sexta-feira, 4 de outubro de 2019

CALMA PARA CORRIGIR OS ERROS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAYELECH E YOM KIPUR 5780

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VÍDEO DE YOM KIPUR

CALMA PARA CORRIGIR OS ERROS - PARASHAT VAYELECH E YOM KIPUR 5780 (04/outubro/2019)


"A Sra. Blumenthal foi assistir à apresentação de uma importante ópera. Como era um espetáculo de gala, ela foi com suas melhores roupas e colocou suas melhores joias. A apresentação foi maravilhosa e ela voltou contente para a casa. Porém, ao se olhar no espelho, notou que havia perdido seu colar de pérolas. Ela ficou desesperada. O problema não era apenas o valor daquele colar, mas também por ser uma joia de estimação. A Sra. Blumenthal pensou que talvez tivesse deixado cair no carro. Sem paciência de esperar o elevador, desceu correndo pelas escadas e foi até a garagem. Examinou o veículo cuidadosamente, mas infelizmente não encontrou o seu colar.
 
A Sra. Blumenthal mal conseguiu dormir naquela noite. Na manhã seguinte, logo cedo, ela fez uma ligação para o teatro e foi gentilmente atendida pelo gerente. Ela explicou, desesperada, sobre o colar desaparecido e o seu imenso valor sentimental. O gerente, muito solícito, pediu a ela que aguardasse na linha enquanto ele verificava com o pessoal da manutenção se alguém havia encontrado o colar. Após alguns telefonemas, o gerente conseguiu falar com o chefe da manutenção, que informou que um dos faxineiros, após o espetáculo, havia encontrado o colar caído no chão e havia devolvido. O colar estava guardado em um lugar seguro.

Voltando ao telefone para transmitir a feliz notícia à senhora angustiada, o gerente constatou que ela já havia desligado. Ele não sabia quem era aquela senhora e nem o seu telefone. Infelizmente ela não teve paciência de esperar. O gerente ligou novamente para o chefe da manutenção e disse:

- Você vê como são as coisas? As pessoas pedem ajuda, mas infelizmente não "ficam na linha" aguardando a resposta. Quando querem resolver as coisas, são muito precipitadas e desanimam rápido demais".
 
Nos comportamos como a Sra. Blumenthal. Na ânsia de consertar nossos erros, acabamos agindo de maneira precipitada e impulsiva. A falta de paciência nos faz desistirmos rápido demais. A consequência é que sofremos de maneira desnecessária e carregamos problemas e dificuldades pelo resto das nossas vidas.

Nesta semana lemos a Parashat Vayelech (literalmente "E foi"), que continua descrevendo o último discurso de Moshé antes do seu falecimento. Moshé transmitiu aos judeus que D'us já havia previsto que eles futuramente se desviariam do caminho, despertando a fúria Divina, mas que se arrependeriam após perceber que haviam se afastado de D'us, como está escrito: "Esta nação se levantará e se desviará atrás das divindades das nações da terra... E eles me abandonarão e quebrarão o pacto que Eu fiz com eles. E a Minha fúria queimará contra eles naquele dia... e muitos males e angústias lhes acontecerão, e eles dirão naquele dia: 'Não é porque nosso D'us não está mais entre nós que todos estes males aconteceram?'" (Devarim 31:16,17).

Este assunto de erro e arrependimento se conecta com a próxima Festa do Calendário Judaico: Yom Kipur, o "Dia do Perdão", um dos dias mais solenes e sagrados para o povo judeu, que se inicia na próxima 3ª de noite (08 de outubro). Yom Kipur marca o dia no qual D'us perdoou o povo pela terrível transgressão do bezerro de ouro. Esta mesma influência espiritual, de perdão e misericórdia Divina, se repete anualmente em Yom Kipur, conforme está escrito na Torá: "Pois, neste dia (Yom Kipur), Ele perdoará você, e vai purificá-lo. Diante de D'us você será purificado de todas as suas transgressões" (Vayikrá 16:30). Mas como isto funciona? Como alcançamos o perdão Divino após cometermos tantos erros durante o ano?

O versículo termina com as palavras "Diante de D'us você será purificado". Nossos sábios explicam que esta é uma das fontes que nos ensina que a única maneira para obter o perdão Divino é através da Teshuvá, o arrependimento pelos nossos erros, a volta para perto de D'us. E uma das partes principais da Teshuvá é o Vidui, a confissão das nossas transgressões. Durante todo o ano nós sempre procuramos desculpas para justificar nossas atitudes equivocadas. Algumas vezes dizendo que não erramos, outras que fomos forçados a errar, ou até mesmo jogamos a culpa nos outros para nos livrarmos das responsabilidades por nossos atos. Porém, em Yom Kipur nós assumimos e confessamos nossos erros perante D'us.

No entanto, o processo de Teshuvá exige mais do que apenas fazer o Vidui. Sem a Charatá (arrependimento), a "Azivat HaChet" (abandonar a transgressão) e a "Kabalá Lehabah" (compromisso de se abster das transgressões no futuro), não há Teshuvá e o Yom Kipur não limpa os nossos erros.
 
Isto nos assusta um pouco e traz poucas perspectivas de termos um Yom Kipur significativo e bem-sucedido. Todos nós lembramos o Yom Kipur dos anos anteriores, quando ficamos horas de pé, batendo em nosso peito enquanto pronunciávamos as transgressões sem fim pelas quais éramos culpados, com o sincero desejo de nunca mais tropeçar novamente naqueles erros. Porém, ano após ano, nos encontramos rapidamente repetindo exatamente os mesmos erros! Assim foi com a nossa decisão de nunca mais falar Lashon Hará, de darmos mais Tedaká e de dedicarmos mais tempo ao estudo da Torá. Por que não funcionou? Será que não estávamos sendo honestos? Se a Teshuvá completa inclui o total abandono da transgressão, então por que, em todos os anos anteriores, quando nos arrependemos, nunca demoramos muito para voltar aos nossos maus hábitos anteriores? Sem esta resposta, corremos o enorme risco de abalarmos a nossa confiança e de nos resignarmos a sermos "transgressores sem cura". Como fazer para que neste ano seja diferente?

Explica o Rav Yehonasan Gefen que a solução está em enxergar que normalmente cometemos dois grandes erros em Yom Kipur. O primeiro erro é achar que vamos conseguir acordar no dia seguinte pessoas completamente diferentes, novas criaturas nas quais todos os maus hábitos anteriores já não existem mais. Isto é uma grande autoenganação. Precisamos aceitar a realidade de que a verdadeira realização no judaísmo não é composta por grandes mudanças pontuais, e sim pelo crescimento diário, passo a passo, constante e sólido. O crescimento não acontece do dia para a noite, ele é necessariamente um processo gradual e, portanto, algo que leva tempo. E, mesmo que ainda não vamos conseguir consertar de uma vez todos os nossos erros depois de Yom Kipur, está tudo bem. De fato, o crescimento é exatamente o motivo pelo qual viemos ao mundo. Viemos para crescer, para desenvolver nossas habilidades, para nos tornarmos pessoas melhores. E se nos comprometermos com um projeto construtivo de autodesenvolvimento, mesmo que seja um processo que leve meses ou até mesmo anos, estamos fazendo a vontade de D'us. Esta é a Teshuvá que Ele espera de nós.

Outro erro comum cometido em Yom Kipur é que passamos o dia expressando arrependimento e remorso por nossas ações, assumindo um compromisso verbal de que nunca mais praticaremos estes atos. Porém, desta maneira perdemos o foco, pois nos concentramos diretamente no ato, isto é, se fizemos ou não as Mitzvót ou as transgressões, mas ignoramos os aspectos do nosso caráter que são os verdadeiros causadores dos nossos erros. Por exemplo, o problema não está em perder a hora todos os dias e chegar atrasado na Tefilá. O problema está na preguiça que precisa ser vencida, pois o atraso é só uma consequência deste traço de caráter negativo. É por isso que normalmente fracassamos em evitar as futuras transgressões, pois focamos nas consequências, mas esquecemos de consertar as verdadeiras causas. Somente ter a vontade de não errar mais não se transforma automaticamente em uma verdadeira Teshuvá. Ter boas intenções é muito louvável, mas não é suficiente para nos levar a conquistas espirituais.

Aquele que realmente quer mudar e melhorar seus caminhos deve canalizar suas energias na introspecção e na busca sobre o que o inspira e o que o leva às transgressões. Para que a Teshuvá seja honesta, real e, acima de tudo, duradoura e eficaz, é preciso desenvolver uma profunda repulsa, não apenas pelas transgressões, mas também pelas fraquezas pessoais que nos levam por este caminho. Existem algumas perguntas que, apesar de serem dolorosas, não podemos fugir delas se queremos crescer e melhorar: "Este é o judeu que eu realmente quero ser? Esta é a vida que eu quero viver? Estas são as prioridades que eu devo ter na vida? Este é o tipo de cônjuges, pais e amigos que realmente queremos ser?". Todas estas perguntas, e outros questionamentos, devem ajudar a nos guiar para o único caminho que permitirá nos tornarmos pessoas realmente melhores: o longo, complexo e às vezes cansativo, mas extremamente recompensador, trabalho de autoaperfeiçoamento.

Teshuvá exige que comecemos a formular uma estratégia para lidar com nossos traços de caráter negativos, para superar de forma sistemática aqueles traços que pesam e minam nosso desejo mais profundo de termos sucesso espiritual. Não é através de uma única atitude, e sim de um processo. Não nos tornaremos seres humanos perfeitos do dia para a noite. Se no estado quase angelical que atingimos em Yom Kipur acharmos que podemos mudar tudo de uma vez, o choque de volta à realidade será inevitável e extremamente doloroso. Nossa Teshuvá não precisa garantir a conclusão instantânea, a mudança imediata. A Teshuvá deve ser, antes de tudo, sincera e real. A máxima expressão da Teshuvá verdadeira, que D'us espera de nós em Yom Kipur, é que possamos mostrar a Ele que estamos embarcando na longa e difícil, mas poderosa, jornada que nos permitirá futuramente evitar as transgressões pelas quais confessamos com arrependimento sincero.

Se durante Yom Kipur nós apresentarmos a D'us, não apenas sonhos, desejos e expectativas angelicais, mas planos concretos para um crescimento verdadeiro e sustentável, Ele certamente aceitará nossa Teshuvá. Pois mais do que nós queremos voltar, Ele, como um Pai misericordioso, quer Seus filhos de volta.
 

SHABAT SHALOM E TSOM KAL (UM JEJUM LEVE)
 
QUE SEJAMOS SELADOS NO LIVRO DA VIDA

 

R' Efraim Birbojm

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sábado, 28 de setembro de 2019

Mensagem Shaná Tová 5780

BS"D

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MENSAGEM SHANÁ TOVÁ 5780

 
Baruch Hashem, temos a incrível alegria de chegarmos ao fim de mais um ano. Mais um ciclo que se fecha em nossas vidas. Este foi um ano cheio de mudanças e aprendizados. A vida nos dá a incrível oportunidade de aprendermos sempre, com as boas notícias e com as dificuldades, com as alegrias e com as decepções, com as conquistas e com os fracassos. Chego ao fim de mais um ano orgulhoso com a bagagem acumulada. Chego de cabeça erguida, com a certeza de que, apesar de ter perdido algumas batalhas, sei que estou no caminho certo para vencer a guerra. Um ano de infinitas bondades de D'us, de maneira particular e coletiva.

Em especial, neste ano um dos meus maiores aprendizados foi o quanto precisamos confiar em D'us, e apenas Nele, como diz o profeta: "Maldito é aquele que confia nas pessoas... Bendito é aquele que confia em D'us" (Yirmiahu 17:5,7). Precisamos enxergar a mão de D'us em cada pequeno detalhe do que ocorre em nossas vidas, mesmo quando vai contra a lógica e quando não é da forma como gostaríamos, pois podemos ter a certeza de que tudo o que Ele faz é pura bondade. Nem sempre enxergamos imediatamente, mas se prestarmos atenção, ao menos podemos sentir que é Ele que está direcionando nossas vidas, e isto é suficiente para que possamos ficar tranquilos. A confiança em D'us espanta sentimentos negativos como o medo, a angústia, a preocupação e a tristeza.
 
Quando Yossef foi vendido como escravo ao Egito, a Torá ressalta que ele foi transportado em uma caravana de especiarias. Isto era um milagre, já que naquela região o comum era circularem caravanas com derivados de petróleo, materiais com cheiro muito ruim. Mas por que D'us precisou fazer este milagre? Apenas para dar um pouco mais de conforto a Yossef, enquanto ele era levado para o "inferno"? D'us fez questão de fazer o milagre pois, apesar de Yossef estar passando por um momento de grande dificuldade e incerteza, sem saber o que o aguardava no futuro, D'us quis dar a ele uma mensagem de esperança e tranquilidade: "Meu filho querido, sei que agora sua situação parece difícil. Você está indo ao Egito, um lugar que representa as limitações, os apertos. Mas não se preocupe, você não está indo sozinho. Eu estou indo junto com você".
 
Muitas vezes as bondades de D'us vêm escondidas, vêm de maneira que precisamos refletir para percebê-las. Por isso, desejamos "Shaná Tová Umetuká" (Um ano bom e doce), isto é, que o ano não seja apenas bom, mas que também possamos perceber as infinitas bondades de D'us em nossas vidas e que possamos sentir a doçura da Sua bondade. Isto não ocorre naturalmente. É necessário refletir, perceber, procurar.
 
Todos nós tivemos dificuldades e sofrimentos durante o ano. Mas sabemos que as dificuldades são fontes ocultas de bondades. E, apesar das dificuldades, apesar do que faltou em nossas vidas, precisamos enxergar as infinitas bondades que recebemos durante o ano, começando pelo simples ato de podermos acordar a cada manhã, por cada respiração, por cada batimento do nosso coração. Que presente maravilhoso é poder acordar todos os dias de manhã e enxergar as maravilhas do mundo, ou poder levantar da cama e caminhar com as nossas próprias pernas. Quanto vale ter saúde? Quanto vale ter família e amigos? Somos milionários! O simples fato de estarmos vivos por si só já vale o agradecimento e o reconhecimento a D'us.
 
Além de agradecer imensamente a D'us por todas as oportunidades que Ele mandou neste ano, tenho muito a agradecer a vocês, leitores do Shabat Shalom M@il. Sinto o quanto este e-mail já virou parte central da minha vida, uma fonte de aprendizado e satisfação. Uma incrível oportunidade de aprender e poder transmitir deliciosos ensinamentos de Torá. Alegra-me muito poder dividir com vocês a sabedoria da Torá, que nos preenche e ilumina nosso caminho em um mundo cada vez mais escuro espiritualmente.
 
Ao fecharmos o ciclo de mais um ano, aproveito a oportunidade para agradecer por todo o apoio, pelos elogios, incentivos e sugestões que recebi durante o ano. É gratificante escutar pessoas que compartilham os ensinamentos deste e-mail nas Seudót de Shabat. É uma grande alegria poder estar dando uma pequena contribuição para que os ensinamentos da Torá possam ser transmitidos para as futuras gerações, é o que me dá forças para continuar este trabalho, sempre tentando melhorar. Espero que os ensinamentos que eu compartilhei durante o ano possam ter ajudado no crescimento espiritual de cada leitor da mesma maneira que certamente ajudaram no meu próprio crescimento.
 
Agradeço a cada um dos leitores, por serem a minha fonte de inspiração e motivação para continuar este trabalho. Agradeço à minha esposa e filhos, pela alegria que me trazem e por abrirem mão do tempo que eu dedico para escrever o Shabat Shalom M@il. Agradeço aos meus pais, por toda a dedicação, pelo amor que recebi, pela excelente educação que me deram e pelos valores que me transmitiram. E, acima de tudo, agradeço a D'us, pela bondade infinita de ter me colocado em um caminho de Torá e Mitzvót e pela força que Ele me dá todos os instantes.
 
Que possamos aproveitar estes últimos dias do ano para aumentar ainda mais os nossos méritos. Como estamos todos de coração mais aberto, é hora de reconstruir relacionamentos abalados e pedir perdão àqueles que possamos ter magoado. Nestes últimos dias do ano abrem-se os portões da Misericórdia de D'us e recebemos uma ajuda especial para o nosso crescimento espiritual.
 
Aproveito a oportunidade para pedir perdão a qualquer um que possa ter se sentido ofendido pelas mensagens que eu enviei ou por alguma atitude que eu tenha tomado. Se alguém tiver alguma mágoa ou reclamação, por favor, me avise para que eu possa pedir perdão pessoalmente. Também perdoo de coração a qualquer um que possa ter me causado sofrimentos.
 
Que possamos ser inscritos no Livro da Vida, com muita saúde, sustento, alegrias, paz e espiritualidade. E que neste ano de 5780 possamos continuar nos encontrando, semanalmente, neste incrível mundo dos conhecimentos da Torá.
 
SHANÁ TOVÁ
 
Com muito carinho,
 
R' Efraim Birbojm – Shabat Shalom M@il

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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O QUE PODEMOS MELHORAR? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT NITZAVIM 5779 E ROSH HASHANÁ 5780

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VÍDEO DE ROSH HASHANÁ

O QUE PODEMOS MELHORAR? - PARASHAT NITZAVIM 5779 E ROSH HASHANÁ 5780

                         
Havia uma família de judeus não religiosos nos Estados Unidos. Um dos filhos começou a se aproximar do judaísmo aos poucos, até que acabou se tornando um judeu observante das Mitzvót. Justamente nesta época, o pai, que era encanador, foi despedido do trabalho e, como já tinha certa idade, não conseguia mais nenhum emprego. Certo dia, após passar a manhã inteira procurando emprego, o pai voltou para casa cansado e desanimado. Encontrou o filho sentado na mesa da sala, com um livro do Talmud aberto, estudando com vontade. Ele se inspirou e quis também estudar Talmud, então pediu para que seu filho lhe ensinasse. Em um primeiro momento, o filho não quis ensinar ao pai, explicando que era um estudo extremamente difícil. Porém, depois de muita insistência do pai, ele concordou em estudar diariamente com ele.

Como o filho esperava, o estudo foi realmente difícil. O pai nunca tinha estudado Talmud e teve muita dificuldade para entender a lógica do estudo. Os textos, escritos em aramaico, deixavam a tarefa ainda mais difícil. Porém, ele não desistia. Todos os dias estudavam um pouco, apesar quase não conseguirem avançar. Durante mais de um mês de estudo, tudo o que eles conseguiram foi terminar uma única página do Talmud. Apesar disso, o pai estava tão orgulhoso por ter terminado uma página que sugeriu que fizessem uma festa. O filho deu risada e explicou ao pai que algumas pessoas faziam uma festa quando terminam um Tratado inteiro do Talmud ou até mesmo um capítulo, mas que ninguém dava uma festa por ter terminado uma única página. Mas o pai insistiu que queria fazer uma festa e sugeriu ao filho que falasse com um dos vizinhos do prédio, que era rabino. Era o Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986), um dos maiores sábios da geração passada. O pai queria que o filho perguntasse ao rabino se realmente não era importante fazer uma festa por terem terminado uma página. O filho foi perguntar, envergonhado, achando que o rabino daria risada. Porém, para a sua surpresa, o Rav Moshe Feinstein aprovou a ideia. Além disso, apesar de ser uma pessoa extremamente ocupada, ele garantiu que também participaria da festa.

Durante a comemoração, o pai estava muito alegre, com um brilho especial no rosto. O Rav Moshe Feinstein falou algumas palavras de louvor ao pai, pelo seu imenso esforço. O pai foi dormir muito feliz e orgulhoso. Porém, na manhã seguinte, o pai não acordou. Infelizmente, ele havia falecido durante o sono. O Rav Moshe Feinsten foi ao enterro e pediu para falar algumas palavras. Muito emocionado, ele disse:

- Tem aqueles que adquirem o Mundo Vindouro com uma vida inteira de esforço, e tem aqueles que adquirem o Mundo Vindouro com apenas uma página de Talmud".
 
Desta história aprendemos dois ensinamentos muito importantes. Em primeiro lugar, o quão incrível é o impacto que nossos atos podem causar sobre as outras pessoas. E, em segundo lugar, como D'us nos julga de forma particular, cada um de acordo com suas ferramentas e seu objetivo de vida. Por isso, não devemos nos comparar com ninguém, e sim tentar fazer o melhor que podemos.

Nesta semana lemos a Parashat Nitzavim (literalmente "Parados"), que traz o discurso final de Moshé antes do seu falecimento. Moshé menciona nesta Parashat sobre a Mitzvá de Teshuvá, o arrependimento pelos nossos erros, e ressalta que é algo que está ao nosso alcance. E este é um dos motivos pelo qual normalmente lemos esta Parashat na época de Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico, também conhecido como o "Dia do Julgamento", que começaremos a reviver no próximo domingo de noite (29 de setembro).

Durante o ano, infelizmente cometemos muitos erros. Mas não precisamos desistir e nem desanimar, pois D'us nos dá a chance de consertarmos os nossos atos através da Teshuvá, que consiste em nos arrependermos sinceramente pelos nossos erros, nos afastarmos da transgressão e nos comprometermos a não voltar a errar futuramente. Porém, sobre quais pontos devemos focar em nosso processo de Teshuvá nestes últimos dias do ano? Há uma dica em um importante ensinamento do Talmud (Rosh Hashaná 18a): "Em Rosh Hashaná, todos os seres humanos passam diante de D'us como 'Bnei Maron'". O Talmud traz três explicações sobre o que significa "Bnei Maron". De acordo com a primeira explicação, trata-se de "KiBnei Imrana", um lugar muito estreito, com espaço para que apenas um animal passe de cada vez, e era utilizado por aqueles que precisavam contar seus animais para a retirada do "Maasser" (dízimo). De acordo com a segunda opinião, trata-se de "KeMaalot Beit Meron", uma montanha alta, onde havia uma passagem estreita, com um abismo dos dois lados, na qual passava apenas uma pessoa de cada vez. E, finalmente, de acordo com a terceira opinião, trata-se de "KeCheilót Shel Beit David", os soldados da época de David Hamelech que, quando saíam para a guerra, não iam todos juntos, e sim um após o outro, em uma fila.

Percebemos que as três opiniões estão transmitindo exatamente a mesma ideia: o julgamento de Rosh Hashaná é individual. Poderíamos ficar mais tranquilos se o julgamento fosse coletivo, pois talvez desta maneira D'us prestaria menos atenção nos nossos erros e teríamos em quem colocar a culpa pelos nossos maus atos. Porém, o Talmud vem nos ensinar que o julgamento é feito de forma individual. Passamos um por um diante de D'us, sozinhos, e todos os nossos atos, até mesmo cada pequeno detalhe, cada intenção e cada pensamento, são levados em consideração. Além disso, também não há em quem colocar a culpa, já que estamos sozinhos diante de D'us. Desta maneira, é mais fácil refletir e assumir a responsabilidade pelos nossos atos.

Porém, por que o Talmud precisou trazer três opiniões diferentes, se elas transmitem a mesma ideia? De acordo com o Rav Chaim Vologziner zt"l (Lituânia, 1749 - 1821), não há discussão entre as três opiniões, elas trazem a ordem do julgamento de Rosh Hashaná.

De acordo com a primeira opinião, "Kibnei Imrana", aprendemos que a primeira coisa pela qual somos julgados em Rosh Hashaná é pela nossa fala, que em hebraico é "Amirá". Assim nos ensina o profeta: "Pois eis que Ele forma as montanhas e cria o vento, e declara ao homem qual é a sua fala" (Amós 4:13). No julgamento é mostrado ao ser humano "qual é a sua fala", isto é, o valor de cada palavra e a destruição que cada palavra pode causar, no mundo material e nos mundos espirituais. A pessoa muitas vezes fala Lashon Hará (maledicência) sobre seu companheiro, humilha pessoas e cria discussões, mas quando é advertido, responde: "Mas eu não fiz nada, só falei o que penso!". Não nos importamos com o que dizemos, pois achamos que são só palavras, que a fala é apenas um vento que sai da nossa boca.
 
O Rav Yossef Chaim zt"l (Iraque, 1832 - 1909), mais conhecido como Ben Ish Chai, explica porque o versículo do profeta Amós conecta o conceito de que D'us criou montanhas e ventanias com o conceito do julgamento pela nossa fala. Se não fossem as montanhas, não haveria vida. No mar se formam ventos fortes, que causariam muita destruição caso viessem para a terra. As montanhas formam uma barreira natural e não permitem que os ventos fortes destruam o mundo. Se não fosse pela ação das montanhas, os tornados seriam arrasadores. Mas por que D'us criou os ventos fortes, que podem destruir o mundo? Para nos ensinar que o vento pode destruir. O mesmo vento que sai da nossa boca quando falamos pode matar. É por isso que a primeira coisa pela qual somos julgados em Rosh Hashaná é o uso da nossa fala. Usamos o dom da fala para construir, elogiar e consolar, ou para destruir, denegrir e humilhar?

De acordo com a segunda opinião, "Maalot Beit Meron", aprendemos que a segunda coisa pela qual somos julgados é o quanto aproveitamos do nosso potencial. A linguagem "Maalot" também significa "níveis". Mesmo quando duas pessoas fazem exatamente a mesma transgressão, o julgamento das duas não é igual. Cada pessoa tem seu nível e é julgada de acordo com o seu potencial. O mesmo vale para as Mitzvót que fizemos, o peso de cada uma delas depende do nível da pessoa. A pessoa não pode ficar tranquila, pensando "eu faço mais que os outros", pois cada um será julgado de acordo com o seu potencial e as suas ferramentas. A pessoa com mais possibilidades e mais aptidões está "devendo" mais para D'us. Não podemos nos acomodar e nos sentirmos satisfeitos com nossa espiritualidade atual, pois talvez podemos muito mais. Devemos refletir sempre se estamos fazemos tudo o que realmente poderíamos segundo o nosso potencial.

De acordo com a terceira opinião, Cheilót Shel Beit David, aprendemos qual é a terceira coisa pela qual somos julgados. Se no meio da guerra um simples soldado foge da frente de batalha, ele é julgado como desertor e pode ser condenado a alguns meses de prisão. Porém, se um general fugir e, por causa dele, os soldados se apavorarem e perderem a guerra, certamente ele receberá uma pena muito mais rigorosa. Como somos seres sociais, tudo o que fazemos influencia outras pessoas. Uma pessoa que fala Lashon Hará incentiva que outros também falem, e uma pessoa que senta e estuda Torá influencia outras pessoas a estudarem. Portanto, não somos julgados apenas pelos nossos atos, mas também pela maneira como influenciamos outras pessoas.

Portanto, são estes os três pontos nos quais devemos focar em nosso processo de Teshuvá nestes últimos dias do ano: o cuidado com a fala, pois nossa fala faz muita diferença, tanto no mundo material quanto nos mundos espirituais; lembrar que cada um é julgado de acordo com o seu potencial e, portanto, não devemos nos achar melhores do que ninguém, nem ficar nos comparando com os outros, pois não sabemos qual é o nosso verdadeiro potencial; e, finalmente, lembrar sempre que também somos julgados pela influência que nossos atos causam aos outros, para o bem ou para o mal.
 

SHABAT SHALOM E SHANÁ TOVÁ
 
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R' Efraim Birbojm

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l, Eliezer ben Arieh z"l; Arieh ben Abraham Itzac z"l, Shmuel ben Moshe z"l, Chaia Mushka bat HaRav Avraham Meir z"l, Dvora Bacha bat Schmil Joseph Rycer z"l, Alberto ben Esther z"l, Malka Betito bat Allegra z"l, Shlomo ben Salha z"l, Yechiel Mendel ben David z"l, Faiga bat Mordechai HaLewy z"l.
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(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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