sexta-feira, 19 de novembro de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ VAISHLACH 5771

BS"D

           

PRAZER ESPIRITUAL NUM MUNDO MATERIAL - PARASHÁ VAISHLACH 5771 (19 de novembro de 2010)

 

"Uma mendiga certa vez bateu na porta de uma casa para pedir esmolas. A dona da casa, não tendo dinheiro para dar, deu a ela um cobertor para que pudesse amenizar o frio daquele inverno rigoroso. Passados alguns dias, a dona da casa viu a mendiga debaixo de uma marquise. Procurou o cobertor que havia dado e descobriu, com indignação, que o cobertor estava rasgado. Ela ficou irritada com tamanho desprezo pelo cobertor, que havia lhe custado caro.

 

Após alguns dias, a mendiga retornou à mesma casa e novamente pediu esmola. A dona da casa não escondeu a indignação e lhe disse:

 

- Como você não soube reconhecer o que eu lhe dei, não merece receber mais nada. Eu lhe dei um cobertor novo e você não o valorizou, rasgando-o todo.

 

A mendiga respondeu:

 

- Valorizei sim, e muito. O cobertor é muito quente, me ajudou a passar as noites na rua e diminuiu meu sofrimento. Porém, certa noite apareceu outro mendigo que estava com muito frio e não tinha nada que pudesse lhe aquecer. Aquilo me cortou o coração, e por isso eu dividi com ele o cobertor que a senhora me deu. Pode ser que naquela noite eu dormi com um pouco mais de frio no corpo. Mas meu coração com certeza estava muito mais quente..."

 

Podemos utilizar as nossas posses no mundo material apenas para o nosso próprio prazer, ou podemos utilizá-las para fazer bondades e para crescer espiritualmente. Esta é a nossa escolha neste mundo.

 

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Na Parashá desta semana, Vaishlach, a Torá nos descreve o reencontro entre os irmãos Yaacov e Essav, depois de mais de 30 anos. Yaacov havia recebido de seu pai a Brachá (Benção) de Primogenitura, que originalmente pertencia a Essav. Apesar de Essav ter vendido sua primogenitura por um prato de lentilhas, quando ele soube que Yaacov havia realmente recebido a Brachá em seu lugar, ficou muito bravo e quis matá-lo. Por isso Yaacov fugiu para a casa de seu tio Lavan e ficou por muito tempo lá. Durante estes anos, Yaacov casou, teve muitos filhos e conseguiu juntar muitas posses.

 

A Torá nos descreve que, após o abraço de reencontro, Essav viu as esposas e os filhos de Yaacov e perguntou para ele: "Quem são estes para você?" (Bereshit 33:5). Que tipo de pergunta é esta? Se reencontrássemos um amigo 30 anos depois, e ele estivesse ao lado de uma mulher e algumas crianças, certamente entenderíamos que se trata de sua esposa e seus filhos. Portanto, o que significa a pergunta de Essav? Não era óbvio que aquela era a família de Yaacov?

 

A humanidade vive há séculos com um conceito equivocado sobre a influência da religião em nossas vidas. Segundo a maioria das religiões, existe uma enorme contradição entre o material e o espiritual, ao ponto de ser impossível que a pessoa viva com os dois. Portanto, para que a pessoa se torne mais espiritual, ela precisa se isolar do mundo, receber sobre si voto de castidade e voto de silêncio, além de se impor jejuns sem fim. Este conceito equivocado é um dos pontos que mais afasta os judeus de cumprir as Mitzvót da Torá, pois temos a impressão que aquele que se torna "religioso" deve estar disposto a abrir mão de todos os seus prazeres materiais.

 

Este erro que cometemos até hoje tem raízes na pergunta de Essav para Yaacov. A Brachá da primogenitura era algo espiritual, que elevaria espiritualmente a pessoa que a recebesse. Por que Essav abriu mão da primogenitura por um prato de lentilhas? Pois não queria abrir mão dos prazeres materiais. Como Yaacov havia recebido a Brachá, Essav esperava que ele tivesse se tornado uma espécie de "ser espiritual" encarnado, e por isto deveria viver completamente isolado do mundo material. Portanto, quando Essav viu a família de Yaacov, com mulheres e filhos bonitos, além de todas as suas posses materiais, ele ficou espantado e perguntou "Quem são estes para você?", pois na sua cabeça a pessoa não poderia ser espiritual vivendo com coisas materiais.

 

O judaísmo ensina justamente o contrário. Podemos e devemos utilizar os prazeres do mundo material. A diferença é que a Torá nos ensina a utilizar os prazeres com controle, e é isto que nos leva a uma elevação espiritual. Por exemplo, podemos ter prazeres gastronômicos, mas a Torá nos ensinou o que comer e o que não comer. Antes de comer, fazemos uma Brachá para pedir permissão, pois tudo pertence à D'us. Depois de comer, fazemos uma Brachá para agradecer a D'us pelo prazer que Ele nos deu. Os animais também comem, mas sem controle, sem nenhum agradecimento, sem nenhum reconhecimento. Estes pequenos atos fazem toda a diferença entre comer como um animal ou comer como um anjo.

  

D'us nos ensina muitas lições de vida através da observação do mundo que Ele criou. Se olharmos em volta, veremos que D'us nos deu um mundo com muita variedade. Árvores com todos os tipos de frutas, além de muitos tipos de verduras, legumes, flores, uma abundância enorme. Mas se prestarmos atenção, perceberemos que não existem frutas, legumes ou flores da cor azul celeste. Se D'us fez tanta variedade, por que não criou nada azul? Em hebraico, azul celeste é "Techelet", exatamente as mesmas letras da palavra "Tachlit", que significa "propósito". D'us está nos ensinando uma preciosa lição. Ele criou, para nosso proveito, uma enorme diversidade de prazeres materiais. Porém, Ele nos ensina que os prazeres são apenas um meio, não devem ser utilizados como propósito. A única coisa azul celeste é o próprio céu, pois esta é a meta verdadeira. Devemos utilizar o mundo material, mas voltado a alcançar o espiritual.

 

Se a pessoa utiliza os prazeres do mundo material apenas para preencher as suas vontades, ela acaba se afundando. São inúmeros os casos de grandes astros que, apesar de terem todos os prazeres que um ser humano pode imaginar, morreram de overdose ou se mataram. Por que? Pois os prazeres materiais não preenchem o ser humano se não forem acompanhados de uma meta espiritual.

 

Esta é a grande diferença entre Yaacov e Essav. Yaacov tinha muitas posses, era casado, tinha filhos, mas utilizava tudo isto para se elevar espiritualmente, para cada dia se tornar uma pessoa melhor. Essav, ao contrário, vivia apenas pelos prazeres, fazia disso a sua meta na vida. No final das contas, não apenas Yaacov se elevou espiritualmente mais do que Essav, mas certamente aproveitou o mundo material muito mais do que seu irmão. Pois ele não preencheu apenas seu corpo com cada prazer, mas também a sua alma.

 

SHABAT SHALOM

 

Rav Efraim Birbojm

 

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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Ester bat Libi, Frade (Fanny) bat Chava, Chana bat Rachel, Léa bat Chana; Pessach ben Sima, Eliashiv ben Tzivia; Chedva Rina bat Brenda; Israel Itzchak ben Sima; Eliahu ben Sara Chava; Avraham David ben Reizel; Yechezkel ben Sarit Sara Chaya; Sara Beila bat Tzvia; Estela bat Arlete; Ester bat Feige; Moshe Yehuda ben Sheva Ruchel; Esther Damaris bat Sara Maria; Yair Chaim ben Chana; Dalia bat Ester; Ghita Leia Bat Miriam; Chaim David ben Messodi; David ben Beila; Léia bat Shandla; Dobe Elke bat Rivka Lie; Avraham ben Linda; Tzvi ben Liba; Chaim Verahamin ben Margarete; Rivka bat Brucha; Esther bat Miriam, Sara Adel bat Miriam, Mordechai Ghershon Ben Malia Rachel, Pinchas Ben Chaia, Yitzchak Yoel Hacohen Ben Rivka, Yitzchak Yaacov Ben Chaia Devora, Avraham Ben Dinah, Avraham David Hacohen Ben Rivka, Chaya Perl Bat Ethel, Bracha Chaya Ides Bat Sarah Rivka, Tzipora Bat Shoshana, Levona Bat Yona e Havivah Bat Basia, Daniel Chaim ben Tzofia Bracha, Chana Miriam bat Chana, Yael Melilla bat Ginete, Bela bat Sima; Israel ben Zahava; Nissim ben Elis Shoshana; Avraham ben Margarita; Sharon Bat Chana; Rachel bat Nechama, Yehuda ben Ita, Latife bat Renee, Avraham bem Sime, Clarisse Chaia bat Nasha Blima, Tzvi Mendel ben Ester, Marcos Mordechai Itschak ben Habibe, Yacov Eliezer ben Sara Masha, Yossef Gershon ben Taube, Manha Milma bat Ita Prinzac, Chaia Maia bat Esther.

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com

 

(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).

 

 


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ VAIETZE 5771

BS"D

           

AMOR PARA TODA A VIDA - PARASHÁ VAIETZE 5771 (12 de novembro de 2010)

 

Tudo começou treze anos antes, em uma biblioteca da Flórida. Ao retirar um livro da estante, um livro com capa de couro azul, John Blanchard ficou intrigado, não com as palavras impressas, mas com as anotações escritas à mão na margem. A letra delicada indicava ser a de uma pessoa ponderada e sensível. Na primeira página do livro, ele descobriu o nome da proprietária anterior: Srta. Hollies Maynell. Depois de algum tempo e de várias tentativas, conseguiu localizar o endereço dela. Morava em Nova York. Escreveu-lhe uma carta apresentando-se e propondo uma troca de correspondência. No dia seguinte, ele foi convocado para servir em uma base do outro lado do oceano. Era a Segunda Guerra Mundial. Durante os treze meses seguintes, os dois passaram a se conhecer por correspondência. Cada carta era uma semente caindo em um coração fértil. Blanchard pediu uma fotografia, mas ela recusou-se a enviar. Achava que, se ele realmente gostasse dela, não haveria necessidade da fotografia. Quando ele retornou da Europa, marcaram o primeiro encontro, às 19 horas na Estação Ferroviária Central de Nova York. "Você me reconhecerá", ela escreveu, "pela rosa que estarei usando na lapela". Assim, às 19 horas, Blanchard estava na estação à espera da moça cujo coração ele amava, mas cujo rosto nunca vira.

 

Em sua direção veio uma linda jovem alta e esbelta, vestindo uma roupa verde-claro. Começou a caminhar na direção dela, sem notar que não havia rosa em sua lapela. Quando se aproximou, um sorriso leve e provocante brotou-lhe nos lábios. "Gostaria de me acompanhar, marujo?" ela convidou. De maneira quase incontrolável, ele deu um passo em sua direção, e foi então que avistou Hollies Maynell. Ela estava em pé, atrás da jovem. Aparentava bem mais de quarenta anos, e seus cabelos, presos sob um chapéu surrado, deixavam entrever alguns fios brancos. Tinha tornozelos grossos e usava sapatos de salto baixo. A moça de roupa verde-claro começou a distanciar-se rapidamente. John sentiu-se dividido, desejando ardentemente segui-la, mas ao mesmo tempo, profundamente interessado em conhecer a mulher cujo entusiasmo o acompanhou e o sustentou durante todo o tempo de guerra. E lá estava ela. Seu rosto redondo e pálido estampava delicadeza e sensibilidade; os olhos cinzentos irradiavam meiguice e bondade.

John não hesitou. Pegou o pequeno livro azul, de capa de couro, para se identificar. Mesmo se não fosse um caso de amor, poderia ser algo precioso, uma grande amizade. Ele endireitou os ombros, cumprimentou e entregou o livro à mulher, apesar de sentir-se sufocado pela amargura do seu desapontamento enquanto lhe dirigia a palavra.

 

- Sou o Tenente John Blanchard, e você deve ser a Srta. Maynell. Estou satisfeito por você ter vindo encontrar-me. Aceita um convite para jantar?

 

No rosto da mulher surgiu um sorriso largo e bondoso.

 

- Não sei do que se trata, meu filho - ela respondeu - mas aquela jovem de roupa verde, que acabou de passar por aqui, pediu-me que usasse esta rosa na lapela. Ela instruiu-me também que, se você me convidasse para jantar, eu deveria dizer que ela está à sua espera no restaurante do outro lado da rua. Ela me contou que se tratava de uma espécie de teste!"


O que buscamos em um relacionamento? Será que somos atraídos apenas pelo lado físico ou buscamos conhecer o coração da pessoa com quem desejamos passar o resto de nossas vidas juntos?

 

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Na Parashá desta semana, Veietze, Yaacov viajou para Haran em busca de uma esposa. Lá vivia Lavan, o irmão de Rivka, e ele tinha duas filhas, Lea e Rachel. Chegando em Haran, Yaacov logo se deparou com Rachel, com quem quis se casar, como está escrito: "E Yaacov amou Rachel, e disse: 'Trabalharei 7 anos por Rachel, a sua filha pequena'" (Bereshit 29:18). Mas após os 7 anos de trabalho, Lavan enganou Yaacov e, no momento do casamento, trocou suas filhas. Quando Yaacov percebeu, estava casado com Lea. Então Yaacov foi reclamar com Lavan, exigindo que também Rachel lhe fosse dada como esposa. Lavan concordou, mas pediu para se esperassem os 7 dias de festividades do casamento, por respeito a Lea. Finalmente Yaacov se casou com Rachel, como está escrito: "Ele se uniu a Rachel, e amou Rachel ainda mais do que amou Lea" (Bereshit 29:30). Mas deste versículo fica uma grande dúvida. O casamento com Lea foi uma farsa tramada por seu sogro Lavan, e sete dias depois Yaacov se casou com Rachel, seu verdadeiro amor. Qual o relacionamento esperado entre Yaacov e Lea? Provavelmente de total desprezo. Como Yaacov era muito Tzadik (Justo), certamente esperaríamos que ele tratasse bem de Lea, mas nada mais do que atitudes externas para encobrir um sentimento interno de inimizade. Mas se a Torá nos diz que Yaacov amou Rachel mais do que Lea, significa que Yaacov também amava Lea. Em que momento ele começou a amá-la?

 

Os jovens vivem atualmente um grande dilema: casar ou não casar? Por um lado, quando encontram alguém com quem querem passar o resto de suas vidas junto, pensam em se casar. Por outro lado, os casos de fracasso são tantos que muitos desanimam. Será que vale a pena casar? Será que o amor vai durar por toda a vida? Há alguma maneira de "forçar" um sentimento de amor? A própria "despedida de solteiro", tão comum hoje em dia, é um sinal de que, na cabeça dos jovens, o casamento é o fim de uma fase de curtição. O que vem daqui para frente? Uma vida séria e sem graça. Será que o casamento verdadeiro e o amor estão em extinção? Será que o correto são os "casamentos descartáveis", que já começam com data marcada para terminar?

 

Além disso, quando falamos sobre amor, outra pergunta precisa ser respondida. Existem Mitzvót que estão ligadas a sentimentos. Por exemplo, a Torá nos ordena: "Ame ao teu próximo como a ti mesmo". Como D'us pode exigir um sentimento? Como eu posso me obrigar a amar outra pessoa? É possível forçar um sentimento?

 

Explica o rabino Simcha Barnett que a resposta está na Parashá desta semana. Quando Yaacov se casou com Lea, realmente ele não a amava, pois nem mesmo a conhecia. Mas durante os 7 dias de festividades após o casamento eles começaram a se conhecer, não apenas de uma maneira superficial, mas Yaacov começou a enxergar todas as maravilhosas qualidades de Lea, que era realmente uma mulher muito virtuosa. Cada qualidade que Yaacov encontrava em Lea criava entre eles uma conexão mais forte. Passada aquela semana, Yaacov conhecia tanto sua nova esposa que já havia chegado ao ponto de amá-la.

 

A Torá está nos contando um grande segredo sobre como manter um relacionamento conjugal com amor por toda a vida. Um segredo que vale a pena guardar no coração e colocar na prática para colher bons frutos. Por que os relacionamentos se deterioram com o tempo? Pois a paixão, aquela magia inicial que nos cega, termina, e então começamos a perceber cada vez mais os defeitos do outro. O sonho vira um pesadelo. Portanto, se queremos amar alguém por toda a vida, precisamos nos comprometer a constantemente buscar no outro suas qualidades.

 

Qual é a prova de que isto realmente funciona? Quando pensamos em um amor verdadeiro e duradouro, automaticamente nos vem à cabeça o amor dos pais e filhos. Por que os pais amam tanto seus filhos, mesmo quando eles têm inúmeros defeitos? Pois os pais automaticamente olham os filhos como pessoas essencialmente boas e com potencial, e os defeitos são vistos apenas como pequenas manchas na roupa, pontos negativos com os quais os filhos precisam aprender a lidar. Um dos motivos pelo qual D'us nos dá filhos é para que possamos aprender com eles a amar os outros. Pois o amor vem de enxergarmos o que o outro tem de bom. Nos filhos isso vem automaticamente, mas com os outros isto precisa ser trabalhado e investido.

 

Portanto, quando D'us nos comanda a amar ao próximo, Ele não está exigindo de nós emoções. Ele está exigindo atitudes que levarão às emoções. Ele está nos comandando a buscar as qualidades e virtudes nos outros. Este é o segredo do amor.  

 

As estatísticas atuais realmente não são animadoras. Mas não somos obrigados a aceitar. Não somos obrigados a nos resignar a casamentos de aparências. Podemos e devemos nadar contra a correnteza. A chave do sucesso é o nosso comprometimento em ver o lado bom do outro. Uma dica prática é refletir um pouco e fazer uma lista de tudo o que o nosso marido ou esposa têm de bom. É garantido que ficaremos impressionados ao encontrar inúmeras qualidades que nunca tínhamos prestado atenção.

 

O amor verdadeiro não cai do céu, ele é alcançado através do nosso esforço. É uma conquista. Por isso, temos que nos conscientizar que, se um relacionamento não está indo bem, o problema não é com o amor, é conosco. Cada um precisa receber sobre si a responsabilidade de fazer o relacionamento dar certo. Somente assim garantiremos que a história terá um final feliz. Não nos filmes, mas na vida real.

 

SHABAT SHALOM

 

Rav Efraim Birbojm

 

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(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).

 

 


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TOLDOT 5771

BS"D
 
MENTIRINHAS INOCENTES - PARASHÁ TOLDOT 5771 (05 de novembro de 2010)
 
"O rabino Shmuelson (nome fictício) estava com a casa cheia de convidados no Shabat, e por isso seus filhos estavam um pouco agitados, principalmente Moshé, o caçula. O garoto não parava quieto, ficava de pé na cadeira e colocava toda hora o pé na mesa. Apesar disso, seu pai continuava tranqüilo, dando pequenas broncas para o filho acalmar.
 
No meio da janta, quando o clima já estava bem mais tranqüilo, o pequeno Moshé falou para o pai uma mentira. Desta vez o pai se levantou, deu uma grande bronca em Moshé e mandou-o para o quarto de castigo sem sobremesa. Os convidados estranharam. Quando o menino estava bagunçando, colocando até o pé na mesa, o pai não havia feito quase nada, mas agora que o menino tinha contado apenas uma mentirinha inocente, por que um castigo tão duro? O pai explicou:
 
- Vocês já perceberam que não existem adultos que colocam o pé na mesa. Por que? Pois é parte natural do amadurecimento, a criança um dia entende que isso é feio e naturalmente deixa de fazer. Mas ao contrário, vocês sabem que existem muitos adultos que falam mentira a vida inteira. Por que?  Pois nunca foram educados sobre a gravidade da mentira, cresceram achando que não há nada de mal em uma mentirinha "inocente" e nunca amadureceram neste ponto. Eu quero, desde já, que meu filho entenda o peso verdadeiro das coisas. Com certeza ele crescerá com muito mais consciência e disciplina"
 
Enquanto não entendermos a gravidade do ato de falar uma única mentira "inocente", certamente nunca conseguiremos parar. Este ensinamento precisa entrar na educação dos nossos filhos desde os primeiros momentos para que eles possam levar isto para a vida.
 
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Passadas as eleições presidenciais, ficaram em nossas cabeças algumas imagens e atitudes que marcaram a disputa eleitoral. Promessas que sabemos que certamente nunca serão cumpridas, erros do passado veementemente negados, acusações falsas em busca de mais alguns votos. Fica a sensação de que mentir é algo normal e aceitável. Quem mente mais, e melhor, ganha. Afinal, quem nunca falou uma mentirinha?
 
Aparentemente ninguém consegue sobreviver no mundo sem mentir. Se refletirmos sinceramente, perceberemos que dizemos mentiras o dia inteiro.  Quando telefonam e, por não querermos atender, pedimos para a empregada dizer que não estamos. Quando um mendigo nos pede um trocado e dizemos que não temos. Quando o chefe pergunta quem é o responsável pelo erro e colocamos a culpa na pessoa da mesa ao lado. São dezenas de vezes por dia, algumas mentiras mais graves, mas a grande maioria apenas mentirinhas aparentemente inocentes.
 
Porém, apesar da aparente "inocência" por trás de uma mentira, o judaísmo ensina que mentir é algo muito grave. Além da proibição explícita da Torá, onde está escrito "Não roubarás, não negarás falsamente, não mentirás um ao outro" (Vayikrá 19:11), a Torá ainda ressalta a gravidade da mentira através do seguinte versículo: "Se afaste da mentira" (Shemot 23:7). Esta é a única Mitzvá da Torá na qual está escrita a linguagem "se afaste", isto é, não apenas a mentira é proibida, mas tudo o que pode levar à mentira e à enganação. A Torá nos ensina ainda que os mentirosos estão incluídos no grupo daqueles que nunca estarão diretamente diante da presença do Criador do mundo, mesmo quando estiverem no Olam Habá.
 
Aprendemos muito também com a própria história do mundo. O primeiro erro da humanidade começou com uma grande mentira. A cobra, para convencer Chavá (Eva) a comer do fruto proibido, disse a ela que D'us havia proibido todos os frutos do Gan Éden (paraíso), para que Chavá sentisse que cumprir as ordens de D'us era algo muito pesado, impossível de alcançar. Qual foi a consequência desta mentira? O ser humano passou a ser mortal, Adam e Chavá foram expulsos do paraíso e sofremos uma enorme queda espiritual que é sentida até os dias de hoje. Tudo por causa de uma mentira. Portanto, a mentira é o oposto do judaísmo.
 
Porém, na Parashá desta semana, Toldot, encontramos um pequeno problema com este conceito. Yitzchak tinha dois filhos, Essav e Yaacov. Essav era um Rashá (malvado), dedicava sua vida a enganar as pessoas, principalmente seu pai. Essav fazia na frente do pai atos que pareciam de uma boa pessoa, e por isso Yitzchak achava que seu filho Essav também era Tzadik. Já Yaacov era realmente Tzadik, havia herdado de seu pai e seu avô as características de bondade e honestidade. Como Essav era o filho mais velho, ele tinha direito a uma Brachá (benção) especial de primogenitura. Mas a Torá então nos conta que Yaacov mentiu para o seu pai. Yitzchak já estava cego quando decidiu dar a Brachá  para Essav e pediu para que ele lhe trouxesse algo para comer. Quando Essav saiu para caçar, Yaacov entrou fingindo ser seu irmão. Quando Yitzchak perguntou quem estava entrando, Yaacov respondeu: "Sou eu, Essav, seu primogênito" (Bereshit 27:19). Yitzchak acabou danda a Brachá para Yaacov ao invés de dá-la para Essav.
 
Como podemos entender este acontecimento da Parashá? Os patriarcas são os nossos modelos de comportamento. Nossos sábios nos ensinam que todos os dias devemos nos cobrar para que nossos atos sejam como os atos dos nossos patriarcas Avraham, Yitzchak e Yaacov. Então como pode ser que Yaacov mentiu para o pai e enganou seu irmão, se a Torá abomina a mentira e a enganação?
 
Explica o Rav Dessler que temos um conceito equivocado sobre o que é verdade e mentira. Achamos que verdade é dizer exatamente como a coisa aconteceu e mentira é mudar qualquer detalhe do que aconteceu. Um exemplo de que isto é um equívoco é a proibição de Lashon Hará (maledicência), que nos proíbe de contar algo que vimos e que possa denegrir outra pessoa ou causar para ele qualquer dano, mesmo que seja verdade. Segundo o judaísmo, verdade é tudo o contribui para que no mundo aconteçam coisas boas e a vontade de D'us seja cumprida, enquanto a mentira é tudo o que afasta o mundo do seu propósito.
 
Um exemplo é se estamos em uma festa e um amigo pergunta se sua roupa está bonita. Ao observarmos que a combinação de cores é horrível e a pessoa está extremamente mal vestida, o que é verdade, dizer tudo o que pensamos, mesmo que isso vai magoá-lo? Com certeza não. Portanto, segundo o judaísmo, existem situações onde a pessoa está até mesmo obrigada a mentir. Ou pelo menos a omitir. Não é necessário fazer um discurso sobre o excelente gosto do amigo, isto já seria bajulação e enganação. Mas dizer um curto "está legal" é o que D'us esperaria de nós nesta situação. Isto seria dizer verdade.
 
Existem alguns exemplos trazidos pela Torá de que é isso o que D'us quer de nós. Aharon, o irmão de Moshé, era conhecido por ser um amante da paz. Por que? Pois quando ele via que duas pessoas haviam brigado, ele ia para cada uma delas separadamente e dizia que o outro estava arrependido e queria pedir desculpas pela briga. Quando os dois brigões se encontravam, se abraçavam e faziam as pazes. Aharon não mentia, pois ele trazia com suas palavras paz para o mundo. Ele fazia o que era correto.
 
Este comportamento vemos até mesmo nos atos de D'us. Quando Ele revelou para Sara que ela teria um filho aos 90 anos de idade, ela riu e pensou "como eu terei um filho, se eu já estou velha e meu marido está velho". Porém, quando D'us comunicou a Avraham a falta de Emuná (fé) de Sara, disse apenas que ela argumentou que estava muito velha, omitindo que ela também havia dito que ele estava velho. Por que? Pois isto ajudou no Shalom Bait (paz familiar) do casal. Avraham não teria ficado contente de saber que Sara o considerava velho. Neste caso, ter dito a Avraham tudo o que Sara pensou teria sido uma mentira.
 
Neste contexto é possível então entender a atitude de Yaacov. A Torá nos ensinou no começo da Parashá que Yaacov havia comprado de Essav o direito à primogenitura por um prato de lentilhas, e por isso não havia roubado nada de Essav. Por que então ele não falou a verdade para seu pai? Pois ele imaginou a decepção de seu pai ao descobrir que seu filho, supostamente Tzadik, havia vendido a primogenitura por um prato de comida. Por isso, pensando apenas na honra do irmão e nos sentimentos do pai, ele fez de uma maneira que ninguém sairia prejudicado. Por isso, na verdade Yaacov não mentiu. Além disso, Yaacov pensou em cada palavra que pronunciou para que não saísse uma mentira de sua boa. Quando seu pai perguntou quem era, ele respondeu "Sou eu. Essav, seu primogênito", quebrando a frase em duas, como se estivesse dizendo "sou eu quem está aqui, e Essav é seu primogênito".
 
Há uma enorme diferença entre não mentir e dizer tudo o que pensamos. Ser honesto não significa revelar tudo o que sabemos quando isso pode prejudicar outras pessoas. Temos que ter bom senso em cada caso, por isso é importante se aconselhar com um rabino sobre o que é correto fazer em cada situação. Pois o perigo é querer aplicar este conceito para benefício próprio e não pensando no propósito do mundo. E mentir para si mesmo é sempre a pior mentira.
 
"Muitos amam a mentira, poucos amam a verdade. Pois a mentira dá para amar de verdade. Mas a verdade não dá para amar de mentira"
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Ester bat Libi, Frade (Fanny) bat Chava, Chana bat Rachel, Léa bat Chana; Pessach ben Sima, Eliashiv ben Tzivia; Chedva Rina bat Brenda; Israel Itzchak ben Sima; Eliahu ben Sara Chava; Avraham David ben Reizel; Yechezkel ben Sarit Sara Chaya; Sara Beila bat Tzvia; Estela bat Arlete; Ester bat Feige; Moshe Yehuda ben Sheva Ruchel; Esther Damaris bat Sara Maria; Yair Chaim ben Chana; Dalia bat Ester; Ghita Leia Bat Miriam; Chaim David ben Messodi; David ben Beila; Léia bat Shandla; Dobe Elke bat Rivka Lie; Avraham ben Linda; Tzvi ben Liba; Chaim Verahamin ben Margarete; Rivka bat Brucha; Esther bat Miriam, Sara Adel bat Miriam, Mordechai Ghershon Ben Malia Rachel, Pinchas Ben Chaia, Yitzchak Yoel Hacohen Ben Rivka, Yitzchak Yaacov Ben Chaia Devora, Avraham Ben Dinah, Avraham David Hacohen Ben Rivka, Chaya Perl Bat Ethel, Bracha Chaya Ides Bat Sarah Rivka, Tzipora Bat Shoshana, Levona Bat Yona e Havivah Bat Basia, Daniel Chaim ben Tzofia Bracha, Chana Miriam bat Chana, Yael Melilla bat Ginete, Bela bat Sima; Israel ben Zahava; Nissim ben Elis Shoshana; Avraham ben Margarita; Sharon Bat Chana; Rachel bat Nechama, Yehuda ben Ita, Latife bat Renee, Avraham bem Sime, Clarisse Chaia bat Nasha Blima, Tzvi Mendel ben Ester, Marcos Mordechai Itschak ben Habibe, Yacov Eliezer ben Sara Masha, Yossef Gershon ben Taube, Manha Milma bat Ita Prinzac, Chaia Maia bat Esther.
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ CHAIEI SARA 5771

BS"D
 
CONTANDO CADA DIA DE VIDA - PARASHÁ CHAIEI SARA 5771 (29 de outubro de 2010)
 
"Daniel estava viajando pela Europa, conhecendo um pouco da história judaica através das sinagogas antigas. Chegou a um pequeno vilarejo judaico cujo único "ponto turístico" judaico era o cemitério. Sem outra opção, Daniel foi conhecê-lo. Não era um cemitério grande, mas havia muitos túmulos. Olhando as lápides, algo imediatamente chamou-lhe a atenção. Percebeu que em nenhuma das lápides constava o ano de nascimento e de falecimento, estava gravado apenas com quantos anos a pessoa tinha falecido. Porém, o mais estranho é que em todos os túmulos a idade dos falecidos era muito baixa. Em um túmulo estava escrito "20 anos e 45 dias", em outro estava escrito "25 anos e 30 dias", e assim em todos os túmulos. Não havia um único túmulo que passava dos 30 anos! Daniel se assustou, será que aquele era um lugar amaldiçoado, onde todos morriam jovens? Além disso, por que também anotavam os dias de vida?
 
Quando encontrou um morador local, perguntou se havia algum motivo pelo qual todos ali morriam tão jovens. O homem, vendo a preocupação no rosto do turista, deu risada e explicou:
 
- Nesta cidade nós temos um costume um pouco diferente. Na verdade, todas estas pessoas enterradas morreram com bastante idade e, inclusive, deixaram filhos, netos e até bisnetos. As idades escritas no túmulo não correspondem ao tempo de vida das pessoas, são referentes a uma contagem diferente que nós fazemos. Quando cada um nasce, recebe um diário aonde vai anotando os dias de vida que foram bem aproveitados. No final da vida, fazemos a soma destes dias e escrevemos o total no túmulo"
 
Quanto de nossas vidas cada um de nós aproveita? Quando chegar o nosso momento, quantos anos realmente levaremos conosco?
 
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A Parashá desta semana, Chaiei Sara, nos conta sobre a morte dos nossos patriarcas Avraham e Sara, que dedicaram suas vidas a fazer bondades e a ensinar o monoteísmo ao mundo. Sara faleceu com 127 anos, enquanto Avraham alcançou uma idade ainda mais avançada, como diz o versículo: "E estes foram os dias dos anos de vida de Avraham, que viveu 175 anos" (Bereshit 25:7). Mas a linguagem deste versículo é um pouco estranha. Por que a Torá diz "os dias dos anos", não era suficiente mencionar apenas os anos de vida, que já contém os dias? Além disso, um pouco antes da morte de Avraham, a Torá utiliza a seguinte expressão: "Avraham estava velho e vinha com os seus dias" (Bereshit 24:1). O que significa a expressão "vir com os seus dias"?
 
O livro Guesher HaChaim, do rabino Yechiel Ticotchinsky, nos ensina que existe uma grande diferença entre uma pessoa que vive muitos anos com muitos dias e uma pessoa que vive muitos anos sem muitos dias. Quando a pessoa aproveita bem cada dia, então após muitos anos de vida ela também tem no seu "currículo" muitos dias de vida acumulados. Já aquele que não se preocupa em aproveitar seus dias, mesmo quando a velhice chega, tem muitos anos mas não tem muitos dias de vida acumulados. É por isso que, quando a Torá menciona os dias de vida de Avraham, diz "os dias dos anos", pois como ele aproveitava bem cada um dos seus dias, além de ter falecido com muitos anos de vida, também levava em seu "currículo" muitos dias bem aproveitados.
 
Mas o que significa aproveitar bem a vida? Os gregos, quando se referiam à busca constante de prazeres materiais, utilizavam a expressão "Carpe Diem" (aproveite o dia). É assim que aproveitamos a vida, comendo muito, bebendo e nos divertindo em festas?
 
Todo ser humano que nasce já sabe que veio ao mundo por pouco tempo. Alguns vivem 70, outros 80, a única certeza que temos na vida é que ninguém passa dos 120 anos. Se viemos apenas para ter prazer neste mundo, por que não vivemos para sempre? Por que existe um limite do qual nenhum ser humano passa? E mais do que isso, todos os dias nós acordamos, estudamos, trabalhamos, damos duro o dia inteiro, a semana inteira. Chefes mal-humorados, discussões em casa, trânsito pesado, amigos resmungões. Não vivemos imersos em prazer o dia inteiro. Ao contrário, se escrevêssemos em um diário, a cada hora, o que acontece durante o nosso dia, das nossas 24 horas diárias contabilizaríamos em média pouco mais de uma hora diária de prazer. Portanto, dos 70 ou 80 anos que vivemos, no total não acumulamos mais do que 3 anos de prazer na vida. Se fomos criados para ter prazer nesta vida, por que no final das contas temos tão poucos momentos prazerosos?
 
A resposta é que realmente fomos criados para ter prazer. Mas o prazer verdadeiro não está nesta vida, aqui é o momento de preparação, a oportunidade de, através de cada ato, meritar a eternidade. O Olam Habá (Mundo Vindouro) é o lugar onde receberemos o prazer eterno para o qual fomos criados. Porém, quando a alma sai deste mundo, não pode mais fazer nenhum ato que traga méritos. O momento é agora, nesta vida material, quando nosso livre arbítrio nos dá méritos e cada escolha certa vale eternidade.
 
Explica o Zohar, livro místico do judaísmo, que antes da pessoa vir ao mundo, todos os seus dias de vida param diante de sua alma e a advertem a não desperdiçar seu tempo. Por isso, quando o ser humano desperdiça seu dia com vanidades ou transgressões, este dia sobe para o céu, completamente envergonhado, e fica sozinho do lado de fora, esperando até que a pessoa se arrependa. Se a pessoa não se arrepende, quando ela morre, fica com este dia faltando. Mas afinal, qual o problema de faltarem dias? Depois que a pessoa morre, que diferença faz se ela levou daqui mais ou menos dias?
 
Quando vamos a um evento importante, gostamos de estar bem vestidos. Imagine a vergonha que sentiríamos ao descobrir, no meio da festa, que há um enorme buraco na nossa roupa. Explica o Zohar que a pessoa, ao sair deste mundo, se despe do corpo material. E com o que ela se veste para se apresentar diante do Criador do universo? Com seus dias de vida, que formam para ela uma roupa honrosa. Cada dia que falta é um buraco que fica nesta roupa espiritual. Como vamos nos sentir se nossa roupa, como a qual nos encontraremos frente a frente com o Criador, estiver cheia de furos?
 
Avraham aproveitou cada um dos seus dias, buscando preencher seu propósito na vida. Em todos os seus atos ele demonstrava que sua vida era guiada pela vontade de fazer o que era correto. Ele não tinha preguiça, ele não se deixava levar pelos seus instintos e desejos. É por isso que a Torá ressalta que Avraham "veio com os seus dias", pois quando ele se apresentou diante do Criador, vestia uma roupa honrosa sem nenhum furo.
 
Será que nós aproveitamos da forma correta o mais importante dos nossos bens, o nosso tempo? Conseguimos manter o foco no nosso trabalho espiritual? É difícil, com tantas coisas que nos desviam da nossa meta. Prazeres que, por serem mal utilizados, nos desviam. Dificuldades, cansaço, confusão de prioridades. Como fazer para não perder o foco? Nossos sábios ensinam que uma das maneiras é lembrarmos constantemente o dia da nossa morte, isto é, colocar no coração a idéia de que nossa vida é temporária. Um exemplo de como isso funciona é a sensação com a qual voltamos do enterro de algum conhecido. Quem é que não volta diferente do cemitério, dando mais valor para a vida? Porém, sem reflexões, sem um esforço, este sentimento de valorizar cada instante da vida desaparece em pouco tempo.
 
Neste mundo cada segundo vale muito, cada pequena oportunidade conta. Os prazeres materiais e o descanso duram pouco, mas as Mitzvót e os nossos bons atos nos "vestirão" e nos acompanharão por toda a eternidade.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAIERÁ 5771

BS"D
 
QUANDO A RESPOSTA É NÃO – PARASHÁ VAIERÁ 5771 (22 de outubro de 2010)
 
"O mundo assistiu, emocionado, o salvamento dos 33 mineiros chilenos que ficaram soterrados, a mais de 700 metros de profundidade, após um desmoronamento na mina onde trabalhavam. Por 69 dias o mundo inteiro acompanhou, apreensivo, os esforços para retirar os mineiros de lá. Cerca de 1 bilhão de espectadores acompanharam, ao vivo, os momentos finais do resgate, e comemoraram muito quando os 33 mineiros foram retirados com vida.
 
Estes 69 dias que pareciam não ter fim foram angustiantes, tanto para os mineiros quanto para suas famílias. Muitos familiares acamparam ao lado da entrada da mina para encorajar aqueles 33 homens que estavam praticamente enterrados vivos. Água, ar e comida eram enviados através de tubos que ligavam a mina à superfície. Os mineiros escreviam cartas, que eram respondidas pelos familiares e amigos. Em muitas cartas os mineiros faziam pedidos de objetos e comidas, e a maioria dos pedidos era prontamente atendida.
 
Porém, havia algo que muitos mineiros pediram mas não foram atendidos. Apesar de insistentes apelos, houve algo que as equipes de resgate não concordaram em enviar: cigarros. Muitos mineiros ficaram impacientes, mas mesmo assim o cigarro não foi mandado. Por que? Por um simples motivo: muitas minas acumulam gases que, em algumas situações, podem explodir. Se eles constantemente acendessem cigarros lá embaixo, aumentaria o risco de uma explosão, que certamente mataria todos eles.
 
Não faltou compaixão nem bondade das equipes de resgate. Ao contrário, ao recusar enviar os cigarros, eles mostraram preocupação e responsabilidade. A equipe de resgate queria o melhor para os mineiros. E neste caso, o melhor era dizer "não". O prazer de fumar por alguns minutos não valia o risco de causar uma grande explosão.
 
Da mesma maneira, muitas vezes pedimos coisas para D'us e não recebemos. Quando isto ocorre, sentimos que Ele não nos escutou. Mas na realidade D'us escuta tudo o que nós pedimos, mas para o nosso próprio bem, algumas vezes Ele precisa dizer "Não".
 
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Na Parashá desta semana, Vaierá, a Torá nos descreve a destruição da cidade de Sdom (Sodoma). Dois dos anjos que haviam visitado Avraham dirigiram-se à Sdom para cumprir o decreto Divino de destruição da cidade, que havia extrapolado os limites de maldade, como diz o versículo "E D'us disse: 'Por causa dos gritos de Sdom e Amorá (Gomorra) que aumentaram muito, e por causa de suas transgressões que se tornaram muito graves'" (Bereshit 18:20). D'us, antes de destruir Sdom, revelou seus planos para Avraham, como está escrito: "E disse D'us: 'Eu devo esconder de Avraham o que Eu vou fazer, agora que Avraham certamente se tornará uma grande e poderosa nação, e todas as nações da Terra serão abençoadas por ele?'" (Bereshit 18:17,18). Por que D'us se sentiu "obrigado" a contar para Avraham sobre a destruição de Sdom?
 
Explica Rashi, comentarista da Torá, que depois do Brit-Milá (circuncisão), Avraham se elevou tanto espiritualmente que se tornou "o pai de toda a humanidade". Por isso D'us pensou: "será que é justo que Eu destrua o filho sem ao menos comunicar ao pai?". Mas ainda assim fica difícil entender qual era a intenção de D'us, pois se Ele havia decretado a destruição de Sdom e os anjos de destruição já haviam ido para lá, de que adiantava Avraham saber? O que ele poderia fazer?
 
Apesar da destruição já ter sido decretada, ela não se iniciou antes de Avraham ter sido avisado, pois o que D'us esperava de Avraham é que ele intercedesse por Sdom. E foi justamente isso que Avraham fez, logo que D'us revelou os planos de destruição, ele começou a fazer Tefilá (reza) e a implorar para D'us pela salvação de seus habitantes. Mesmo que os anjos já haviam ido para lá, Avraham sabia que ainda havia esperança. Ele sabia que mesmo se uma espada afiada está encostada no pescoço, a pessoa não pode desistir de implorar pela misericórdia de D'us, e foi isso o que ele fez. Avraham poderia ter pensado que a situação era difícil demais, que ele não tinha nada a ver com a história ou que outra pessoa no mundo poderia interceder pelo povo de Sdom. Mas ele decidiu receber sobre si a responsabilidade. Ele chegou até mesmo a "discutir" com D'us pelo mérito de Sdom, como um pai que luta para salvar seu filho. Ele se esforçou tudo o que podia.
 
Porém, de que adiantou a Tefilá de Avraham? Ele pediu e implorou, mas no final a Torá nos conta que a cidade de Sdom e todos os seus habitantes, com exceção da família de Lot, sobrinho de Avraham, foi completamente destruída! D'us não escutou a Tefilá de Avraham?
 
Estamos acostumados a pensar que quando rezamos e pedimos algo mas nada acontece, isto é sinal de que D'us não escutou os nossos pedidos. Mas isto é um grande erro, pois D'us tem controle sobre tudo o que acontece, certamente pode escutar tudo o que pedimos. Explica o Rav Dessler que quando chove, D'us sabe exatamente onde cada gota vai cair e qual a sua função, que gota será para irrigar o solo e que gota será para causar uma enchente. Nada acontece sem a supervisão Divina. Portanto, quando pedimos algo e nada acontece, não é porque D'us não escutou, e sim pois às vezes Ele nos fala "Não".
 
Quando os mineiros do Chile pediram cigarros, eles pensavam que era isso o que eles necessitavam, achavam que isto seria o melhor para eles, mas a equipe de resgate sabia que somente faria mal, seria um grande perigo para suas vidas. D'us também sabe que muitas coisas que pedimos são ruins para nós. Na Amidá (reza silenciosa) dizemos que D'us nos manda "bondades boas", pois somente Ele consegue saber exatamente o que é bom. Quando um filho com cárie nos dentes pede uma bala e o pai não dá, é por amor e cuidado, é pelo bem do filho. Todos temos esta parte "infantil" dentro de nós, a ilusão de que sabemos o que é realmente bom para nós mesmos. Mas é somente D'us, que enxerga não apenas o presente mas também o passado e o futuro, que sabe o que é realmente bom. Quando Ele fala "não" é por amor e por bondade, é pelo nosso próprio bem.
 
No caso de Sdom, apesar de Avraham ter pedido, D'us respondeu "não", pois as conseqüências da salvação de Sdom para o mundo seriam muito negativas. Sdom não era apenas habitada por pessoas mesquinhas que não ajudavam ao próximo. Eles chegaram ao nível de transformar a falta de caridade em uma filosofia, em uma meta de vida, em uma virtude. Quanto mais a pessoa era egoísta, mais status tinha em Sdom. A bondade é um dos pilares do mundo, como diz o Pirkei Avót: "Sobre 3 coisas o mundo se sustenta: sobre a Torá, sobre o Serviço Divino e sobre os atos de bondade". Como Sdom derrubou um dos pilares do mundo, D'us derrubou o pilar de sustentação de Sdom. O mundo sem esta filosofia egoísta certamente é um mundo melhor.
 
Mas se a cidade de Sdom foi destruída, então o que Avraham ganhou com a sua Tefilá? Primeiro temos que saber que quando rezamos, muitas vezes a reza não é atendida imediatamente, mas nenhuma reza é em vão, ela fica guardada para uma necessidade futura. Além disso, a reza de Avraham nos ensinou muitas lições. A primeira lição é nunca desistir. Temos que rezar, fazer a nossa parte e confiar que D'us, em Seu julgamento perfeito, decidirá se o que estamos pedindo é realmente bom ou não. A segunda lição é que D'us quer que nos responsabilizemos uns pelos outros, independente de Seus planos. Mesmo que D'us iria destruir de qualquer maneira a cidade de Sdom, Ele queria que Avraham tomasse sobre si a responsabilidade de se preocupar com seus habitantes. E por último, aprendemos que as portas do arrependimento estão sempre abertas. Mesmo uma cidade como Sdom tinha esperança, pois se houvessem mais Tzadikim (Justos) lá, a Tefilá de Avraham teria ajudado a salvar a cidade inteira.
 
D'us é o nosso Pai, cuida de cada um de nós com carinho, não esquece ninguém. Se nossos pedidos não estão sendo atendidos, precisamos refletir se estamos pedindo o que realmente precisamos e o que será bom para nós. Em geral estamos preocupados em pedir coisas materiais e esquecemos de pedir coisas espirituais, por não refletirmos que o material um dia terá fim, mas o espiritual ficará conosco por toda a eternidade.
 
"Muitos são os pensamentos no coração do homem, mas é a vontade de D'us que sempre se cumpre"
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Avraham ben Ytzchak, Joyce bat Ivonne, Feiga bat Guedalia, Chana bat Dov, Kalo (Korin) bat Sinyoru (Eugeni), Leica bat Rivka, Guershon Yossef ben Pinchas; Dovid ben Eliezer, Reizel bat Beile Zelde, Yossef ben Levi, Eliezer ben Mendel, Menachem Mendel ben Myriam, Ytzhak ben Avraham, Mordechai ben Schmuel, Feigue bat Ida, Sara bat Rachel, Perla bat Chana, Moshé (Maurício) ben Leon, Reizel bat Chaya Sarah Breindl; Hylel ben Shmuel; David ben Bentzion Dov, Yacov ben Dvora; Moussa ben Eliahou HaCohen, Naum ben Tube (Tereza); Naum ben Usher Zelig; Laia bat Morkdka Nuchym; Rachel bat Lulu; Yaacov ben Zequie; Moshe Chaim ben Linda; Mordechai ben Avraham; Chaim ben Rachel; Beila bat Yacov; Itzchak ben Abe; Eliezer ben Arieh; Yaacov ben Sara, Mazal bat Dvóra, Pinchas Ben Chaia, Messoda (Mercedes) bat Orovida, Avraham ben Simchá, Bela bat Moshe, Moshe Leib ben Isser, Miriam bat Tzvi, Moises ben Victoria, Adela bat Estrella, Avraham Alberto ben Adela, Judith bat Miriam, Sara bat Efraim, Shirley bat Adolpho, Hunne ben Chaim, Zacharia ben Ytzchak, Aharon bem Chaim, Taube bat Avraham, Yaacok Yehuda ben Schepsl, Dvoire bat Moshé, Shalom ben Messod, Yossef Chaim ben Avraham.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).
 
 
 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ LECH LECHÁ 5771

BS"D
 
MORRER OU VIVER POR D'US – PARASHÁ LECH LECHÁ 5771 (15 de outubro de 2010)
 
"O rabino Israel Meir HaCohen, mais conhecido como Chafetz Chaim, foi um dos maiores rabinos da geração passada. O amor que ele tinha pelas Mitzvót e pelas pessoas era contagiante. Para ele, cada pequeno detalhe das Mitzvót era importante, cada pessoa representava um mundo e merecia uma atenção especial. Ele era muito admirado e querido por todos que o conheciam. Pessoas viajavam de muito longe para conhecê-lo e pedir Brachót (bênçãos). E acima de tudo, as pessoas admiravam sua tremenda simplicidade e humildade. Ele foi um modelo, para todo o mundo, de bondade e devoção.
 
Quando o Chafetz Chaim rezava, as pessoas ficavam deslumbradas com a sua concentração. Todos sentiam que ele realmente dirigia cada palavra da sua reza para D'us, agradecendo, louvando e fazendo pedidos pessoais e por todos os judeus do mundo. Certo dia, um de seus alunos mais próximos ficou curioso. O que será que o Chafetz Chaim pedia durante as suas rezas? Começou então a rezar todos os dias ao lado do rabino para tentar escutar seus pedidos. Para sua surpresa, descobriu que o rabino pedia todos os dias em sua reza que pudesse morrer "Al Kidush Hashem" (santificando o nome de D'us), como morreram grandes Tzadikim (Justos) do povo judeu, como o Rabi Akiva, morto pelos romanos por ter desrespeitado a proibição de ensinar Torá.
 
Alguns anos se passaram e o Chafetz Chaim, que já estava velhinho, faleceu. Porém, diferente dos seus pedidos, ele não morreu "Al Kidush Hashem", e sim na tranquilidade da sua casa, junto com sua querida família. Seu aluno ficou incomodado. Será que D'us não havia escutado os pedidos daquele grande Tzadik? Por que ele não havia morrido "Al Kidush Hashem" como havia pedido? Inconformado, ele explicou suas angústias para um dos grandes sábios da geração. O sábio abriu um grande sorriso e explicou:
 
- Você está enganado, é óbvio que D'us escutou cada pedido do Chafetz Chaim. O Chafetz Chaim pediu para morrer fazendo Kidush Hashem, e D'us permitiu que ele vivesse uma vida inteira de Kidush Hashem. D'us deu a ele mais do que ele pediu"
 
Quando vivemos com santidade, dedicando nossas vidas ao nosso crescimento espiritual e a fazer o bem às outras pessoas, podemos nos tornar modelos de conduta para os outros. Isto é Kidush Hashem.
 
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Nesta semana lemos a Parashá Lech Lechá, que nos descreve como D'us testou Avraham Avinu com 10 testes difíceis. E a Parashá começa a nos descrever um dos testes, quando D'us falou para Avraham "Lech Lechá" (Vá, por você) e pediu para que ele abandonasse sua casa, sua família, seu trabalho e toda a estabilidade que tinha e fosse para uma terra estranha, sem nenhuma perspectiva do que lhe esperava neste novo local. D'us não revelou para Avraham nem mesmo para onde o levaria. Ele queria testar a Emuná (fé) de Avraham, para saber se ele escutaria as palavras de D'us ou encontraria desculpas ou motivos para cumprir a sua própria vontade. Avraham venceu os 10 testes, descobrindo dentro de si um força que até então ele não conhecia e revelando para o mundo o seu verdadeiro potencial.
 
Explica Rashi, comentarista da Torá, que na verdade este não foi o primeiro teste de Avraham. Mas onde está escrito na Torá algum teste anterior? A Parashá desta semana já começa com o teste de "Lech Lechá", e se procurarmos na Parashá da semana passada, Noach, não encontramos nenhum teste. Rashi ensina que o teste anterior não está escrito explicitamente na Torá, há apenas uma pequena "dica" no seguinte versículo: "E morreu Haran na presença de Terach, seu pai, na sua terra nativa, em Ur Kassdim" (Bereshit 11:28). Quem era Haran, por que ele morreu na presença de seu pai e qual foi este teste de Avraham?
 
Terach, o pai de Avraham, era um idólatra convicto. Não apenas acreditava nas suas idolatrias, mas também tinha uma loja para vender estátuas e propagar a sua crença idólatra. Avraham, não suportando mais aquela mentira, quebrou todos os ídolos da loja de seu pai e começou a fazer declarações públicas contra as idolatrias. Terach entregou seu próprio filho nas mãos do rei Nimrod, que tentou inicialmente persuadi-lo com palavras a voltar para as idolatrias. Vendo que era inútil tentar convencer Avraham com argumentos intelectuais, Nimrod ameaçou atirá-lo em uma fornalha caso não negasse sua crença monoteísta, mas Avraham não teve medo. Este foi o teste de Avraham: ele entregou sua vida e estava disposto a morrer "Al Kidush Hashem", isto é, santificando o nome de D'us. Mas um milagre aconteceu e Avraham saiu ileso da fornalha, diante dos olhos de Nimrod e de todo o povo. Haran, o irmão de Avraham, ao ver o milagre aberto que havia ocorrido, também desafiou o rei Nimrod. Mas sua Emuná (fé) não era verdadeira como a de Avraham e ele morreu queimado na fornalha. O nome da cidade de Avraham, Ur Kassdim, significa literalmente "o fogo de Kassdim (Caldéia)", uma indicação do teste ao qual Avraham foi submetido e venceu.
 
Porém, surge uma grande pergunta: aparentemente o teste de Avraham ter sacrificado sua vida por D'us foi muito maior do que o teste de abandonar tudo e ir para uma terra estranha. Então por que a Torá escreve explicitamente o teste de "Lech Lechá", enquanto o teste de "Ur Kassdim" está apenas indicado?
 
Quando uma pessoa está diante de um teste em que sua vida está em jogo, é possível que ela consiga, neste momento, juntar forças e entregar sua vida, como aconteceu muitas vezes durante a história do povo judeu. Durante a Inquisição, por exemplo, milhares de judeus morreram "Al Kidush Hashem", entregando valentemente suas vidas ao invés de se converter a outra religião. Porém, a Torá está nos ensinando que há um teste ainda maior do que morrer por D'us: o teste de viver por D'us, seguindo as Suas leis, por toda a vida. O teste da fornalha foi difícil, Avraham estava disposto a sacrificar sua própria vida. Mas o teste de "Lech Lechá" foi ainda mais difícil, Avraham decidiu viver uma vida inteira santificando o nome de D'us, dia após dia. A sociedade idólatra onde ele vivia ridicularizava suas idéias, mas Avraham lutou sozinho contra o mundo inteiro e venceu. Por sua força e determinação, hoje a maioria do mundo segue o monoteísmo, enquanto as idolatrias são apenas idéias estranhas.
 
Explicam os nossos sábios que cada um de nós também é testado, de alguma maneira, com os 10 testes de Avraham Avinu, e herdamos dele a força extraordinária para vencer todas as dificuldades. Onde encontramos em nossa vida o teste de "Lecha Lechá"?
 
Se voltássemos 200 anos no tempo, veríamos que todos os judeus viviam de acordo com a Torá, cumprindo cada uma das Mitzvót comandadas por D'us. Mas os ideais não judaicos do iluminismo influenciaram muitos judeus, que começaram um processo de "modernização". Apesar das Mitzvót terem sido entregues por D'us para nosso trabalho espiritual, para a nossa alma, alguns judeus começaram a achar que a Torá estava antiquada e decidiram "reformá-la". Muitas Mitzvót começaram a ser abandonadas e a Torá se tornou um artigo de museu. Os judeus perderam sua identidade e começaram a ser engolidos pela assimilação. Após 200 anos, a situação se inverteu. Poucos são aqueles que continuam seguindo os mandamentos da Torá, a grande maioria se afastou completamente.
 
Mas, conforme estava profetizado na Torá, muitos judeus estão iniciando um processo de Teshuvá (retorno ao judaísmo) e valentemente vencem as forças da correnteza. Muitos foram desacreditados e até mesmo ridicularizados pelos amigos e pela família, mas seguiram firme em suas convicções. Esse é o nosso teste de "Lech Lechá". Morrer santificando o nome de D'us dura alguns poucos segundos, mas viver santificando o Seu nome dura uma vida inteira. Também como Avraham, podemos ir contra o mundo inteiro. Em um mundo onde o comum é o roubo, a corrupção e a traição, temos a obrigação de transmitir ao mundo bons valores através dos nossos atos cotidianos. Esse é o nosso papel espiritual de "Luz para as nações". Esse é o nosso "Lech Lechá", a chance de revelar, para nós mesmos e para o mundo, o nosso verdadeiro potencial.
 
"Quando podemos ter certeza de que um peixe está vivo? Quando ele nada contra a correnteza"
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ NOACH 5771

BS"D
 
ATITUDES CONTRADITÓRIAS – PARASHÁ NOACH 5771 (08 de outubro de 2010)
 
"Em uma pequena cidade do interior, onde os habitantes viviam basicamente da agricultura, fazia muito tempo que não chovia. O sol brilhava impiedosamente e os fazendeiros começaram a se desesperar, pois as plantações estavam secando e os animais procuravam em vão um pouco de água para saciar a sede. Os habitantes decidiram se reunir na sinagoga para rezar pela chuva. Eles rezavam com fervor, quase gritando, com os olhos voltados para o céu, na esperança de que ao menos uma pequena nuvem aparecesse.
 
Estava na sinagoga um pequeno garotinho, que observava atentamente as rezas. De repente, ele virou-se para seu pai e perguntou:
 
- Pai, vocês acreditam realmente que a chuva virá por causa da reza de vocês?
 
- Claro que sim, filho – disse o pai – se não acreditássemos, por que estaríamos aqui rezando por tanto tempo?
 
- Mas papai – insistiu o menino – se vocês realmente acreditam tanto nisso, então por que ninguém trouxe um guarda-chuva?"
 
Muitas vezes na vida nossos atos contradizem nossas crenças. Podemos, em diversas situações, acreditar em algo mas viver de maneira completamente contrária.
 
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Na Parashá desta semana, Noach, a Torá nos descreve uma das piores tragédias da humanidade, quando a injustiça entre os homens se tornou tão gritante e tão banalizada que D'us decidiu destruir o mundo inteiro. Apenas um homem, Noach (Noé), que era um Tzadik (Justo), se mostrou meritório da misericórdia Divina. D'us anunciou para Noach que enviaria ao mundo um dilúvio e ordenou que ele construísse uma gigantesca arca para salvar sua família e um casal de cada animal existente no mundo.
 
Por que D'us odenou que Noach construísse uma arca? Por que Ele não salvou Noach com uma bolha milagrosa que o protegesse do dilúvio? Pois a construção da arca tinha uma importância estratégica. A construção durou 120 anos e foi feita sobre uma montanha muito alta, para que as pessoas vissem e questionassem Noach. Assim ele poderia avisar sobre o dilúvio, repreender as pessoas pelos seus graves erros e convencê-las a mudar. A arca era a forma de fazer com que mais pessoas pudessem se arrepender para serem salvas da destruição. Porém, a Torá nos descreve que, mesmo com os 120 anos de chance, ninguém mais foi incluído entre os que seriam salvos. Isto é difícil de entender, pois se Noach era uma pessoa íntegra e pura, por que ele não conseguiu convencer mais ninguém? Por que as pessoas não escutaram quando ele anunciou a vinda de um dilúvio que destruiria todo o mundo?
 
Outra pergunta que surge nesta Parashá é uma aparente contradição sobre as características de Noach. Por um lado a Torá louva Noach por sua integridade e Emuná (fé). Onde podemos ver a Emuná de Noach? A arca construída por ele tinha dimensões gigantescas, mas mesmo assim obviamente não caberiam todos os animais que deveriam ser salvos. Apesar da construção parecer algo sem sentido, Noach não questionou as ordens de D'us e, em uma demonstração de total confiança, ele construiu a arca exatamente como foi ordenado. Mas por outro lado, no momento em que Noach entrou na arca, a Torá nos diz: "Noach, seus filhos, sua esposa e as esposas de seus filhos, entraram com ele na arca por causa das águas do dilúvio" (Bereshit 7:6). Rashi, comentarista da Torá, explica que as palavras "por causa das águas do dilúvio" nos ensinam que Noach não teve Emuná e entrou na arca apenas depois que começou a chover forte, quando a água já cobria seu tornozelo. Afinal, Noach tinha ou não Emuná?
 
Explica o Rav Yssocher Frand que Noach era um gigante espiritual. Ele conseguiu andar nos caminhos de D'us mesmo vivendo em uma geração completamente corrupta. Certamente ele confiava em D'us, mas a Torá ressalta que havia uma pequena falha na sua Emuná. Ele sim acreditava, mas isto não era perceptível em seus atos. Qual foi a conseqüência desta falha na sua Emuná? Apesar dos 120 anos de possibilidade de salvar outras pessoas, Noach não conseguiu salvar mais ninguém. Como nem ele mesmo estava completamente convencido que o dilúvio realmente ocorreria, ele não conseguiu "vender" a idéia para mais ninguém. Seus atos contradiziam suas palavras, e por isso as pessoas não se arrependeram de seus erros.
 
O que podemos aprender deste episódio para nossas vidas? Que devemos sempre nos questionar se realmente vivemos de acordo com as nossas crenças ou não. Um exemplo é a nossa crença na vinda do Mashiach, como enuncia o Rambam (Maimônides) em um dos seus 13 princípios de fé: "Eu acredito com Emuná completa na vinda do Mashiach. E mesmo que possa tardar, apesar disso eu esperarei por sua vinda". Todo judeu acredita na vinda do Mashiach, mas vivemos de acordo com esta crença? Emprestaríamos dinheiro para alguém se a data de pagamento fosse a vinda do Mashiach? Fazemos atos que contribuem para a chegada imediata do Mashiach?
 
O Rav Israel Meir Kagan, mais conhecido como Chafetz Chaim, foi um dos maiores rabinos do começo do século passado. Sua crença na vinda do Mashiach era tão forte que transparecia em seus atos cotidianos. Por exemplo, ele deixava junto à porta de casa uma mala de roupas, para estar pronto para o dia da chegada do Mashiach. No casamento de seus filhos ele escrevia no convite "O casamento será na Cidade Velha de Jerusalém. Mas se D'us nos livre o Mashiach ainda não tiver chegado, o casamento será em Radin (cidade da Polônia onde o Chafetz Chaim morava)". O Chafetz Chaim não apenas acreditava na vinda iminente do Mashiach, ele vivenciava isso nos seus atos cotidianos. Para ele não era uma utopia, a vinda do Mashiach era tão real quanto a certeza de que o sol surgirá novamente no horizonte de manhã.
 
Também em muitos outros pontos nossos atos contradizem nossas crenças. Acreditamos que D'us pode ver todos os nossos atos, mas muitas vezes nos comportamos como se Ele não estivesse olhando. Acreditamos que cada Mitzvá cumprida nesta vida vale eternidade, mas muitas vezes "matamos" nosso tempo com besteiras. Por que vivemos em tamanha contradição? Pois a Emuná é algo que precisa ser constantemente reforçada para que permaneça em nosso coração. Somente com um trabalho diário de reflexão podemos viver de uma maneira verdadeira, em que nossos atos não sejam contraditórios com a nossa Emuná.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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