sexta-feira, 7 de setembro de 2018

COMO SER UM VENCEDOR - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT NITZAVIM 5778 E ROSH HASHANÁ 5779

BS"D
Este E-mail foi carinhosamente oferecido por Shlomo e Hannah Benmuyal, desejando a todo Am Israel um Shaná Tová Umetuká, e que este seja o ano da nossa Gueulá.


Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do
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VÍDEO DA PARASHAT NITZAVIM E ROSH HASHANÁ

(07 de setembro de 2018) COMO SER UM VENCEDOR - PARASHAT NITZAVIM 5778 E ROSH HASHANÁ 5779

"O Rav Mordechai Shwab zt"l (Alemanha, 1911 - EUA, 1994) tinha um aluno que, mesmo depois de casado, fazia questão de visitar seu rabino em todos os Chaguim. Certo ano, quando se aproximava a Festa de Sucót, o aluno recebeu um telefonema da família do Rav Shwab. Eles achavam que talvez fosse melhor ele não visitar o rabino naquele ano, pois o Rav Shwab estava muito doente. O rabino estava com a aparência tão deformada que a família ficou com medo que o aluno iria se assustar de vê-lo naquele estado. Porém, o aluno achou que era exagero e insistiu em não cancelar aquele costume tão precioso de visitar seu rabino. Como conhecia o Rav Mordechai há muitos anos, estava seguro de que não se assustaria.
 
Quando chegou o Chol HaMoed de Sucót, o aluno foi visitar o Rav Shwab. Porém, a situação de saúde do rabino era realmente tão ruim que, quando o aluno viu seu rosto, ficou completamente fora de si e quase desmaiou. O aluno ficou aflito e extremamente triste de ver seu rabino, uma pessoa sempre com tanta energia e entusiasmo, naquele estado lastimável. Quando o Rav Shwab percebeu a preocupação estampada no rosto de seu aluno, ele deu um sorriso e disse:
 
- Não se preocupe, eu estou vivendo com alegria. Infelizmente eu não tive forças para ir à sinagoga em Yom Kipur. Na verdade, eu quase nem consegui rezar em Yom Kipur, pois estava me sentindo muito fraco. Mal consigo estudar Torá por causa das minhas fortes dores de cabeça. Mas eu não estou triste. Sabe por que? Pois não fui eu que me fiz doente, foi D'us. Esta é a vontade Dele. E se Ele fez com que eu estivesse assim, "Chaim Birtsono" (eu quero viver de acordo com a Vontade Dele)".


Naquele dia o Rav Mordechai Shwab provavelmente deu sua aula mais tocante e profunda de Emuná (fé). Emuná não é acreditar que tudo vai ficar bem de acordo com os nossos parâmetros. Emuná é saber que o bem verdadeiro está sempre ocorrendo, mesmo quando, de acordo com a nossa lógica limitada, parece o contrário

.

Nesta semana lemos a Parashat Nitzavim, que traz o último discurso de Moshé antes de seu falecimento. Como um líder responsável e que amava seu povo, sua preocupação final na vida era despertar o povo judeu e prepará-los para a entrada na Terra de Israel. Isto se conecta muito com a próxima parada do nosso calendário, a Festa de Rosh Hashaná, o ano novo judaico, que começa no próximo domingo de noite (09 de setembro). Rosh Hashaná é também conhecida como "Yom HaDin" (Dia do Julgamento), pois neste dia todos os nossos atos passam diante de D'us e somos julgados por tudo o que fizemos e pelas coisas boas que deixamos de fazer.
 
Deveríamos estar preocupados nestes últimos dias do ano. Será que nosso ano foi realmente bom? Será que fizemos tudo o que deveríamos ter feito? Nos ensina o profeta: "Quando um leão ruge, quem não fica com medo?" (Amos 3:8). Se uma pessoa estivesse andando na rua e escutasse o rugido de um leão, certamente tremeria de medo. Em hebraico, a palavra "leão" é "Ariê" (אריה), que é formada com as iniciais de Elul (אלול), Rosh Hashaná (ראש השנה), Yom Kipur (יום כיפור) e Hoshana Raba (הושענא רבה). O profeta estava nos ensinando que quando estes dias de julgamento "rugem", é possível não sentir medo? Portanto, estes devem ser dias de introspecção, reflexão sobre o passado e decisões sobre o futuro, em uma preparação rigorosa para nos apresentarmos diante de D'us da forma correta no Dia do Julgamento.
 
Infelizmente não estamos preocupados como deveríamos. Mas por que? Voltando à alegoria do leão, há situações nas quais as pessoas não sentem medo do seu rugido. Por exemplo, quando uma pessoa vai ao zoológico, ela senta-se tranquilamente e faz um piquenique com a família. Mesmo se escuta o rugido do leão, ela não se assusta e continua sentada tranquilamente. Como ela sabe que o leão está em uma jaula, preso por grossas barras de ferro, ela não sente medo. Nossos sábios explicam que desde a destruição do nosso Beit Hamikdash (Templo Sagrado), há uma divisória de ferro que interrompe entre D'us e nós. Por isso não sentimos medo, pois esta "divisória" nos deixa insensíveis aos assuntos espirituais. Temos que tirar esta divisória de ferro que nos afasta de D'us.
 
Porém, sabemos que isto é algo difícil de ser alcançado. Nossa memória não nos deixa esquecer o que aconteceu nos anos anteriores. Nós sempre tentávamos melhorar. Quando chegava Rosh Hashaná, nós sempre estávamos decididos a crescer e mudar, mas não conseguimos. Como fazer para não desistirmos novamente?
 
A solução para este desânimo é entender que há duas formas de abordarmos Rosh Hashaná. Podemos olhar Rosh Hashaná com uma visão pessimista e dizer: "No ano passado eu decidi estudar mais e não estudei. Decidi dar mais Tzedaká e não dei. Portanto, nem vou tentar neste ano", ou podemos olhar Rosh Hashaná com um olhar de vencedores e dizer "Quero continuar crescendo, quero continuar melhorando. Mesmo as coisas que tentei no ano passado e não consegui, neste ano vou tentar de novo. Vou aprender com meus erros passados e fazer dar certo desta vez".
 
Explica o Rav Paysach Khron que os dias entre o Rosh Chodesh Elul e Yom Kipur são uma época de "Ratson" ("boa vontade" Divina), isto é, são dias propícios para o nosso crescimento espiritual. Não é o momento de nos lamentarmos pelas falhas do passado e desistirmos. O profeta Bilaam tentou nos amaldiçoar, mas de sua boca saiu uma grande Brachá ao povo judeu: "Eles são um povo que se levanta como um leão" (Bamidbar 23:24). Precisamos ter autoconfiança, sabermos que temos um incrível potencial aguardando para ser explorado.
 
O Talmud (Menachot 29b) nos ensina que o mundo foi criado com a letra "ה" (Hei), que é completamente aberta embaixo, significando que com qualquer tropeço a pessoa pode "sair do mundo" e se perder de seu caminho espiritual. Mas há também uma pequena abertura em cima, sempre aberta para a Teshuvá. Não importa o quanto erramos, D'us criou o mundo sempre aberto para Teshuvá, como nos ensinou Shlomo HaMelech, o mais sábio de todos os homens: "O Tzadik (Justo) cai sete vezes e se levanta" (Mishlê 24:16). Shlomo Hamelech não veio nos ensinar apenas que o Tzadik, por ser apenas um humano, está suscetível a erros e, por isso, às vezes tropeça e cai. Shlomo HaMelech está nos ensinando que para chegar ao nível de Tzadik, é necessário aprender com os erros e nunca desistir.
 
Mas por onde começamos? Um dos momentos mais marcante de Rosh Hashaná é a Tefilá "Unetane Tokef", que diz, entre outras palavras: "Quem vai viver e quem vai morrer? Quem viverá com tranquilidade e quem viverá com dificuldade. Quem vai enriquecer e quem vai empobrecer?". Esta Tefilá termina com as seguintes palavras: "Porém, a Teshuvá (Arrependimento), a Tefilá (Reza) e a Tzedaká (Caridade) removem o mau decreto". Por que justamente estas 3 ações? Pois elas representam as nossas 3 áreas de relacionamentos. Teshuvá é "Bein Adam Leatzmo" (a pessoa com ela mesma), Tefilá é "Bein Adam Lamakom" (a pessoa com D'us) e Tzedaká é "Bein Adam Lechaveiro" (a pessoa com seu companheiro). São três dimensões de conexão espiritual nas quais precisamos nos esforçar para melhorar, nem que seja em apenas uma pequena parte.
 
O primeiro passo é a Teshuvá. Uma das principais mudanças que precisamos almejar é na forma como "julgamos" D'us. Ele tem um plano para o mundo, desde a Criação. Coisas difíceis acontecem, mas somente no "Fim dos Tempos" poderemos entender Seus cálculos perfeitos. Emuná significa não perder nosso amor por D'us mesmo quando acontecem coisas difíceis, que nós não entendemos. Esta é uma parte importante da nossa Teshuvá, ter claridade que, quando passamos por dificuldades, é D'us nos testando. Não devemos ficar quebrados, pois D'us nos ama e Ele tem um plano para cada um de nós. Nunca podemos perder a esperança e a Emuná nos momentos difíceis. E, acima de tudo, não podemos julgar os atos de D'us.
 
O segundo passo é a Tefilá. Pensamos sempre na Tefilá como um momento de pedir, pedir e pedir. Mas isto não é correto. Precisamos aprender a agradecer mais, a saber reconhecer mais o que temos de bom. Precisamos melhorar em dizer "obrigado" para D'us, pois temos muito pelo que sermos agradecidos a Ele. Uma pessoa que tem filhos, que é casada, que tem saúde e trabalho é milionária e deveria sair dançando na rua de alegria. Quando vamos a um médico e preenchemos a ficha de cadastro, precisamos agradecer por cada doença da lista que nós não temos. Temos que melhorar a concentração durante as nossas Tefilót, mas em especial precisamos nos conscientizar de que fazer Tefilá não é só pedir. Parte importante é a nossa demonstração de agradecimento. Uma maneira prática de fazermos isto é escrevendo em um cartão todas as coisas boas que temos na vida. Certamente nos surpreenderemos ao perceber como somos abençoados em nossas vidas.
 
O terceiro passo é a Tzedaká. Melhorar na área de Tzedaká não significa apenas doar mais dinheiro aos necessitados. Significa vencer o nosso lado egoísta e parar de pensar somente em nós mesmos. Não é errado pensar em si mesmo, mas precisamos pensar também nos outros. Ensinam os nossos sábios que isto é especialmente importante em Rosh Hashaná, pois quando nos preocupamos com os outros, então D'us também se preocupa conosco.
 
Quando D'us criou o conceito do julgamento de Rosh Hashaná, Ele não queria que chegássemos quebrados e fracassados. Ao contrário, D'us quer nos estimular a crescer, Ele quer extrair o melhor do que temos dentro de nós. Com esta atitude vencedora e autoconfiante, com crescimentos pequenos e constantes nas três áreas da vida, poderemos alcançar o que buscamos há tantos anos.

                   "QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA"

Shabat Shalom e Shaná Tová

R' Efraim Birbojm

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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Mensagem de Shaná Tová 5779

BS"D

MENSAGEM SHANÁ TOVÁ 5779 

Estamos chegando a mais um Rosh Hashaná. Baruch Hashem é mais um ciclo de vida que estamos completando. "Shehecheianu Vekiemanu Vehiguianu Lazman Hazé". Temos que agradecer pelo ano que tivemos. Apesar das dificuldades, recebemos muitas coisas boas de D'us, entre elas o dom da vida. Além disso, mesmo as dificuldades podem ser vistas com uma ótica positiva. Os problemas nos deixaram mais fortes, mais sábios e mais experientes.
 
É uma grande alegria semanalmente nos encontrarmos através do Shabat Shalom M@il. Sei que é pouco, comparado com a infinidade de sabedoria contida na Torá. Mas sinto que posso, desta maneira, devolver um pouco da enorme bondade que uma vez eu recebi na vida.

                                                                          

Era um fim de tarde ensolarado. Na saída de um churrasco com amigos, Ana se distraiu, pegou a saída errada na estrada e se perdeu. Na época não havia GPS nem Waze para ajudá-la a voltar para o caminho correto. Desesperada, ela parou no acostamento e ligou para a seguradora. A atendente tentou colocá-la em contato com a polícia rodoviária, mas não conseguiu. Ana entrou em pânico, pois o sol começou a se pôr e, em poucos minutos, ela ficaria sozinha, no escuro, sem saber onde estava e nem como voltar para a estrada correta. Ao perceber o pânico na voz de Ana, a atendente da seguradora disse:
 
- Fique calma. Você está perto do escritório onde eu trabalho. Meu turno termina em 5 minutos. Fique dentro do carro, em poucos minutos eu a encontro.
 
Dez minutos depois, uma mulher apareceu de carro, buzinou e guiou Ana de volta até a estrada principal. Além disso, acompanhou-a por alguns quilômetros, para ter certeza que ela pegaria desta vez a saída certa. Então, com uma buzinada e um aceno de adeus, aquele "anjo bom" sumiu no meio da noite.
                                                                         

Além de agradecer imensamente a D'us por todas as oportunidades, eu gostaria também de agradecer a você, leitor do Shabat Shalom M@il. Sinto o quanto este e-mail já virou parte central da minha vida. Uma incrível oportunidade de aprender novos ensinamentos da Torá e poder transmiti-los. Me alegra muito poder dividir com os outros a sabedoria da Torá, que nos preenche e ilumina o nosso caminho em um mundo com uma escuridão espiritual cada vez maior.
 
É uma alegria muito grande ter a oportunidade de passar para frente a ajuda e a bondade que um dia eu recebi. A cada semana, quando escrevo o Shabat Shalom M@il, apesar de ser um investimento grande de tempo, o nosso bem mais preciso, eu tenho a certeza de estar iluminando um pouco mais o caminho de outras pessoas, para que elas também possam continuar seu crescimento espiritual, cada vez mais conectadas com a Torá e as Mitzvót.

Aproveito a oportunidade para agradecer por todo o apoio, elogios, incentivos e sugestões que recebi durante o ano. É gratificante escutar pessoas me dizendo o quanto os e-mails iluminam suas mesas de Shabat. Espero que os ensinamentos que eu compartilhei possam ter ajudado todos a melhorarem e crescerem espiritualmente da mesma maneira que me ajudaram.
 
Agradeço a você, por ter sido a minha fonte de inspiração e motivação para continuar este trabalho. Agradeço à minha esposa e meus filhos, pela alegria que me trazem, por preencherem minha vida e por abrirem mão do tempo que eu dedico para escrever o Shabat Shalom M@il. Agradeço aos meus pais, por toda a dedicação, pelo amor que recebi e recebo, pela excelente educação que me deram e pelos valores que me transmitiram. E, acima de tudo, agradeço a D'us, pela bondade infinita de ter me colocado, através de Seus emissários, em um caminho de Torá e Mitzvót.
 
Que possamos aproveitar estes últimos dias do ano para aumentar ainda mais os nossos méritos. Como estamos todos de coração mais aberto, é hora de reconstruir relacionamentos abalados e pedir perdão àqueles que possamos ter magoado. Nestes últimos dias do ano abrem-se os portões da Misericórdia de D'us e recebemos uma ajuda especial para o nosso crescimento espiritual.
 
Aproveito a oportunidade para pedir perdão a qualquer um que possa ter se sentido ofendido pelas mensagens que eu enviei ou por alguma atitude que eu tenha tomado. Se alguém tiver alguma mágoa ou reclamação, por favor, me avise para que eu possa pedir perdão pessoalmente. Também perdoo de coração a qualquer um que possa ter me causado sofrimentos.
 
Que possamos ser inscritos no Livro da Vida, com muita saúde, sustento, alegrias, paz e espiritualidade. E que neste ano de 5779 possamos continuar nos encontrando, semanalmente, neste incrível mundo dos conhecimentos da Torá.
 
SHANÁ TOVÁ
 
Com muito carinho,
 
R' Efraim Birbojm

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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

COSTUMES OU OBRIGAÇÕES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT KI TAVÔ 5778

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VÍDEO DA PARASHAT KI TETSE

COSTUMES OU OBRIGAÇÕES - PARASHAT KI TAVÔ 5778 (31 de agosto de 2018)

"Em todas as noites de Shabat, quando voltamos da sinagoga, temos o costume de, antes mesmo de iniciarmos o jantar, cantarmos duas músicas: "Shalom Aleichem", para dar boas-vindas e pedir Brachót aos anjos que nos acompanharam da sinagoga até em casa, e "Eshet Chail", um louvor às mulheres, cujo esforço permite que tenhamos uma casa preparada para honrar a vinda do Shabat. Porém, o grande rabino Israel Meir HaCohen (Bielorrússia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido com Chafetz Chaim, tinha um belo costume em sua casa. Ele primeiro fazia o Kidush, seguido da Brachá do pão, deixava que os convidados comessem um pouco e somente depois disso cantava as duas músicas. Por que ele fazia desta maneira? Em respeito aos convidados, que provavelmente estavam com muita fome. Por ser uma incrível demonstração de sensibilidade e respeito ao próximo, este costume acabou se espalhando e foi adotado por muitas pessoas.
 
Muitos anos haviam se passado desde que o Chafet Chaim havia instituído aquele costume. Também em uma noite de Shabat, Yaacov, um aluno muito pobre da Yeshivá, foi convidado pela primeira vez na casa de Moishe, um dos homens mais ricos da cidade. Yaacov estava faminto, pois durante toda a sexta-feira não havia comido nada. Estava sonhando com o jantar de Shabat e as iguarias que iria provar na casa daquele homem rico. Quando finalmente a reza de Arvit terminou na sinagoga, ele mal podia esperar por um prato quente de comida. Porém, antes de começar o jantar, para o seu total desespero, o dono da casa passou 45 minutos conversando sobre coisas sem importância com outros convidados. Enquanto isso, Yaacov sofria, com seu estômago que roncava e doía de fome. Quando finalmente sentaram-se na mesa, Moishe anunciou com alegria:
 
- Nesta casa nós seguimos o costume do grande rabino Chafetz Chaim e, por isso, nós não cantamos as músicas "Shalom Aleichem" e "Eshet Chail". Podemos ir direto para o Kidush..."
 
Esta história, que parece uma piada, infelizmente é real. O dono da casa achou que estava fazendo o correto ao seguir um antigo costume. Porém, ele havia se esquecido do mais importante. O motivo pelo qual o Chafetz Chaim havia instituído aquele costume era em respeito aos convidados, pois ele não queria que pessoas famintas tivessem que aguardar ainda mais alguns minutos antes de começarem a comer. Porém, no caso de Moishe, ao ignorar seu convidado faminto por mais de 45 minutos, enquanto conversava sobre futilidades, ele demonstrou que não havia internalizado o verdadeiro motivo que estava por trás daquele belo costume, que era desenvolver a sensibilidade pelo próximo. Havia restado apenas a parte externa de um costume completamente vazio de conteúdo.

Nesta semana lemos a Parashat Ki Tavô (literalmente "Quando vocês vierem"). Um dos principais assuntos da Parashat é a longa "advertência" que D'us dá ao povo judeu, citando todos os tipos de dificuldades que recaem quando nos afastamos da nossa espiritualidade. Antes desta advertência, a Torá garante uma grande recompensa caso o povo judeu siga as instruções de D'us. A garantia termina com as seguintes palavras: "E vocês não devem se desviar das palavras que Eu comando a vocês hoje, nem para a esquerda e nem para a direita, para ir atrás de outros deuses, para servi-los" (Devarim 28:14).
 
De acordo com o entendimento mais simples, as palavras deste versículo são uma advertência em relação às idolatrias. Entretanto, o Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) explica que estas palavras também podem ser entendidas, de forma mais profunda, como uma advertência para que as pessoas não confundam os Minchaguim (costumes) com as verdadeiras Mitzvót da Torá. De acordo com o Sforno, "se desviar das palavras que Eu comando" não se referem às idolatrias, e sim ao cuidado para que as pessoas não se desviem das Mitzvót através do cumprimento incorreto de Minchaguim.
 
Entretanto, o mais interessante é que o Sforno não está se referindo a tomar cuidado com falsos costumes, que não são baseados na Torá. De acordo com ele, devemos ser cuidadosos inclusive em relação aos Minchaguim que têm uma genuína base na Lei judaica. Os Minchaguim e as rigorosidades devem ser vistos como formas de proteger ou facilitar o cumprimento das Mitzvót da Torá, mas não podem ser confundidos como sendo a Mitzvá principal e um fim por si só. Quando a pessoa tropeça neste tipo de erro, então ela falha em diferenciar entre as Mitzvót da Torá e os Minchaguim. Apesar de parecer algo sem importância, a Torá está nos garantindo que isto pode ter terríveis consequências.
 
Pode parecer exagero, mas a transgressão que provavelmente trouxe o maior dano para a humanidade foi justamente consequência da confusão entre o que é um comando de D'us e o que são rigorosidades e costumes. A Torá descreve que D'us ordenou a Adam que não comesse do fruto do conhecimento do bem e do mal. Entretanto, quando a cobra questionou Chavá sobre o comando de D'us, ela respondeu que era proibido comer do fruto e até mesmo encostar nele, afirmando que caso eles transgredissem, morreriam. A cobra se aproveitou desta "brecha" e empurrou Chavá para que ela encostasse no fruto proibido. Como nada aconteceu, a cobra então disse: "Da mesma forma que nada aconteceu ao encostar, então também nada acontecerá se você comer". Este argumento conseguiu convencer Chavá a comer do fruto proibido e oferecê-lo a Adam, o que trouxe para o mundo a morte, a falta de sustento e muitos outros sofrimentos.
 
Por que Chavá comunicou à cobra que havia também a proibição de encostar no fruto, se isto não tinha sido comandado por D'us a Adam? O Talmud (Sanhedrin 29a) explica que D'us comandou a Adam apenas a proibição de comer do fruto, mas quando Adam transmitiu o comando a Chavá, ele acrescentou a proibição de não encostar no fruto. Suas intenções eram nobres, pois tudo o que ele queria era criar uma "regra" extra para proteger Chavá de comer o fruto proibido. Não havia nada de errado na rigorosidade que Adam havia criado como proteção contra uma possível tentação. Entretanto, seu erro foi não ter dito para Chavá que a proibição de encostar na árvore não era parte do comando de D'us, e sim uma rigorosidade de sua própria iniciativa. Este erro levou a graves consequências.
 
Explica o Rav Yehonasan Gefen que deste ensinamento da Parashat aprendemos que devemos ter dois cuidados. Em primeiro lugar, precisamos tomar cuidado para não confundirmos os Minchaguim e rigorosidades que fazemos com as Mitzvót da Torá, que foram comandadas por D'us. Além disso, devemos tomar cuidado para não esquecer que os Minchaguim e as rigorosidades não são um fim por si só, e sim apenas meios e ferramentas que nos possibilitam guardar e cumprir corretamente as Mitzvót. Muitos Minchaguim têm o propósito de nos ensinar traços de caráter que são essenciais para o nosso Serviço Divino. Portanto, temos que tomar cuidado para não "mergulharmos de cabeça" em um Minchag sem aprender as lições principais que ele veio nos ensinar.
 
Minchaguim e rigorosidades que assumimos para nossa vida são parte fundamental do nosso serviço espiritual. Os nossos sábios são muito enfáticos em repreender aqueles que desprezam os Minchaguim. Também somos sempre estimulados a criarmos rigorosidades, em especial nas áreas nas quais sentimos que estamos mais expostos às tentações e nas situações que podem nos desviar dos caminhos corretos. Porém, temos que saber que nosso Yetser Hará (má inclinação) utiliza muitas artimanhas para nos desviar. Uma das suas formas de enganação é nos fazer cumprir Minchaguim e nos levar a fazer rigorosidades à custa de cumprirmos as Mitzvót da maneira correta.
 
Esta "ênfase excessiva" em certa área pode muitas vezes causar uma ênfase insuficiente nas Mitzvót da Torá. Por exemplo, atualmente muitos têm a tendência de focar seu judaísmo em assuntos da Kabalá, enquanto deixam de cumprir Mitzvót fundamentais. São pessoas que leem muitos livros e sabem tudo sobre os mundos espirituais. Porém, enquanto adoram conhecer sobre os segredos da reencarnação e da vida após a morte, por outro lado não sabem nem mesmo guardar o Shabat ou comer Kashrut, e nem se interessam por isso.
 
Outra consequência grave pode ser encontrada nas pessoas que focam tanto nas rigorosidades que receberam para si que acabam se considerando melhores do que os outros. Com isto, acabam transgredindo algo grave da Torá, pois se comportam de forma orgulhosa, o que é abominável aos olhos de D'us. Além disso, por causa de rigorosidades, pessoas podem ofender, humilhar e falar Lashon Hará (maledicência) dos outros. É o que ocorre muitas vezes na área de Kashrut, na qual uma pessoa, por causa de suas rigorosidades, causa com que outra se sinta inferior.
 
A receita da Torá para fugir de todos estes problemas é a claridade de que os Minchaguim e rigorosidades não são Mitzvót da Torá, e que os Minchaguim foram estabelecidos para nos ensinar alguma lição ou para nos ajudar a cumprir as Mitzvót da Torá de uma maneira ainda melhor. Se agirmos desta maneira, com muita humildade em nossos atos, certamente estaremos no caminho do sucesso e da Brachá.


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Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm

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