sexta-feira, 22 de julho de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ MATÓT 5771

BS"D

 

COMUNICAÇÃO COM O INFINITO - PARASHÁ MATÓT 5771 (22 de julho de 2011)

 

"Atualmente todos os edifícios de Israel são preparados para bombardeios e ataques aéreos. Um dos quartos de cada apartamento, ou pelo menos um ambiente no subsolo do edifício, é construído com paredes de concreto maciço e janelas blindadas. Em caso de ataques aéreos, como aconteceu na Guerra do Golfo e na Guerra de Gaza, sirenes alertam os habitantes sobre o ataque iminente e todos correm o mais rápido que podem para os abrigos blindados.

 

Mas nem sempre foi assim. Em 1967, durante a Guerra dos 6 dias, Jerusalém estava sendo severamente bombardeada pelos aviões de guerra árabes. Naquela época, poucas pessoas tinham abrigos para se refugiar no momento dos ataques. Um dos lugares um pouco mais seguros para os moradores do centro de Jerusalém era o refeitório da famosa Yeshivá de Mir. O que havia lá de especial? Parte do refeitório era enterrado, protegendo as pessoas e funcionando como um abrigo nos momentos de ataques aéreos. Quando os ataques começavam, toda a vizinhança corria para lá.

 

Durante um dos fortes ataques, muitos correram para o refeitório de Mir, inclusive os alunos e rabinos da Yeshivá, entre eles o Rav Chaim Shmulevitz, o Rosh Yeshivá (Diretor). O refeitório estava completamente lotado. Muitas bombas caiam perto do edifício da Yeshivá, causando um barulho assustador e deixando as pessoas apavoradas.

 

O Rav Chaim Shmulevitz percebeu então que, em um canto escuro do refeitório, uma mulher rezava com muito fervor. Com os olhos fechados, ela conversava com D'us com muita emoção, como se pudesse vê-Lo e senti-Lo. O sofrimento daquela mulher era muito conhecido no bairro, pois seu marido a havia abandonado e nunca mais tinha mandado notícias. Curioso, o Rav Chaim Shmulevitz aproximou-se para ouvir o que ela pedia e escutou as seguintes palavras de desabafo:

 

- D'us, desde que meu marido me abandonou, Você sabe o quanto eu sofro diariamente. Diante de todos os meus conhecidos e amigos eu passo uma enorme vergonha e humilhação. Mas, apesar de todo o mal que ele me causa, eu o perdôo de todo o coração. Por favor, D'us, perdoe também o Seu povo e nos salve das mãos dos nossos inimigos.

 

O Rav Chaim Shmulevitz ficou emocionado ao escutar aquela reza tão sincera. Alguns minutos depois escutaram um forte barulho, seguido de um violento tremor e depois um silêncio total. Quando foram verificar o que havia acontecido, descobriram que um grande míssil havia caído dentro da Yeshivá de Mir. Era grande o suficiente para ter mandado pelos os ares toda a Yeshivá, matando imediatamente todos os que estavam escondidos no refeitório. Mas, apesar do forte impacto com a estrutura do edifício, milagrosamente o míssil não explodiu, salvando centenas de homens, mulheres e crianças.

 

Quando o Rav Chaim Shmulevitz contava esta história aos seus alunos, ele fazia questão de ressaltar sua certeza de que todos os presentes naquele refeitório, uma centena de pessoas, tiveram suas vidas salvas por causa da Tefilá sincera de uma única mulher"

 

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Na Parashá desta semana, Matót, a Torá nos descreve a guerra de vingança que D'us comandou contra o povo de Midian, por eles terem propositalmente desviado o povo judeu, levando-o à idolatria e promiscuidades. O mais grave no ato dos Midianim é que eles não tinham nenhum motivo importante para nos prejudicar. Não era uma questão de defesa pessoal, não era uma briga por território, era apenas um sentimento de ódio gratuito. Moshé então formou o exército com participantes de todas as tribos. E assim descreve o versículo: "Mil de cada tribo, mil de cada tribo, de todas as tribos de Israel vocês devem enviar para o exército" (Bamidbar 31:4). Como eram 12 tribos, o total de soldados enviados para a frente de batalha foi de 12 mil homens.

 

Nos ensina o Midrash Rabá (parte da Torá Oral) que na verdade não foram mandados para a guerra apenas mil homens de cada tribo, e sim três mil homens. Mil eram os soldados enviados para a frente de batalha, mas também foram enviados mil homens para cuidar dos suprimentos do exército e mais mil homens para fazer Tefilá (reza) pelos soldados.

 

Deste interessante Midrash surgem algumas perguntas. Em primeiro lugar, a guerra contra Midian havia sido comandada diretamente por D'us, para se vingar do ato desprezível deles. Se foi D'us Quem ordenou a guerra, certamente Ele ajudaria que o povo judeu tivesse sucesso. Portanto, com a vitória já garantida, por que era necessário rezar? Além disso, a linguagem do Midrash sugere que os homens que faziam Tefilá também saíram para a guerra junto com os soldados. Por que tiveram que fazer a Tefilá no local da batalha, ao invés de fazer a Tefilá no acampamento, junto com o resto do povo judeu? E finalmente, por que foi necessário designar mil homens de cada tribo para a Tefilá? Se estes homens não tivessem sido escolhidos, não é certeza de que Moshé e o resto do povo teriam rezando pelos soldados que foram para a batalha?

 

Explica o Rav Yechezkel Levinshtein que, por vivermos em um mundo material, onde a presença de D'us não é evidente e explícita, o ser humano vive muito próximo da mentira e da enganação. Por isso estamos tão propensos a viver com a idéia equivocada de que "minha força e o esforço de minhas mãos me trouxeram estas riquezas", esquecendo que D'us é o verdadeiro responsável por todo o nosso sucesso, em todas as áreas da vida. É necessário um grande e constante esforço para arrancar do nosso coração este tipo de idéia equivocada.

 

Apesar de Moshé ter mandado para o exército apenas Tzadikim (Justos) com elevado nível espiritual, escolhidos a dedo, eles também estavam sujeitos a, após a vitória na batalha, sentir orgulho por sua força e valentia. D'us quis ensinar, para a geração do deserto e para cada um de nós, uma das mais importantes lições de vida: as batalhas são vencidas através de méritos espirituais, não com a força física. Foi por isso que D'us mandou o mesmo número de soldados e de pessoas para fazerem Tefilá, demonstrando que, tão importante quanto a pessoa que segura a espada é aquele que está rezando e protegendo espiritualmente o exército.

 

Mas ainda fica uma pergunta: por que os homens que faziam Tefilá não podiam permanecer no acampamento? Explicam os nossos sábios que os 5 sentidos exercem muita influência sobre o ser humano, tanto para o bem quanto para o mal. Se os homens que faziam Tefilá tivessem permanecido longe do campo de batalha, os soldados não associariam sua vitória à Tefilá. Somente vendo com seus próprios olhos a força da Tefilá é que eles conseguiam fugir da falsa idéia de que a vitória era mérito dos seus golpes de espada. Se os soldados apenas imaginassem que o povo rezava por eles, sem ver com seus próprios olhos, não teria o mesmo impacto para salvá-los da mentira e enganação.

 

Quem estuda a história das modernas guerras de Israel logo percebe que elas não seguem nenhuma lógica. Vitória de 1 milhão de pessoas, com pouco treinamento militar e armas obsoletas, contra 12 milhões de árabes. Uma guerras vencida de forma arrasadora em 6 dias. Inimigos que fugiam sem estarem sendo perseguidos por ninguém, apenas por falsas informações de seus serviços de inteligência. Fatos que vão contra a lógica e o bom senso. Novamente a mão de D'us presente, para que tenhamos a certeza de que as vitórias não dependem de armamentos nem de soldados, e sim de méritos espirituais. Pois enquanto soldados iam para a frente de batalha, milhares de judeus no mundo inteiro rezavam fervorosamente, pedindo a ajuda e a proteção de D'us.

 

Mas se tudo depende da nossa Tefilá, por que temos que nos esforçar? Apenas para que D'us oculte Seus milagres atrás dos nossos atos. Fazemos a nossa parte, cumprimos a nossa obrigação, mas com a certeza de que os resultados dependem apenas de D'us.

 

Não apenas nas guerras corremos o risco de esquecer que nós somos apenas atores coadjuvantes neste mundo onde tudo o que acontece é controlado por D'us. Por este motivo nossos sábios decretaram que devemos pronunciar Brachót (bênçãos) antes de termos qualquer tipo de proveito do mundo material. É um lembrete que tudo que temos na vida, sem exceção, é um grande presente de D'us.

 

Portanto, este é um dos principais motivos pelos quais fazemos Tefilá: D'us sabe tudo o que necessitamos, mas quando fazemos uma Tefilá e abrimos nosso coração para pedir coisas para Ele, mesmo as nossas pequenas necessidades, estamos na verdade enraizando no nosso coração de que tudo vem de D'us.

   

SHABAT SHALOM

 

Rav Efraim Birbojm

 

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

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sexta-feira, 15 de julho de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ PINCHÁS 5771

BS"D
 
OPORTUNIDADES PERDIDAS CUSTAM CARO - PARASHÁ PINCHÁS 5771 (15 de julho de 2011)
 
"Fernando Rodrigues era um trabalhador esforçado que sonhava se tornar milionário. Trabalhava duro, mas mesmo assim o dinheiro não vinha. Certo dia escutou que haviam descoberto uma nova mina de pedras preciosas, que estava à disposição de todos os que quisessem escavar.
 
Fernando Rodrigues enxergou que aquela era a chance de enriquecer que ele tanto esperava. Mas não queria apenas para si, decidiu convidar também seus amigos mais próximos, para que todos aproveitassem aquela excelente oportunidade. Reuniu os amigos, contou a novidade e sugeriu que viajassem juntos, pois assim seria mais fácil agüentar o trabalho cansativo. Para sua decepção, todos deram as mais incríveis desculpas para não ir, pois no fundo não queriam se esforçar na viagem e no trabalho na mina. Muito triste, Fernando Rodrigues juntou suas ferramentas, arrumou as malas e foi sozinho.
 
Passaram-se alguns anos e Fernando Rodrigues voltou, trazendo uma enorme quantidade de pedras preciosas. Ele estava milionário. Aqueles poucos anos de trabalho foram suficientes para que ele vivesse com muito conforto e luxo para o resto de sua vida. As pessoas sempre o viam andando pelas ruas de carro novo, com um incrível sorriso no rosto.
 
Já os amigos de Fernando Rodrigues não estavam assim tão sorridentes. Eles invejavam toda a fortuna acumulada pelo amigo e se arrependeram profundamente por não terem aceitado o convite. Um pouco mais de esforço, um pouco mais de dedicação, e poderiam ter evitado o sofrimento que durou por toda vida"
 
Explica o Chafetz Chaim que tudo o que juntarmos de valores espirituais nesta vida, como Mitzvót e bons atos, as nossas verdadeiras "jóias", nos alimentarão e nos trarão prazer por toda a eternidade. Mas se desperdiçarmos a oportunidade, o que ficará para sempre será o arrependimento.
 
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Na Parashá desta semana, Pinchás, Moshé Rabeinu recebeu o aviso de D'us para que se preparasse para morrer, pois se aproximava o momento do povo judeu entrar na Terra de Israel. Moshé então pediu para que D'us nomeasse um novo líder, que cuidasse do povo judeu e o guiasse nesta nova jornada. D'us indicou Yoshua bin Nun, que constantemente servia Moshé e o acompanhava no estudo da Torá. E assim D'us comandou a Moshé: "E dê da sua majestade para ele, para que escute todo o povo judeu" (Bamidbar 27:20). D'us queria que fosse transmitida a majestade para que o povo honrasse e escutasse Yoshua como escutava Moshé.
 
Nos ensina o Talmud (Torá Oral - Baba Batra 75a) algo muito interessante. Da linguagem do versículo "Dê da sua majestade" aprendemos que Moshé passou para Yoshua apenas parte da sua majestade, não tudo, resultando que a face de Moshé era como a face do sol e a face de Yoshua era como a face da lua. O Talmud continua e nos ensina que os anciãos daquela época, ao verem que Yoshua havia sido escolhido para substituir Moshé, disseram "Pobre de nós pela "Bushá" (vergonha), pobre de nós pela "Klimá" (humilhação)". O que o Talmud está nos ensinando?
 
Poderíamos pensar que a vergonha dos anciãos era que Yoshua, o novo líder, tivesse um nível muito mais baixo do que o de Moshé. Mas a Torá diz explicitamente que Yoshua tinha um nível muito elevado, como está escrito "E disse D'us para Moshé: Pegue para você Yoshua Bin Nun, um homem que está repleto de espírito (de sabedoria)" (Bamidbar 27:18). Então de que vergonha os anciãos estão falando? E por que utilizaram duas linguagens diferentes, "vergonha" e "humilhação"?
 
Explica o Rabino Israel Meir HaCohen, mais conhecido como Chafetz Chaim, que quando os anciãos daquele geração viram que Yoshua, uma pessoa do mesmo nível deles, foi o escolhido para suceder Moshé, sentiram inveja e um grande arrependimento. Eles entenderam que Yoshua recebeu toda aquela grandeza pelo fato de ter passado o tempo inteiro próximo de Moshé, escutando a sua Torá e recolhendo "pedras preciosas". O sofrimento deles foi de ter entendido que eles também poderiam ter aproveitado a proximidade de Moshé para juntar uma enorme riqueza espiritual. Poderiam, com um pouco mais de esforço e dedicação, ter atingido altos níveis de profecia e sabedoria, como Yoshua atingiu.
 
O Chafetz Chaim também explica que existe uma grande diferença entre o termo "Bushá" (vergonha) e o termo "Klimá" (humilhação). O termo "Bushá" não está conectado com nenhum ato errado. É o que sentimos naturalmente quando, por exemplo, estamos diante de alguém que tem um nível espiritual muito mais alto que o nosso. Já o termo "Klimá" é utilizado para explicar o sentimento que é consequência de um ato errado que a pessoa cometeu, isto é, ter feito um ato proibido ou ter deixado de fazer um ato positivo.
 
Portanto, este é o entendimento das palavras do Talmud. Diante da grandeza de Moshé os anciãos sentiam "Bushá", tamanha era a diferença de nível espiritual entre eles. Porém, quando os anciãos viram Yoshua, alguém que inicialmente estava no mesmo nível que eles, mas que havia meritado que seu rosto brilhasse como a lua, refletindo o brilho de Moshé, perceberam que toda aquela grandeza e honra havia sido adquirida através de esforço, e o mesmo nível poderia ter sido atingido por qualquer um deles. Foi por isso que eles também sentiram "Klimá", pois entenderam que, por causa de sua preguiça, haviam perdido para sempre aquela oportunidade.
 
Explica o livro Messilat Yesharim que muitas pessoas pensam: "Para que se esforçar neste mundo? Para mim é suficiente não ser um malvado. Para que viver sob pressão apenas para chegar a níveis mais elevados do Mundo Vindouro? Ficarei satisfeito com uma porção pequena lá. Não vale a pena por isso aumentar meu esforço neste mundo". Mas será que este argumento é realmente verdadeiro e consciente?
 
Quando vemos um amigo que, mesmo neste mundo passageiro e limitado, se sobressaiu e teve mais sucesso que nós, nosso sangue ferve de inveja. Ficamos nos imaginando tendo o mesmo sucesso e nos lamentamos pelo outro ter conseguido o que sonhávamos. Se isto já ocorre aqui no mundo material, onde a vergonha é um sentimento passageiro, como nos sentiremos no Mundo Vindouro ao ver uma pessoa com o mesmo potencial que o nosso mas que, por ter se esforçado mais, chegou a níveis mais elevados? Não será um remorso e uma vergonha eterna? Certamente não estaremos contentes tendo uma pequena porção se soubermos que poderíamos ter recebido muito mais.
 
Este ensinamento do Messilat Yesharim parece algo muito simples e lógico. Por que não aplicamos para nossas vidas, para vencer o cansaço e a preguiça? Pois infelizmente vivemos de maneira cômoda, raramente paramos para pensar e refletir, mesmo sobre as coisas mais importantes da vida. Acordamos, passamos o dia inteiro ocupados com estudos ou trabalho e vamos dormir sem ter pensado ou questionado nossos atos. Vivemos sem verificar se estamos caminhando na direção correta.
 
Ensinam os nossos sábios que, de acordo com fontes místicas da Torá, quando a pessoa sai deste mundo ela assiste a um filme que contém todos os atos que ela fez em sua vida, em câmera rápida, mas com todos os detalhes. Alguns acrescentam que na verdade não é apenas um filme que assistimos, são dois filmes: um filme mostra a vida que vivemos, enquanto o outro mostra a vida que poderíamos ter vivido se tivéssemos nos esforçado e aproveitado nosso potencial. Assistir o potencial que poderíamos ter atingido mas perdemos por descaso ou falta de reflexão certamente será um grande sofrimento.
 
A Parashá desta semana vem para nos despertar, ao internalizarmos o sofrimento vivido pelos anciãos. Ver o sucesso do outro sabendo que, se nos esforçássemos um pouco mais, poderíamos chegar ao mesmo nível nos traz um terrível sentimento de inveja e arrependimento. Se isto vale para a vida limitada neste mundo, muito maior será a vergonha eterna no Mundo Vindouro, onde viveremos para sempre, se descobrirmos que, se tivéssemos nos esforçado um pouco mais, poderíamos ter chegado a níveis muito maiores.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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quarta-feira, 6 de julho de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BALAK 5771

BS"D 

NÃO TROQUE O CERTO PELO INCERTO - PARASHÁ BALAK 5771 (08 de julho de 2011)

"Há cerca de 20 anos passava na televisão um programa dominical, conduzido pelo famoso apresentador Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos. O programa era conhecido como "A cabine do Silvio Santos", pois o elemento principal era uma cabine à prova de som colocada no meio do palco. Uma pessoa sorteada entrava na cabine e ficava fechada lá dentro, sem saber o que acontecia do lado de fora. Enquanto isso o Silvio Santos perguntava para a pessoa se ela queria trocar certo objeto por outro. Uma luz vermelha acendia-se na cabine e o participante tinha que dizer "Sim" ou "Não". Após algumas trocas o jogo terminava e a pessoa recebia o prêmio que havia restado após a última rodada.

Certa vez Antônio Golçalves foi sorteado. Ele não acreditou na imensa sorte de participar do programa do Silvio Santos, pois além dos 15 minutos de fama, os prêmios oferecidos eram muito bons. Fogões, geladeiras, motos e até carros. Antônio estava nervoso quando começou o jogo. Ansioso, ele permanecia em silêncio absoluto, esperando a luz vermelha. Então a luz acendeu e ele gritou "Sim", trocando uma bicicleta por um fogão. Na outra rodada ele decidiu gritar "Não", salvando-se de trocar seu fogão por uma boneca. A sorte parecia estar do lado de Antônio. Na penúltima rodada Antônio estava com uma moto. Então o Silvio Santos trouxe um carro para o palco e perguntou: "Você troca sua moto por este carro zero quilômetros? Antônio viu a luz acendendo e, sem saber o que acontecia do lado de fora, gritou "Sim". Chegou a rodada final e Antônio tinha um carro em suas mãos. Foi então que o Silvio Santos, fez a última pergunta: "Você troca seu carro por uma coxinha?". A luz vermelha acendeu-se e Antônio, confiante, fechou seus olhos e gritou com toda sua força: "Siiiiiiim".

A porta da cabine foi aberta e Antônio saiu, esperançoso. Que grande prêmio teria ganhado? Viu no palco uma televisão, um fogão e uma geladeira. Seus olhos viram também um carro parado no palco e brilharam de alegria. Foi então que o Silvio Santos veio trazendo uma coxinha. Era a coxinha pela qual Antônio havia trocado seu carro. Que decepção! Antônio Golçalves queria sumir de tanta vergonha. Ao sair do palco levava em sua mão a coxinha que havia trocado pelo seu carro zero quilômetros"

Algumas vezes nos equivocamos e, no jogo da vida, nos comportamos como o Antônio Gonçalves. Nos esquecemos que os prazeres do mundo material são limitados e temporários, enquanto os prazeres do mundo espiritual são infinitos. Algumas vezes D'us nos pergunta se queremos trocar os prazeres eternos por prazeres limitados e, na ingenuidade, respondemos "Siiiiiiiim".

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Na Parashá desta semana, Balak, a Torá descreve uma pessoa de personalidade interessante chamada Bilaam. Ele tinha um nível muito elevado de profecia, ao ponto de falar diretamente com D'us, mas preferiu utilizar seu potencial espiritual para ganhar dinheiro e fama vendendo seus "serviços" para interessados em amaldiçoar pessoas e até mesmo povos inteiros. Um dos "clientes" de Bilaam foi o rei Balak, do povo de Moav, que temeu muito o iminente confronto com o povo judeu após ver sua esmagadora vitória contra o povo de Amorá. Balak sabia que a vitória na guerra não dependia de força física, mas sim de méritos espirituais, por isso contratou Bilaam por uma enorme soma de dinheiro para amaldiçoar o povo judeu, possibilitando assim vencer na guerra.

Bilaam, que era famoso pelo grande sucesso em seus "trabalhos espirituais", aceitou a generosa oferta de Balak e, por três vezes, tentou amaldiçoar o povo judeu, mas em todas elas D'us protegeu os judeus, fazendo com que as maldições que saíam da boca de Bilaam se transformassem em Brachót (Bençãos).

Na terceira vez, antes de tentar amaldiçoar o povo judeu, Bilaam pediu para subir em uma montanha e observar o acampamento dos judeus, garantindo que assim poderia amaldiçoá-los. Porém, da sua boca saíram as seguintes palavras de louvor ao povo judeu: "Quão belas são tuas tendas, Yaacov, teus tabernáculos, Israel". Mas que tipo de louvor é esse? O que havia de especial nas tendas do povo judeu? Além disso, por que o versículo mistura as linguagens "Yaacov" e "Israel", já que ambas são utilizadas para se referir ao povo judeu? E finalmente, para que Bilaam precisava ver o povo judeu para poder amaldiçoá-lo?

Explicam nossos sábios que D'us criou e dirige o mundo baseado em misericórdia, pois se Ele julgasse nossos atos com justiça estrita, o mundo não sobreviveria. Mas existem alguns poucos instantes em cada dia em que D'us sim julga o mundo com justiça estrita. Bilaam não tinha o poder de amaldiçoar ninguém. Ele tinha, na realidade, o potencial espiritual de saber qual era o momento da justiça estrita de D'us. Como ele aproveitava este dom espiritual? No exato momento da justiça estrita ele mencionava para D'us alguma transgressão da pessoa ou povo, causando uma "maldição", que nada mais era do que a consequência de uma punição espiritual mais severa. Por isso ele subiu na montanha, para observar o acampamento do povo judeu e procurar qualquer defeito que pudesse ser mencionado no momento da justiça estrita de D'us.

O que Bilaam esperava ter visto? Um erro comum de acontecer entre vizinhos: a falta de recato, resultado da curiosidade que temos de sempre querer saber o que está acontecendo na vida dos outros. Vivemos sem privacidade, janela com janela, um olhando sempre o que os vizinhos estão fazendo. Porém, Bilaam viu no acampamento do povo judeu justamente o contrário.  As tendas eram montadas de forma recatada, isto é, nunca a abertura de uma tenda ficava de frente para a abertura de outra tenda. O povo judeu se preocupava com a privacidade e o recato de cada família. Ao invés de uma maldição, Bilaam pronunciou uma Brachá.

Explica o Rav Moshe Shterenbuch que, além desta explicação mais simples, a Brachá de Bilaam pode ser entendida de uma maneira mais profunda, necessitando apenas uma pequena introdução. A Torá se refere ao povo judeu de duas maneiras diferentes. Pessoas mais simples, com um nível espiritual mais baixo, são chamadas de "Yaacov", enquanto pessoas em um nível espiritual mais elevado são chamadas de "Israel".

O que significa "Quão belas são tuas tendas, Yaacov"? A tenda simboliza coisas provisórias e temporárias. Elas não são moradias fixas, são utilizadas apenas como uma solução temporária por pessoas que estão fora de casa. Este foi o louvor que Bilaam deu ao povo judeu: da mesma forma que eles moravam em tendas porque estavam apenas de passagem pelo deserto, assim eles também viviam suas vidas. Eles colocavam no coração que a vida no Olam Hazé (Mundo Material) é provisória e passageira, apenas uma preparação para o Olam Habá (Mundo Vindouro), que é a vida verdadeira e eterna. Bilaam ressaltou como é bom viver com esta certeza, mesmo para as pessoas mais simples chamadas de "Yaacov", pois assim podem dedicar suas vidas ao que realmente é importante, sem investir mais do que o necessário no que é passageiro e limitado.

E o que significa "Teus tabernáculos, Israel"? Que as pessoas mais elevadas, chamadas de "Israel", podem viver em um nível espiritual ainda mais alto. Para elas não é suficiente apenas viver com a certeza de que o mundo material é temporário, elas conseguem transformar suas vidas em um pequeno Mishkan (tabernáculo ou Templo Móvel). Qual a característica de um Mishkan? Através da utilização de objetos do mundo material, da maneira como D'us ensinou, conseguimos trazer a Sua presença para o mundo. Viver uma vida de Mishkan significa utilizar o mundo material e seus prazeres de uma forma tão sagrada que podemos elevar tudo o que é material a um nível espiritual.

Deste ensinamento aprendemos algo muito interessante: não é abdicando dos prazeres do mundo material e vivendo uma vida de pobreza e privações que podemos nos tornar pessoas espiritualmente mais elevadas. A maneira verdadeira de criar uma conexão com D'us é utilizando o mundo material, tendo proveito dos prazeres que ele pode nos oferecer, mas canalizando estes prazeres ao mundo espiritual. As Mitsvót nos ajudam nesta difícil tarefa. Por exemplo, podemos ter o prazer de uma boa comida, mas a comida Kasher e as Brachót feitas antes e depois de termos proveito transformam a comida gostosa em alimento para a alma. E assim funciona com todos os prazeres do mundo material que, ao serem obtidos da maneira correta, podem virar prazeres espirituais, transformando nossas casas e nossas vidas em um verdadeiro Templo Móvel.

A Brachá de Bilaam não foi apenas para o povo judeu que estava no deserto, foi para cada um de nós. Foi uma Brachá para que possamos ter claridade durante o tempo limitado em que estamos neste mundo material e possamos focar corretamente os nossos atos. Não apenas para não gastarmos o nosso tempo na busca incessante de prazeres limitados que não nos preenchem, mas para que possamos trazer espiritualidade para o mundo com cada pequeno ato que fazemos.

SHABAT SHALOM

Rav Efraim Birbojm

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ CHUKAT 5771

BS"D
 
CUIDADO COM O QUE VOCÊ FALA - PARASHÁ CHUKAT 5771 (01 de julho de 2011)
 
"Mauro e Rafael viviam em uma pequena cidade do interior. Desde pequenos não se desgrudavam, passavam os dias brincando juntos, amigos inseparáveis. Era uma amizade verdadeira, que enchia os olhos de todos que os conheciam. Quando eles cresceram a amizade cresceu junto, mas a vida levou cada um para um caminho diferente. Mauro foi para a cidade grande, estudou em uma famosa universidade e tornou-se um empresário bem sucedido que, em pouco tempo, estava milionário. Já Rafael permaneceu na sua cidade natal. Logo cedo abandonou os estudos para se dedicar ao trabalho, tornando-se uma pessoa muito simples e ingênua. Tinha um pequeno mercadinho, que abria algumas poucas horas por dia, e de lá tirava seu sustento. No resto do tempo sentava-se na porta de sua casa, uma construção velha e muito simples, para ficar conversando com os vizinhos.
 
Certo dia, Mauro sentiu saudades do seu querido amigo de infância. Fazia um bom tempo que eles não se encontravam. Decidiu fazer uma surpresa e apareceu no meio do dia para dar um abraço em Rafael. Encontrou-o sentado na porta de casa, batendo papo com os amigos. Abraçaram-se longamente e sentaram para contar as últimas novidades. No meio da conversa, Rafael viu que de longe chegava alguém. Rapidamente, sem dar nenhuma explicação, correu para dentro de casa e se trancou. A pessoa chegou, tocou a campainha por alguns minutos e, vendo que ninguém respondia, foi embora muito mal-humorado. Rafael então saiu de casa, pediu desculpas para Mauro e explicou que aquele era um cobrador. Os negócios não estavam indo bem e ele estava com algumas dívidas, mas como não tinha dinheiro, fugia dos credores toda vez que eles apareciam.
 
Continuaram conversando animadamente quando, de repente, apareceu um cachorro de rua. O cachorro babava muito e estava com o rabo entre as pernas, sinais típicos de um cachorro com raiva. Desta vez todos se levantaram e correram para se proteger do cachorro raivoso, inclusive Mauro, mas Rafael ficou tranquilamente sentado, enquanto o cachorro passava a poucos metros dele. Quando o cachorro foi embora, Mauro voltou e deu-lhe uma imensa bronca:
 
- Você ficou maluco? Dos credores você se esconde, mas de um cachorro raivoso você não tem medo? Se você me pedisse dinheiro, em nome da nossa amizade eu pagaria todas as suas dívidas. Porém, se este cachorro raivoso te mordesse, nem todo o dinheiro do mundo poderia te ajudar"
 
Explica o Chafetz Chaim que muitas vezes nos comportamos na vida como o ingênuo Rafael. Nos cuidamos de muitas transgressões, mas acabamos nos descuidando da pior de todas elas: o Lashon Hará. Enquanto em relação à todas as transgressões D'us pode nos ajudar e nos perdoar, em relação ao Lashon Hará a Sua conduta é muito mais rigorosa. Portanto, devemos tomar muito mais cuidado com o Lashon Hará do que com qualquer outra transgressão.
 
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Nesta semana lemos a Parashá Chukat que, entre outros assuntos, nos descreve mais uma das muitas reclamações que o povo judeu fez contra D'us no deserto. A punição veio de maneira rápida e dolorosa: cobras venenosas atacaram o povo, causando muitas mortes, como está escrito: "E D'us mandou cobras venenosas contra o povo e elas morderam o povo. Uma grande quantidade de pessoas de Israel morreu. As pessoas vieram a Moshé e disseram:... Reze para que D'us remova de nós a cobra, e Moshé rezou pelo povo. E D'us disse para Moshé: 'Faça uma cobra e coloque sobre um mastro, e cada um que foi mordido olhará e viverá' " (Bamidbar 21:6-8)  
 
Diz o grande rabino Israel Meir HaCohen, mais conhecido como Chafetz Chaim, que é necessário se aprofundar um pouco mais para entender exatamente qual foi o erro do povo e o castigo recebido, pois existem algumas dificuldades nos versículos. Por exemplo, por que o versículo diz que as cobras atacaram "o povo" e depois está escrito que "pessoas de Israel" morreram? Além disso, por que está escrito "remova de nós a cobra", no singular, e não "as cobras", já que eram várias cobras, como está escrito anteriormente "E D'us mandou cobras venenosas"? E finalmente, as cobras somente foram embora depois que Moshé construiu uma cobra e colocou sobre um mastro, mas não imediatamente após a sua Tefilá (reza). Por que a Tefilá de Moshé para que as cobras fossem embora não funcionou imediatamente, como funcionou, por exemplo, para tirar os sapos do Egito?
 
Para responder estas perguntas é necessária uma pequena introdução. Explica o Chafetz Chaim que a reclamação do povo foi, na realidade, um grande Lashon Hará (maledicência) que o povo fez de D'us e de Moshé, como está escrito "E o povo falou contra D'us e contra Moshé" (Bamidbar 21:5). E diferentemente de outras transgressões, D'us é extremamente rigoroso com o Lashon Hará. Da mesma forma que o estudo de Torá equivale a todas as Mitsvót, o Lashon Hará equivale a todas as transgressões. Mas por que o Lashon Hará é espiritualmente tão grave?
 
Segundo as fontes místicas judaicas, todas as vezes que cometemos uma transgressão criamos um anjo acusador. Isto não quer dizer que o anjo fica o tempo inteiro ativamente nos acusando. Quando chegar o Dia do Julgamento ele estará lá, e sua própria existência testemunhará contra nós pelo mau ato realizado. Mas com a transgressão de Lashon Hará é diferente, pois o anjo criado com esta transgressão tem boca e língua, já que foi criado através da fala, e por isso fica ativamente acusando, anunciando a grave transgressão cometida e cobrando uma punição ao transgressor.
 
Explica o Midrash (parte da Torá Oral) que D'us é muito misericordioso e constantemente nos perdoa por muitos pecados cometidos, mas Ele se incomoda tanto com o Lashon Hará que se recusa a ajudar a pessoa que comete esta transgressão. E assim nos ensina o Zohar (livro místico judaico): "Todas as transgressões D'us perdoa, com exceção do Lashon Hará". Por que? Pois quando uma transgressão chega ao Trono do Julgamento, D'us pode ter misericórdia da pessoa e a perdoar, já que o acusador está ali quieto. Mas quando a transgressão é o Lashon Hará, o acusador fica o tempo inteiro exigindo que a pessoa seja punida. É como um juiz que, com misericórdia, quer inocentar o réu de sua culpa. Mas se o acusador fica o tempo inteiro gritando no tribunal e exigindo uma punição, há maneira do juiz inocentá-lo?
 
Com estes conceitos é possível responder as dificuldades encontradas nos versículos da nossa Parashá. Os verdadeiros culpados pelo Lashon Hará foram pessoas espiritualmente mais baixas, chamadas pela Torá de "o povo". São as pessoas que não se cuidaram e acabaram cometendo esta grave transgressão de falar mal de D'us e de Moshé. Porém, as pessoas em um nível mais elevado, chamadas pela Torá de "Israel", apesar de não terem feito o Lashon Hará, deveriam ter advertido as pessoas do povo e evitado a transgressão, mas não fizeram nada. Por isso morreram muitas "pessoas de Israel", que, apesar de não terem falado Lashon Hará, também não fizeram nada para evitá-lo, sendo juntamente responsabilizadas pela grave transgressão.
 
Além disso, o Chafetz Chaim explica que, de acordo com as fontes místicas judaicas, quando a pessoa faz Lashon Hará ela cria uma cobra espiritual que fica acusando a pessoa diante do Trono Celestial. Quando Moshé rezou pelo povo, pediu para que "a cobra" fosse retirada, isto é, esta cobra espiritual criada com o Lashon Hará, a responsável pelas acusações contra o povo. Caso esta cobra espiritual fosse retirada por D'us, automaticamente as cobras venenosas, que eram apenas consequência do erro, também seriam retiradas.
 
Mas D'us respondeu para Moshé que, diferente dos outros acusadores, este não poderia ser simplesmente retirado apenas com a misericórdia. Então Ele ensinou a cura: "Faça uma cobra e coloque sobre um mastro, e cada um que foi mordido olhará e viverá". Como isto salvou o povo judeu? Ensina o Talmud (Rosh Hashaná 29a) que não são as cobras que matam, são as transgressões que as pessoas cometem que matam. A cobra colocada em um mastro fazia com que as pessoas levantassem seus olhos para o céu e voltassem a se subjugar à vontade de D'us, se arrependendo de seu erro tão grave. Somente através da Teshuvá (retorno sincero aos caminhos corretos) elas conseguiam ser curadas.
 
Fica desta Parashá uma importante lição: o cuidado que devemos ter com o Lashon Hará. Obviamente devemos ser muito rigorosos com todas as transgressões, pois cada uma delas nos afasta de D'us e afeta a nossa espiritualidade. Mas nossa má-inclinação nos faz sermos rigorosos com tudo, mas extremamente lenientes com o Lashon Hará. E o mais interessante é que, mesmo o povo testemunhando o castigo recebido por Miriam por ter falado Lashon Hará de Moshé e o castigo recebido pelos espiões por terem falado Lashon Hará da Terra de Israel, eles não aprenderam a lição, voltando a cometer o mesmo erro mais uma vez. Por que sempre voltamos ao mesmo erro de falar Lashon Hará, apesar de sabermos que é tão grave e causa consequências tão graves?
 
Infelizmente não dedicamos nosso tempo ao estudo das complexas leis de Shmirat Halashon (cuidados com a nossa fala), que nos ensinam o que realmente é permitido e o que é proibido falar sobre outra pessoa. Com isso, sempre procuramos "permissões" para falar mal de alguém, justificando nossos atos. Esta tentativa de encobrir nossos próprios erros nos afasta da Teshuvá verdadeira, fazendo do Lashon Hará uma transgressão ainda mais grave.
 
Dizem os biólogos que os peixes morrem pela boca, isto é, se dermos comida demais eles comem até morrer. Mas a verdade é que também os seres humanos morrem pela boca, pois a grande maioria das desgraças que ocorrem no mundo é conseqüência do nosso Lashon Hará. Por isso nos ensinou David Hamelech (Rei David) a solução: "Quem é o homem que deseja vida e ama os dias de ver o bem? Guarda a sua língua do mal e os seus lábios de falarem enganações" (Salmos 34:13,14).
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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quinta-feira, 23 de junho de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KORACH 5771

BS"D
 
RESPEITANDO AS MULHERES - PARASHÁ KORACH 5771 (24 de junho de 2011)
 
"Um professor de francês estava explicando para a classe algumas diferenças entre o francês e o inglês. Citou como exemplo que em francês os substantivos têm gêneros, masculino ou feminino, diferentemente do inglês, onde substantivos não têm nenhum gênero. Um estudante, intrigado, perguntou:
 
- Professor, "computador" em francês é masculino ou feminino?
 
O professor não sabia e a palavra não constava em seu dicionário de francês. Assim, para divertir a turma, dividiu os alunos em grupos e pediu-lhes para decidissem se "computador" era um substantivo masculino ou feminino. Cada grupo deveria dar quatro razões para a sua escolha. A melhor resposta foi de um dos grupos que decidiu que os computadores devem definitivamente ser do gênero feminino. Eles apresentaram os seguintes motivos para a sua escolha:
 
1) Ninguém, com exceção de seu criador, entende sua lógica interna;
2) A língua nativa que eles usam para se comunicar com outros computadores é incompreensível para todos os outros;
3) Mesmo os menores erros são armazenadas em memória para possível recuperação posterior;
4) Assim que você assume o compromisso com um, acaba gastando todo o seu dinheiro em acessórios para ele."
 
Apesar desta ser apenas uma piada, infelizmente as mulheres sofreram, e ainda sofrem, muitos tipos de preconceitos. Mas a Torá, que nos foi entregue por D'us, nos ensina o verdadeiro valor das mulheres e o quanto devemos respeitá-las.
 
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A Parashá desta semana, Korach, nos ensina as terríveis consequências da inveja e da luta pelo poder. Assim começa a Parashá: "Korach ben Itzhar ben Levi se separou, junto com Datan e Aviram, filhos de Eliav, e On ben Pelet, descendente de Reuven. Eles estavam de pé diante de Moshé, com 250 homens... Eles se juntaram contra Moshé e contra Aharon" (Bamidbar 16:1-3). A Torá nos conta que eles se rebelaram contra a liderança de Moshé e Aharon, baseados na acusação de que seus cargos de liderança haviam sido escolhidos por eles mesmos. O ato foi visto com maus olhos por D'us, pois os cargos haviam sido Divinamente designados, e os rebeldes receberam uma punição tão milagrosa que a liderança de Moshé e Aharon foi reafirmada por D'us diante dos olhos de todo o povo judeu. Qual foi a punição? Moshé chamou os rebeldes para um desafio e, no horário marcado, a terra abriu uma boca e engoliu Korach, Datan e Aviram, junto com suas famílias e pertences, enquanto um fogo Divino consumiu os outros 250 homens que haviam se juntado à rebelião.
 
Prestando muita atenção nos detalhes de tudo o que ocorreu com os rebeldes, surge uma pergunta: quando a Torá enumerou os líderes da rebelião, On ben Pelet foi mencionado, mas quando a Torá falou sobre o final trágico dos rebeldes, seu nome não foi mais mencionado. Afinal, o que aconteceu com On ben Pelet?
 
O Talmud (Sanhedrin 109b) nos ensina que os caminhos de Korach e On ben Pelet começaram iguais, quando ambos se desviaram e se rebelaram contra Moshé,  mas terminaram completamente diferentes. Enquanto Korach teve uma morte terrível e vergonhosa, On ben Pelet escapou do castigo. O Talmud nos ensina algo ainda mais curioso: exatamente a mesma coisa que causou a queda de Korach foi o que salvou a vida de On ben Pelet!
 
Atualmente um dos temas mais discutidos no mundo é o feminismo, a busca de diretos iguais para as mulheres. Por séculos as mulheres foram excluídas de muitos tipos de profissão, receberam salários menores e foram proibidas até mesmo de exercer sua cidadania. Muitas religiões também praticaram e praticam até hoje atos de violência e exclusão social contra as mulheres, tratando-as mais como objetos do que como seres humanos. Mas o judaísmo nunca teve problemas com os movimentos feministas, pois segundo o judaísmo, as mulheres sempre tiveram um papel de destaque dentro do povo judeu. Desde as matriarcas Sara, Rivka, Rachel e Léa, passando por profetizas como Miriam, juízas como Dvora e líderes como Ester, o povo judeu sempre deu uma importância elevada para suas mulheres. De todas as transgressões cometidas pela geração do deserto, tais como o bezerro de ouro, o choro por causa dos espiões e as reclamações por água e comida, as mulheres não participaram de nenhuma. E uma das maiores provas do grande valor espiritual das mulheres está justamente na Parashá desta semana.
 
O Talmud explica exatamente o que ocorreu com On ben Pelet. Quando ele chegou em casa, muito empolgado com a rebelião de Korach e contando sobre o confronto marcado por Moshé, sua esposa percebeu que aquilo estava tirando-o do racional, como um fogo que o consumia. Então ela o fez voltar à razão com uma simples pergunta: "Se Moshé for o líder do povo, você será apenas seu seguidor. Se Korach for o líder, você também será apenas seu seguidor. De qualquer maneira sua situação não mudará! Que diferença fará para você a rebelião?".
 
Mas os argumentos ainda não haviam sido suficientes para convencer On ben Pelet a não participar da rebelião. Apesar de ter caído na real após a chacoalhada de sua esposa, mesmo assim ele achava que era tarde demais para voltar atrás, pois já havia jurado lealdade a Korach e estava muito envolvido. Mas sua esposa não desistiu. Ela o embriagou com vinho para que ele dormisse e ficou de guarda na porta da tenda para que ninguém da rebelião entrasse para buscar seu marido. Quando os rebeldes viram que realmente não conseguiriam levá-lo, foram para o confronto com Moshé sem ele. Portanto, por causa de sua esposa, On ben Pelet foi salvo de uma morte trágica.
 
O mais interessante é que o que salvou On ben Pelet foi justamente o que derrubou Korach. O Talmud nos ensina que a esposa de Korach o incentivou a se rebelar e ficou o tempo inteiro incitando Korach e dando argumentos para que ele ficasse cada vez mais irritado com Moshé. E sabemos como a história infelizmente terminou.
 
O ponto em que o Talmud se concentra é a diferença que a esposa pode fazer na vida de um homem. E este conceito pode nos ajudar a entender o estranho versículo que descreve a criação da primeira mulher, Chavá: "E disse D'us: Não é bom que o homem esteja sozinho. Farei para ele uma ajudante correspondente a ele" (Bereshit 2:18). A palavra "Kenegdo", que significa "correspondente a ele", também pode ser traduzida como "contra ele". Como a esposa pode ser uma ajudante se ela for contra seu marido? Explica o Rabino Naftali Tzvi Yehudah Berlin, mais conhecido como Netziv, que algumas vezes a esposa pode ajudar seu marido realmente ajudando-o no que ele necessita, mas outras vezes ela será uma ajuda para seu marido apenas quando ela o corrigir nos momentos em que ele cometer algum erro. Obviamente que a esposa deve fazer isso de uma maneira respeitosa, sem agredir nem diminuir seu marido. Uma esposa que atiça seu marido e não o corrige, apenas passa a mão em sua cabeça mesmo quando ele comete erros, não é uma ajuda, é um tropeço.
 
Este conceito também nos ajuda a explicar uma das maiores dificuldades para pessoas que começam a se aproximar mais do judaísmo. Há uma Brachá (benção), que pronunciamos todos os dias de manhã no "Birkót Hashachar" (Bençãos da manhã), que é diferente para os homens e para as mulheres. Enquanto o homem reza "Bendito seja D'us que não me fez mulher", a mulher reza "Bendito seja D'us que me fez conforme a Sua vontade". Isso não é machismo? Isso não é desprezar as mulheres?
 
Explicam os nossos sábios que é exatamente o contrário, é uma exaltação do grande valor espiritual das mulheres. Dizem os nossos sábios que o rei de Israel precisava ter dois Sifrei Torá (Rolos da Torá). Mas para que o rei precisava de dois Sifrei Torá? Um ele deveria sempre levar consigo quando saía para as guerras, enquanto o outro permanecia em casa. Por que? Pois o Sefer Torá que ia para a guerra poderia sofrer pequenos estragos, como borrar letras, ou até mesmo estragos maiores. Então o rei precisava do Sefer Torá que estava em casa para servir como modelo e consertar o Sefer Torá estragado.
 
O mesmo conceito se aplica no casamento. O homem tem um trabalho mais externo, ele se expõe mais ao mundo exterior e, por isso, corre mais riscos de se desviar atrás de seus desejos e de idéias estranhas ao judaísmo. Foi o que aconteceu com Korach e On ben Pelet. Já o papel da esposa, mais interno, é manter a santidade da casa e ser um modelo de retidão para o marido, identificando quando ele se desvia e ajudando-o a consertar seus erros, como fez sabiamente a esposa de On ben Pelet, salvando com isso a vida e a eternidade de seu marido.
 
É por isso que os homens rezam "Bendito seja D'us que não me fez mulher", isto é, eles agradecem que D'us não deu a eles uma responsabilidade espiritual tão grande quanto a das mulheres. Já as mulheres rezam "Bendito seja D'us que me fez conforme a Sua vontade", pois aceitam com alegria a grande responsabilidade espiritual que recai sobre elas.
 
Portanto, de machista o judaísmo não tem nada. Muito dos preconceitos são fruto do nosso desconhecimento sobre o nível de cuidado que, segundo o judaísmo, o homem deve ter com a honra da mulher. Pois assim nos ensina o Talmud: "O homem deve amar sua esposa como ama a si mesmo, e respeitá-la mais do que respeita a si mesmo". E é justamente por este cuidado que temos com nossas esposas que o povo judeu continua caminhando, firme e forte, por mais de três mil anos.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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quinta-feira, 16 de junho de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHELACH 5771

BS"D
PERDENDO O VÔO - PARASHÁ SHELACH 5771 (17 de junho de 2011)
Há pouco mais de 2 anos um grave acidente deixou o Brasil em choque. O Airbus A330 da companhia aérea Air France, durante o fatídico vôo AF 447 que ia do Rio de Janeiro para Paris, simplesmente desapareceu sobre o Oceano Atlântico durante a madrugada do dia 31 de maio. Na manhã seguinte foram encontrados os primeiros destroços do avião, cujas causas da queda ainda não foram completamente esclarecidas. Parentes e amigos choraram a morte dos 228 passageiros que estavam a bordo da aeronave.
Porém, no meio de toda a comoção nacional que o acidente causou, uma notícia acabou passando despercebida pela grande maioria das pessoas. A italiana Johanna Ganthaler, uma pensionista da província de Bolzano-Bozen, perdeu o vôo. Ela estava de férias no Brasil e não conseguiu embarcar no avião por ter chegado atrasada ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.
Até aí não há nada demais, já que em muitas tragédias aéreas escutamos histórias de pessoas que, por motivos diversos, não chegaram a embarcar e salvaram assim suas vidas. Mas nesta história, o mais impressionante ainda estava para acontecer. Johanna Ganthaler embarcou de volta para a Europa no dia seguinte, em um avião de outra companhia aérea. Desembarcou na Alemanha, onde alugou um carro com o qual pretendia voltar para casa. No caminho, em uma situação ainda não completamente esclarecida pela polícia, o carro em que ela estava entrou na pista contrária de uma rodovia em Kufstein, na Áustria, e bateu de frente em um caminhão. Johanna Ganthaler morreu no acidente de carro. E assim foram as manchetes nos principais jornais do país: "Mulher que perdeu vôo AF 447 morre em acidente na Áustria".
Quando há um decreto espiritual, a única maneira de mudar é através de atos espirituais. Apenas perder o vôo não salva a vida de ninguém...
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Se nos perguntassem qual é um dos dias mais felizes do ano, certamente responderíamos Purim ou Simchá Torá. Mas para nossa surpresa, o Talmud ensina que um dos dias mais festivos do povo judeu é Tu Be Av, o dia 15 do mês de Av. Av é um mês associado a tristezas, pois em Tishá Be Av (dia 9 do mês de Av) várias tragédias se abateram sobre o povo judeu. O que ocorreu em Tu Be Av que tornou este dia tão especial?
Para entendermos, precisamos nos aprofundar na Parashá desta semana, Shelach. O povo judeu havia saído do Egito e, após receber a Torá no Monte Sinai, estava prestes a entrar na Terra de Israel, a terra que D'us havia jurado dar para os descendentes de Avraham, Yitzchak e Yaacov. Apesar de D'us ter garantido que a Israel era uma terra fértil, a "terra onde flui leite e mel", mesmo assim o povo não confiou e decidiu enviar espiões. O que deveria ter sido apenas uma missão de reconhecimento da terra terminou em uma grande tragédia. Dos 12 espiões enviados, 10 voltaram falando mal da terra. O povo preferiu escutar os 10 caluniadores e, desesperados, choraram sem motivo. D'us jurou que aquele dia seria um dia de choro por todas as gerações. Este dia era Tishá Be Av, dia em que até hoje nós choramos pela destruição dos nossos dois Templos e outras tragédias que aconteceram, ao longo da nossa história, exatamente neste dia.
Mas não apenas as gerações futuras sofreram com aquele choro sem motivo. A geração do deserto também foi duramente castigada. Pela falta de Emuná (fé), D'us decretou que eles não entrariam na Terra de Israel. Por 40 anos eles tiveram que vagar pelo deserto, até que morresse toda aquela geração, aproximadamente 600 mil homens. Como D'us queria ressaltar que as mortes eram resultado do choro sem motivo, eles morriam somente em Tishá Be Av. Durante os 40 anos, quando Tishá Be Av se aproximava, cada judeu tinha que cavar sua própria cova e dormir dentro dela. De manhã, alguns acordavam e voltavam para suas vidas normais, enquanto outros não acordavam mais e eram enterrados ali mesmo.
Porém, no último ano, algo estranho aconteceu. O último grupo que faltava morrer cavou a sua cova e entrou para dormir, com a certeza de que todos morreriam naquela noite. Mas quando amanheceu o dia, estavam todos vivos. Como o cálculo dos dias era feito através da observação da lua, ele acharam que provavelmente haviam errado as contas e que Tishá Be Av seria no dia seguinte. Então na noite seguinte novamente eles entraram na cova, mas de novo todos acordaram de manhã. E assim foi, noite após noite, até chegar no dia 15 do mês, quando eles viram a lua cheia e tiveram a certeza de que certamente Tishá Be Av já havia passado, não havia sido um erro de contas. Por algum motivo D'us havia cancelado o decreto. Aquele dia foi um dia de muita alegria e comemoração, pois eles entenderam que haviam sido perdoados. E a alegria deste dia se repetiu em muitos outros bons eventos durante a história do povo judeu.
Mas afinal, se D'us tinha decretado que toda aquela geração morreria no deserto, e realmente mais de 585 mil homens já tinham morrido, por que no último ano foi diferente? Por que os últimos 15 mil homens foram poupados da morte? Que tipo de ato conseguiu cancelar um decreto tão forte?
Nas nossas rezas de Rosh Hashaná e Yom Kipur dizemos algo muito profundo: "Três coisas podem cancelar um mau decreto: Teshuvá (arrependimento pelos nossos maus atos e o comprometimento em melhorar), Tefilá (reza) e Tzedaká (caridade)". O que isto quer dizer? Que apenas atos que chegam aos mundos espirituais mais elevados podem cancelar decretos que foram feitos nos mundos espirituais.
Explicam nossos sábios algo impressionante. Durante todos os anos no deserto, as pessoas sabiam que poderiam morrer naquele ano, mas sempre contavam com a possibilidade de que eles não seriam os escolhidos daquela vez. Portanto, apesar deles rezarem por suas vidas, rezavam sem muita Cavaná (intenção). Por exemplo, no primeiro ano havia 600 mil homens, dos quais apenas 15 mil morreriam, então todos estavam tranquilos. E mesmo no penúltimo ano, quando haviam sobrado apenas 30 mil homens e a metade morreria, as pessoas se apoiavam na possibilidade de que os outros morreriam e não eles, e por isso não depositavam toda a sua Emuná (fé) em D'us.
Porém, o que aconteceu no último ano no deserto? Apenas 15 mil tinham sobrado e certamente todos eles morreriam, não havia outra possibilidade. Por isso, quando fizeram Tefilá, rezaram com todo o coração para D'us, pois não tinham mais em que se apoiar fora a salvação Dele. Quando nos apoiamos em outras possibilidades, é como se D'us dissesse "Já que você coloca forças em outras coisas e não apenas em Mim, deixe que as outras coisas te ajudem, não Me sinto na obrigação". Mas quando fazemos uma Tefilá com nosso coração completamente voltado para D'us, com a certeza de que tudo depende Dele e apenas Dele, esta Tefilá pode mudar até mesmo decretos espirituais de uma geração inteira. Se desde o primeiro ano o povo tivesse feito uma Tefilá neste nível, certamente ela também teria sido escutada.
Parece algo fácil, mas por vivermos no mundo material, este tipo de Tefilá é muito difícil de ser alcançada. Quando estamos doentes, colocamos nossa confiança nos médicos e nos remédios. Quando estamos sem dinheiro, colocamos nossa confiança na melhoria das vendas ou na sonhada promoção. E mesmo quando estamos procurando uma pessoa para casar, colocamos nossa confiança nas pessoas que podem nos apresentar alguém especial. No mundo material é muito fácil esquecer que tudo depende de D'us. Se o médico vai acertar ou se o remédio vai funcionar, se mais clientes entrarão na loja ou se o chefe lembrará da promoção, se a pessoa certa aparecerá no momento certo, tudo depende Dele.
Quanto mais colocarmos no coração a certeza de que tudo depende apenas de D'us, maior será a conexão espiritual que criaremos. Assim, nossas rezas poderão chegar aos mundos espirituais mais elevados e, quem sabe, mudar o destino de toda a humanidade.  
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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