sexta-feira, 24 de maio de 2024

HONESTIDADE E EMUNÁ ANDAM JUNTAS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BEHAR 5784

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de 
Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 
Mordechai ben Chaim Tzvi zt"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BEHAR 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ BEHAR

ASSUNTOS DA PARASHÁ BEHAR
  • Shmitá (O Ano Sabático).
  • Yovel (Jubileu) e o toque do Shofar em Yom Kipur.
  • Proibição de causar sofrimento (Onaát Mamon e Onaat Devarim).
  • Venda e Resgate da terra em Israel.
  • Casas em cidades muradas.
  • Casas nas Cidades dos Leviim.
  • Ajuda aos necessitados.
  • Leis dos escravos.
  • Resgate dos escravos que estão nas mãos de Goim.
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HONESTIDADE E EMUNÁ ANDAM JUNTAS - PARASHÁ BEHAR 5784 (24/mai/24)
 
O Rav Yaacov Kamenetzky zt"l  (Lituânia, 1891 - EUA, 1986) foi um dos maiores rabinos dos Estados Unidos, e contribui muito para que o judaísmo na América pudesse se desenvolver. Ele não era respeitado apenas pelo seu potencial no estudo da Torá, mas também pelos seus incríveis traços de caráter.
 
Um dos filhos do Rav Yaakov era o Rav Nosson Kamenetsky zt"l. Em certo momento da vida, o Rav Nosson queria traçar as raízes de sua família e foi visitar a pequena cidade lituana onde Rav Yaakov Kamenetsky havia sido rabino. Enquanto estava lá, ele descobriu um fato histórico muito interessante: embora grande parte do judaísmo lituano tenha sido dizimado durante o Holocausto, os judeus daquela cidade em particular sobreviveram e escaparam do extermínio nazista. O Rav Nosson Kamenetsky, muito curioso, foi ao prefeito da cidade e perguntou se ele poderia explicar como os judeus daquela cidade haviam conseguido salvar suas vidas. O prefeito disse:
 
- Posso explicar exatamente o motivo pelo qual os judeus escaparam. Antes da guerra, o chefe dos correios da nossa cidade, que futuramente se tornaria prefeito, decidiu fazer um teste com os membros do clero, tanto judeus quanto não judeus. Quando eles vinham comprar selos, ele dava intencionalmente mais troco do que o devido, com a intenção de testar se eles devolveriam o dinheiro a mais ou não. Ele considerava esse teste muito importante para saber com que tipo de pessoas estava lidando.
 
- Ele fez isso três vezes com o Rav Yaakov Kamenetsky - continuou o prefeito - E toda vez que ele dava mais troco do que o devido, o Rav Yaakov sempre devolvia o dinheiro a mais. Isso não acontecia com outros líderes religiosos. Esse chefe dos correios ficou tão impressionado com Rav Yaakov, o líder da comunidade judaica, que, anos mais tarde, quando se tornou prefeito da cidade, ainda guardava aquele sentimento. Por isso, sempre que tomava conhecimento de uma ação alemã que visava exterminar os judeus, ele notificava os judeus e eles conseguiam se esconder na floresta ou em qualquer outro lugar. Foi assim que os judeus da cidade foram salvos.
 
Quando o Rav Nosson Kamenetsky voltou para a América de sua viagem à Europa, ele perguntou ao seu pai se ele tinha alguma lembrança do chefe dos correios e se ele recordava desses incidentes. O Rav Yaakov disse que não se lembrava da história de ter sido testado. A única coisa que ele lembrava era que o chefe dos correios da cidade não sabia contar direito..."
 
A honestidade do Rav Yaacov salvou todos os judeus de sua cidade. Ele exemplificava e personificava o que significa ser uma pessoa honesta. Não é coincidência que ele tenha nomeado seu livro, com comentários sobre o Chumash, de "Emes LeYaakov" (Verdade para Yaacov). Isso era o que ele ensinava, e era isso o que ele praticava o tempo todo.

Nesta semana lemos a Parashá Behar (literalmente "Na montanha"). A Parashá começa falando sobre a Mitzvá de Shmitá, na qual damos um descanso aos campos na Terra de Israel a cada ciclo de sete anos. Não era uma Mitzvá fácil de ser cumprida, em especial há 3.300 anos, quando o povo judeu era completamente dependente do trabalho agrícola para conseguir o seu sustento. Além disso, a Parashá também fala sobre não causar sofrimentos ao próximo, a venda de terras em Eretz Israel, a ajuda que devemos dar a um irmão necessitado e algumas leis em relação a uma pessoa que se vendeu como escravo.
 
Um dos assuntos da Parashá quem vem logo depois da Mitzvá de Shmitá é a proibição da Torá de causar sofrimento ao próximo, como está escrito: "Quando você fizer uma venda ao seu companheiro, ou quando você comprar da mão do seu companheiro, não causem sofrimento um ao outro" (Vayikrá 25:14). Rashi explica que esta proibição se refere à enganação em assuntos monetários. D'us está nos ensinando que devemos ser rigorosos em relação à nossa honestidade nos negócios. É muito fácil a pessoa encontrar justificativas para ser desonesto, tais como "mas todos fazem assim", "negócios são negócios" ou "se fosse o contrário, ele também me enganaria". Porém, nenhum destes argumentos é verdadeiro, são apenas desculpas. Mesmo que a pessoa não descubra a enganação, D'us sabe quando alguém foi desonesto, pois Ele conhece até os pensamentos do nosso coração.
 
Sabemos que os assuntos na Torá não foram escritos de forma aleatória, e sempre há algo que podemos aprender em relação à proximidade entre dois assuntos. Por que a proibição de enganar o próximo nos assuntos monetários vem imediatamente após a Mitzvá de Shmitá?
 
A Mitzvá de Shmitá carrega muitos ensinamentos importantes, mas certamente uma das lições fundamentais é que D'us é o Dono do Universo e provê todas as nossas necessidades. No sétimo ano, os agricultores eram solicitados a parar de trabalhar por um ano inteiro e, de alguma forma, deveriam conseguir sobreviver mesmo assim. Como eles conseguiam fazer isso?
 
A resposta é que D'us prometeu que cuidaria deles, e realmente cuida. A lição a ser tirada da Mitzvá de Shmitá é que D'us provê o nosso sustento, mesmo de maneiras que parecem ilógicas. No sétimo ano uma pessoa pode de fato não trabalhar, não plantar, não colher, e ainda assim sobreviver. Na realidade ela fará até mais do que apenas sobreviver, pois a Torá promete uma grande Brachá para aqueles que tem Emuná. Qual é o tamanho do milagre que ocorre? A Torá promete que o sexto ano terá uma produção agrícola que será o triplo do normal, suficiente para sustentar o agricultor por três anos. Porém, normalmente a terra vai se enfraquecendo com o passar dos anos. Pelas leis da natureza, o sexto ano, o último ano antes do descanso, é o ano em que a produção deveria ser mais escassa. E, mesmo assim, a Torá promete que haverá milagrosamente uma produção tripla.
 
Parece algo teórico, mas agricultores de Israel mostram planilhas que demonstram como o milagre realmente ocorre na prática. Atualmente, com mais acesso a recursos eletrônicos, os dados das colheitas anuais podem ser registrados, possibilitando enxergar o milagre acontecendo diante dos nossos olhos. É um incrível reforço para a nossa Emuná ver algo tão ilógico, que vai tão contra as leis da natureza, acontecendo. Isso demonstra que na verdade não existe natureza, é D'us que define como tudo vai acontecer. Em condições normais, não nos apoiamos em milagres. A pessoa deve plantar, colher e vender seus produtos para ganhar seu sustento, e não ficar esperando um milagre acontecer. Porém, quando é D'us que nos ordena irmos contra a lógica e contra as leis da natureza, podemos fazer isso com tranquilidade e confiança.
 
Se acreditássemos nisso com todo o coração, nunca seríamos tentados a enganar ninguém nos negócios. Por que enganamos? Para ganharmos algum dinheiro a mais. No entanto, se internalizássemos plenamente a ideia de que a renda de uma pessoa é determinada por D'us em cada Rosh Hashaná, e que o que estamos destinados a receber virá até nós, e não um centavo a mais ou a menos, não teríamos motivo para enganar ou tentar ganhar dinheiro a mais de forma desonesta. É muito difícil colocarmos isso no coração, mas é essencial para que possamos mudar nossos hábitos e nos tornarmos pessoas honestas em tudo o que fazemos.
 
Nossos sábios ressaltam ainda mais a importância da honestidade aos olhos de D'us. Quando uma pessoa sai do mundo, ela é questionada sobre todas as suas atitudes durante a vida, e prestará contas de todos os seus atos. Por cada bom ato ela receberá uma recompensa, mas por cada mau ato ela precisará "pagar a conta". Quais são as três primeiras perguntas que são feitas? D'us nos questiona se fomos honestos nos negócios, se fixamos tempos para o estudo da Torá e se esperamos todos os dias da nossa vida pela salvação, isto é, pela vinda do Mashiach.
 
Há algo que chama a atenção neste ensinamento. Sabemos o quanto é importante estudarmos Torá, um dos principais pilares que mantém o mundo. Também sabemos o quanto é importante esperarmos todos os dias a vinda da nossa Redenção, a ponto de o Rambam zt"l (Espanha, 1135 - Egito, 1204) colocar esta espera entre os 13 princípios da Emuná e afirmar que aquele que não acredita na vinda do Mashiach não participará da Ressureição dos mortos. Então por que a pergunta "Você foi honesto nos negócios?" vem antes das outras duas perguntas, pilares tão importantes no judaísmo?
 
Em geral, com raras exceções, as Mitzvót que fazemos no nosso dia a dia envolvem o uso de objetos. Por exemplo, as Mitzvót de Tefilin, Tsitsit, Arbaat Haminim ou Mezuzá envolvem objetos que custam algum dinheiro. De onde vem o dinheiro para comprarmos estes objetos de Mitzvá? Do nosso trabalho, dos nossos negócios. Se uma pessoa é desonesta, então o dinheiro que foi utilizado para cumprir a Mitzvá também é desonesto. O Talmud, no Tratado de Sucá, nos ensina a gravidade de cumprirmos a Mitzvá dos Arbaat Haminim com um Etróg roubado. É como se estivéssemos zombando Dele, deixando-O irritado com nossa conduta.
 
Na nossa Parashá, quando a Torá descreve a ajuda que devemos dar a um companheiro necessitado, surge a proibição da cobrança de juros em um empréstimo. Este é mais um "recado" que D'us está nos dando. A Shmitá é uma Mitzvá que nos recorda que a terra que usamos diariamente não é nossa, é um presente de D'us. Da mesma maneira, a proibição de cobrar juros em um empréstimo é uma lembrança de que o dinheiro que usamos na verdade pertence a D'us. Se vivermos desta maneira, lembrando que tudo o que temos é de D'us, certamente seremos mais honestos e mais bondosos.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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