sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ BO 5771

BS"D
QUEM RI POR ÚLTIMO RI MELHOR - PARASHÁ BO 5771 (07 de janeiro de 2011)
"Um rei muito poderoso certa vez pediu a um de seus ministros que fosse até o mercado e escolhesse um belo peixe para um jantar especial que ele ofereceria para pessoas importantes do reinado. O ministro, que era um rebelde, não se importava com a honra do rei. Ao contrário, ele quis aproveitar a oportunidade para se divertir às custas do rei e pregar-lhe uma peça, comprando um peixe que já estava estragado. O ministro imaginou que o peixe iria direto para a cozinha do palácio e o rei só perceberia a brincadeira no meio do jantar, quando ficaria completamente envergonhado por servir para convidados importantes um peixe podre.
Porém, para desespero do ministro, o rei estava esperando na porta da cozinha para pessoalmente verificar o que ele havia comprado. Quando viu aquele peixe podre, o rei ficou enfurecido pela ousadia do ministro e ameaçou matá-lo. O ministro implorou por misericórdia e o rei lhe deu três opções para escapar da pena de morte: comer todo o peixe podre sozinho, receber 100 chicotadas ou pagar 100 moedas de ouro para os cofres reais.
O ministro riu por dentro, achando que o rei era um grande tolo, pois comeria o peixe e tudo terminaria bem para ele. Mas quando começou a comer, sentiu em sua boca um gosto horrível, enquanto o cheiro do peixe podre enchia o ar com um odor insuportável. Conseguiu comer algumas garfadas, mas logo o peixe se tornou intragável. Implorou ao rei que o deixasse receber as chicotadas ao invés de comer aquele peixe podre. O rei concordou e o ministro foi levado para o local das chicotadas. Mas após 60 chicotadas, o ministro percebeu que suas forças terminavam e ele não aguentaria mais nenhuma. Implorou então ao rei que o dispensasse das chicotadas em troca de pagar as 100 moedas de ouro, e o rei aceitou.
No momento do pagamento, o ministro percebeu que todos gargalhavam. Irritado, perguntou o que era tão engraçado. O rei, não contendo o riso, explicou:
- Você é um tolo. Para escapar da pena de morte você poderia escolher uma das três punições. No final das contas, você recebeu as três. Você comeu o peixe podre, tomou as chicotadas e finalmente teve que pagar. Você tentou me enganar para dar risadas, mas no final, você mesmo se tornou a piada"  
Enquanto nós buscamos formas de "enganar" a D'us, Ele nos observa lá de cima e dá risada. Pois todas vezes em que nós achamos que conseguimos enganá-Lo, não percebemos que, no final das contas, fomos nós mesmos que perdemos.
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Na Parashá desta semana, Bo, D'us continuou mandando as pragas sobre o Egito para que o faraó libertasse o povo judeu. Finalmente, após a décima praga, a morte dos primogênitos, o faraó não aguentou mais os sofrimentos e deixou os judeus saírem. Todos os anos nós recontamos os detalhes da saída do Egito aos nossos filhos e netos, principalmente durante o Seder de Pessach, conforme está escrito na Torá: "E para que você conte aos ouvidos do seu filho e do filho do seu filho tudo o que Eu fiz no Egito, e Meus sinais que Eu coloquei sobre eles, para que eles saibam que Eu sou D'us" (Shemot 10:2). Explica Rashi, comentarista da Torá, que a linguagem "Hitalalti", traduzida como "fiz", também significa "dei risada". O que significa que D'us deu risada dos egípcios?
Os egípcios nos fizeram sofrer muito durante os anos de escravidão. Não apenas com sofrimentos físicos, mas principalmente com sofrimentos psicológicos. Por exemplo, os judeus foram ordenados a construir as cidades de Pitom e Ramsés, mas as construções eram feitas em locais de areia movediça. Após um longo e exaustivo trabalho, tudo o que os judeus construíram caia, frágil como um castelo de areia, para o divertimento dos egípcios, que os faziam recomeçar o mesmo trabalho diversas vezes. Além disso, os egípcios davam trabalhos de homens para que as mulheres fizessem e trabalhos de mulher para que os homens fizessem, quebrando a auto-estima do povo e humilhando-os. Quanto mais os judeus sofriam, mais os egípcios se divertiam.
D'us está acima de qualquer limitação humana. Ele não tem nenhuma forma limitada nem é guiado por emoções. Portanto, todas as vezes que a Torá descreve emoções de D'us ou partes de Seu corpo, é apenas uma metáfora para nos ensinar algum tipo de característica de D'us, de maneira que possamos entendê-Lo dentro das nossas limitações. Por exemplo, quando a Torá descreve que D'us nos tirou do Egito "com mão forte e braço estendido", é para nos transmitir a idéia de que D'us nos tirou do Egito com bravura e com força, mesmo indo contra a vontade dos egípcios de nos manter escravizados. Da mesma maneira, quando a Torá nos descreve que D'us "deu risada", não quer dizer que D'us se divertiu. Ao contrário, quando mencionamos as dez pragas na noite do Seder de Pessach, tiramos uma gota de vinho para cada praga, em um sinal de respeito pelos egípcios que morreram nas pragas. A idéia que a Torá está nos ensinando é que quando D'us se vingou dos egípcios, foi "Midá Kenegued Midá" (medida por medida). Da mesma forma que os egípcios se divertiam com os sofrimentos dos judeus, assim também D'us "se divertiu" com os sofrimentos que mandou aos egípcios.
Isto pode ser observado em várias pragas. Por exemplo, D'us mandou o granizo, que destruiu todas as árvores rígidas do Egito. Os egípcios se alegraram, pois as espigas de trigo e cevada, que são flexíveis, não foram destruídas. Mas a alegria durou pouco, pois logo em seguida D'us mandou a praga dos gafanhotos, que devoraram tudo o que havia restado no campo. Mesmo assim os egípcios não estavam totalmente tristes, pois no Egito o gafanhoto era um animal comestível. Os egípcios caçaram os gafanhotos e prepararam milhares de barris de conserva, alimento suficiente para muito tempo. Mas no fim da praga está escrito "E D'us mandou um vento ocidental muito forte, que carregou os gafanhotos e os atirou no Mar Vermelho; não sobrou nem mesmo um gafanhoto em todas as fronteiras do Egito" (Shemot 10:19). O que significa que não sobrou nem mesmo um gafanhoto? D'us fez um milagre dentro de outro milagre, e mesmo os gafanhotos em conserva também desapareceram, para o desespero dos egípcios.
Além disso, quando morreram os primogênitos, o faraó saiu desesperado de sua casa para mandar os judeus embora, pois ele também era um primogênito e temia morrer imediatamente. Ele foi pessoalmente até as casas onde viviam os judeus, ainda de pijama, para procurar onde Moshé morava. Imagine a vergonha para o faraó, aquele que se autodenominava como um deus vivo, sair de pijama de sua casa para implorar, em público e aos berros, aos seus próprios escravos que fossem embora.
Mas houve um momento em especial que D'us realmente "se divertiu" com os egípcios. D'us queria que os judeus fossem libertados, mas o faraó se recusou. Após as pragas, o faraó finalmente cedeu e deixou os judeus saírem. Porém os judeus não saíram de mãos vazias, eles levaram consigo as riquezas do Egito, como pagamentos pelos anos de trabalho escravo. Então o faraó se arrependeu por ter libertado os judeus, como está escrito "O que foi isto que nós fizemos, que enviamos Israel de nos servir?" (Shemot 14:5). Qual foi o grande motivo do arrependimento? O faraó entendeu como ele havia sido tolo. Ele poderia ter libertado os judeus logo no início e teria ficado sem seus escravos, mas também não teria "apanhado" de D'us e manteria seu dinheiro. Também poderia ter apenas recebido as pragas e libertado os escravos, mas teria pelo menos mantido seu dinheiro. Mas no final das contas ele perdeu tudo, pois sua obstinação o fez receber as 10 pragas, perder seus escravos e ainda ficar sem dinheiro.
Assim acontece todas as vezes que somos obstinados e tentamos ir contra a vontade de D'us. Queremos fazer a nossa vontade "à força", com a esperança de que conseguiremos enganar a D'us. Nestes momentos é como se D'us estivesse dando risada, pois apesar de nosso esforço, é a vontade Dele que sempre se cumpre. Por exemplo, quando alguém rouba ou engana, pensa que ganhou algo com isso. Mas a verdade é que, não apenas D'us tira de outra maneira este dinheiro recebido de maneira ilícita, mas também pune a pessoa pelo roubo. O ladrão, no final das contas, termina sem o dinheiro e ainda recebe um castigo.
A justiça Divina sempre se cumpre. Nenhuma das maldades dos egípcios passou sem a devida punição. Nem mesmo o menor dos detalhes foi esquecido por D'us. No final vemos que a punição sempre chega, medida por medida. Pois segundo o judaísmo, vale o ditado "quem ri por último ri melhor".
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ VAERÁ 5771

BS"D
PARA VER É PRECISO QUERER - PARASHÁ VAERÁ 5771 (31 de dezembro de 2010)
"Certa vez o Rav Yechezkel Levenstein estava em um taxi em Israel e começou uma conversa com o taxista. Em certo momento a conversa caiu no assunto de milagres que D'us faz para nos despertar. Então os olhos do taxista brilharam e ele começou a contar para o rabino uma história fantástica que havia vivenciado muitos anos atrás.
O taxista contou que ele e alguns amigos, logo que terminaram o exército, decidiram fazer uma viagem para conhecer o mundo. Um dos passeios escolhidos foi um safári nas selvas africanas. Uma noite, quando estavam todos dormindo em uma cabana no meio da floresta, um dos seus amigos, um rapaz chamado Yigal, começou a gritar. Todos acordaram assustados e viram que havia uma jibóia enrolada no corpo de Yigal. A cobra apertava tão forte que ele não podia respirar, e apesar dos esforços, ninguém conseguiu arrancar a cobra. Ninguém sabia o que fazer, pois o rapaz começou a ficar azul, completamente sem ar, chegando perto de morrer.
Finalmente um dos amigos gritou: "Yigal, se você vai morrer, diga pelo menos o Shemá Israel!". Yigal, com o pouco que havia lhe restado de forças, começou a recitar o Shemá Israel em voz alta. Mal havia terminado o primeiro versículo quando, de repente e sem nenhum motivo lógico, a cobra o soltou e rastejou para longe.
O taxista então contou que, por causa deste incidente, Yigal mudou a sua forma de ver a vida. Ele reconheceu que D'us havia feito um grande milagre para salvá-lo. Após algum tempo tornou-se um Baal Teshuvá (começou a cumprir as Mitzvót), casou-se com uma boa moça e tiveram muitos filhos Tzadikim (Justos).
O Rav Yechezkel Levenstein ficou pasmo com aquela história fantástica de Hashgachá Pratid (Supervisão Particular de D'us). Após alguns momentos de reflexão, de repente ele virou-se para o motorista e perguntou:
- E você, não mudou nada na sua vida após ter visto com seus próprios olhos tudo isto acontecendo?
- É claro que não - respondeu o taxista - esta história aconteceu com meu amigo, não comigo!"
Muitas vezes vemos no mundo acontecerem eventos fantásticos e milagrosos. Será que aproveitamos estes momentos para uma introspecção, ou seguimos nossas vidas como se nada tivesse acontecido? (História real)
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Na Parashá desta semana, Vaerá, D'us ordenou a Moshé que fosse ao Faraó pedir-lhe que libertasse o povo judeu, mas o Faraó recusou-se. D'us então começou Sua vingança contra os egípcios, castigando-os por todas as maldades que haviam cometido. O Egito foi completamente devastado por 10 terríveis pragas, e somente depois disso os judeus foram libertados.
Durante as pragas, o comportamento do Faraó seguiu um padrão interessante. Quando D'us mandava sofrimentos para o Faraó, ele se arrependia dos seus erros e decidia libertar os judeus. Mas logo que os sofrimentos passavam e a situação melhorava, ele voltava às suas maldades com força total. Será que ele não entendia que se não endireitasse seus caminhos os sofrimentos voltariam outra vez? O Faraó era um tonto?
Outro detalhe interessante ocorreu após a sétima praga, granizo, que matou todos os animais dos egípcios que permaneceram no campo. A situação no Egito tornou-se caótica, nos campos egípcios havia dezenas ou centenas de animais mortos. O Faraó então mandou emissários para saber qual era a situação em Goshen, onde viviam os judeus, como está escrito: "... e morreu todo o gado do Egito, mas do gado dos filhos de Israel não morreu nenhum. E enviou o Faraó, e eis que não havia morrido do gado de Israel nem mesmo um" (Shemot 9:6,7). Para o Faraó isto foi um grande choque, pois ele sempre tentava se apoiar na idéia de que as pragas eram fenômenos naturais que Moshé, como um bom observador da natureza, sabia com antecedência quando cada um deles aconteceria. Porém, quando o Faraó viu os animais egípcios todos mortos e descobriu que nem mesmo um animal dos judeus havia morrido, a teoria caiu. O que esperaríamos do Faraó após presenciar um milagre tão grande como este? Que ele enxergasse a mão de D'us em tudo o que estava acontecendo e deixasse o povo judeu sair. Mas a Torá descreve que nada mudou na cabeça do Faraó, ele continuou com seus maus atos, causando assim mais e mais sofrimentos para ele e para todo o povo egípcio, como está escrito em seguida: "E o Faraó endureceu seu coração e não deixou o povo sair" (Shemot 9:7). Por que o Faraó não conseguiu enxergar o milagre e mudar sua atitude?
A Torá descreve o Faraó como uma pessoa muito sábia. Por exemplo, ele conseguiu, com muita lábia e astúcia, enganar e escravizar os judeus. Mas por outro lado, alguns atos demonstram que o Faraó se comportava como um grande tolo. Não é contraditório? Não, o Faraó era muito sábio, mas em várias ocasiões deixava seu coração o enganar.
Enxergar as tolices do Faraó é fácil. O difícil é saber que caímos no mesmo erro. Segundo nossos sábios, o Faraó representa o nosso Yetzer Hará (má inclinação). Temos um Faraó dentro de cada um de nós, e deixamos milagres passarem e não prestamos atenção.
Existem dois motivos pelos quais não despertamos com os milagres que vemos. O primeiro motivo é a alienação. Vivemos a vida sem prestar atenção no que vemos e no que escutamos. Vemos milagres e tragédias como se fossem parte de um filme na televisão, e nada consegue nos tocar. Se refletíssemos, se fizéssemos apenas um pouco de introspecção, enxergaríamos os grandes atos de D'us.
O segundo motivo é a dificuldade de mudar. Vivemos como se nunca cometêssemos erros, pois aos nossos olhos estamos sempre certos. Portanto, quando nos confrontamos com algo que vai contra o que acreditamos, mesmo que seja uma prova contundente, mesmo que seja um milagre, continuamos lutando para não aceitar. Assim é possível uma pessoa viver uma mentira por toda a vida sem se incomodar.
Foi isto o que aconteceu com o Faraó. As provas de que era D'us quem estava fazendo os milagres se tornaram irrefutáveis. Mas e a vergonha de assumir o erro diante de todo o povo? E o medo de mudar suas crenças nas idolatrias? E o temor de deixar para trás uma vida de honra e prazeres sem limites? O ilógico venceu o lógico, e por isso o Faraó preferiu endurecer seu coração.
Muitas vezes nós passamos por problemas, dificuldades e sofrimentos na vida e decidimos nos conectar um pouco mais com D'us. Frequentamos um pouco mais a sinagoga, tentamos cumprir mais Mitzvót. Mas o que acontece quando a situação melhora? Desaparecemos, já não precisamos mais de D'us. A verdade é que D'us não gosta de nos enviar sofrimentos. Ensina o livro Tomer Dvora, do Rav Moshe Cordovero, que toda vez que D'us nos manda um sofrimento, Ele sofre junto conosco. Por isso, inicialmente Ele nos manda coisas boas, inclusive faz milagres, somente para nos despertar. Mas vemos os milagres, por alguns instantes passamos por momentos de claridade, mas como não paramos para refletir, em pouco tempo toda a claridade se vai e continuamos nossas vidas como se nada tivesse acontecido. E se não despertamos através das coisas boas que D'us nos manda, Ele precisa nos despertar de outras maneiras. Primeiro com sofrimentos que ocorrem longe nós. Se continuamos mesmo assim sem despertar, em algum momento os sofrimentos chegam até nós. D'us deu oportunidades para o Faraó se arrepender sem receber castigos. Ele desperdiçou todas elas.
Portanto, o problema não é que o Faraó não conseguiu ver o milagre. O Faraó não quis ver o milagre. Ele não queria aceitar que estava errado. Os sofrimentos o faziam momentaneamente baixar a cabeça, mas logo que a situação se normalizava ele voltava a agir de forma ilógica.
A palavra Egito, em hebraico, é "Mitzraim", que vem da raiz "Metzarim", que significa "limitações". A saída do Egito representa a libertação espiritual, a possibilidade de vencer a nossa má-inclinação, que quer nos limitar. Nós temos um Faraó dentro de cada um de nós, mas podemos vencer esta má inclinação. Precisamos ter a coragem de assumir quando estamos errados. Precisamos vencer o comodismo e a alienação e prestar mais atenção a tudo o que ocorre à nossa volta. Somente assim poderemos estar seguros que, em nossas vidas particulares, também conseguiremos sair do Egito.
"O pior cego é aquele que não quer ver"
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ SHEMOT 5771

BS"D
SÓ MAIS UM POUQUINHO DE ESFORÇO - PARASHÁ SHEMOT 5771 (24 de dezembro de 2010)
"Gilberto estava passando por muitas dificuldades na vida. Os negócios faliram, os investimentos terminaram em prejuízos, ele perdeu tudo o que tinha. Nem mesmo dinheiro para comida havia sobrado. Andando um dia pela rua, completamente esfomeado e fraco pela falta de comida, Gilberto de repente sentiu no ar um cheiro maravilhoso, como se alguém estivesse oferecendo um banquete. Identificou que o cheiro vinha de um enorme salão e foi dar uma espiada pela janela. Seus olhos mal acreditavam no que ele viu: uma mesa gigantesca, com as melhorias iguarias. Saladas, carnes, acompanhamentos, sobremesas.
Desesperado por um pouco de comida, Gilberto correu para a porta do salão e começou a bater, na esperança de que alguém abriria e teria misericórdia dele. Mas após cinco minutos, mesmo batendo insistentemente, ninguém abriu. Só então Gilberto percebeu que havia um molho de chaves pendurado ao lado da porta, com um bilhete onde estava escrito: "Qualquer um que quiser realmente entrar está convidado e pode aproveitar tudo o que desejar".
Muito contente, Gilberto imediatamente pegou o molho de chaves e começou a tentar abrir a porta. Testava uma por uma todas as chaves, mas nenhuma delas entrava na fechadura. Percebeu que as chaves eram quadradas, mas o buraco da fechadura era arredondado. Desesperado de tanta fome, desmaiou.
Gilberto acordou no hospital e ao seu lado viu um senhor muito simpático. Era o dono do salão, que o havia encontrado desacordado ao lado da porta. Gilberto ficou irritado, perguntou por que ele brincava daquela maneira com as pessoas. O senhor abriu um sorriso e explicou:
- Eu não brinco com as pessoas. Faço isso para testar o quanto cada um realmente tem vontade de entrar. A chave é quadrada, mas a fechadura é arredondada. Se você tivesse lixado um pouquinho as pontas da chave, ela teria aberto a porta do salão e você poderia ter aproveitado todas aquelas delícias. Mas como você não fez nada, perdeu a oportunidade"
Assim também acontece em nossas vidas. Muitas vezes queremos chegar aos tesouros espirituais que D'us nos prometeu, mas nos esquecemos que antes precisamos nos esforçar e mostrar a nossa vontade de receber.
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Nesta semana começamos o segundo livro da Torá, Shemot, que nos descreve desde a escravidão do povo judeu até a sua posterior libertação física e espiritual. E a Parashá desta semana, Shemot, explica o processo de escravização do povo judeu, descreve os pesados sofrimentos pelos quais passamos no Egito e nos conta sobre o nascimento e a revelação de Moshé como o salvador do povo judeu.
Há três eventos nesta Parashá que aparentemente são desconectados, mas nos quais percebemos um ponto em comum muito interessante. O primeiro evento foi quando Batia, a filha do faraó, viu Moshé dentro de uma cestinha flutuando no rio, teve misericórdia do bebê e quis salvá-lo, mas o cesto estava longe do alcance dela. Apesar de parecer impossível agarrar o bebê, Batia esticou a mão para tentar alcançar a cestinha. Somente então D'us fez um milagre e a mão dela se alongou até alcançar a cestinha. O segundo evento foi a revelação de D'us para Moshé. D'us apareceu inicialmente como um arbusto em chamas que não se consumia, e somente depois que Moshé se aproximou para ver o que estava acontecendo é que D'us se revelou para ele. O terceiro evento foi quando Moshé foi falar com o faraó e, para mostrar que falava em nome de D'us, atirou seu cajado no chão para que ele se transformasse em serpente. A serpente só voltou a ser um cajado depois que Moshé segurou-a pelo rabo.  
Nestes três eventos aconteceram milagres, mas o ponto em comum é que os milagres ocorreram apenas depois que os envolvidos fizeram antes algum ato. Por que D'us não fez as coisas acontecerem de maneira natural, isto é, sem milagres? Ou por que não fez os milagres sem a participação de ninguém? Por exemplo, a cestinha não poderia naturalmente ter chegado mais perto de Batia? D'us não poderia ter se revelado antes de Moshé se aproximar? A serpente não poderia ter voltado a ser cajado sem a participação de Moshé? Se o judaísmo nos ensina que D'us tem controle sobre tudo, então por que Ele escolheu fazer os milagres desta maneira?
Muitas vezes desejamos ser pessoas melhores, mas sabemos o quanto é difícil. Por exemplo, após termos discutido com alguém, nos arrependemos e decidimos que não queremos nunca mais brigar de novo com ninguém. Mas o que acontece na primeira situação na qual alguém fala um pouco mais alto conosco? Perdemos imediatamente a cabeça e novamente discutimos e falamos coisas das quais nos arrependemos depois. Se queremos melhorar, se queremos ser pessoas mais corretas e mais espirituais, por que sempre caímos de novo?
O judaísmo nos ensina um impressionante fundamento espiritual: mais do que nós queremos crescer espiritualmente e melhorar a cada dia, D'us quer que cresçamos. D'us pode inclusive fazer milagres para nos ajudar no nosso crescimento, e muitas vezes Ele faz. Mas temos que demonstrar para Ele a nossa vontade de crescer, como ensinam nossos sábios: "Abram para Mim uma abertura do tamanho do furo de uma agulha e Eu abrirei para vocês o portão do salão". D'us espera darmos o primeiro passo, e somente então Ele abre os portões Celestiais para nos ajudar tudo o que precisamos.
Explica o Rav Eliahu Dessler, em seu livro "Michtav MeEliahu", que este é o motivo pelo qual a Torá descreve que nas três passagens desta Parashá onde ocorreram milagres houve a participação de Moshé e Batia, pois para o milagre ocorrer foi necessário um esforço, uma demonstração de vontade. D'us poderia ter feito as coisas de outra maneira, mas Ele estava querendo nos ensinar que, para que as coisas aconteçam, precisamos antes fazer a nossa parte.
Na vida não bastam apenas bons pensamentos. Se queremos ser pessoas melhores, precisamos começar a trabalhar. Da mesma forma que investimos no nosso crescimento profissional, também precisamos nos dedicar ao nosso crescimento espiritual. Encontramos tempo para tudo, menos para uma aula de Torá na semana. Conseguimos ler os principais jornais e revistas, mas nunca sobra tempo para um livro judaico. Quando mostrarmos de verdade para D'us que queremos mudar, certamente Ele nos abrirá todos os caminhos necessários, como nos garantiram nossos sábios: "todo aquele que quer se purificar é ajudado".
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ VAIECHI 5771

BS"D
RECONHECENDO AS BONDADES OCULTAS - PARASHÁ VAIECHI 5771 (17 de dezembro de 2010)
"Certo dia um grande e rico empresário viajou com seu filho de oito anos até uma pequena cidade do interior. O empresário tinha o firme propósito de mostrar ao filho como existem pessoas pobres que não têm nada na vida. Passaram dois dias em um sítio muito simples, de uma família bem pobre. Quando retornaram da viagem, o pai perguntou ao filho:
- E aí filhão, como foi a viagem para você?
- Muito boa, pai - respondeu o pequeno.
- Você viu, filho, como as pessoas podem ser pobres? Não sei como é que existe gente assim no mundo, não é, filhão?
- Sim pai, retrucou o filho, pensativo.
- E o que você aprendeu com tudo o que viu nesses dias?
O menino respondeu, com toda a sinceridade de uma criança:
- É pai, eu vi que nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim e eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu. Nós temos alguns canários que vivem tristes, presos em uma gaiola,  e eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas. Nossa comida é industrializada, a deles é pescada no riacho e colhida na horta. Eu observei que eles rezam antes de qualquer refeição, enquanto nós sentamos à mesa e falamos de negócios e eventos sociais, preocupados apenas com a etiqueta. Quando fui dormir no quarto do Tonho eu passei muita vergonha, pois não sabia sequer rezar, enquanto ele sentou-se antes de dormir e agradeceu a D'us por tudo, inclusive pela nossa visita em sua casa. Nós, aqui em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos à televisão e dormimos.
- Outra coisa, pai – continuou o garoto - eu dormi na rede do Tonho, enquanto ele dormiu no chão, pois não havia rede para os dois. Já em nossa casa colocamos nossa empregada para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, enquanto temos camas macias e cheirosas sobrando, mas que ficam guardadas para aqueles hóspedes chatos e gananciosos que sempre vêm nos visitar.
Conforme o pequeno garoto falava, o pai ficava cada vez mais envergonhado. E o filho, na sua sábia ingenuidade, levantou-se, abraçou o pai e finalizou:
- Obrigado pai, por ter me mostrado o quão pobres e mesquinhos nós somos"
Tudo o que você tem depende da maneira como você olha, da maneira como você valoriza. Se você tem amor, amigos, família e saúde, você recebeu de D'us  tudo o que você precisa. Porém, se você é egoísta e pobre de espírito, então você não tem nada.
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Com a Parashá desta semana, Vaiechi, que descreve a morte do nosso patriarca Yaacov, terminamos o primeiro livro da Torá, Bereshit, mais conhecido como o "Livro da Criação". Mas por que o livro inteiro é chamado de "Livro da Criação" se a criação do mundo se concentra apenas na primeira Parashá, Bereshit? Pois na Parashá Bereshit a Torá nos conta somente sobre a criação física do mundo, enquanto o resto do livro nos ensina sobre a construção espiritual do mundo, sendo os nossos três patriarcas, Avraham, Yitzchak e Yaacov, os três pilares de sustentação do mundo espiritual.
Yaacov, pouco antes de falecer, reuniu todos os seus filhos e deu para cada um deles Brachót (bençãos). Na Brachá que ele deu para Yossef está escrito: "E abençoou a Yossef e disse: D'us, diante de Quem andaram meus pais Avraham e Yitzchak, D'us que me alimentou desde quando eu nasci até este dia" (Bereshit 48:15). É interessante perceber que, quando Yaacov fez este agradecimento a D'us, ele já era um homem muito rico, além de ser o pai do vice-rei do Egito. Por que ele se referiu a D'us como "Aquele que me alimentou"? Ele não precisava agradecer por coisas maiores e mais importantes do que o pão que comeu todos os dias?
Em geral as pessoas sabem reconhecer e agradecer por uma bondade recebida. Uma pessoa que recebeu um presente imediatamente agradece. Mas um dos maiores problema do ser humano é que, quando recebemos bondades o tempo todo, nos acostumamos e deixamos de perceber e agradecer a quem nos fez o bem. Isso acontece no nosso trabalho, com nossos amigos e até mesmo com nossas famílias. Em geral, quanto mais próximo o benfeitor e quanto mais constante a bondade, menor o grau de percepção e agradecimento. Por exemplo, quantas vezes agradecemos aos nossos pais pelo almoço e pelo jantar? Estamos tão acostumados a chegar em casa e a comida estar pronta e servida na mesa que nos esquecemos o quanto as pessoas se esforçaram para aquele jantar estar tão caprichado. Com o tempo consideramos inclusive que a pessoa não fez mais do que sua obrigação. O problema é que este fenômeno ocorre também no nosso relacionamento com D'us, pois Dele recebemos bondades tão constantes e tão importantes na nossa vida que deixamos de apreciar e reconhecer.
Foi justamente por isso que nossos sábios instituíram a obrigação de recitarmos Brachót antes de termos qualquer tipo de proveito do mundo material ou como agradecimento por coisas boas que recebemos, como, por exemplo, as Brachót da manhã, nas quais agradecemos por nossa visão, por podermos caminhar e até mesmo pelas roupas e sapatos que vestimos. Outro exemplo são as Brachót que fazemos antes de consumir qualquer tipo de alimento.  Se alimentar é algo tão natural e tão cotidiano que fazemos sem prestar atenção. Por isso nossos sábios fixaram as Brachót, para despertar nosso reconhecimento de que todos os alimentos vêm de D'us. Justamente por ser um ato tão cotidiano, poderíamos pensar que não é mais do que obrigação D'us nos mandar os alimentos. As Brachót nos lembram que todos os alimentos que consumimos são uma grande bondade Dele.
Um dos principais propósitos da Tefilá (reza) também é nos conectar com D'us para que possamos reconhecer Suas bondades. É por isso que nossos sábios, quando fixaram as palavras da Amidá (reza silenciosa), começaram com três Brachót de louvor para D'us antes dos pedidos pessoais. E logo na primeira Brachá nossos sábios escreveram que D'us é "Konê Hakol". A tradução literal é que D'us é o Dono de tudo, pois foi Ele quem criou todo o universo a partir do nada. Mas nossos sábios explicam que "Konê Hakol" também significa "Aquele que recria tudo a cada instante". Mas o que isto significa? D'us não criou tudo durante os 7 dias da Criação? Por exemplo, quando um marceneiro faz uma mesa, depois que ela está pronta não é necessário recriá-la a cada instante. Então por que dizemos na Tefilá que D'us recria tudo a cada instante?
Existe uma grande diferença entre os atos de criação de um ser humano e os atos de criação de D'us. Quando um marceneiro faz uma mesa, na verdade ele não está criando nada, está apenas transformando algo que já existe. Ele pega pedaços de madeira e apenas corta, cola e prega. Por isso, depois da mesa estar pronta, não é necessário recriar, pois na verdade nada foi criado, tudo existente foi apenas transformado. Já as criações de D'us foram feitas a partir do nada, por isso precisam ser recriadas a cada instante.
Muitas coisas que existem no mundo material servem como exemplos para entender conceitos espirituais. Um paralelo interessante deste conceito são as sessões de cinema antigas, que utilizavam os velhos projetores com fitas. Cada fita continha milhares de pequenos quadros com fotos estáticas que, ao serem passadas em alta velocidade, causavam a ilusão de movimento. Imagine se o responsável pelo projetor resolvesse, no meio do filme, cortar alguns pequenos quadros, o que aconteceria? O filme ficaria esburacado, poderia até mesmo parar. Assim também ocorre conosco, cada instante é como se fosse um pequeno quadro no filme de nossas vidas, cujo script D'us precisa reescrever a cada instante. O que isto quer dizer? Que, apesar de não percebermos, D'us está recriando o mundo a cada instante. Se Ele parasse de criar por um instante, tudo terminaria imediatamente. Isto é uma bondade que não tem tamanho, e vivemos sem nem mesmo perceber.
Portanto, recebemos bondades de D'us a cada segundo, a cada instante, mas não reconhecemos. É este o grande louvor que a Torá está dando para Yaacov, que, apesar de toda a sua riqueza, sabia que até mesmo cada pequeno pedaço de pão que comia era uma grande bondade de D'us. Assim devemos nos comportar, refletindo e tentando prestar atenção a tudo de bom que recebemos dos outros, principalmente daqueles que mais nos fazem bem e menos são reconhecidos.
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ VAYIGASH 5771

BS"D
COLÍRIO CONTRA OLHO GORDO - PARASHÁ VAYIGASH 5771 (10 de dezembro de 2010)
"Uma mulher certa vez contratou um renomado artista para pintar o seu retrato. Antes de começar o trabalho, ela instruiu ao artista:
- Quando você for fazer a pintura, inclua brincos de ouro, um colar de diamantes, braceletes de esmeralda, um broche de rubi e um Rolex.
- Mas se a senhora não está usando nenhuma destas jóias - perguntou o artista, curioso - então por que quer que eu as pinte no quadro?
A mulher abriu um sorriso e explicou:
- É para se um dia meu marido resolver se divorciar de mim e se casar com outra mulher. Vai ser incrível ver a cara da nova esposa dele quando ela olhar este quadro e pensar que eu ganhei dele todas estas jóias e ela não ganhou nenhuma. A vida dele vai se tornar um verdadeiro inferno!"
A inveja é um dos sentimentos mais destruidores, desviando o ser humano do caminho correto.
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Na Parashá desta semana, Vayigash, Yossef finalmente se revelou para seus irmãos. Imediatamente eles se envergonham, reconhecendo o erro que haviam cometido ao vender seu irmão, motivados pelo sentimento de inveja. Yossef consolou os irmãos dizendo: "D'us me enviou à frente de vocês, para garantir sua sobrevivência na terra e para sustentar vocês através de uma grande salvação" (Bereshit 45:7). Mas as palavras de Yossef parecem estranhas, pois é como se ele estivesse diminuindo sua própria importância, como se estivesse dizendo que sua única função era sustentar fisicamente seus irmãos.
Na continuação da Parashá vemos que realmente Yossef não havia sido escolhido para ser o líder espiritual do povo judeu, este cargo coube a Yehuda. Quando Yaacov se preparava para ir ao Egito reencontrar-se com Yossef, ele enviou antes seu filho Yehuda. Explica Rashi, comentarista da Torá, que Yehuda foi na frente de seus irmãos para preparar centros de estudo de Torá no Egito. Resumindo, Yossef teve apenas o papel de "preparar o terreno", mas Yehuda foi o verdadeiro líder, e dele saíram futuramente os reis de Israel. É como se Yossef fosse o "segundo mais importante". Será que Yossef não sentiu inveja? Será que ele não se sentiu inferior?
Observando a vida de Yossef, percebemos que sempre foi um padrão ele ser o "segundo mais importante". Na casa de Potifar ele era muito importante, a casa inteira estava sob seu comando, mas ele era apenas o segundo, estava abaixo de Potifar. Na prisão, todos os prisioneiros foram entregues na sua mão, mas ele era o segundo, estava abaixo do chefe da prisão. E finalmente Yossef governou sobre todo o Egito, teve um imenso poder, mas estava abaixo do faraó, era sempre o segundo. Que lição aprendemos de Yossef?
Explica o rabino Yonathan Guefen que o ensinamento da Parashá não é que Yossef era uma pessoa conformista, ao contrário, a Torá está nos ensinando uma grande qualidade de Yossef: a de saber que todo o sucesso vem de D'us e que não há sentido em lutar contra o que Ele decretou, pois tudo o que Ele faz é com precisão e com cálculos que nosso intelecto não compreende. O teste de Yossef foi um teste muito difícil, mas ele conseguiu vencer. Todos querem ser os melhores. Todos querem ser medalha de ouro. Ninguém se contenta com a medalha de prata. Yossef também queria ser o primeiro, mas ele viu a Mão Divina colocando-o sempre como segundo. Yossef entendeu que este era o seu papel e que desta maneira ele estaria contribuindo da melhor maneira para o futuro do povo judeu. Para ele ser o segundo era receber a medalha de ouro, pois entendeu que este era o seu papel. Em nenhum momento ele se sentiu inferior. Por isso ele estava contente e não sentiu inveja de Yehuda.
Nem todos passam neste difícil teste. A Torá nos conta que dois descendentes de Yossef também foram submetidos ao mesmo teste. Um deles foi Yoshua Bin Nun, o ajudante de Moshé, que passou no teste com louvor. O outro foi o rei Yeravam, que infelizmente fracassou.
Yoshua foi, durante todo o tempo em que o povo judeu permaneceu no deserto, o número dois, o fiel servidor de Moshé. Ele poderia ter sentido inveja, poderia ter almejado estar no lugar de destaque de Moshé, como Korach, que dominado pela inveja, mobilizou uma rebelião contra Moshé. Mas Yoshua estava contente em ser o segundo, em preparar as coisas para Moshé, em aprender de seu mestre preciosos ensinamentos. Ele não achava que se diminuía com isso, pois entendeu que esta era a sua função no mundo, esta seria a sua maior contribuição, para isto ele tinha vindo. Por sua humildade e submissão ele foi escolhido como o sucessor de Moshé.
Já Yeravam não conseguiu passar no mesmo teste. Houve um momento na história em que o reinado de Israel foi dividido em dois. Yeravam, que era inicialmente uma pessoa justa e correta, recebeu do profeta Achiya o governo do Reino do Norte, que compreendia 10 das 12 tribos, a maior parte do povo judeu. Porém, Yeravam também recebeu do profeta Achiya o comunicado de que seu reinado seria apenas temporário e que, no futuro, o trono novamente se reunificaria e continuaria nas mãos dos descendentes do rei David. Se ele tivesse aceitado seu papel secundário, teria sido um dos grandes Tzadikim (Justos) da nossa história e teria trazido muita prosperidade para o povo judeu. Porém, apesar de saber que esta era a vontade de D'us, Yeravam decidiu que ele não seria o segundo. Na festa de Hakel, quando todo o povo se reunia no Beit-Hamikdash (Templo Sagrado), ele sabia que o rei do Reino do Sul ficaria sentado e ele teria que permanecer de pé. Para evitar que isto acontecesse, ele colocou idolatrias nas estradas que levavam a Jerusalém e proibiu que as pessoas fossem para o Beit-Hamikdash. No final, durante seu reinado a idolatria se espalhou entre os judeus e ele foi considerado um dos piores reis de todos os tempos, responsável pelo grande afastamento de parte do povo judeu das leis da Torá.
De Yeravam aprendemos a gravidade da inveja e a destruição que ela pode causar. Mesmo depois de ter pecado muito, D'us deu a Yeravam a oportunidade de se arrepender. O Talmud conta que D'us apareceu para ele e disse: "Se arrependa, e então Eu, você e o rei David passearemos juntos no Gan Éden (paraíso)". A primeira pergunta que Yeravam fez para D'us foi "Quem andará na frente?". Quando D'us respondeu que o rei David estaria à frente, Yeravam decidiu nunca se arrepender de seus maus atos, pois ele não podia aceitar ser o segundo. Sua arrogância o destruiu, e o Talmud (Torá Oral) lista-o entre as pessoas que não receberão nenhuma porção no Mundo Vindouro.
Segundo o judaísmo, um dos piores sentimentos do ser humano é a inveja. Então para que D'us criou a inveja? Para que possamos utilizá-la de maneira positiva, tendo uma inveja construtiva, olhando a grandeza espiritual dos outros e desejando também atingir altos níveis espirituais. Porém, quando utilizamos a inveja de maneira negativa, querendo tomar o lugar ou as posses dos outros, querendo passar por cima do que D'us nos decretou, ela pode destruir nossa vida, como ensina o Pirkei Avót: "Três coisas tiram o homem do mundo: a inveja, a honra e a busca pelos desejos".
Esta é a grande lição que aprendemos de Yossef ter sido o "número dois". Devemos desejar e lutar para ser grandes, devemos ter o desejo de chegar ao topo, porém há momentos em que D'us nos mostra claramente que determinadas realizações não são o melhor para nós. Por exemplo, uma pessoa pode se esforçar no estudo de Torá e mesmo assim não atingir o cargo que gostaria. Podemos e devemos nos esforçar, mas não há sentido em tentar ir contra a vontade de D'us. Não devemos nos comparar com os outros, cada um tem um papel único e especial. Sem a ajuda de Yossef, de nada adiantaria a força espiritual de Yehuda. A inveja é uma grande tolice, que nos faz tropeçar justamente no trampolim que poderia nos levar para o alto.
"Pedi para D'us força para mudar o que eu posso mudar, paciência para agüentar o que eu não posso mudar, e sabedoria para saber distinguir entre os dois"
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ MIKETZ E CHÁNUKA 5771

BS"D
 
SÓ O TEMPO DIRÁ - PARASHÁ MIKETZ E CHÁNUKA 5771 (03 de dezembro de 2010)
 
"Era uma vez um menino pobre que morava na China e estava sentado na calçada em frente à sua casa. O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro para isso. Justamente naquele dia passou em sua rua uma cavalaria e, entre os grandes e belos cavalos, ia um potrinho, incapaz de acompanhar o grupo. O dono da cavalaria, vendo os olhos brilhantes do menino, perguntou se ele queria o cavalinho. Exultante, o menino aceitou. Um vizinho disse ao pai do garoto: "Seu filho tem muita sorte! Ele queria tanto um cavalo que acabou conseguindo um". O pai escutou e disse: "Se isto é bom ou ruim, só o tempo dirá".
 
O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, já crescido, o animal fugiu. Desta vez, o vizinho disse: "Seu filho é azarado, hein? Ele ganha um cavalo, cuida dele, e depois o cavalo foge!" O pai novamente respondeu: "Se isto é bom ou ruim, só o tempo dirá".
 
O tempo passou e um dia o cavalo voltou com uma manada selvagem. O menino, agora um rapaz, conseguiu cercá-los e ficou com todos eles, uma verdadeira fortuna. Observou o vizinho: "Seu filho tem muita sorte mesmo! O cavalo foge e volta com um bando de cavalos selvagens". Mais tarde, quando o rapaz estava treinando um dos cavalos, caiu e quebra a perna. Vem o vizinho novamente e diz: "Seu filho é azarado mesmo!". O pai novamente insistiu: "Se isto é bom ou ruim, só o futuro responderá".
 
Dias depois, o reino onde moravam declarou guerra ao reino vizinho. Todos os jovens foram convocados, inclusive o filho do vizinho. O único que não foi convocado foi aquele jovem rapaz, que estava com a perna quebrada..."
 
Assim acontece na vida, o que é bom ou ruim depende do que vem depois. O que parece ser ruim num momento pode ser bom no futuro.
 
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Na véspera deste Shabat acenderemos a terceira vela de Chánuka, revivendo o milagre do óleo da Menorá, que era suficiente apenas para um dia mas durou oito dias. Na festa de Chánuka também agradecemos à D'us pela nossa salvação milagrosa. O império grego, maior potência da época, tentou conquistar o mundo inteiro e impor sua cultura helenista. Quando os gregos chegaram a Israel, tentaram impor sua cultura sobre nós, inicialmente com paz e depois com decretos e perseguições. Ele impurificaram o nosso Beit-Hamikdash (Templo Sagrado) e proibiram o cumprimento de algumas Mitzvót. Os judeus resistiram bravamente e, através de um grande milagre, conseguiram expulsar os gregos.
 
Mas por que precisamos agradecer a D'us a vitória sobre os gregos? Imagine que uma pessoa, ao passar na rua, seja covardemente atacada por um estranho armado com uma barra de ferro, que lhe golpeia a perna e quebra seu osso. Imediatamente o agressor se identifica como sendo um famoso médico ortopedista e oferece ao agredido um tratamento completo e gratuito para a fratura. Alguém agradeceria a este médico pela "ajuda"? Obviamente que não, teria sido muito melhor se ele não tivesse quebrado a perna. Segundo o judaísmo, D'us controla tudo, não há nem mesmo uma folha de árvore que cai sem o Seu consentimento. Se os gregos nos atacaram e nos dominaram por algum tempo, foi com a aprovação de D'us. Então por que temos que agradecer pela nossa salvação milagrosa, não teria sido muito melhor se os gregos não tivessem nem mesmo nos atacado? Por que D'us não evitou todos os sofrimentos que passamos por causa da ocupação grega?
 
Neste Shabat lemos a Parashá Miketz, que sempre coincide com a festa de Chánuka. A Parashá continua contando sobre a vida de Yossef no Egito, desde que ele era um escravo na prisão até chegar ao posto de vice-rei do Egito, o segundo homem mais poderoso do mundo. A Parashá também descreve o reencontro de Yossef com seus irmão, que não o reconheceram. Yossef aproveitou para testar seus irmãos, causando-lhes várias dificuldades para ver como reagiriam. E o mais incrível é que em nenhum momento os irmãos de Yossef reclamaram com D'us, apesar de todas as dificuldades e sofrimentos pelos quais passaram. A Parashá vai desenvolvendo a história até que, justamente no clímax, quando Yossef forja o roubo de um cálice de prata e utiliza o fato como justificativa para prender seu irmão mais novo, Binyamin, para o desespero dos outros irmãos, a Parashá termina. Por que a Parashá pára bem no meio da história? E além disso, qual a relação entre a festa de Chánuka e a Parashá Miketz?
 
Como estamos acostumados e enxergar a vida? Como uma sucessão de bons e maus momentos. Temos dias bons, onde parece que tudo está dando certo, e dias ruins, onde parece que tudo está programado para dar errado. Ficamos contentes quando as coisas dão certo, isto é, quando tudo sai como planejamos, mas ficamos extremamente aborrecidos quando não conseguimos colocar em prática o que tínhamos planejado. Porém, esta não é a visão judaica. Segundo o judaísmo, os dias "ruins" também são bons, são tão importantes, ou até mesmo mais importantes, do que os dias "bons".
 
Tudo o que acontece tem um motivo. Por que D'us nos entregou nas mãos dos gregos? Pois os judeus cumpriam as Mitzvót e estudavam Torá, mas faziam de uma maneira automática, sem emoção, sem sentimento. O Serviço Divino era sentido por todos como um peso, apenas como uma obrigação desagradável. D'us se comportou conosco "Midá Kenegued Midá" (medida por medida), isto é, da maneira que nos comportamos com Ele, assim Ele se comportou conosco. Já que mostramos que o Serviço era algo pesado, Ele nos tirou o Serviço do Beit-Hamikdash. Os gregos nos dominaram e começaram a nos proibir o cumprimento das Mitzvót e o estudo da Torá. Foi então que muito judeus despertaram. Quando viram a Torá ameaçada, se levantaram como leões para defendê-la. Lutaram com todas as forças. Lutaram até saírem vitoriosos. Eles trouxeram de volta a alegria, o orgulho e o entusiasmo no cumprimento das Mitzvót. Era o que estava faltando. Neste momento D'us fez a Sua parte e nos salvou.
 
Portanto, não comemoramos apenas a nossa libertação, mas também as dificuldade e sofrimentos que fizeram a salvação necessária. Pois, na realidade, os sofrimentos e a salvação são uma coisa só, indivisível. A salvação foi conseqüência do despertar causado pelos sofrimentos. É verdade que em situações normais não agradeceríamos por um médico ter quebrado nossa perna, mas se soubéssemos que tínhamos um grave problema e que somente quebrando a perna e depois engessando-a estaríamos curados, então certamente agradeceríamos também pela perna quebrada. É por isso que Chanuká é considerada a festa do louvor e do agradecimento. Louvor a D'us pela salvação que Ele nos mandou, e agradecimento pelos benefícios que saíram dos sofrimentos pelos quais passamos. Explica o Rabeinu Yona em seu livro Shaarei Teshuvá (Os portões do arrependimento) que uma pessoa que recebe sofrimentos de D'us e com isso desperta e melhora suas características e atos deve se alegrar pelos sofrimentos, pois eles lhe trouxeram um grande benefício. O nível espiritual no qual a pessoa chegou após um certo sofrimento não seria atingido sem este despertar.
 
Além disso, sabemos que tudo o que D'us faz é para o nosso próprio bem. É por isso que nossos sábios instituíram uma Brachá (benção) para momentos de muito sofrimento, como a perda de um parente próximo, quando pronunciamos "Baruch Dayan HaEmet" (Bendito seja o Juiz da Verdade). Por que "Juiz da Verdade"? Pois nós somos seres de carne e osso, presos no tempo, sem conhecimento do futuro. Somente D'us pode saber as conseqüências de cada coisa que ocorre conosco, e somente Ele sabe como nos fazer chegar ao nosso máximo potencial. Algumas vezes é de uma maneira que entendemos e concordamos, outras vezes é de uma maneira que parece, aos nossos olhos, confusa e ilusória. Somente Ele sabe a verdade e quer o melhor para cada um de nós.
 
É por isso que a Parashá Miketz termina no auge da história. A história termina quando tudo parece perdido, quando não há mais salvação. Binyamin está preso, a acusação de Yossef parece não ter defesa, não há mais salvação. Onde está a justiça de D'us? Onde está a bondade? É como se D'us estivesse ensinando: "Tenha calma. Virando a página está a salvação. Então você entenderá tudo o que aconteceu".
 
O milagre de Chánuka foi, portanto, conseqüência dos sofrimentos e dificuldades. Somente quando despertamos do nosso "sono" espiritual é que D'us mandou os milagres. Se não fossem os sofrimentos, talvez o povo judeu já não existisse mais. Talvez teríamos nos assimilado e virado gregos. Os sofrimentos nos guardaram, nos protegeram. Os sofrimentos e o milagre são, portanto, uma coisa só. Por isso, agradecemos pelos dois.
 
Os irmãos de Yossef tinham um nível espiritual muito elevado. Por que em nenhum momento eles reclamaram de D'us? Pois eles sabiam que tudo tem um propósito. Ao invés de reclamar, eles refletiram, para tentar entender o motivo pelo qual os sofrimentos estavam chegando até eles. Eles procuraram algum erro que poderiam ter cometido, para poderem melhorar suas características e atos. Eles sabiam que os sofrimentos eram para o bem deles, conseguiam enxergá-los como oportunidades, com ensinamentos de vida. Por isso, não havia motivos para reclamar.
 
Esta é a lição que fica da nossa Parashá e da festa de Chánuka: as dificuldades são, na verdade, oportunidades de crescimento. Sem elas, ficaríamos estáticos. Com as dificuldades podemos atingir nosso máximo potencial. O sofrimento dura um tempo limitado, mas o nível que atingiremos espiritualmente com nosso despertar durará por toda a eternidade. Vale a pena aproveitar.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT:
São Paulo: 19h22  Rio de Janeiro: 19h06  Belo Horizonte: 19h06  Jerusalém: 15h55
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ VAIESHEV 5771

BS"D

           

A HONRA DOS OUTROS - PARASHÁ VAIESHEV 5771 (26 de novembro de 2010)

 

"Jaques era um jovem impulsivo, explodia de raiva diante da menor provocação. Porém, como não era um garoto de má índole, sempre se sentia envergonhado e se esforçava para se desculpar e consolar aqueles a quem tinha magoado.

 

Um dia, seu professor viu-o pedindo desculpas a um colega depois de uma explosão de raiva. Aproximou-se dele, entregou uma folha de papel e disse:

 

- Por favor, amasse esta folha.

 

Curioso com aquele pedido estranho, Jaques obedeceu e transformou a folha em uma bolinha, devolvendo ao professor.

 

- Agora - o professor voltou a dizer - deixe-a como estava antes.

 

Por mais que Jaques tentasse, não conseguia deixá-la como antes. O papel continuava amassado e cheio de pregas. Então, o professor ensinou-lhe algo para toda a vida:

 

- O coração das pessoas é como este papel. As marcas que neles deixamos são tão difíceis de apagar quanto estes amassados que foram deixados aqui"

 

Aprenda a ter cuidado com os sentimentos dos outros. Antes de ofender alguém, lembre-se do papel amassado, que nunca mais volta à forma anterior.

 

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Nesta semana lemos a Parashá Vaieshev que, entre outros assuntos, nos conta a história pessoal de Yehuda, filho de Yaacov. Yehuda teve três filhos: Er, Onan e Shela. Er casou-se com uma mulher chamada Tamar, mas por causa de pecados graves que ele cometia, morreu sem deixar descendentes. Yehuda, para cumprir a Mitzvá de "Ibum" (Levirato, que se cumpre quando uma mulher sem filhos fica viúva e casa-se com o irmão do falecido), casou Tamar com seu segundo filho, Onan. Também por causa de graves pecados que cometia, Onan morreu sem descendentes. Yehuda deveria casar seu terceiro filho, Shela, com Tamar, mas teve medo. Sem saber dos pecados cometidos por seus dois primeiros filhos, Yehuda achou que o problema era com Tamar e pensou que talvez ela tivesse algum decreto espiritual que causava com que seus maridos morressem, por isso teve medo de permitir que Shela se casasse com ela. Pediu para que Tamar voltasse para a casa dos pais e aguardasse até que Shela crescesse um pouco mais.

 

Tamar era uma mulher muito Tzadiká (Justa) e tinha um nível espiritual muito elevado. Por profecia, ela sabia que do seu relacionamento com um dos descendentes de Yaacov viria, no futuro, o Rei David e o próprio Mashiach. Quando ela percebeu que Yaacov estava apenas deixando o tempo passar e não pretendia casá-la com Shela, colocando em risco todo o futuro do povo judeu, ela bolou um plano: tirou suas roupas de viúva, cobriu seu rosto com um véu, ficou sentada à beira estrada por onde Yehuda passava e seduziu-o, como se fosse uma meretriz. Yehuda caiu nos encantos dela sem perceber que era sua própria nora, e deste relacionamento Tamar engravidou. Como ele não tinha dinheiro para pagar, deixou com Tamar seu cajado, seu manto e seu anel como garantia de que no dia seguinte pagaria a ela. Porém, quando voltaram no dia seguinte com o pagamento, não encontraram mais a mulher, e descobriram que ninguém nunca havia ouvido falar sobre ela. Passados 3 meses, Yehuda escutou que Tamar estava grávida e, como achou que a gravidez era fruto de um ato promíscuo, condenou-a à pena de morte. Quando vieram buscá-la para aplicar a pena, Tamar pegou os objetos de Yehuda e disse: "Do homem a quem pertence isto eu concebi" (Bereshit 38:25). Quando Yehuda viu os objetos, imediatamente reconheceu-os, entendeu o que havia acontecido e deu razão à Tamar, pois ele estava errado ao negar a ela seu filho Shela. Assim, a vida de Tamar foi salva.

 

Porém, deste episódio ficam algumas perguntas: por que Tamar não contou imediatamente que o pai da criança era Yehuda? Por que ela arriscou sua própria vida para guardar este segredo? E qual o ensinamento que podemos tirar deste episódio para nossas vidas?

 

Muitas vezes, mesmo que seja por brincadeira, humilhamos pessoas em público, com piadas ou apelidos maldosos, principalmente os que envolvem características físicas. Nas rodinhas de amigos não nos importamos de ficar "tirando sarro" de alguém da turma, mesmo deixando-o envergonhado na frente de todos. Mais ainda quando estamos bravos e não medimos as conseqüências das nossas palavras de ofensa. Resumindo, estamos acostumados a não nos preocupar com a honra dos outros. Será que isto é grave?

 

Ensina a Torá que aquele que humilha outra pessoa em público é como se estivesse derramando o sangue do próximo, isto é, assemelha-se a um assassino. Por que é tão grave? Pois muitas vezes uma humilhação dói muito mais do que um soco. Uma ofensa deixa marcas mais profundas e por mais tempo do que uma pancada. Pessoas envergonhadas na sua juventude levam traumas para o resto de suas vidas. Os nossos sábios vão além e dizem que aquele que humilha o próximo em público não meritará o Olam Habá (Mundo Vindouro). Mas parece incoerente, pois se humilhar ao próximo se compara a um assassinato, e sabemos que um assassino não perde seu Olam Habá, por que humilhar é ainda mais grave?

 

A resposta é surpreendente: quando uma pessoa chega ao extremo de cometer um crime de assassinato, em geral o faz em um momento de desequilíbrio, por ter perdido completamente a cabeça. E imediatamente a pessoa se arrepende e guarda remorsos para o resto da vida. Porém, humilhamos os outros em público sem nenhuma motivação especial, sem nenhuma influência de sentimentos extremos, às vezes até mesmo por brincadeira. E o pior de tudo é que achamos que tudo isto é tão comum que não nos arrependemos e não mudamos nosso comportamento. Por isso, envergonhar o próximo em público acaba sendo, no final das contas, ainda mais grave do que um assassinato.

 

Portanto, Tamar nos deixou um precioso ensinamento para nossas vidas: o quanto um ser humano precisa se esforçar para não desonrar outra pessoa. Tamar poderia simplesmente ter salvado sua vida dizendo que o pai da criança era Yehuda, mas esta revelação iria humilhá-lo em público. Portanto, ela apenas mandou os objetos para que ele reconhecesse. Se ele quisesse assumir diante de todos, ela seria salva. Mas se ele sentisse vergonha de assumir e preferisse não dizer nada, ela estava disposta a entregar a própria vida para não humilhar alguém em público. É este o modelo que devemos seguir. É este o nível que devemos aspirar chegar em nossas vidas. Aprender a cuidar da nossa boca nos momentos de raiva e explosão, e mais ainda nos momentos de brincadeiras. Pois uma vez que uma pessoa é envergonhada, mesmo que ela nos perdoe, dificilmente as marcas serão totalmente apagadas do seu coração.

 

SHABAT SHALOM

 

Rav Efraim Birbojm

 

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