quinta-feira, 5 de abril de 2012

SHABAT SHALOM MAIL - PESSACH 5772

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PENSANDO NOS OUTROS - PESSACH 5772 (06 de abril de 2012)



"O pai do Rav Paysach Krohn procurava cumprir com perfeição a Mitzvá de "Achnassat Orchim" (receber convidados). Ele preparou no sótão de sua casa um local especial para receber hóspedes, com tudo o que era necessário para que o convidado tivesse tranquilidade e se sentisse à vontade. Muitas personalidades de Torá passaram pela sua casa e desfrutaram de sua recepção calorosa. E ele fazia questão de não cobrar nada dos seus convidados pela estadia.



Porém, com o Rav Shalom Shwadron, mais conhecido como "O Maguid de Yerushalaim", foi diferente. Assim que ele chegou aos Estados Unidos, foi convidado para ficar na casa do pai do Rav Paysach Krohn, mas ele se recusou a ficar sem pagar pela estadia. Após muita insistência, o dono da casa concordou em cobrar. Fez as contas e, para a surpresa do Rav Shalom Shwadron, pediu um valor extremamente alto. Mas como ele sabia que não encontraria nenhum outro lugar onde ficaria tão confortavelmente instalado, aceitou.



Com o tempo, uma grande amizade se criou entre o Rav Shalom Shwadron e a família do Rav Paysach Krohn. Passados cinco meses, o Rav Shalom Shwadron decidiu que era hora de voltar para Israel. No dia da partida, toda a família acompanhou o ilustre hóspede até o navio que o levaria de volta para casa. Na privacidade da cabine do Rav Shalom Shwadron, o pai do Rav Paysach Krohn estendeu para ele um envelope cheio de dinheiro. Diante da expressão de dúvida do Rav Shalom Shwadron, ele explicou:



- Este é o dinheiro dos últimos cinco meses de aluguel que você me pagou. Eu nunca tive intenção de receber um único centavo deste dinheiro, ao contrário, nós é que deveríamos ter pago por tudo o que recebemos de você durante este período. Todo o dinheiro que eu recebi foi diretamente colocado neste envelope.



O Rav Shalom Shwadron foi pego tão de surpresa que sua única reação foi rir e perguntar:



- Se você nunca teve intenção de receber o dinheiro, então por que cobrou um valor tão alto?



O pai do Rav Paysach Krohn respondeu com um largo sorriso no rosto:



- Eu quis te deixar à vontade para que utilizasse tudo o que havia em casa. Se eu tivesse pedido um valor baixo, você acharia que pagou pouco e ficaria receoso em utilizar o telefone, a eletricidade e a comida. Mas ao pedir um valor alto, eu tive a certeza de que você usaria tudo o que precisava sem nenhum tipo de constrangimento.



Então, com lágrimas nos olhos, os dois se abraçaram e se despediram"  



Este é um exemplo do que a Torá exige em relação à forma como devemos fazer bondades, procurando entender realmente o que o outro necessita. Quando convidamos alguém em nossa casa, naturalmente a pessoa se sente inibida. Devemos fazer de tudo para que nossos convidados se sintam à vontade.



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O próximo Shabat coincide com a festa de Pessach, a época do ano em que revivemos a libertação da escravidão egípcia, depois de mais de dois séculos de sofrimentos, humilhações e trabalhos pesados. Na primeira noite (e fora de Israel também na segunda noite) reunimos nossas famílias e amigos e, com muita alegria, fazemos o Seder de Pessach, seguindo os 15 passos da Hagadá. Um dos passos centrais é o "Maguid", no qual lemos em voz alta os textos que recontam todos os detalhes da escravidão e a posterior salvação do povo judeu.



Começamos o "Maguid" com o texto "Ha Lachmá Aniá" (Este é o pão da pobreza). Neste texto nós convidamos todo aquele que tem fome, que venha e coma conosco, e todo aquele que necessita de um lugar para comer o Korban Pessach (sacrifício de Pessach), que venha e participe conosco. Em outras palavras, começamos o Seder de Pessach com um gesto muito bonito, convidando todos os pobres e necessitados a participarem das comemorações conosco.



Mas este convite traz consigo uma série de questionamentos. Em primeiro lugar, este convite é feito no local errado, pois quando o fazemos, já estamos na privacidade de nossas casas, onde nenhum pobre pode escutar. Por que não fazemos o convite em voz alta na sinagoga, anunciando a todos que nossa casa está aberta a qualquer um que queira participar? Além disso, o convite é feito no momento errado, apenas depois do Kidush, e aquele que não escutou o Kidush não pode participar da refeição. Se o intuito é receber convidados no momento do "Há Lachmá Aniá", por que o convite não é feito antes do Kidush? E finalmente, o Korban Pessach não precisava ser oferecido individualmente, ele podia ser oferecido por um grupo de pessoas. Durante o Seder, o Korban que havia sido oferecido era dividido entre todos os participantes do grupo, de forma que todos recebiam uma parte para comer. Mas a Halachá (lei judaica) ensina que se uma pessoa quisesse comer do Korban Pessach oferecido por certo grupo, ela já deveria fazer parte do grupo no momento em que o animal era sacrificado. Então por que convidar para comer do nosso Korban Pessach uma pessoa estranha, que não fazia parte do grupo no momento do sacrifício, já que ela não poderia, de acordo com a Halachá, comer deste Korban?



A explicação mais simples é que, na verdade, o convite é apenas simbólico. Existe uma Mitzvá chamada "Kimcha d'Pischa", que consiste em levantar fundos para que todo judeu possa ter um Seder de Pessach honrado, mesmo os mais carentes. Muitas pessoas e instituições participam desta importante Mitzvá, ajudando a recolher fundos e distribuí-los entres os necessitados. Todo judeu tem a obrigação de se preocupar com os outros judeus e participar desta importante Mitzvá. Quando finalmente chegamos ao Seder de Pessach, simbolicamente convidamos todos os necessitados, pois por termos ajudado os pobres a terem um Seder honrado, é considerado como se estivéssemos convidando-os para nossa própria mesa.



Mas segundo o Rav Yohanan Sweig, há uma explicação mais profunda. Ensina o Talmud (Baba Batra 98b) que não é correto um convidado trazer outro convidado. Este ensinamento é uma grande lição de "bons modos". Quando uma pessoa recebe um convite para comer em algum lugar, não pode trazer consigo um amigo sem a permissão do dono da casa. A única exceção a esta regra é se o convidado for alguém importante e honrado, e neste caso ele pode trazer outro convidado mesmo sem pedir permissão ao dono da casa.



Mas como este conceito se conecta com o "Ha Lachmá Aniá" da Hagadá? Explica o Rav Yohanan Zweig que o Seder de Pessach é a celebração da salvação do povo judeu e, por isso, esta noite deve ser muito especial para todos os judeus. Mas em geral, quem está passando o Seder como convidado em outra casa se sente um pouco inibido, não consegue se sentir totalmente à vontade. Para evitar este sentimento e incentivar que todos participem bastante nesta noite, começamos o Seder permitindo que os nossos convidados convidem outras pessoas. Assim, fazemos com que todos se sintam pessoas honradas, para que possam participar de maneira mais espontânea. Nesta noite cada judeu deve se sentir como se tivesse saído pessoalmente do Egito, e por isso é imprescindível que os convidados se sintam confortáveis, para que falem livremente e possam cumprir a Mitzvá de recontar a saída do Egito, como diz o versículo "E contarás ao seu filho neste dia" (Shemot 13:8). Portanto, o convite do "Ha Lachmá Aniá" é feito para os convidados já presentes, para que se sintam completamente à vontade, e não para os convidados que estão ausentes.



Daqui vemos a importância de deixar nossos convidados à vontade e fazer de tudo para evitar qualquer tipo de constrangimento. Nossos sábios levaram este ensinamento muito a sério e constantemente o aplicaram na prática. Por exemplo, o Rav Yom Tov Heller, mais conhecido como Tossafot Yom Tov, costumava derramar vinho na toalha limpa durante o Seder de Pessach, para que seus convidados, caso acidentalmente derramassem vinho, não se sentissem envergonhados.



A verdade é que não devemos utilizar este ensinamento apenas para o Seder de Pessach, devemos praticá-lo em todas as áreas de nossas vidas. Devemos desenvolver nossa sensibilidade em relação aos outros, sentir a necessidade do próximo, buscar fazer as bondades de forma completa, não apenas com os nossos convidados, mas com todos à nossa volta. Somente quando cada judeu realmente se preocupar com o próximo teremos o mérito de ver o cumprimento das últimas palavras da Hagadá: "No próximo ano em Jerusalém reconstruída". Que elas se cumpram, com a ajuda de D'us e a nossa contribuição, ainda este ano.



SHABAT SHALOM e PESSACH KASHER VE SAMEACH



R' Efraim Birbojm

quarta-feira, 28 de março de 2012

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ TZAV 5772

BS"D

PARA CIMA E PARA BAIXO AO MESMO TEMPO - PARASHÁ TZAV 5772 (30 de março de 2012)

"Um grupo de garotos estava reunido sob uma imensa árvore, admirando sua altura. Entre eles estava Shmuel, um garoto muito bonzinho e de coração puro. Um dos garotos teve a idéia de fazer uma competição para ver quem conseguia subir mais alto na árvore, e todos concordaram.

A competição começou e, um a um, os garotos tentavam subir, mas passada certa altura, eles caíam. Apenas Shmuel não desistiu. Com coragem e persistência ele foi subindo, pouco a pouco, até chegar ao topo da árvore, vencendo a competição.

A mãe de Shmuel, que estava acompanhando tudo sentada em um banco próximo à árvore, perguntou:

- Shmuel, por que todos os meninos caíram no meio, mas você conseguiu ir até o final?

Shmuel respondeu com um sorriso no rosto:

- Quando os outros meninos estavam tentando chegar ao topo, percebi que todos cometiam o mesmo erro. Quando eles estavam bem alto, olhavam para baixo e, vendo a altura que estavam, se apavoravam e caíam.

- Mas eu fiz diferente - continuou Shmuel - Eu olhei o tempo inteiro para cima. E como meus olhos estavam voltados sempre para cima, por mais alto que eu subisse, eu sentia que ainda estava baixo. Assim eu consegui reunir forças e tranquilidade para chegar até o topo da árvore"

Precisamos viver com a coragem de olhar sempre para cima, investindo no nosso crescimento. Aquele que olha só para baixo fica preso no chão e não consegue atingir o seu potencial. Mas aquele que olha para cima consegue chegar no topo.

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A Parashá desta semana, Tzav, começa com uma Mitzvá pouco convencional, chamada "Trumat HaDeshen". Em que consistia esta Mitzvá? Antes de começar os serviços matinais no Templo, o Cohen (sacerdote) precisava remover todas as cinzas que haviam sobrado das oferendas do dia anterior. Em outras palavras, o Cohen, que era alguém espiritualmente muito elevado, precisava fazer uma faxina, algo aparentemente degradante para sua posição de líder espiritual. Por que uma Mitzva tão "baixa" para alguém tão elevado?

Explica o Kli Yakar, comentarista da Torá, que as cinzas serviam para recordar o Cohen de Avraham Avinu, que reconheceu que o ser humano veio do pó e das cinzas, como ele falou para D'us: "Sou apenas pó e cinzas" (Bereshit 18:27). Isto significa que, justamente pelo Cohen ser alguém tão elevado, era importante que ele colocasse humildade em seu coração, refletindo que o ser humano, no fim das contas, não é nada.

Além deste ensinamento da nossa Parashá, existem na Torá diversas fontes que ressaltam a natureza baixa do ser humano. Por exemplo, o Pirkei Avót diz: "Saiba de onde você veio e para onde você vai... De onde você veio? De uma gota pútrida. E para onde você vai? Para um lugar de pó, vermes e larvas" (Avót 3:1). Há outro Pirkei Avót que ressalta a mesma idéia: "Seja muito, muito baixo de espírito, porque a esperança do ser humano são as larvas" (Avót 4:4).

Vemos, através destas diversas fontes, que o ser humano precisa constantemente se rebaixar e se sentir como se fosse um nada, o pó da terra. Mas há neste conceito uma aparente contradição, pois há diversos ensinamentos que, ao contrário, ressaltam justamente a grandeza inerente do ser humano, como diz o Talmud: "Aquele que salva uma vida, a Torá considera como se tivesse salvado o mundo inteiro" (Sanhedrin 37a). O próprio Pirkei Avót, que ressaltou o lado baixo do ser humano, também ensina o seu lado de grandeza: "O ser humano é precioso, pois ele foi criado à imagem de D'us" (Avót 3:18). O que significa esta contradição? Afinal, o ser humano é uma criatura elevada e preciosa ou uma criação de natureza baixa e desprezível?

Explica o Rav Yehonatan Gefen que não há nenhuma contradição. Os diferentes ensinamentos dos nossos sábios são, na realidade, dois enfoques diferentes sobre o ser humano. Um tipo de ensinamento enfoca a parte material, enquanto o outro enfoca a parte espiritual. Quando nossos sábios ressaltam a natureza baixa do ser humano, se referem ao corpo, aos desejos materiais, que são passageiros. Quando ressaltam a grandeza do ser humano, se referem à nossa alma, de grandeza infinita, uma parte de D'us que temos dentro de cada um de nós.

Mas por nossos sábios escreveram estes ensinamentos de maneira a nos dar a impressão de que existe uma contradição? Pois devemos constantemente utilizar estes dois enfoques juntos no nosso trabalho espiritual. Como fazer isso? Lembrando-se sempre que temos, por um lado, um gigantesco potencial espiritual, mas que por outro lado nossa passagem pelo mundo material é limitada, pois do pó viemos e ao pó voltaremos, e toda nossa oportunidade de crescimento deve ser atingida durante nossa vida limitada. Portanto, devemos aproveitar cada segundo para preencher nosso potencial enquanto ainda temos tempo. 

Outro motivo pelo qual nossos sábios trazem os dois lados do ser humano é para nos ensinar que precisamos viver com equilíbrio, pois se focarmos em apenas um deles, é muito fácil desviar do caminho correto. Por exemplo, sem a lembrança de que somos apenas pó e cinzas, podemos nos tornar arrogantes. Mas o outro lado é ainda mais perigoso. Sem a consciência de que somos seres elevados, criados à imagem e semelhança de D'us, uma pessoa pode tornar-se depressiva e deixar de dar valor à sua própria essência. É um dos motivos pelo qual vemos cada vez mais pessoas tristes e sem motivação na vida.

Outro efeito negativo de esquecer nosso lado espiritual elevado é a pessoa se conectar aos desejos materiais com tanta intensidade que passa a se comportar como um animal, completamente controlada por suas vontades.

Portanto, podemos perceber que estes dois enfoques, de que temos um lado baixo e um lado elevado, devem ser usados juntos em várias áreas da vida. Mas infelizmente na área de educação das crianças, uma das mais importantes na formação de pessoas equilibradas e felizes, acabamos negligenciando este conceito e focando muito mais no lado negativo do que no lado positivo. Por exemplo, quando os pais e educadores veem uma criança fazendo algo errado, dão uma enorme bronca, focando apenas no erro e questionando as qualidades da criança, destruindo assim seus pilares de auto-estima. A criança se sente um verdadeiro Rashá (malvado) após ter cometido uma pequena transgressão, e pode levar este trauma para toda sua vida, destruindo seu potencial.

Como é a forma correta de repreender uma criança que fez algo errada? Conta o Rav Avraham Twersky que seu pai era um grande modelo de educador. Quando o Rav Twersky era pequeno e fazia algo errado, seu pai o repreendia, mas com um tom calmo e utilizando as seguintes palavras em Yidish: "Ess Past Nisht" (isto não lhe fica bem). O que ele transmitia ao filho com estas palavras? Que aquela transgressão, algo baixo, não combinava com o seu caráter elevado. A sua alma era simplesmente muito preciosa para ser exposta ao risco de se sujar ou se estragar. Isto transmitia para o filho o quanto seu erro, motivado pelos desejos do corpo, era feio. Mas ao mesmo tempo não o deixava esquecer de sua grandeza espiritual.

Portanto, o equilíbrio ideal é o que descreve o Talmud: "Sempre a mão esquerda deve afastar e a mão direita deve aproximar" (Sotá 47a). A mão esquerda representa o julgamento estrito, enquanto a mão direita representa a bondade. Mesmo quando tivermos que dar uma bronca em alguém, a parcela negativa da bronca deve ser sempre menor do que a parcela positiva. Muitos utilizam na prática este ensinamento através da "crítica sanduíche", isto é, sempre uma bronca deve ser precedida por um elogio e deve ser terminada com outro elogio. Assim, a pessoa sente que a bronca foi dada por amor e não sente seu ego ferido. Alcançamos assim nosso objetivo de ajudar a corrigir o erro do próximo e contribuir para construir uma pessoa melhor, sem precisar demolir tudo antes.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

quarta-feira, 21 de março de 2012

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAYIKRÁ 5772


BS"D



VOCÊ E SUAS PARTES - PARASHÁ VAYIKRÁ 5772 (23 de março de 2012)



"Na época da destruição do Primeiro Beit Hamikdash (Templo Sagrado), D'us instruiu um de seus anjos que fosse a Jerusalém e pintasse a letra "Taf" em sangue na testa de todos os Reshaim (malvados), significando que eles estavam marcados para a morte. Já em relação aos Tzadikim (justos), D'us instruiu o anjo que pintasse em suas testas a letra "Taf" em tinta, indicando que eles seriam poupados da destruição. Então o Atributo da Justiça apresentou-se diante de D'us e questionou:



- Por que os Tzadikim serão poupados da destruição?



- Pois eles cumprem a Minha vontade e andam nos Meus caminhos – respondeu D'us.



- Mas D'us – contestou o Atributo da Justiça – eles convivem com os Reshaim e nada fazem para que eles abandonem as transgressões e voltem aos caminhos corretos! Eles não protestam e nem os criticam.



- Você está certo – explicou D'us – Mas Eu sei que são pessoas tão malvadas que, mesmo se os Tzadikim dessem grandes broncas nos Reshaim e os tentassem trazê-los de volta, não teriam sucesso.



- Você sabe, D'us, pois Seus conhecimentos são infinitos – argumentou o Atributo da Justiça – mas eles não sabiam que se dessem broncas elas seriam ignoradas e cairiam em ouvidos fechados. E mesmo assim não tentaram fazer nada pelos Reshaim.



Aos escutar aquele argumento, D'us foi obrigado a aceitar a acusação do Atributo da Justiça. Imediatamente mandou que o anjo descesse para Jerusalém e marcasse todas as pessoas com o "Taf" em sangue, inclusive os Tzadikim, que nada fizeram pelos Reshaim" (Talmud Shabat 55a)



Há um famoso Midrash (parte da Torá Oral) que compara o povo judeu a um cordeiro. Qual a conexão? Se o cordeiro é atingido em uma parte do corpo, todos os outros órgãos também sentem a pancada e a dor se espalha por todo o corpo. Assim também ocorre espiritualmente com o povo judeu: quando um comete uma transgressão, o povo inteiro sente. Todos os judeus são parte de uma unidade, tanto para o bem, dividindo os méritos conquistados, quanto para o mal, pagando juntos pelas transgressões cometidas.



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Nesta semana começamos o terceiro livro da Torá, Vayikrá. E na Parashá da semana, Vayikrá, a Torá descreve diversos tipos de Korbanót (sacrifícios) que eram oferecidos pelo povo judeu para D'us. Um dos Korbanót chamava-se "Korban Chatat" e era trazido por uma pessoa que havia cometido certos tipos de transgressão. O propósito deste Korban era justamente expiar a pessoa pelo pecado que ela havia cometido.



A Parashá começa com uma regra geral sobre os Korbanót: "Quando um homem dentre vocês oferecer um Korban para D'us, do animal, do gado e do rebanho oferecerá os Korbanót deles" (Vayikrá 1:2). Mas há algo estranho neste versículo, pois ele começa no singular, falando de uma pessoa que oferece um sacrifício para D'us, mas termina no plural, falando de sacrifícios de várias pessoas. O que mudou entre o começo e o final do versículo?



Uma das grandes dificuldades que temos para entender conceitos espirituais é o fato de vivermos em uma sociedade guiada apenas por valores materiais e imediatistas. Quando nos aprofundamos nos ensinamentos da Torá, descobrimos que fomos enganados a vida inteira na nossa forma de ver o mundo. Por exemplo, crescemos com a certeza de que somos seres individuais, desconectados das outras pessoas. E com este pensamento nos tornamos individualistas e competimos contra todos, com todas as nossas forças, para alcançar nossos objetivos. Cada vez mais as empresas, em busca de produtividade e lucro, procuram formas de criar ambientes mais competitivos, resultando em verdadeiras "selvas" dentro dos escritórios, com um tentando engolir o outro em busca de sucesso. Não é suficiente apenas subir para chegar ao topo, também é necessário derrubar a pessoa ao lado.



Já o judaísmo ensina que a idéia de que somos seres individuais é uma grande enganação. Diz o Midrash (parte da Torá Oral) que "todo judeu é fiador dos outros judeus". O que isto significa?



Quando uma pessoa pede dinheiro emprestado, o credor exige sempre uma garantia de que o empréstimo será pago. Uma das maneiras de garantir a devolução do dinheiro é incluir na transação um fiador, isto é, alguém que se responsabiliza pelo devedor. No caso do devedor não pagar a dívida na data combinada, é o fiador que precisa pagar.



O que ocorre quando alguém comete uma transgressão? Ele mancha sua alma. E enquanto a alma estiver suja e manchada, não é possível entrar nos mundos espirituais mais elevados. Portanto, a pessoa precisa limpar sua alma caso ela cometa uma transgressão. Os Korbanót eram uma maneira de expiar pelo pecado e limpar a alma. Atualmente não temos mais os Korbanót, mas ainda podemos limpar nossa alma através do arrependimento sincero. Outra maneira é através dos sofrimentos, tanto sofrimentos físicos neste mundo quanto sofrimentos espirituais depois que sairmos deste mundo. Teoricamente cada um precisaria limpar apenas suas próprias transgressões, mas não é tão simples assim.



Explica o livro Tomer Dvora, do Rav Moshe Cordovero, que todos os judeus estão espiritualmente conectados. Isto significa que dentro da alma de cada pessoa há uma parte da alma de cada judeu do mundo. Portanto, quando cometemos uma transgressão, não apenas manchamos nossa própria alma, mas também parte da alma de todos os judeus. E a parte que nós temos dentro dos outros também é manchada quando alguém comete uma transgressão. Esta nossa parte que está dentro dos outros e se manchou também precisa de expiação. Neste sentido, todo judeu é fiador dos outros judeus, pois a "conta" será dividida entre todos.



Portanto, esta é a explicação da mudança de linguagem utilizada no versículo, que começa no singular e termina no plural. Toda vez que uma pessoa trazia um Korban para expiação de seus pecados, não apenas para si mesma ela trazia, mas para expiação de todo o povo judeu, que havia "participado" com ela em sua transgressão.



Este conceito pode ser extrapolado para outras áreas da vida. Muitas vezes vemos uma pessoa que está feliz por alguma conquista e não sentimos nenhuma alegria por ela. Outras vezes vemos pessoas passando por difíceis sofrimentos e não nos solidarizamos. Isto ocorre por não entendermos que estamos todos conectados e, portanto, as alegrias dos outros são nossas próprias alegrias e as tristezas dos outros são as nossas próprias tristezas. Também devemos nos preocupar com o bem estar das outras pessoas e que todos do povo judeu conheçam um pouco mais da Torá e das Mitzvót. Não adianta apenas nós mesmos conhecermos e andarmos no caminho correto, pois enquanto houver um único judeu afastado da espiritualidade, a "conta" será dividida entre todos.



Esta é a explicação mais profunda da Mitzvá de "Ame ao próximo como a ti mesmo", pois, da mesma forma que nos amamos e cuidamos de nós mesmos, devemos amar e cuidar da parte da nossa própria alma que está dentro de todos os outros judeus do mundo. Se não cuidarmos, na hora do acerto de contas espiritual descobriremos que nosso débito é bem maior do que imaginamos. Por isso, faça sua parte.



SHABAT SHALOM



R' Efraim Birbojm

quinta-feira, 15 de março de 2012

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5772

BS"D

 

DÊ O EXEMPLO – PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5772 (16 de março de 2012)

 

"Paulo, torcedor fanático de futebol, levava seus dois filhos para o jogo do seu time do coração. Na bilheteria, perguntou o preço do ingresso.

 

- Acima de 12 anos o ingresso é R$ 20,00. Entre 7 e 12 anos o ingresso custa R$ 10,00. Até 6 anos a entrada é gratuita -  informou o rapaz da bilheteria.

 

O rapaz viu os dois garotos, pareciam pequenos. Perguntou a idade deles, com a certeza de que o pai responderia que os dois tinham menos de 6 anos. Mas, para sua surpresa, Paulo respondeu:

 

- Um deles tem quatro e o outro tem sete anos.

 

- O senhor poderia ter dito que o mais velho tem só 6 anos - disse o rapaz da bilheteria - Ele é pequeno, eu não desconfiaria. Assim você teria economizado 10 reais.

 

Paulo abriu um sorriso e respondeu:

 

- Você talvez nunca ficaria sabendo a idade verdadeira, mas meus filhos com certeza sabem. E o mau exemplo ficaria gravado na cabeça deles para sempre. Eu ganharia 10 reais, mas perderia muito mais. Perderia a incrível oportunidade de ensinar a importância da honestidade para os meus filhos"

 

Reclamamos da desonestidade dos políticos e dirigentes. Abominamos as notícias de desvios de dinheiro e corrupção. Mas será que somos honestos nos nossos atos cotidianos? Que exemplo passamos aos nossos filhos quando fazemos nossos pequenos atos de "malandragem"?

 

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Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Vayakel e Pekudei, terminando o segundo livro da Torá, Shemót. Enquanto as Parashiót Terumá e Tetzavê descreveram com detalhes todas as ordens de D'us de como deveria ser a construção do Mishkan (Templo Móvel), isto é, as instruções teóricas, nas Parashiót lidas nesta semana são descritos todos os detalhes da execução do Mishkan na prática.

 

O Mishkan foi construído com materiais nobres, como ouro, prata e pedras preciosas. De onde vieram todos estes materiais? Foram doados pelo povo judeu. Apesar de serem materiais muito caros, os judeus não mediram esforços e, com enorme boa vontade, doaram todos os materiais necessários.

 

Na verdade, a generosidade do povo judeu foi tão grande que Moshé, avisado pelos artesãos responsáveis pela construção do Mishkan, pediu para que o povo parasse de doar, já que a quantidade necessária de materiais havia sido atingida. Após o anúncio de Moshé, a Torá traz um versículo interessante: "E o trabalho (de doação do povo) era suficiente para todo o trabalho, para fazê-lo. E sobrou" (Shemot 36:7). Este versículo desperta duas grandes perguntas. Em primeiro lugar, há uma enorme contradição, pois se o versículo diz que havia suficiente, por que logo depois diz que sobrou? Além disso, o que foi feito com estas sobras?

 

Os materiais doados foram utilizados em todas as partes do Mishkan. Na estrutura, nos utensílios, nos tecidos e nas roupas dos Cohanim (sacerdotes). Mas o maior desejo das pessoas era que sua doação fosse utilizada na construção do Aron Hakodesh (Arca Sagrada), utensílio que continha as tábuas dos 10 mandamentos e o Sefer Torá escrito pessoalmente por Moshé Rabeinu. Este utensílio era tão importante que ficava no "Kodesh Hakodashim", o lugar mais sagrado dentro do Mishkan, onde apenas o Cohen Gadol (Sumo sacerdote) podia entrar, e somente em Yom Kipur, o dia mais sagrado do ano. Moshé começou a se preocupar com os doadores dos materiais que, ao passarem pelo Mishkan, pensariam: "com o meu ouro foi feito o Aron Hakodesh", o que causaria neles um sentimento de Gaavá (orgulho).

 

Mas será que Moshé realmente precisava se preocupar? E se o povo sentisse Gaavá, qual o problema? Ensina o livro Orchot Tzadikim (Psicologia dos Justos) que a Gaavá é considerada por D'us uma abominação. A pessoa orgulhosa se sente melhor que os outros e acaba achando que não precisa nem mesmo de D'us. E assim D'us diz sobre os orgulhosos: "Eu e ele não podemos viver no mesmo mundo". Portanto, se as pessoas que doaram os materiais para o Mishkan sentissem Gaavá, isto seria uma grande contradição com o propósito de sua construção. O Mishkan era uma morada para D'us, isto é, uma maneira de trazer a presença Divina para o mundo material, e definitivamente as pessoas orgulhosas e a presença de D'us são duas coisas que não combinam.

 

Moshé não ficou de braços cruzados vendo o povo judeu transgredir. O que ele fez para ajudar o povo a não sentir Gaavá? Ele propositalmente pediu que as pessoas doassem um pouco a mais de material do que era necessário para a construção. O que sobrou foi empilhado e deixado em um local bem visível, onde todos que passavam pelo Mishkan podiam enxergar. Por que? Para que, quando vissem, pensassem que era sua doação que não havia sido aceita por D'us. Isto "derrubava" o coração da pessoa, pois ela imaginava que D'us estava descontente por alguma transgressão que ela havia cometido. A consequência é que a pessoa se arrependia de todas as suas transgressões e colocava humildade em seu coração, fugindo da terrível característica de Gaavá.

 

Quando pensamos nas características de um líder, infelizmente as primeiras idéias que vêem à nossa cabeça são corrupção, desejo pelo poder e interesses próprios. Parece que o normal é um líder não se importar de verdade com o seu povo. Mas a Torá nos deu um presente: um modelo de um líder verdadeiro, que nos ensinou, não apenas com suas palavras, mas principalmente com seus atos, quais características um verdadeiro líder deve possuir.

 

Em primeiro lugar, o que nos chama a atenção é a honestidade de Moshé. Assim diz o versículo sobre a doação dos materiais nobres: "E pegaram da frente de Moshé toda a doação que trouxeram os Filhos de Israel" (Shemot 36:3). O que significa "da frente de Moshé"? As pessoas traziam suas doações para a tenda de Moshé e de lá eram levadas para o local da construção do Mishkan. Se Moshé quisesse ser desonesto, poderia pegar o que quisesse para si mesmo, pois estava tudo na porta de sua casa. E ele poderia pegar sem peso na consciência, bastava convencer a si mesmo que merecia enriquecer por todo seu esforço em prol do povo judeu.

 

Mas Moshé venceu qualquer tipo de tentação. Além de não pegar absolutamente nada para si mesmo, Ele ainda avisou quando as doações já estavam suficientes, para que as pessoas parassem de doar. E a Torá ainda ressalta que Moshé, apesar de estar acima de qualquer suspeita, fez questão de prestar contas de todos os gastos, mostrando que tudo o que foi doado foi devidamente utilizado na construção do Mishkan, como está escrito "Estas são as contas do Mishkan..." (Shemot 38:21).

 

Em segundo lugar, nos impressiona a preocupação verdadeira de Moshé com o povo. Se as pessoas iriam sentir Gaavá, o que ele perderia com isso? Nada. Porém, ele se preocupou com o povo e fez de tudo para afastá-los das transgressões. Isto demonstra o grande amor de Moshé pelo povo judeu e a responsabilidade que ele sentia de ser, antes de tudo, um grande professor e educador do povo. Sua preocupação com o bem estar das pessoas era verdadeira e sincera, como deve ser a de um líder de verdade.

 

Na realidade estes ensinamentos não são apenas para os líderes. A honestidade e a preocupação com o próximo devem ser as bases de todo ser humano. Julgamos os políticos desonestos e interesseiros, mas se estivéssemos lá, será que faríamos diferente? Como nos comportamos nos pequenos testes do cotidiano? Quando recebemos troco a mais no banco, quando estamos presos no congestionamento e vemos o acostamento completamente livre, quando temos a oportunidade de falar pequenas mentiras para ganhar um pouco mais de dinheiro, como reagimos? São estes os momentos nos quais podemos verificar se somos realmente tão honestos como pensamos ou se há ainda um grande trabalho pela frente.

 

SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

 

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT
São Paulo: 18h03  Rio de Janeiro: 17h46  Belo Horizonte: 17h52  Jerusalém: 17h08

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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Ester bat Libi, Frade (Fanny) bat Chava, Chana bat Rachel, Léa bat Chana; Pessach ben Sima, Eliashiv ben Tzivia; Israel Itzchak ben Sima; Eliahu ben Sara Chava; Avraham David ben Reizel; Yechezkel ben Sarit Sara Chaya; Sara Beila bat Tzvia; Estela bat Arlete; Ester bat Feige; Moshe Yehuda ben Sheva Ruchel; Esther Damaris bat Sara Maria; Yair Chaim ben Chana; Dalia bat Ester; Ghita Leia Bat Miriam; Chaim David ben Messodi; David ben Beila; Dobe Elke bat Rivka Lie; Avraham ben Linda; Tzvi ben Liba; Chaim Verahamin ben Margarete; Rivka bat Brucha; Esther bat Miriam, Sara Adel bat Miriam, Mordechai Ghershon Ben Malia Rachel, Pinchas Ben Chaia, Yitzchak Yoel Hacohen Ben Rivka, Yitzchak Yaacov Ben Chaia Devora, Avraham Ben Dinah, Avraham David Hacohen Ben Rivka, Bracha Chaya Ides Bat Sarah Rivka, Tzipora Bat Shoshana, Levona Bat Yona e Havivah Bat Basia, Daniel Chaim ben Tzofia Bracha, Chana Miriam bat Chana, Yael Melilla bat Ginete, Bela bat Sima; Israel ben Zahava; Nissim ben Elis Shoshana; Avraham ben Margarita; Sharon Bat Chana; Rachel bat Nechama, Yehuda ben Ita, Latife bat Renee, Avraham bem Sime, Clarisse Chaia bat Nasha Blima, Tzvi Mendel ben Ester, Marcos Mordechai Itschak ben Habibe, Yacov Eliezer ben Sara Masha, Yossef Gershon ben Taube, Manha Milma bat Ita Prinzac, Rachel bat Luna, Chaim Shmuel ben Sara, Moshe Avraham Tzvi ben Ahuva, Avraham ben Ahuva, Miriam bat Yehudit, Alexander Baruch  ben Guita, Shmuel ben Nechama Diná, Avracham Moshe ben Miriam Tobá, Guershon Arie ben Dvora, Mazal bat Miriam, Yadah ben Zarife, Shmuel Ben Chava, Mordechai ben Malka, Chaim Dov Rafael ben Esther, Menachem ben Feigue, Shmuel ben Liva, Hechiel Hershl ben Esther, Shlomo ben Chana Rivka, Natan ben Sheina Dina, Mordechai Ghershon ben Malia Rochel, Benyomin ben Perl, Ytzchok Yoel haCohen ben Rivka, Sarah Malka ben Rivka, Malka bat Toibe, Chana Miriam bat Sarah, Feigue bat Guitel, Gutel bat Slodk, Esther bat Chaia Sara, Michael ben Tzivia, Ester bat Lhuba, Brane bat Reize, Chaya Rivka Bat Miriam Reizl,
Eliahu ben Haia Dobe Elke, Michele bat Eny, Avraham ben Chana, Chaia Sluva bat Chaika, Esther bat Arlette, Bentzion ben Chana, Guitel bat Miriam, Chaia Feigue bat Ides, Esther bat Arlette, Rachel bat Adele, Itzhak ben Faride, Pessach ben Chani, Menusha bat Hana, Sarah bat Reizel, Yossef ben Dinah, Bentzion ben Chana, Yossef ben Mazal, Dvora bat Stera, Miriam bat Dvora Simcha, Isaac Ben Chava, Yossef ben Chaya Musha, Miriam Bat Lea, Yossef ben Simcha.

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) do meu querido e saudoso avô, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L, que lutou toda sua vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possa ter um merecido descanso eterno.

 

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

 

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Avraham ben Ytzchak, Joyce bat Ivonne, Feiga bat Guedalia, Chana bat Dov, Kalo (Korin) bat Sinyoru (Eugeni), Leica bat Rivka, Guershon Yossef ben Pinchas; Dovid ben Eliezer, Reizel bat Beile Zelde, Yossef ben Levi, Eliezer ben Mendel, Menachem Mendel ben Myriam, Ytzhak ben Avraham, Mordechai ben Schmuel, Feigue bat Ida, Sara bat Rachel, Perla bat Chana, Moshé (Maurício) ben Leon, Reizel bat Chaya Sarah Breindl; Hylel ben Shmuel; David ben Bentzion Dov, Yacov ben Dvora; Moussa HaCohen ben Gamilla, Naum ben Tube (Tereza); Naum ben Usher Zelig; Laia bat Morkdka Nuchym; Rachel bat Lulu; Yaacov ben Zequie; Moshe Chaim ben Linda; Mordechai ben Avraham; Chaim ben Rachel; Beila bat Yacov; Itzchak ben Abe; Eliezer ben Arieh; Yaacov ben Sara, Mazal bat Dvóra, Pinchas Ben Chaia, Messoda (Mercedes) bat Orovida, Avraham ben Simchá, Bela bat Moshe, Moshe Leib ben Isser, Miriam bat Tzvi, Moises ben Victoria, Adela bat Estrella, Avraham Alberto ben Adela, Judith bat Miriam, Sara bat Efraim, Shirley bat Adolpho, Hunne ben Chaim, Zacharia ben Ytzchak, Aharon bem Chaim, Taube bat Avraham, Yaacok Yehuda ben Schepsl, Dvoire bat Moshé, Shalom ben Messod, Yossef Chaim ben Avraham, Tzvi ben Baruch, Gitl bat Abraham, Akiva ben Mordechai, Refael Mordechai ben Leon (Yehudá), Moshe ben Arie, Chaike bat Itzhak, Viki bat Moshe, Dvora bat Moshé, Chaya Perl bat Ethel, Beila Masha bat Moshe Ela, Sheitl bas Iudl, Boruch Zindel ben Herchel Tzvi, Moshe Ela ben Avraham, Chaia Sara bat Avraham, Ester bat Baruch, Baruch ben Tzvi, Renée bat Pauline, Menia bat Toube, Avraham ben Yossef, Zelda bat Mechel, Pinchas Elyahu ben Yaakov, Shoshana bat Chaskiel David.

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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com

 

(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).


quinta-feira, 8 de março de 2012

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KI TISSÁ 5772

BS"D


NÃO CONDENE DE FORMA PRECIPITADA - PARASHÁ KI TISSÁ 5772 (09 de março de 2012)



Um pai desejava ensinar aos seus quatro filhos uma importante lição a respeito de julgamentos precipitados. Assim, enviou cada um deles, em uma estação diferente do ano, para observar uma determinada árvore que estava plantada em uma terra distante. O primeiro filho chegou no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o quarto no outono. Quando voltaram, cada um tentou descrever a árvore que havia visto.



O primeiro informou que a árvore era feia, seca e retorcida. O segundo, indignado com o que havia escutado de seu irmão, disse que a árvore não tinha nada de seca, ao contrário, estava carregada de botões, cheia de promessas. O terceiro filho contestou a descrição dos dois irmãos e afirmou que viu uma árvore coberta de flores, com um cheiro doce e de incrível beleza. Finalmente, o quarto filho falou que ninguém soubera descrever a árvore de maneira correta, pois era uma árvore frutífera, carregada de frutas e de vida. Os quatro irmãos começaram então a discutir, cada um tentando provar que estava certo, mas não chegavam a nenhuma conclusão. O pai precisou intervir. Ponderado, explicou:



- Vocês todos estão certos. A diferença é que cada um julgou a árvore apenas de acordo com a época do ano em que a viram. Vocês viram a árvore de forma limitada e tomaram decisões precipitadas.



- Na vida - continuou o pai - também é assim. Quase sempre somos precipitados nos julgamentos. Para julgar com acerto, compete-nos observar com atenção e procurar, antes de decidir, informações detalhadas.

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Na Parashá esta semana, Ki Tissa, a Torá descreve uma das maiores transgressões cometidas pelo povo judeu: a construção do bezerro de ouro. Foi algo tão grave que D'us decidiu destruir todo o povo, fato que não aconteceu somente graças à intervenção de Moshé e à Teshuvá (arrependimento) de todo o povo.



Mas este episódio levanta muitos questionamentos, pois é difícil entender como os judeus puderam fazer um bezerro de ouro 40 dias depois da revelação de D'us no Monte Sinai. Será que eles realmente fizeram idolatria? Lendo a Torá de maneira superficial, parece que sim. Mas quando deixamos escapar importantes detalhes, comprometemos todo o entendimento do que foi transmitido por D'us. E um exemplo clássico disso é o episódio do bezerro de ouro.



Observando com cuidado os versículos, percebemos muitas dificuldades e contradições. Por um lado parece óbvio que o povo fez idolatria. Por exemplo, inicialmente a Torá diz explicitamente que foi isto o que o povo pediu para Aharon: "Nos faça um deus que ande na nossa frente" (Shemot 32:1). Há também adiante outro versículo explícito: "Eles disseram: este é o seu deus, Israel, que te tirou da terra do Egito" (Shemot 32:4).



Porém, por outro lado parece que não foi idolatria, pois logo depois está escrito "Um festival para D'us amanhã" (Shemot 32:5). Se estavam criando uma nova religião com um novo deus, a festa deveria ser para o bezerro de ouro, não para D'us! Além disso, as pessoas querem deuses da guerra, da fertilidade e até mesmo do amor. Não é muito pouco os judeus pedirem um novo deus cuja única função seria andar diante deles? E finalmente, se Moshé era apenas o líder do povo, será que sua morte justificava a criação de uma nova religião com um novo deus?



Há também algumas outras dificuldades nos versículos. Por exemplo, assim D'us avisou para Moshé que o povo havia pecado: "Seu povo, que você trouxe da terra do Egito, se corrompeu" (Shemot 32:7). O povo era de Moshé? Foi ele quem decidiu tirar o povo do Egito?



Finalmente, há algumas dificuldades em relação ao castigo aplicado ao povo. Primeiro está escrito que Moshé, ao ver o bezerro de ouro, ficou muito bravo. Ele moeu o bezerro até virar um pó fino, espalhou sobre a água e fez os judeus beberem (Shemot 32:19). Que tipo de castigo é esse? Além disso, mais adiante a Torá fala sobre 3 mil mortos, executados com espadas pelos homens da tribo de Levi (Shemot 32:26-28). E alguns versículos depois, a Torá fala da morte dos transgressores através de uma praga (Shemot 32:35). Por que tantos castigos diferentes para a mesma transgressão?



Ensina o Rav Dovid Gottlieb que a chave para começar a entender tantas contradições é saber que não houve um único pecado, mas diferentes pecados, cometidos por diferentes pessoas.



O problema começou quando Moshé subiu no Monte Sinai e avisou que voltaria depois de 40 dias. Mas devido a um erro na contagem feita pelo povo, ele não desceu na data esperada. Acreditando que ele havia morrido, os judeus entraram em pânico, pois viam Moshé como o intermediário entre eles e D'us. Desde a saída do Egito, a interação de D'us com o povo sempre veio através de Moshé. As pragas começaram e terminam através dele, o Mar Vermelho abriu e fechou ao comando dele. Sem Moshé, o povo se sentiu desconectado de D'us. Era necessário urgentemente escolher um novo intermediário e criar uma nova conexão com D'us. Por que uma estátua? Pois acharam que se fosse novamente alguém de carne e osso, quando esta pessoa morresse, novamente teriam uma crise.



É por isso que o versículo ressalta que era um festival para D'us, pois eles não pretendiam criar uma nova religião, não faria sentido 40 dias depois da revelação de D'us. O que eles queriam era uma nova conexão com D'us, que eles acharam que havia sido interrompida. Esta foi a intenção da grande maioria do povo.



Então o que significa o versículo "Eles disseram: este é o seu deus, Israel, que te tirou da terra do Egito"? Dentro do povo havia um pequeno grupo que ultrapassou a "linha vermelha" e realmente fez idolatria. Quem fazia parte deste grupo? Na descrição da saída do Egito há um versículo que ajuda a responder: "E também uma grande multidão subiu com eles, e rebanho e gado, e uma posse de animais muito grande" (Shemot 12:38). Que grande multidão era esta? Eram egípcios que ficaram impressionados com os milagres das pragas e quiseram se juntar ao povo judeu. Moshé aceitou levá-los junto com o povo, mas D'us não deixou, pois sabia que a única motivação deles era o medo do castigo, não havia amor pelos caminhos corretos. Mesmo assim Moshé insistiu e finalmente D'us concordou, mas avisou que seria responsabilidade de Moshé caso ocorressem problemas. Foi por isso que D'us disse que o povo que pecou era "o seu povo", que Moshé, sob sua própria responsabilidade, havia decidido tirar do Egito.



Estes egípcios não haviam se arrependido de coração de todos os seus pecados e, portanto, ainda estavam conectados com suas idolatrias. Infelizmente eles conseguiram enganar também alguns judeus, que começaram com a idéia de uma nova conexão com D'us, mas acabaram também cruzando a linha vermelha da idolatria. Porém, nem todos os que cometeram idolatria pecaram da mesma maneira e, por isso, foram castigados de maneiras diferentes.



Para um Beit Din (Tribunal) aplicar a pena de morte em uma pessoa que cometeu transgressões puníveis com morte, como idolatria, há duas condições: é necessário que a transgressão tenha sido vista por pelo menos duas testemunhas e que o transgressor tenha sido advertido, antes da transgressão, de que seu ato seria punido com morte.



Uma parte daqueles que cometeram idolatria o fizeram diante de testemunhas e após terem sido advertidos. Foram os 3 mil que a Torá descreve que receberam como punição a morte com espadas. Outra parte transgrediu diante de testemunhas, mas sem ter recebido advertência. Portanto, este segundo grupo, que não podia ser morto através do Beit Din, morreu através de uma praga. Houve ainda um terceiro grupo que fez idolatria sem testemunhas, isto é, não demonstraram através de seus atos, apenas o fizeram em seus corações. Como saber quem havia se comportado desta maneira? A água com ouro era um "teste interno", para aqueles que fizeram a transgressão escondidos. Quem havia feito idolatria em seu coração morreu ao beber a água.



E como explicar o versículo que diz "Nos faça um deus que ande na nossa frente", já que este versículo, pelo contexto, certamente se refere a um pedido feito pela maioria do povo? A resposta é que o termo utilizado neste versículo, "elohim", significa tanto "deus" quanto "intermediário". O mesmo termo é utilizado, por exemplo, quando D'us mandou Aharon acompanhar Moshé no encontro com o Faraó, como está escrito: "Ele será para você uma boca e você será para ele elohim" (Shemot 4:16). Certamente Moshé não seria um deus para Aharon, e sim um intermediário entre ele e o faraó. Se fosse realmente um deus que o povo judeu estava construindo, iriam esperar muito mais dele. Como a intenção era apenas ter um intermediário, o único propósito do bezerro de ouro era andar na frente deles, isto é, guiá-los, da mesma forma que Moshé, um intermediário de D'us, fazia.



A conclusão é que a maioria do povo judeu cometeu, ao contrário do que parecia, apenas um crime "filosófico", isto é, tomou decisões que D'us não havia pedido e de maneira que Ele não havia ensinado. Eles quiseram inventar uma nova conexão. Mas D'us não nos pediu para criarmos nada novo, pois não decidimos nada aqui. D'us nos deu livre escolha, mas é Ele, e apenas Ele, Quem decide o que é certo ou errado e como as coisas devem ser feitas.



Portanto, a pergunta "Como os judeus puderam fazer idolatria 40 dias depois do Sinai?" é um equívoco.  Eles erraram, um erro considerado por D'us como algo muito grave, mas não foi idolatria. Então por que D'us não ensinou explicitamente este conceito? Um dos motivos é para nos deixar um ensinamento muito importante: nunca devemos julgar pessoas ou situações apenas pelas aparências. Se lemos a Torá de forma superficial, parece que todo o povo cometeu idolatria. Mas quando nos aprofundamos e entendemos todas as dificuldades e contradições dos versículos, aprendemos que foi uma transgressão que, apesar de séria, era muito menor do que idolatria.



Da mesma forma erramos quando vemos alguém com atitudes que não concordamos e somos rápidos em julgar para o mal, sem antes verificar o que ocorreu. Sempre consideramos que foi muito mais grave do que realmente foi e não procuramos os motivos que podem ter levado a pessoa a cometer este erro. Julgamos de maneira precipitada e sem todos os dados em mãos.



O Pirkei Avót nos ensina o comportamento correto: "Julgue toda pessoa para o bem" (Pirkei Avót 1:6). Mas a tradução literal seria "Julgue toda a pessoa para o bem". O que significa julgar toda a pessoa? Que quando julgamos alguém, não podemos julgar de maneira superficial, temos que conhecer os detalhes. Se uma pessoa está mal-humorada, pode ser que acabou de perder o emprego, bater o carro ou perder dinheiro. Da mesma maneira que gostaríamos que os outros levassem em consideração nossas dificuldades quando fazemos algo errado, assim devemos nos esforçar para procurar sempre motivos de como julgar os outros para o bem.



SHABAT SHALOM



R' Efraim Birbojm



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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT
São Paulo: 18h10  Rio de Janeiro: 17h52  Belo Horizonte: 17h58  Jerusalém: 17h03

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