| | MENSAGEM DA PARASHÁ CHAIE SARA | | | ASSUNTOS DA PARASHÁ CHAIE SARA - Falecimento de Sara.
- Compra de um local para o enterro.
- A busca de uma esposa para Itzchak.
- Critérios de Eliezer.
- Rivka atende os requisitos.
- Eliezer reconta toda a história para a família de Rivka.
- Ytzchak se casa com Rivka.
- Avraham se casa com Keturá e tem filhos.
- Falecimento de Avraham.
- Descendentes de Ishmael.
| | | LEMBRAR DO FIM AJUDA NO FOCO - PARASHÁ CHAIE SARA 5785 (22/nov/24) Dvir Aminolav z"l foi o primeiro soldado israelense morto em Gaza durante a Operação "Oferet Yetsuka", em janeiro de 2009. Seu pai havia morrido de câncer dois anos antes e Dvir, o único filho homem, havia assumido várias responsabilidades em casa. Por isso, sua perda foi particularmente traumática. Sua mãe, Dalya, compartilhou com seus familiares uma comovente história. Mesmo passados alguns meses da morte de Dvir, a dor da perda ainda estava insuportável. Certa noite, antes de ir dormir, como o coração angustiado, Dalya pediu em voz alta: "D'us, me dê um sinal, me dê um abraço de Dvir, para que eu saiba que sua morte teve um sentido". Então ela foi dormir, com o coração supreendentemente um pouco mais leve. Naquela mesma semana, sua filha a convidou para um concerto. Dalya estava triste, não tinha nenhuma vontade de ir, mas como não queria desapontar sua filha, acabou aceitando. Enquanto os músicos se preparavam e afinavam seus instrumentos, um menino de aproximadamente dois anos, com belas mechas loiras, aproximou-se dela e apoiou-se no seu braço. Como ela era professora de primário, estava acostumada a lidar com crianças. Com um enorme sorriso, Dalya começou a conversar com o pequeno menino. Perguntou o nome dele e ele respondeu que era Eshel. Ela então perguntou se ele queria ser amigo dela e se sentar ao seu lado. Eshel abriu um sorriso e balançou a cabeça afirmativamente. Mas os pais de Eshel, que estavam sentados duas fileiras acima, vendo seu "anjinho" incomodando Dalya, mandaram-no voltar ao seu lugar. Dalya fez um sinal com a mão, indicando que estava tudo bem, e continuou conversando com Eshel. - Eu tenho um irmão bebê que se chama Dvir - Eshel disse a ela. Dalya ficou chocada ao ouvir este nome. Ela foi imediatamente falar com os pais de Eshel. Quando viu o bebê no carrinho, perguntou a idade dele. Os pais responderam que ele tinha seis meses. Dalya fez as contas e concluiu que o bebê havia nascido depois dos combates de Gaza. Não querendo incomodar, mas com uma enorme curiosidade, ela perguntou por que haviam escolhido aquele nome. A mãe do bebê disse então algo emocionante: - Sou oficial do exército e cuido de soldados feridos. Quando eu estava no final da gravidez, os médicos suspeitaram de uma grave má-formação do feto, mas naquele estágio nada mais poderia ser feito, seria necessário esperar o bebê nascer e ver o que aconteceria. Voltei para casa arrasada. Quando ouvi a notícia que Dvir, um soldado de Israel, tinha sido morto em Gaza, isso me cortou o coração. Eu decidi fazer um combinado com D'us. Eu levantei meus olhos para o céu e disse: "D'us, se você me der um filho saudável, eu prometo dar a ele o nome Dvir, em memória do soldado morto na guerra". E, Baruch Hashem, milagrosamente meu filho nasceu perfeito. Dalya, a mãe do soldado morto, ficou boquiaberta. Muito emocionada, ela disse: - Eu sou a mãe do Dvir! Os jovens pais não podiam acreditar. Então a mãe do bebê Dvir estendeu-lhe o bebê nas mãos e disse: - O Dvir quer te abraçar..." Segundo o judaísmo, a morte não é o fim, é só o início da nossa existência verdadeira. Nos momentos de dor, é esta Emuná que nos dá a força para continuar. Tudo o que D'us faz é para o bem. | | Nesta semana lemos a Parashá Chaie Sara (literalmente "A vida de Sara"), que começa falando sobre o falecimento da nossa primeira matriarca, Sara, aos 127 anos, como está escrito: "Sara morreu em Kiryat Arba, que é Chevron, na terra de Knaan. E Avraham veio para elogiar Sara e lamentá-la" (Bereshit 23:2). Na continuação, a Parashá fala sobre os esforços de Avraham para encontrar uma esposa adequada para Yitzchak. É interessante perceber que o relato do falecimento de Sara foi colocado entre dois assuntos alegres, que são o nascimento de Rivka, no final da Parashá da semana passada, e o casamento de Yitzhak. Por que? Explica o Rav Yitzchak Karo zt"l (Espanha,1458 - Israel, 1535) que isso é para nos lembrar que mesmo em ocasiões muito alegres, como o nascimento de um bebê ou um casamento, ainda assim é preciso lembrar do dia da morte. Mas o que essa lembrança acrescenta em nossas vidas? Não é depressivo lembrar da nossa condição mortal? Explicam os nossos sábios que lembrar o dia da morte é o que coloca a nossa vida em uma perspectiva adequada. O Talmud (Brachot 31a) traz um exemplo disso. Rav Ashi fez um banquete de casamento para seu filho e viu que os sábios estavam excessivamente alegres. Ele então trouxe um copo de vidro branco, um material extremamente caro, e o quebrou diante deles, e assim todos ficaram tristes. O Tossafot explica que Rav Ashi quis conter o transbordamento de felicidade. A partir daquele evento tornou-se costume quebrar um copo em um casamento, que tempera a nossa alegria com um lembrete da fragilidade da vida e do nosso caráter mortal. O Talmud continua e ensina algo ainda mais impressionante. Os sábios disseram a Rav Amnuna Zuti, durante a festa de casamento de Mar, filho de Ravina: "Cante algo para nós". Como ele acreditava que a alegria dos convidados havia se tornado excessiva, ele cantou uma música com as seguintes palavras: "Ai de nós, pois morreremos. Ai de nós, pois morreremos". O Rav Amnuna estava nos ensinando que, mesmo no auge da nossa alegria, precisamos lembrar do nosso caráter mortal, nos ajudando a focar no que importa de verdade, e não nos prazeres materiais passageiros e efêmeros. É isso que ensina o Midrash quando traz uma impressionante interpretação do versículo "E D'us viu tudo o que Ele havia criado, e eis que era muito bom" (Bereshit 1:31). Segundo o Midrash, "bom" se refere à vida, enquanto "muito bom" se refere à morte. É importante lembrar do nosso caráter mortal para não nos conectarmos demais a este mundo e esquecermos do nosso propósito final. Também sobre o assunto de lembrar do dia da morte há outro interessante ensinamento do Talmud (Brachot 5a), que ensina que quando alguém é confrontado com o desejo de transgredir, ele deve incitar seu Yetzer Hatov contra seu Yetzer Hara. Se ele for bem-sucedido, ótimo; mas se não, ele deve estudar Torá. Se estudar Torá for suficiente, ótimo; mas se não, ele deve recitar o Shemá. Se isso for bem-sucedido, ótimo; mas se não, ele deve se lembrar do dia da morte. Com este ensinamento do Talmud, percebemos que focar em nossa própria mortalidade é a solução final para não transgredirmos. Porém, por outro lado, parece que pensar na morte não está isento de perigos, pois se fosse tão bom, algo que resolve quando tudo mais falhou, por que já não confrontamos o Yetzer Hara inicialmente com pensamentos do dia da nossa morte? Parece ser algo muito poderoso, mas que deve ser usado com cuidado. Qual é o perigo de lembrar do dia da morte? Explica o Rav Zev Leff que há pelo menos três maneiras através das quais a preocupação excessiva com a morte pode ter resultados negativos. Em primeiro lugar, quando uma pessoa é repentinamente confrontada com sua própria morte, pode ocorrer uma reação de negação, que se manifesta em sentimentos irracionais de poder e capacidade de superar qualquer ameaça, colocando a pessoa em risco real de vida e impedindo-a de tomar decisões racionais. Além disso, a consciência da morte pode levar ao desespero, à desistência ou à sentimentos de que nada neste mundo tem sentido. Finalmente, pensamentos sobre a morte podem levar ao desequilíbrio em relação aos desejos físicos, como diz o profeta: "Coma e beba, porque amanhã morreremos" (Yeshayahu 22:13). Cada um dos estágios mencionados pelo Talmud é projetado para neutralizar essas consequências negativas de lembrar do dia da morte. O incentivo para exercer o livre arbítrio como forma de dominar o Yetzer Hará nos lembra do controle limitado que temos neste mundo, como ensina o Talmud (Brachot 33b): "Tudo está nas mãos de D'us, exceto o temor do Céu". O reconhecimento desse fato previne falsas sensações de controle e poder. Já estudar a Torá e as Mitzvót de D'us, o segundo estágio recomendado pelo Talmud para combater o Yetzer Hará, nos lembra do valor deste mundo como local propício para cumprir a vontade de D'us e ganhar recompensas eternas. Assim, neutralizamos sentimentos de desespero gerados pela lembrança do dia da morte. E, finalmente, ler o Shemá e aceitar o jugo do Céu nos impede de afundarmos em prazeres materiais. Uma vez que tenhamos antecipado a cura de todas as consequências negativas, podemos então usar o conhecimento da nossa mortalidade de forma positiva, isto é, para nos lembrar que o tempo é limitado, o que está em jogo é a eternidade e, "se não for agora, quando?" (Pirkei Avot 1:14). Nossos sábios nos aconselham: "Arrependa-se um dia antes de sua morte" (Pirkei Avót 2:11). Eles estão nos ensinando a tratar cada dia como se fosse o último, vivendo-o com um senso de urgência e oportunidade de garantir nossa recompensa eterna. O Talmud (Brachot 28b) ensina uma Brachá que devemos fazer todos os dias quando saímos do Beit Midrash depois de estudar Torá: "Nós corremos e eles correm. Nós corremos para a vida eterna, e eles correm para a destruição final". Devemos refletir o dia inteiro sobre estas palavras. A pessoa deve estar constantemente ciente se ela está correndo em direção ao seu objetivo e fazendo tudo o que está ao seu alcance agora para adquirir a recompensa eterna. Considerada dessa forma, a consciência da morte pode ser um incentivo estimulante para realizar o nosso potencial espiritual a cada momento. A Parashá que relata a morte de Sara é chamada de "A vida de Sara", para nos ensinar que a consciência da morte deve dar significado e inspiração à vida. SHABAT SHALOM R' Efraim Birbojm | | Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima. -------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno. Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno. ------------------------------------------- Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l. -------------------------------------------- Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com (Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai). | | | | | | |
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