quinta-feira, 31 de julho de 2025

QUANDO A FOME DO OUTRO É A SUA FOME - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT MATOT E MASSEI 5785

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

--------------------------------------------------------

O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de

Sr. Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Camille bat Renée z"l    
Sr. Avraham ben Rivka Goldberg z"l    

--------------------------------------------------------

Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
efraimbirbojm@gmail.com.
NEWSLETTER R' EFRAIM BIRBOJM
NEWSLETTER EM PDF
NEWSLETTER EM PDF
 
HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT


PARASHIÓT MATOT E MASSEI 5785



         São Paulo: 17h22                  Rio de Janeiro: 17h09 

Belo Horizonte: 17h17                  Jerusalém: 19h01
Facebook
Facebook
Instagram
Instagram
YouTube
YouTube
Twitter
Twitter
Spotify
Spotify
Ayn Tová
Ayn Tová
ASSUNTOS DAS PARASHIÓT
MATOT
  • Juramentos e Promessas.
  • Atacando os Midianim.
  • Moshé critica a decisão dos oficiais de poupar as mulheres.
  • Purificação depois da guerra (Kasherização dos utensílios).
  • Divisão dos despojos de guerra.
  • Dedicação de parte dos despojos de guerra.
  • O Pedido de Reuven e Gad.
  • Bronca de Moshé.
  • O pedido é esclarecido.
  • As Condições de Moshé – Participação na conquista e divisão da Terra de Israel.
MASSEI
  • Resumo da Jornada: O Êxodo até a morte de Aharon
  • As Jornadas Finais.
  • Orientações para ocupação da Terra de Israel.
  • As fronteiras da Terra de Israel.
  • Nova liderança para a Terra de Israel.
  • As Cidades dos Leviim.
  • As Cidades de Refúgio (Assassinato não intencional).
  • Proibição de casamentos entre as Tribos.


 
ARQUIVO EM PDF
ARQUIVO EM PDF
BLOG
BLOG
INSCREVA-SE
INSCREVA-SE
BS"D

QUANDO A FOME DO OUTRO É A SUA FOME - PARASHIÓT MATOT E MASSEI 5785 (25/jul/25)

"Havia dois bons judeus que viviam em Bnei Brak, Reuven e Shimon. Reuven era um grande sábio e estudava Torá em tempo integral no Colel, mas estava em uma situação financeira extremamente difícil. Já Shimon, um bom amigo de Reuven, estudava Torá sempre que podia e era um empresário muito bem-sucedido.
 
Com o passar do tempo e o crescimento da família, a situação financeira de Reuven foi piorando cada vez mais, a ponto de sua refeição de Shabat consistir em uma lata de atum para toda a família e uma fatia de pão para cada um. De alguma forma, Shimon ficou sabendo da situação de Reuven e ficou chocado. Decidiu, então, assumir para si a responsabilidade de custear as despesas de Shabat de Reuven. Disse a Reuven que comprasse tudo o que precisasse para o Shabat e que ele, Shimon, pagaria por isso. Reuven aceitou, percebendo o quão grave era a situação que atingia toda a família, e assim começou o acordo entre eles.
 
Porém, o mundo dá voltas e, com o tempo, Shimon começou a passar por dificuldades e seus negócios já não iam tão bem. Enquanto antes as despesas extras com Reuven mal faziam diferença em seu bolso, agora pesavam bastante no orçamento do mês. Apesar disso, ele não disse nada a Reuven sobre a mudança em sua situação financeira e continuou pagando pelas despesas de Shabat de Reuven.
 
Certo dia, Reuven descobriu sobre a nova situação financeira de Shimon. Imediatamente ligou e agradeceu por tê-lo ajudado até então, mas disse que se recusava a continuar aceitando a ajuda. Shimon manteve sua posição e disse que a Guemará ensina que as despesas de Shabat não estão incluídas no montante que D'us decide dar a cada pessoa anualmente. Portanto, como estas despesas não saíam do valor que lhe foi designado em Rosh Hashaná, então podia continuar ajudando seu amigo. Reuven recusou, dizendo: "É verdade que as despesas de Shabat não estão incluídas, mas essas são as minhas despesas, não as suas. O fato de você pagar pelas minhas despesas de Shabat é Tzedaká, e não está escrito que Tzedaká está fora do montante anual designado". Como nenhum dos dois abria mão de sua decisão, concordaram em levar a disputa para um rabino decidir.
 
Shimon pediu ajuda a um amigo para levar o caso ao Rav Chaim Kanievsky zt"l (Polônia, 1928 - Israel, 2022). O amigo explicou que o Rav Chaim não se envolvia em disputas Haláchicas. Shimon insistiu, dizendo que aquela não era uma disputa comum. E, realmente, quando o Rav Chaim ouviu a história, ficou muito emocionado e disse: "Ashreichem Israel! Como é afortunado um povo cujas disputas Haláchicas são como essa!". O Rav Chaim avaliou os vários lados da questão e decidiu que Shimon poderia continuar sustentando Reuven. Deu a ele uma Berachá para que isso fosse um mérito para ele voltar a ter sucesso em seus negócios.
 
Alguém certa vez contou ao Rav Aharon Yehuda Leib Shteinman zt"l (Bielorússia, 1914 - Israel, 2017) o ocorrido e pediu sua opinião. Ele concordou com a decisão do Rav Chaim, mas trouxe um motivo incrível para justificar sua opinião. Ele afirmou que as despesas de Shabat de Reuven estavam incluídas na conta de Shimon. Por quê? Pois quando Shimon estivesse em sua casa no Shabat, sabendo que Reuven estava em uma situação tão precária, isso o incomodaria tanto que ele não conseguiria desfrutar do seu Shabat. Como ele engoliria a comida sabendo que Reuven não tinha o que comer? Então, ao ajudar Reuven, ele estaria também ajudando a si mesmo a aproveitar o seu próprio Shabat.
 
A resposta do Rav Shteinman não está baseada na Halachá, mas sim na necessidade de sentirmos empatia pelos nossos irmãos, a ponto de a dor dos outros doer em nós mesmos como se fosse a nossa própria dor.

Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Matot (literalmente "Tribos") e Massei (literalmente "Viagens"), que marcam o final do quarto Livro da Torá, Bamidbar. Um dos assuntos principais da Parashá Matot é o pedido das Tribos de Reuven e de Gad para não entrar na Terra de Israel, influenciados pelo desejo de acúmulo de bens materiais. Já a Parashá Massei traz um resumo das viagens do povo judeu durante os 40 anos em que permaneceram no deserto e as primeiras orientações para a futura ocupação da Terra de Israel.
 
O assunto das Tribos de Reuven e Gad quererem ficar do lado de fora é um pouco chocante. Após 40 anos de expectativas, duas Tribos inteiras decidem não entrar na Terra de Israel, a terra sagrada prometida por D'us desde a época dos nossos patriarcas, Avraham, Yitzchak e Yaacov. Moshé Rabeinu aparentemente também reagiu de forma bastante visceral e emocional ao pedido das duas Tribos. Ele os acusou de serem desertores do povo e de estarem repetindo o gravíssimo erro dos espiões, que desmotivaram a entrada do povo judeu na Terra de Israel e causaram um choro de desespero. A bronca foi, portanto, extremamente dura.
 
Porém, ao analisarmos com cuidado a conversa, aparentemente Moshé deu uma bronca muito dura antes mesmo de ouvi-los completamente e sem nem mesmo considerar suas verdadeiras intenções. Moshé os acusou de estarem abandonando seus irmãos, ao decidirem ficar do lado de fora, isto é, sem querer ajudar as outras Tribos a conquistar Israel. No entanto, vemos na continuação da conversa que Reuven e Gad reagiram à bronca de Moshé e se justificaram, dizendo que planejavam ajudar seus irmãos na luta pela conquista da Terra de Israel. Moshé, como o grande líder que era, não deveria ter esperado até que terminassem de falar para acusá-los de forma tão severa? Será que ele não deveria ter perguntado primeiro se eles pretendiam lutar com o resto do povo, antes de assumir o contrário? Como entender a reação aparentemente precipitada de Moshé?
 
O Rav Yaakov Weinberg zt"l (EUA, 1923 - 1999) explica que certamente Moshé não julgou incorretamente. Ele já tinha a experiência acumulada de 40 anos como líder do povo, conhecia muito bem cada uma das Tribos e sabia exatamente o que Reuven e Gad estavam pensando. Moshé acertou no julgamento, eles realmente não tinham a intenção de lutar junto com o resto do povo. Não porque fossem pessoas ruins, que não se importavam com seus irmãos, mas porque acreditavam que a guerra seria vencida por meio dos milagres de D'us e, portanto, não haveria necessidade de participarem fisicamente da luta. Moshé lhes respondeu que eles estavam errados, pois se eles agissem daquela maneira, não poderiam fazer parte do povo judeu ao se excluírem de suas responsabilidades coletivas. A única forma de se assentar do outro lado do Rio Jordão era primeiro conquistar a Terra de Israel. Somente através da santidade da Terra de Israel seria possível estabelecer-se do lado de fora.
 
Reuven e Gad reconheceram sua falha. Eles entenderam que houve realmente um certo enfraquecimento no zelo pela santidade da Terra de Israel, e agora sentiam que precisavam consertar isso. Por isso, disseram que iriam à frente do povo, armados, liderando a batalha. Eles tinham que demonstrar preocupação e responsabilidade, pois antes haviam falhado neste aspecto. Portanto, foi justamente por causa da reação inicial de Moshé que eles mudaram sua postura e enxergaram seu erro. Moshé não foi precipitado, ele realmente entendia seu povo.
 
Porém, há um detalhe interessante que revela outro lado do descontentamento de Moshé com as Tribos de Reuven e Gad. No Sefer Devarim, quando Moshé estava relembrando os principais acontecimentos dos 40 anos em que o povo judeu passou no deserto, ele novamente mencionou o incidente com Reuven e Gad, como está escrito: "Até que D'us conceda descanso aos seus irmãos, como Ele concedeu a vocês, e que eles também tomem posse da terra que Hashem, o D'us de vocês, lhes dá do outro lado do Jordão. Então voltará cada um à sua herança que eu dei a vocês" (Devarim 3:20). Parece deste versículo que o problema não estava diretamente relacionado com a Terra de Israel, mas sim com o fato de que Reuven e Gad não tinham o direito de abandonar seus irmãos até que estes também tivessem recebido sua herança "como Ele concedeu a vocês". Eles precisavam desenvolver empatia, responsabilidade e solidariedade com seus irmãos antes de se estabelecerem confortavelmente nas terras que haviam recebido. Reuven e Gad haviam estado na mesma situação, de ficarem vagando por 40 anos sem ter um lugar definitivo para se estabelecer. Agora que haviam conseguido um lugar, não poderiam esquecer que seus irmãos ainda continuavam angustiados sem ter um lugar para morar.
 
Daqui aprendemos o valor de nos importarmos com as necessidades dos outros como se fosse a nossa própria necessidade. A Torá nos ordenou uma importante Mitzvá que, de acordo com Rabi Akiva, é uma das regras mais importantes da Torá: "Ame ao próximo como a si mesmo" (Vayikra 19:18). Como podemos fazer isso? Tentando sentir a dor e a dificuldade dos outros, em especial quando já passamos pelas mesmas dificuldades. Como ensinou o Rav Shteinman, como podemos desfrutar de um Shabat com fartura sabendo que alguém próximo está passando por uma situação de privação extrema? É importante abrir um pouco o nosso coração, tão fechado e egoísta, e prestar mais atenção nos problemas e dificuldades dos outros.
 
Estamos no "Bein HaMetzarim", uma época de tristeza que vai de 17 de Tamuz a Tishá be Av, datas que marcaram acontecimentos trágicos na história do povo judeu. Em Tishá Be Av nossos dois Templos Sagrados foram destruídos, sendo que a ausência do Segundo Templo já chega a quase dois mil anos. Por que o Segundo Templo foi destruído? Por causa do "Sinat Chinam", o ódio gratuito. Nossos sábios explicam que não é necessário odiar alguém para estar incluído no ódio gratuito. O simples fato de não nos importarmos com os outros como deveríamos e de não sentirmos o sofrimento dos outros como poderíamos, isso já é considerado ódio gratuito. O Talmud (Guitin 55b) ensina que os sábios da época do Segundo Templo viram um judeu chamado Bar Kamtza sendo humilhado em público e não fizeram nada, e este acontecimento se desenrolou até chegar à destruição do Templo. Esse descaso com o sofrimento dos outros foi ódio gratuito. Que possamos consertar o ódio gratuito através da empatia, de sentir a dor dos outros, para que possamos ter a alegria de ver o nosso Templo reconstruído.  

SHABAT SHALOM

 R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
--------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
-------------------------------------------
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
--------------------------------------------

Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
ARQUIVO EM PDF
ARQUIVO EM PDF
BLOG
BLOG
INSCREVA-SE
INSCREVA-SE
Copyright © 2016 All rights reserved.


E-mail para contato:

efraimbirbojm@gmail.com







This email was sent to efraimbirbojm.birbojm@blogger.com
why did I get this?    unsubscribe from this list    update subscription preferences
Shabat Shalom M@il · Rua Dr. Veiga Filho, 404 · Sao Paulo, MA 01229090 · Brazil

Email Marketing Powered by Mailchimp

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, deixe aqui a sua pergunta ou comentário sobre o texto da Parashá da semana. Retornarei o mais rápido possível.