocha", que significa "Ame seu amigo como ama a si mesmo". A palavra "Reecha" é derivada de "Reut", "amizade". Destas palavras do versículo podemos deduzir que, na hierarquia dos relacionamentos, o amor é maior do que a amizade, pois somos ordenados a amar uma pessoa que já é nosso amigo. Porém, no último dos "Sheva Berachót", as sete bênçãos estabelecidas pelos nossos sábios como parte da cerimônia de casamento, agradecemos a D'us pelos vários níveis de conexão que podem ser alcançados pelos noivos. Presumivelmente, agradecemos em ordem crescente. Assim dizemos nesta Brachá: "Ahava Veachva Veshalom Vereut", que significa "amor, fraternidade, harmonia e amizade". A implicação é que a relação de amizade transcende a relação de amor. Como podemos reconciliar essa aparente contradição? Afinal, o amor é maior que a amizade ou a amizade é maior que o amor?
 
O Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204) ensina que há dois diferentes níveis de amizade. O tipo mais comum são os amigos com quem uma pessoa compartilha experiências. Embora ela possa desfrutar da companhia destes amigos, ela ainda sente a necessidade de manter uma fachada, evitando deixar transparecer suas vulnerabilidades, por medo que os amigos possam usar essas informações contra ela. Muito raramente encontramos um amigo em quem depositamos nossa total confiança e com quem estejamos dispostos a "baixar a guarda" e compartilhar nossas inseguranças. Porém, há outro nível de amizade, que ocorre quando confiamos plenamente na outra pessoa e podemos ser nós mesmos, sem máscaras nem fingimentos. Mas este segundo nível de amizade e confiança só ocorre quando percebermos que este amigo está totalmente dedicado ao nosso crescimento e suas ações são motivadas por uma preocupação sincera com o nosso bem estar.
 
Explica o Rav Yochanan Zweig que, a partir da definição do Rambam dos diferentes níveis de amizade, podemos entender que não há absolutamente nenhuma contradição entre o versículo "Ame seu amigo como ama a si mesmo" e a última Brachá do Sheva Berachót. O versículo está nos ensinando que devemos aprender a amar nossos amigos que se enquadram na primeira categoria, apesar de ser um nível mais superficial de amizade. Já a Brachá definida pelos nossos sábios é a expressão do desejo de que o casal consiga desenvolver seu relacionamento de forma que ele transcenda do amor à amizade do segundo tipo.
 
É difícil aceitar críticas, especialmente quando a crítica vem de uma pessoa que se sentiu ofendida. A razão é que nos convencemos que a crítica não está sendo feita porque a pessoa se preocupa conosco, e sim porque ela foi lesada. Isso é verdadeiro quando se trata de um amigo da primeira categoria. No entanto, se a crítica for feita por uma pessoa que sabemos que tem as melhores intenções em mente e se preocupa conosco, podemos aceitar que a repreensão tem o objetivo de nos ajudar e nos proteger de um comportamento prejudicial.
 
Isto explica as palavras de Rashi no versículo que descreve a Brachá de Bilaam. É por causa da nossa "amizade" com D'us que Ele não nos critica pelo que fazemos a Ele. D'us está disposto a ignorar a dor que causamos a Ele em nossas rebeldias. É apenas pelo dano que causamos a nós mesmos que D'us nos repreende e nos pune, pois a única preocupação de D'us é com o nosso crescimento e aprimoramento.
 
Desta Parashá aprendemos, portanto, dois grandes ensinamentos. Em primeiro lugar, o incrível amor de D'us pelo povo judeu e Sua preocupação com o nosso bem estar espiritual. Mesmo os castigos que recebemos são broncas de Alguém que nos ama e que quer apenas o nosso crescimento. Além disso, aprendemos a definição e a importância de uma amizade verdadeira. Amigo verdadeiro é aquele que nos apoia, nos incentiva, oferece um ombro amigo quando necessitamos, que está do nosso lado mesmo quando todos já foram embora. Porém, acima de tudo, amigo é aquele que nos chama a atenção quando nos vê fazendo algo errado. Não por que se sente incomodado, mas por amor, por se importar conosco. O preço da amizade verdadeira é sabermos escutar as críticas, pois é a maneira de crescermos e alcançarmos nosso máximo potencial espiritual.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 

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