sexta-feira, 27 de agosto de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KI TAVÔ 5770

BS"D
 
NÃO BASTA DIZER OBRIGADO - PARASHÁ KI TAVÔ 5770 (27 de agosto de 2010)
 
"Quando o grande rabino Isser Zalman Meltzer faleceu, ele foi sepultado em um cemitério de Jerusalém chamado "Har HaMenuchot". Naquela época havia sido aberta uma parte nova no cemitério e o Rav Isser Zalman foi um dos primeiros a ser enterrado lá. Um de seus alunos mais próximos, o Rav Shach, que anos mais tarde se tornaria o maior rabino de sua geração, expressou o desejo de ser enterrado perto do seu querido rabino. Para garantir que sua vontade seria cumprida, ele comprou um terreno perto do túmulo do Rav Isser Zalman.
 
Anos mais tarde um rabino chamado Itzchak Epstein faleceu. Ele era um juiz no Beit Din (Tribunal Rabínico) de Tel Aviv, e durante grande parte de sua vida também havia sido um aluno muito próximo do Rav Isser Zalman. A família, sabendo do respeito e da admiração que o rabino Itzchak sentia pelo Rav Isser Zalman, decidiu procurar um jazigo próximo a ele. Mas depois de tantos anos aquela parte do cemitério já estava lotada, não havia mais nenhum lugar disponível naquela seção. Os parentes não sabiam como agir, pois eles queria muito fazer o sepultamento naquele local.
 
Para a surpresa de todos, o Rav Shach ofereceu o terreno que havia comprado perto do seu querido rabino. A família do rabino Itzchak Epstein, apesar do momento de sofrimento, sentiu uma grande alegria com aquele gesto tão nobre do Rav Shach. Curioso, um dos parentes perguntou:
 
- Rav, eu sei o quanto é importante para você este lugar no cemitério. Por que você decidiu dá-lo a outra pessoa?
 
O Rav Shach então explicou:
 
- Há anos eu guardo um sentimento de gratidão muito grande pelo rabino Yitzchak Epstein. Quando eu cheguei em Israel, em 5701 (1941), o Rav Isser Zalman ficou preocupado em me deixar sozinho em uma terra estranha e por isso enviou o Rav Yitzchak para me buscar em Rosh Hanikrá (na fronteira norte com o Líbano) e me trazer a Jerusalém. Por todos estes anos eu estive muito agradecido por este belo ato do Rav Yitzchak, que largou tudo e veio me ajudar. Por isso eu gostaria de, ao doar meu espaço no cemitério, demonstrar o meu profundo agradecimento a ele".
 
Não há limites para a Mitzvá de Hakarat Hatov (reconhecer as bondades recebidas). Quanto mais conseguirmos reconhecer a bondade que recebemos dos que estão perto de nós, mais conseguiremos reconhecer as bondades ocultas que D'us faz conosco em cada instante da vida.
 
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A Parashá desta semana, Ki Tavô, começa com a Mitzvá de Bikurim, que era cumprida quando os fazendeiros traziam suas primícias (primeiras frutas) para o Beit-Hamikdash e as davam de presente ao Cohen (sacerdote). Alguns versículos depois a Torá enumera uma série de terríveis profecias sobre calamidades e sofrimentos que poderiam recair sobre o povo judeu caso eles não andassem nos caminhos corretos. Infelizmente vimos estas profecias se cumprindo, palavra por palavra, durante a sofrida história do povo judeu. Qual a conexão entre estes dois assuntos aparentemente tão diferentes?
 
Quando a Torá lista as maldições que poderiam recair sobre o povo judeu, há um versículo que diz explicitamente o motivo de tantas calamidades: "Porque vocês não serviram a D'us com alegria e bom coração quando tudo era abundante" (Devarim 28:47). E olhando para a nossa história percebemos que as épocas em que o povo judeu mais sofreu, como por exemplo durante a expulsão da Espanha e Portugal e o Holocausto, foram precedidas de épocas de muita abundância e liberdade. Tanto na Espanha e Portugal quanto na Alemanha, os judeus eram as pessoas mais ricas e influentes da sociedade. Porém, o que os judeus fizeram com tudo de bom que D'us estava mandando? Se assimilaram, abandonaram as Mitzvót e se preocuparam mais com seus bens materiais do que com sua espiritualidade. A prova disso é que muitos judeus portugueses e espanhóis preferiram se converter ao cristianismo a abandonar todos os seus bens e a honra conquistados. Também na Alemanha, anos antes do Holocausto, os judeus estavam tão assimilados que não tinham mais nenhum desejo de voltar para a sonhada terra de Israel, a terra que havia sido prometida para os nossos patriarcas. Nos Sidurim (livros de reza) alemães, a frase "No próximo ano em Jerusalém" foi substituída por "No próximo ano em Berlim". Nossa pátria mãe não era mais Israel, era a Alemanha.
 
Mas é difícil entender o ser humano. Por que uma pessoa que tem abundância, ao invés de se conectar com o Criador como um gesto de agradecimento, se afasta cada vez mais Dele? O próprio "Shemá Israel", que recitamos todos os dias, nos adverte que isto pode facilmente ocorrer se não nos cuidarmos: "E você vai comer e vai se saciar. E se cuide para que seu coração não se desvie". Por que isso acontece?
 
A tendência do ser humano é negar as bondades que recebe. Em primeiro lugar para nos sentirmos menos endividados com os outros. Quando Adam Harishon (Adão) pecou, ao comer do fruto proibido, D'us lhe deu a chance do arrependimento. O que Adam falou para D'us? "A mulher que Você me deu para ficar comigo, ela me deu do fruto da árvore e eu comi" (Bereshit 3:12). Apesar de D'us ter criado para Adam uma mulher para que juntos eles pudessem chegar à perfeição, Adam negou a bondade recebida e ainda colocou a culpa de seu erro em D'us. Outro motivo de negarmos as bondades são as dificuldades do dia-a-dia, a correria e o stress, que nos fazem prestar cada vez menos atenção nas bondades que recebemos, tanto das pessoas à nossa volta quanto de D'us. E finalmente nosso egocentrismo nos faz atribuir a nós mesmos todo o nosso sucesso. Vivemos como se as nossas conquistas e riquezas viessem como consequência do nosso esforço e da nossa inteligência, e não de D'us. Mas se negar as bondades é algo tão naturalizado no ser humano, como escapar desta terrível característica?
 
A resposta está no começo da Parashá, na Mitzvá de Bikurim, cuja essência é nos afastar da característica de ser um "negador de bondades". Se prestarmos atenção nesta Mitzvá, alguns detalhes nos chamam a atenção. Por exemplo, a pessoa que trazia suas frutas não apenas as entregava ao Cohen, mas tinha que fazer um longo pronunciamento, que recordava desde a ida de Yaacov ao Egito, passando pela escravidão, os milagres que D'us fez durante os 40 anos no deserto e a entrada na terra de Israel. Por que não era suficiente apenas levar as frutas para o Templo? E mesmo fosse necessário um agradecimento verbal, por que não era suficiente apenas um "muito obrigado"?
 
Com esta Mitzvá, D'us nos ensinou como desenvolver o nosso Hakarat Hatóv (reconhecer as bondades recebidas). Para reconhecermos o que recebemos de bom, precisamos antes de tudo refletir. Quando as pessoas agradeciam pelos primeiros frutos, percebiam muitas bondades ocultas de D'us: as chuvas na época e na quantidade certas, a ausência de pragas devastadoras, o clima propício para o desenvolvimento, etc. O agradecimento dos primeiros frutos levava em consideração até mesmo os milagres que D'us havia feito na época dos patriarcas, pois este é o agradecimento verdadeiro, quando conseguimos reconhecer todo o esforço que está envolvido na bondade que recebemos. O pronunciamento era feito diante do Cohen, mas não era para o Cohen, e sim para a própria pessoa que pronunciava, para que ela internalizasse o que estava pronunciando, para que ela deixasse de receber as bondades sem se dar conta de quanta coisa havia por trás, para que ela tivesse a humildade de saber que tudo vem de D'us.
 
Será que sabemos reconhecer as bondades que recebemos dos outros e de D'us? Na Amidá, a principal parte da Tefilá (reza), fazemos um agradecimento a D'us por Ele "recriar tudo" a cada instante. O que está sendo recriado? Quando um marceneiro fabrica uma mesa, ele não precisa ficar recriando a mesa a cada instante. Aparentemente D'us também criou uma vez o mundo e não precisa mais criar nada. Por que então agradecemos a D'us por "recriar tudo"? Pois o marceneiro na verdade não cria nada, ele apenas transforma a madeira já existente em uma mesa. Mas D'us, quando criou o mundo, criou a partir do nada e por isso precisa recriar a cada segundo. Se por um pequeno instante D'us deixasse de criar, tudo terminaria. É como nos filmes antigos, que uma fita com milhares de fotografias passava em alta velocidade dando a ilusão de movimento. Se em algum momento tirássemos algumas fotografias do filme, a projeção ficaria com "buracos". Assim é a nossa vida, a cada instante D'us recria todo o universo para que tudo possa existir. Será que alguma vez já agradecemos a Ele por isso?
 
Assim dizemos nos Salmos: "O que eu poderei retribuir a D'us por todas as coisas boas que Ele me dá?". D'us é perfeito, é completo, Ele não necessita de nada. Mas há uma coisa que sim podemos fazer por Ele. Há uma forma de "retribuir" para D'us: cumprindo os Seus mandamentos. O que um filho pode fazer por seu pai? Se comportar e escutar suas ordens. Pois as ordens e ensinamentos do pai são para o bem do filho, e quando o filho escuta e segue seus conselhos, dá uma imensa alegria ao pai.
 
Estamos a pouco menos de duas semanas de Rosh Hashaná, o dia em que todos os nossos atos passarão diante do Criador e seremos julgados. D'us, durante todo o ano, fez a Sua parte. A cada instante Ele nos deu vida, nos deu alimentos, nos deu um corpo perfeito. Agora é a nossa vez, esta é a nossa chance final de fazer a nossa parte, como um agradecimento e um reconhecimento por tudo de bom que recebemos Dele.
 
SHABAT SHALOM
 
"SHETICATEV VETECHATEM BESSEFER CHAIM TOVIM" (QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA).
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ KI TESTE 5770

BS"D 

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS - PARASHÁ KI TETSE 5770 (20 de agosto de 2010)

"Pedrinho contava os dias para as férias de janeiro, pois iria para um acampamento junto com seus colegas de escola. Sua mãe o ajudou a fazer as malas e, muito prevenida, fez uma lista com todos os pertences do filho.

Após um mês bem aproveitado de férias, Pedrinho voltou para casa. A mãe começou a desfazer as malas, conferindo na lista se todas as roupas que ela tinha mandado haviam voltado. Ela notou que faltava uma toalha. Perguntou a Pedrinho se ele havia esquecido em algum lugar, mas ele respondeu que não se lembrava de ter deixado em nenhum lugar. Furiosa, a mãe telefonou para o dono do acampamento e desabafou:

- Eu mandei com meu filho uma toalha, mas ela não voltou. Onde está a toalha? Eu a trouxe dos Estados Unidos da última vez em que estive lá e agora a toalha desapareceu. Vocês são uns ladrões!

O dono do acampamento tentou acalmar a senhora, argumentando que talvez o filho tivesse esquecido na piscina ou emprestado para um amigo, mas ela não escutava. Cansado da discussão, o homem disse:

- Minha senhora, não vou passar o dia inteiro discutindo por causa de uma toalha. Descreva-me como era a toalha e eu tentarei comprar outra igual.

- Está bem - disse a mulher, um pouco mais calma - a toalha era branca, grande e bem felpuda, e nela estava escrito 'Hotéis Hilton'..."

Se os outros pegam nossas coisas nós chamamos de roubo, mas se pegamos a toalha do hotel, é apenas uma "lembrancinha de viagem". Quando não seguimos um sistema de valores fixo e imutável, nossos interesses acabam virando lei.

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A história do povo judeu sempre foi repleta de momentos difíceis. Os egípcios nos escravizaram, os babilônios nos exilaram, os romanos nos perseguiram, os portugueses e espanhóis nos expulsaram, os cossacos russos tentaram nos dizimar. No final da Parashá desta semana, Ki Tetse, a Torá nos ensina sobre outro povo que também nos fez muito mal: o povo de Amalek, que nos atacou por trás, de forma covarde, enquanto estávamos no deserto. A Torá vai além e nos comanda a nunca mais esquecer o que eles nos fizeram, como está escrito: "Lembra o que Amalek te fez em teu caminho de saída do Egito. Quando eles te encontraram no caminho, e você estava cansado e exausto, eles extirparam aqueles que ficaram para trás, e eles não temeram a D'us" (Devarim 25:17,18). Mas se tantos povos nos fizeram tão mal durante a história, por que a Torá é tão rigorosa com o povo de Amalek? E por que a Torá ressalta que eles não tiveram temor a D'us?

A resposta está em um interessante ensinamento da Torá. O Talmud (parte da Torá Oral) ensina que há dois tipos diferentes de crime: o roubo e o furto. O roubo é quando o ladrão se apropria de um objeto alheio durante o dia, isto é, enfrentando a vítima cara a cara. O furto é quando o ladrão se apropria de um objeto alheio na calada da noite, isto é, sem que a vítima perceba que está sendo roubada. Aparentemente o roubo parece ser mais violento e, portanto, mais grave. Mas o Talmud nos ensina justamente o contrário. Se uma pessoa acusada de roubo é levada ao tribunal e condenada, ela deve pagar exatamente o que roubou. Mas se uma pessoa acusada de furto é condenada, ela precisa pagar o dobro do valor que furtou. Por que a Torá castiga mais duramente o furto do que o roubo? Pois quando uma pessoa rouba à luz do dia, ela demonstra que não tem medo de nada, nem de D'us e nem das pessoas. Já quando uma pessoa furta na calada da noite, ela demonstra que tem medo das pessoas mas não tem medo de D'us.

Mas ainda fica uma dúvida. Na verdade, quem deveria ser punido com mais rigorosidade é quem rouba, pois ele é o pior elemento, ele não tem medo de ninguém. O livro "Lekach Tov" traz uma resposta impressionante. Quando um ladrão rouba à luz do dia, ele não faz cálculos, ele age de acordo com seus instintos e desejos, sem muito planejamento. O ladrão que furta, ao contrário, é mais cuidadoso com seus atos e planeja cada um dos seus passos, pois leva em consideração a possibilidade de ser pego em flagrante. Portanto, o ladrão que roubou não obrigatoriamente perdeu seu temor a D'us, pois ele agiu por instinto, de forma impensada e impulsiva. Já o ladrão que furtou demonstra que fez o mau ato de forma premeditada. Se teve cabeça para parar e planejar, por que não aproveitou suas reflexões para entender que o que estava se preparando para fazer era errado? Como ele não fez por impulso, demonstrou claramente que não teve nenhum temor a D'us.

Este é o motivo pelo qual a Torá é mais rigorosa com Amalek do que com outros povos. Os outros povos nos atacaram por impulso, sem premeditação, e por isso não demonstram tão claramente a falta de temor a D'us. Já Amalek não nos atacou por impulso. Eles premeditaram o ataque, eles esperaram o momento certo, como está escrito: "você estava cansado e exausto", isto é, por muito tempo eles aguardaram a hora certa de nos atacar para nos exterminar. Tantas reflexões evidenciam que eles não tinham nenhum temor a D'us.

Como a Torá nos ensina a identificar um povo que não tem temor a D'us? A Torá conta que quando Avraham Avinu esteve na terra dos Plishtim, sua esposa Sara foi levada à força para se casar com o rei Avimelech, que achava que ela era apenas a irmã de Avraham. D'us mandou uma praga para Avimelech, apareceu para ele em um sonho e exigiu que Sara fosse devolvida. Quando Avimelech questionou Avraham por que ele não havia contado que Sara era sua esposa, ele respondeu: "pois eu pensei que somente temor a D'us não há neste lugar, e eles me assassinariam por causa de minha esposa" (Bereshit 20:11). Como Avraham sabia que não havia temor a D'us na terra dos Plishtim? Avraham viu que as pessoas daquele lugar não seguiam as leis criadas por D'us, eles criavam suas próprias leis, de acordo com seus interesses. Como Sara era muito bonita, ele teve medo que alguém tentaria matá-lo para se casar com ela, pois o adultério era proibido, mas as pessoas dariam um "jeitinho" para contornar as leis locais e alcançar seus desejos.

Quem também mostrou uma falta total de temor a D'us foram os alemães na época do Holocausto. Muitos sábios afirmavam, antes mesmo do Holocausto, que os alemães eram descendentes de Amalek. E podemos enxergar nos alemães um comportamento muito semelhante ao que observamos em Amalek na Torá. Eles não apenas odiavam os judeus, eles não estavam motivados por um impulso. Eles eram metódicos e racionais. Eles investiram para aprimorar a forma de exterminar os judeus. Por um lado eles eram extremamente racionais e lógicos, mas por outro lado demonstraram que não tinham nenhum medo de D'us.

Steven Spielberg, em seu filme "A Lista de Schindler", ressaltou a falta de temor a D'us dos alemães. Em uma cena, enquanto os nazistas entravam em um edifício para friamente assassinar homens, mulheres e crianças, dois oficiais nazistas escutaram um terceiro oficial que havia se sentado ao piano e tocava uma música clássica. Imediatamente os dois oficiais pararam a matança para discutir se era Bach ou Beethoven. Qual a mensagem que Spielberg quis transmitir? Que uma pessoa pode ser culta e inteligente, mas sem temor a D'us pode acabar se comportando como um animal. As leis alemãs ensinavam a ser educado, fino, culto, mas não ensinavam a não assassinar inocentes. Da cabeça de Hitler (que sua lembrança seja apagada) veio a idéia da eutanásia. Quando subiu ao poder, em 1933, ele vendeu ao povo alemão a idéia de assassinar inválidos e loucos por "bondade". Qual era a fonte desta idéia? A falta de temor a D'us, o mesmo D'us que nos ensinou a santidade de uma vida, que não pode ser tirada por nenhum outro ser humano. Por que a grande maioria dos alemães aceitou passivamente o assassinato de 6 milhões de judeus? Pois como as leis eram adaptáveis, eles conseguiam entender que matar seres humanos era proibido, mas matar judeus, seres que atrapalhavam a economia alemã, era aceitável. A falta de temor a D'us não estava apenas naqueles que assassinaram, mas também naqueles que assistiram passivamente e aceitaram.

Infelizmente também vivemos em uma sociedade sem temor a D'us. Também discutimos e criamos leis de acordo com os nossos próprios interesses. Lutamos pela permissão do aborto mesmo para casos onde o motivo é fútil, como por exemplo mães que engravidaram sem planejamento e acham que a vinda de um filho estragaria seus planos de crescimento na carreira. Quanto dinheiro vale uma vida? De onde vem o direito de criar leis para discutir quem merece e quem não merece viver? Da nossa falta de temor a D'us.

Recebemos no Monte Sinai a Torá, que nos ensina leis que levam em consideração não apenas o nosso corpo, mas também a nossa alma. São leis que não se "modernizam" com o tempo, pois a alma não se moderniza, a alma não muda. Há 3.300 anos o valor de uma vida não tinha preço e continua não tendo. Qualquer forma de encurtar uma vida é inaceitável segundo o judaísmo. Sem temor a D'us, podemos estar cometendo atos bárbaros achando que estamos sendo bondosos. Sem temor a D'us reclamamos quando somos assaltados, mas levamos a toalha do hotel como lembrança. Somente com temor a D'us nos tornaremos pessoas cada vez melhores de verdade.

SHABAT SHALOM

"SHETICATEV VETECHATEM BESSEFER CHAIM TOVIM" (QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA).

Rav Efraim Birbojm

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHOFTIM 5770

BS"D
 
DIAGNÓSTICO CORRETO - PARASHÁ SHOFTIM 5770 (13 de agosto de 2010)
 
"Yaacov morava em uma pequena cidade do interior e era uma pessoa muito simples e ingênua. Certa vez, quando estava na casa de alguns parentes na cidade grande, começou a se sentir mal e foi levado ao hospital por seu primo Moshé. O médico diagnosticou uma doença muito grave cuja cura só era possível se tratada rapidamente. Yaacov foi informado que o tratamento era doloroso e que deveria ser iniciado o mais rápido possível. Mesmo assim Moshé viu seu primo se levantar e sair do consultório médico sem se importar com tudo o que havia escutado. Moshé correu atrás dele e perguntou:
 
- Você está louco? Você não escutou o diagnóstico do médico? Você precisa ser internado imediatamente para iniciar o tratamento!
 
- Yaacov balançou a cabeça negativamente e disse:
 
- Eu não estou preocupado com o que este médico disse e não quero tratar-me com ele. Na cidade onde eu moro eu conheço um bom médico, de quem sou muito amigo. O mais importante é que ele é muito bonzinho, tem um ótimo coração, ajuda a todos na cidade. Tenho certeza de que ele me dirá que minha doença não é tão grave e que o tratamento pode ser bem mais leve.
 
Moshé não acreditou no que escutou. Entre gargalhadas explicou para seu primo ingênuo:
 
- Não seja tolo! O diagnóstico não depende do médico ser bonzinho ou não. O problema está em você, no seu corpo, e não no médico. Adiar o tratamento somente vai piorar ainda mais a sua saúde"
 
Assim nos comportamos quando nossas vidas espirituais estão em risco e nós, ao invés de ficarmos preocupados, vivemos como se nada estivesse acontecendo...
 
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Entramos no último mês do ano, Elul, o mês de preparação para o julgamento de Rosh Hashaná. Ensinam os nossos sábios que em Rosh Hashaná todos os nossos atos passam diante do Criador do Universo. É neste dia que tudo o que ocorrerá no nosso próximo ano é decretado: nossas alegrias e nossos sofrimentos, o que ganharemos e o que perderemos, os sucessos e os fracassos, a saúde e as doenças. Deveríamos estar preocupados, nos preparando para o dia do julgamento. Mas a maioria das pessoas não se preocupa. Por que?
 
A resposta está na Parashá desta semana, Shoftim. Assim começa a Parashá: "Juízes e policiais colocarás em todos os teus portões... e eles julgarão o povo com um julgamento justo" (Devarim 16:19). O entendimento mais simples do versículo é que temos a obrigação de estabelecer a justiça no mundo, através de juízes para realizarem os julgamentos e de policiais para garantirem o cumprimento da lei. Mas nos ensina um grande sábio conhecido como Shlá Hakadosh que este versículo também nos traz uma lição de vida muito importante. Os portões aos quais a Torá se refere são os portões existentes no ser humano: os olhos, as orelhas, as narinas e a boca. Todos estes portões podem ser utilizados para o bem ou para o mal. Os olhos podem ser utilizados para o estudo, mas também podem ser utilizados para nos puxar na direção dos desejos sem limites. Os nossos ouvidos podem ser utilizados para escutar ensinamentos de Torá e músicas que alegram nosso coração, mas também podem ser utilizados para escutar Lashon Hará (maledicência) de outra pessoa. A boca pode ser utilizada para incentivar e consolar, mas também pode ser utilizada para ofender e magoar. Do que depende a boa ou má utilização dos nossos "portões"? Da supervisão do "juíz" que temos dentro de cada um de nós. Quem é este juíz? O nosso intelecto. Ele nos dirige, nos dá claridade, nos ajuda a fazer o que é correto na vida.
 
Porém, vemos no mundo tantas pessoas fazendo coisas erradas. Se todos têm um intelecto, e este intelecto nos leva a fazer o que é correto, por que cometemos tantas transgressões? Pois da mesma forma que um juiz precisa da força policial para colocar em prática seus decretos, assim também é o nosso intelecto. Somente sabermos o que é correto não é suficiente, precisamos de uma "força policial" que nos leve a fazer o bem na prática e não apenas em pensamentos. Que força é esta? O temor a D'us.
 
Em geral o ser humano foge do conceito de temor a D'us, pois não gostamos de sentir medo. Preferimos amar a D'us, lembrar que Ele é misericordioso e bondoso, pensar em quantas coisas boas Ele nos faz a cada instante. Se já sentimos amor, por que então temos que sentir temor por D'us? Pois existem  dois tipos de medo, um positivo e um negativo. O medo negativo é aquele que nos paralisa, que nos bloqueia. Quando uma pessoa está atravessando a rua e vê um carro vindo em sua direção, se ela fica paralisada de medo pode morrer atropelada. Mas há também um medo positivo, um medo que nos leva a mudar. Quando uma pessoa tem medo de ladrões, ela constrói um muro de proteção, ela coloca sensores, ela reforça a porta de casa. Este medo é positivo, pois ajuda a tomar atitudes, a mudar, a melhorar. É este medo que a Torá quer de nós, um medo positivo, que nos faça melhorar.
 
Mesmo quando o intelecto nos diz o que é correto, nem sempre conseguimos fazer na prática. O intelecto é reflexo da nossa alma, soprada dentro de nós pelo Criador do mundo. A nossa alma quer trabalhar, quer aproveitar cada instante da vida para adquirirmos eternidade. Mas a alma foi colocada dentro de um corpo material, "pesado", que está conectado com o mundo físico. A alma quer levantar de manhã para ir rezar, mas o corpo quer dormir mais. A alma quer no final do dia ir até a sinagoga estudar um pouco de Torá, o corpo quer ir para casa assistir televisão no sofá. A luta entre o corpo e a alma é constante. O que nos possibilita vencer a guerra? O temor a D'us é que nos impulsiona a crescer espiritualmente e a vencer nossos impulsos naturais, que normalmente nos levam a cometer transgressões. Nossos sábios explicam que um pássaro que quebra uma das asas não pode voar, pois o vôo somente acontece quando as duas asas trabalham com força. O mesmo ocorre com o amor e o temor a D'us, cada um deles é uma das nossas "asas espirituais" que nos possibilita voar. Somente o amor não nos leva a um crescimento espiritual verdadeiro.
 
Mas apesar do temor a D'us ser algo tão importante para o nosso crescimento espiritual, estamos muito longe deste sentimento. A prova disso é que, apesar do julgamento de Rosh Hashaná estar tão próximo, estamos tranquilos, não mudamos nada no nosso cotidiano. Por que? Pois pensamos que D'us é tão misericordioso que não há com o que se preocupar. Qual o grande erro deste pensamento? O julgamento de Rosh Hashaná é uma verificação da nossa realidade espiritual. Da mesma forma que a bondade do médico não muda a saúde de seu paciente, assim também  misericórdia de D'us não muda nossa situação espiritual, que nós mesmo construímos durante o ano utilizando nosso livre arbítrio. A bondade de D'us não apaga os erros que nós cometemos, pois isto seria uma enganação, isto seria contra o próprio propósito da criação. Se trabalharmos a idéia de que somos responsáveis por cada erro que cometemos durante o ano e prestaremos conta de cada um deles, então começaremos a despertar o temor a D'us em nossos corações. Um temor positivo, que nos levará a mudanças de atitude.
 
D'us é muito misericordioso e bondoso. Ele nos criou apenas para nos fazer o bem. Ele criou o universo apenas para nos dar a oportunidade de nos conectarmos a Ele através dos nossos próprios atos. Mas isso não significa que D'us "fecha os olhos" para os nossos erros. Cada ato tem consequências e temos que assumir nossas responsabilidades. Não podemos viver dando desculpas por nossos erros.
 
D'us mostra Sua misericórdia ao nos dar a possibilidade da Teshuvá, o retorno aos caminhos corretos, o conserto dos nossos erros através do arrependimento sincero. Elul é o mês da Teshuvá. É o "sprint" final da corrida, o momento no qual podemos mudar tudo. É a chance de um novo começo. Que possamos aproveitar a oportunidade.
 
"Não podemos voltar e criar um novo início, mas podemos começar hoje a escrever um novo final"
 
SHABAT SHALOM
 
"SHETICATEV VETECHATEM BESSEFER CHAIM TOVIM" (QUE SEJAMOS INSCRITOS E SELADOS NO LIVRO DA VIDA).
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ REÊ 5770

BS"D 

OS CAMINHOS NA VIDA - PARASHÁ REÊ 5770 (06 de agosto de 2010)

"André e Rodrigo, cansados de morar na cidade grande, decidiram viajar para procurar um lugar melhor. Cada um comprou um cavalo e partiram juntos para procurar o lugar ideal para viver. Após viajarem muitas horas, depararam-se com uma bifurcação. Os dois ficaram confusos, não sabiam que caminho escolher. Um dos caminhos parecia agradável, tranquilo, sem muitas curvas nem dificuldades. O outro caminho já parecia um pouco mais tortuoso, com muitas curvas e trechos difíceis.

Os dois já tinham escolhido o caminho mais simples e iam recomeçar a viagem quando André viu uma pequena tabuleta no chão. Ao começar a ler, percebeu que tinha sido escrita pelo engenheiro que havia projetado as duas estradas. Na tabuleta estava escrito uma espécie de conselho: "Cuidado com as aparências. Nem sempre a estrada mais fácil é aquela que leva aos melhores destinos".

Rodrigo deu risada. Se achava inteligente demais para acreditar naquela placa tola. Ele achou, com arrogância, que o engenheiro não tinha nada para acrescentar na sua decisão. Imediatamente seguiu pela estrada fácil e direta.

Já André ficou em dúvida. Se o próprio engenheiro havia deixado aquela mensagem, o melhor seria seguir pela estrada mais difícil e longa, pois certamente chegaria a um lugar melhor. Mas por outro lado, a outra estrada parecia muito atrativa. A escolha era realmente difícil e ele sabia que a decisão influenciaria toda sua vida. Depois de muito tempo de reflexão, ele decidiu escutar o conselho do engenheiro que havia projetado a estrada. Afinal, quem poderia saber mais do que o próprio projetista daquelas duas estradas? Viajou segurando firme seu cavalo, contornando as difíceis curvas e vencendo os obstáculos no caminho. Cada vez mais o caminho ia ficando agradável e fácil. Após algumas horas de viagem ele chegou a um belíssimo jardim de rosas e foi saudado por pessoas muito amáveis e hospitaleiras.

Enquanto isso, Rodrigo seguia feliz pelo outro caminho. Mas aos poucos a estrada, que era agradável, começou a se tornar esburacada e perigosa. Após algumas horas de viagem, cada vez mais difícil e desagradável, ele chegou ao destino final: um espinheiro, por onde somente conseguiu passar machucando todo o seu corpo. E finalmente foi recebido por pessoas que o enganaram e roubaram todos os seus pertences"

Isto é o que o judaísmo nos ensina: nem sempre os caminhos mais curtos são os que nos levam aos melhores lugares. Ao contrário, sem esforço e sem vencer os desafios não crescemos e não chegamos a lugar nenhum na vida.

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Pesquisadores descobriram que os esquimós conseguem enxergar mais tons de branco do que outras pessoas. Em uma parede branca, onde nós conseguimos distinguir dois ou três tons de branco, eles conseguem distinguir mais de 20. Por que? Como eles vivem em regiões polares, constantemente com neve e gelo, imersos no branco, eles desenvolvem a sensibilidade e conseguem distinguir pequenas diferenças de tons brancos que nós não conseguimos.

O mesmo conceito podemos enxergar no Lashon Hakodesh (a língua sagrada, com a qual D'us criou o mundo e escreveu a Torá). Em todas as línguas do mundo, existem no máximo três ou quatro formas diferentes de descrever a alegria. Já no Lashon Hakodesh existem 10 expressões diferentes para a alegria. Por que? Pois fomos criados para ser felizes. O propósito da vida é viver imersos em tanta felicidade até poder distinguir entre os diferentes tipos de alegria.

Onde nossos sábios mencionam estas 10 expressões de alegria? Durante o casamento, na última das 7 Brachót (bênçãos) que os noivos recebem no dia do casamento, sob a "Chupá". Por que justamente em uma das Brachót do casamento? Pois somente quando uma pessoa encontra sua metade e se conecta espiritualmente com ela através do casamento é que se torna possível chegar aos 10 níveis de alegria.

Porém, há algo difícil de entender. Se deveríamos viver imersos em alegria, por que vemos no mundo tanta tristeza, tanta depressão, tanto sofrimento? E mais ainda, se a forma de chegar nos 10 níveis de alegria é somente através do casamento, por que vemos tantos casais brigando, se divorciando, destruindo suas vidas e as vidas de seus filhos? Pesquisas mostram que de cada 10 casais que se unem através do casamento, 6 estarão divorciados em até 10 anos. Onde está esta alegria que deveria preencher nossas vidas?

Quando uma pessoa compra um equipamento muito delicado, em geral não sabe manuseá-lo com segurança. Justamente para que o usuário possa ter o máximo benefício do produto é que o fabricante, que conhece cada pequeno detalhe do aparelho, desenvolve um manual de instruções. Imagine uma pessoa que, após ler atentamente as instruções, decide que sabe mais do que o próprio fabricante e utiliza o equipamento justamente ao contrário da forma como está escrito no manual. Não é óbvio que esta pessoa é um tolo que em pouco tempo estragará o equipamento?

O mesmo ocorre com as nossas vidas. Fomos criados para ser felizes. Mas somos como equipamentos frágeis e difíceis de serem manuseados. Por isso D'us nos deu um "manual de instruções" chamado Torá. Neste manual, D'us nos ensina, em todas as áreas da vida, como nos comportar para que as coisas funcionem com perfeição. Se desprezarmos este "manual" e fizermos o contrário do que está escrito nele, não é certeza de que as consequências serão negativas?

Este ensinamento está contido no primeiro versículo da Parashá desta semana, Reê: "Veja, eu coloco diante de vocês a Brachá (Benção) e a Klalá (Maldição). A Brachá, quando vocês escutem as Mitzvót de Hashem, teu D'us, que eu comando a vocês hoje. E a Klalá, se vocês não escutarem as Mitzvót de Hashem, teu D'us, e se desviarem dos caminhos que eu comando a vocês hoje" (Devarim 11:26-28). O ensinamento da Torá é claro e direto: ninguém nos conhece mais do que o nosso próprio Criador. As Mitzvót da Torá são para o nosso próprio bem. Portanto, temos diante de nós dois caminhos na vida. Um caminho é mais difícil e mais trabalhoso, é o caminho de cumprir as Mitzvót que D'us nos entregou, e a conseqüência é de termos Brachá em tudo o que fazemos na vida. O outro caminho é um caminho mais fácil e "gostoso", é viver de acordo com as nossas vontades e desejos, mas a consequência é uma vida sem Brachá.

Uma das áreas de nossas vidas onde isto mais se ressalta é no casamento. A Torá nos ensinou a escolhermos nossa metade de maneira objetiva. Por isso existe o "Shiduch", os encontros entre um rapaz e uma moça para que se conheçam. Nestes encontros não ocorre nenhum tipo de contato físico, pois o contato físico nos desvia da objetividade. A escolha deve ser baseada em uma decisão racional, aliada com os sentimentos que o rapaz e a moça desenvolvem um pelo outro durante os encontros. Se os encontros são interessantes, eles continuam por algumas semanas ou meses, até que ambos cheguem à certeza de que querem casar, de que suas metas de vida são compatíveis. Se em algum momento os encontros deixam de ser interessantes, eles são interrompidos e cada um começa a procurar outra pessoa. Apesar de parecer uma "loucura" casar antes de ter qualquer contato físico, os números mostram que menos de 5% dos casais formados através de "Shiduch" se divorciam. O casal também tem claridade de que se casam não para receber, mas sim para fazer Chessed (bondades) com o outro. Como o homem e a mulher são dois "mundos" completamente diferentes, tanto o noivo quanto a noiva passam por um curso para aprender a cuidar um do outro e a se entenderem. Durante toda a vida os casais se aconselham com pessoas mais sábias e experientes sobre como resolver problemas que naturalmente surgem durante o casamento.

Já no mundo sem os ensinamentos da Torá o método escolhido é o "namoro". O casal se encosta, "experimenta" todos os níveis de contato físico, muitas vezes até mesmo moram juntos. Este processo pode durar anos. Parece um sistema lógico, toda a convivência é testada, não há o que dar errado. Mas os números mostram que mais de 60% dos casais se divorciam, e muitos após poucos anos ou meses de casamento. Por que? Pois o contato físico nos tira a objetividade da escolha. O casamento acaba sendo baseado no contato físico e não em uma construção espiritual. A "despedida de solteiro" nos mostra que o casamento é visto como o fim da boa fase da vida, onde podíamos curtir sem preocupações. O fotógrafo nos diz, no dia do casamento, "sorriam, este é o dia mais feliz de suas vidas". Daí para frente a tendência é realmente tudo piorar. Sem preparação, sem esforço, sem construção, o casamento é um barco furado que cedo ou tarde pode afundar. O divórcio é cada vez mais banalizado, casais que poderiam se aconselhar e resolver pequenos problemas preferem "partir para outra", sem entender o grande desastre que significa desmanchar a santidade de um casamento. O casal sofre, os pais sofrem, os filhos sofrem.

O casamento é apenas um exemplo de quanto a Torá pode trazer Brachá para nossas vidas. As sociedades de pessoas que vivem de acordo com os ensinamentos da Torá são muito mais harmoniosas. Neste meio, a violência e a enganação praticamente não existem. São pessoas que também cometem erros, mas que estão comprometidas a constantemente tentar melhorar. A Parashá ressalta: "Veja", pois as consequências são visíveis. As diferenças entre os dois tipos de vida são gritantes. A Brachá não é uma promessa para o futuro, não é uma profecia para o Mundo Vindouro. É uma promessa para o nosso dia-a-dia.

Fomos criados para ser felizes. Temos em nossas mãos um "Manual de Instruções" de como ser feliz. É uma pena tentarmos ser mais "espertos" do que o próprio Criador do mundo. Pois em geral, os caminhos mais curtos e "fáceis" nos levam a um jardim de espinhos, não a um jardim de rosas.

SHABAT SHALOM

Rav Efraim Birbojm

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ EKEV 5770

BS"D
 
O MOMENTO MAIS IMPORTANTE É AGORA – PARASHÁ EKEV 5770 (30 de julho de 2010)
 
Esta declaração, feita por um paciente terminal de 70 anos que estava internado na UTI, foi publicada em um jornal americano:
 
"Meu primeiro sonho foi terminar a escola. Eu imaginava que somente quando as pessoas entravam na faculdade e começavam as festas e os namoros é que a vida realmente começava. Meu segundo sonho foi terminar a faculdade, pois eu já me imaginava trabalhando, comprando meu primeiro carro. Meu próximo sonho foi estar casado, pois eu via as pessoas mais velhas casando e me imaginava casado com uma bela esposa e sabia que somente assim eu realmente seria feliz. Depois do casamento eu comecei a sonhar com a alegria verdadeira que seria quando eu tivesse filhos. Então eu comecei a sonhar como seria bom quando eles crescessem e se casassem, quando eu poderia relaxar um pouco. Finalmente meu sonho foi a felicidade que viria com a tão esperada aposentadoria. Só agora, que eu estou morrendo, percebo que  nunca vivi de verdade. Eu vivi uma ilusão"
 
Para realmente aproveitarmos cada segundo de nossas vidas neste mundo, há uma lição muito importante que devemos aprender: devemos estimar o momento em que estamos vivendo agora, ao invés de viver olhando sempre para algo no futuro.
 
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Há milênios o ser humano se questiona: qual o nosso papel neste mundo? O que exatamente o Criador do mundo quer de cada um de nós? Na Parashá desta semana, Ekev, a Torá nos responde este questionamento em um único versículo: "E agora, Israel, o que Hashem, teu D'us, pede de você? Somente que tema a Hashem, teu D'us, ande nos Seus caminhos e O ame" (Devarim 10:12).
 
Mas este versículo levanta muitos questionamentos profundos. É fácil temer o guarda de trânsito, que pode nos dar uma multa por alta velocidade. É fácil amar nossos pais, que fazem tanto por nós. São coisas palpáveis, podemos vê-los, fazem parte da nossa realidade cotidiana. Mas como podemos sentir temor ou amor pelo Criador do mundo, com Quem não mantemos uma comunicação direta e Quem não podemos nem mesmo enxergar? E sendo tão difícil, por que a Torá diz "somente", como se fosse algo fácil de ser conseguido? Além disso, podemos entender que D'us nos comande Mitzvót que envolvam atos físicos, como colocar Tefilin ou acender as velas de Shabat. Mas como é possível D'us nos comandar um sentimento? Como podemos forçar uma emoção?
 
O Rambam (Maimônides) escreve que existe um caminho para amar e temer a D'us. Quando o ser humano reflete sobre Suas maravilhosas e impressionantes criações, onde podemos enxergar Sua infinita sabedoria, inevitavelmente ele chega a amar o Criador. E quando o ser humano percebe quanto D'us é grande e, ao contrário, o quanto nós somos pequenos e insignificantes diante do Criador do universo, inevitavelmente ele chegará ao temor pelo Criador.
 
É interessante observar que quando o Rambam fala sobre outras leis como, por exemplo, as leis de Tefilá (reza), ele não menciona sobre um "caminho". Por que? Pois em mandamentos que envolvem ações não é necessário um caminho e sim atos. Para fazer Tefilá é simples, basta abrir um livro de rezas e começar a rezar. Porém, quando se tratam de sentimentos, como amar e temer, o Rambam ressalta que a única maneira de cumprir a Mitzvá é através de um caminho, pois não há como obrigar uma emoção a não ser através de um processo que garanta alcançar este sentimento. Não se pode acordar um dia sentindo amor e temor por D'us. Mas quando o ser humano constantemente reflete sobre o Criador e Seus atos, com o tempo ele chegará inevitavelmente ao temor e ao amor. Pois apesar de D'us não poder ser enxergado ou tocado, Ele pode ser claramente sentido através de Seus atos.
 
E do conceito de que existe um "caminho" para atingir o temor e o amor por D'us aprendemos outro ponto importante. Nossa preocupação não pode ser em apenas atingir o objetivo final, pois o futuro está apenas nas mãos de D'us. O que está em nossas mãos é o caminho diário e contínuo de reflexão. É nisso que temos que concentrar o nosso foco, no nosso serviço diário. Com muita dedicação e perseverança os objetivos finais – amar e temer a D'us – certamente virão. Para alcançar os objetivos devemos apreciar os nossos esforços diários. Os resultados somente chegarão se sentirmos a alegria de estar construindo, passo a passo, o nosso objetivo. Por que está escrito "somente"? Pois adquirir o temor e o amor a D'us verdadeiro leva muito tempo, mas o que D'us espera de nós é o trabalho diário, nas coisas mais simples do cotidiano, que nos levarão ao nosso objetivo. Isto está ao alcance de todos nós.
 
Este conceito pode ser comparado à dois trabalhadores contratados para construir uma casa. Um deles somente enxerga a casa pronta e, portanto, cada tijolo que ele coloca é um peso, pois parece um ato pequeno. Já o outro enxerga que cada tijolo é parte do todo e, por isso, se alegra com cada pequeno pedaço de parede que aumenta. Para aquele que se alegra com cada tijolo, cada dia de empreitada é uma grande emoção e certamente a casa inteira chegará um dia a ser construída. Já para o outro, o trabalho diário é tão insuportável que dificilmente ele chegará até o fim da construção.
 
Existe um fenômeno estudado pela psicologia chamado "A depressão do Domingo à noite". Por que a maioria das pessoas sente esta angústia quando o final de semana chega ao fim? Pois ao invés de viver cada momento e crescer com cada oportunidade, nós vivemos para o próximo final de semana, para as próximas férias, para a aposentadoria. Vivemos pensando no futuro sem aproveitar o dia de hoje. O judaísmo nos ensina a dar valor para cada pequeno ato, para cada pequeno momento. Não vivemos para o fim de semana, vivemos para o agora. É preciso planejar nosso futuro, é preciso ter a vontade de chegar ao objetivo, mas sem esquecer-se de valorizar cada passo dado.
 
Um exemplo clássico é a educação dos filhos. Todos querem ser bons pais. Queremos educar nossos filhos para que eles nos amem e nos respeitem no futuro. Mas para conseguir isso é necessário gostar do que fazemos. Nos pequenos atos do cotidiano o relacionamento é criado. Uma boa conversa, escutar o filho lendo suas primeiras palavras, ensiná-lo a jogar futebol, levando-o para um passeio de Domingo. Se o pai não gosta de cada passo do "caminho", se para ele é um peso a educação do filho, é algo que ele quer se livrar logo, certamente nunca transmitirá amor ao filho e nunca se tornará o pai que gostaria de ter sido.
 
Em cada ato que fazemos na vida precisamos apreciar os processos e não apenas focar no objetivo final. Cada dia deve ser significativo, cada momento deve ser único e importante. É o que nos ensina Shlomo Hamelech (Rei Salomão): "A sabedoria está diante da pessoa com entendimento, mas os olhos do tolo estão direcionados ao fim da Terra" (Mishlei - Provérbios 17:24). A pessoa que valoriza cada instante é um sábio, enquanto aquela que foca apenas no objetivo final é um tolo, pois nunca conseguirá alcançá-lo. O tolo vê o tamanho de um livro e nem começa a ler, pois pensa que nunca conseguirá terminar. O sábio foca apenas na página que ele estuda hoje, e com perseverança e determinação ele conseguirá terminar o livro todo.
 
O dia de hoje é o mais importante de nossas vidas. Cada dia é valioso, cada pequeno ato é mais um tijolo que colocamos na nossa construção espiritual. Se fizermos com alegria e vontade, chegar ao amor e temor a D'us será algo fácil, como Moshé nos ensinou na Torá.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VEETCHANAN 5770

BS"D
 
PACOTE SOB MEDIDA – PARASHÁ VEETCHANAN 5770 (23 de julho de 2009)
 
"Um marceneiro muito competente decidiu contratar um aprendiz. O rapaz era muito esforçado e aprendia rapidamente a nova profissão. O que mais lhe encantava era a serra que o marceneiro utilizava para cortar as grandes tábuas de madeira em pequenos pedaços, com os quais fazia lindos móveis. Era uma serra simples e barata, mas que realizava com perfeição os cortes necessários.
 
Certo dia, o aprendiz estava passando pela rua e, diante de uma joalheria, viu um homem lapidando com perfeição um lindo diamante utilizando uma pequena serra. Encantado, ele entrou e começou a perguntar sobre aquela maravilhosa serra. Descobriu que era um instrumento de precisão, muito valioso. A partir desse dia seu sonho era comprar uma serra daquelas. Ele estava muito agradecido pelos ensinamentos que recebia do marceneiro e por isso desejava retribuir de alguma maneira. Desejou com todas as suas forças contribuir para que o marceneiro pudesse ter uma serra daquelas na sua oficina.
 
Todos os meses o aprendiz separava uma parte do seu salário e guardava em uma caixinha embaixo da cama. Até que finalmente conseguiu, depois de muitos meses, juntar o dinheiro necessário para comprar uma serra igual à do joalheiro.
 
Quando o marceneiro chegou para trabalhar no dia seguinte, imediatamente notou que sua serra havia desaparecido. Desesperado, ele perguntou ao aprendiz se ele sabia algo sobre a serra. O aprendiz, abrindo um grande sorriso, contou que havia vendido a serra. O marceneiro quase desmaiou ao escutar estas palavras. Com o rosto vermelho de raiva, pediu explicações imediatas ao rapaz. O aprendiz não perdeu a calma, mostrou a serra que havia comprado e explicou:
 
- Não fique bravo, você vai se orgulhar de mim. Você não vai mais precisar usar aquela serra simples e barata. Por muitos meses eu juntei dinheiro e finalmente consegui trocar aquela serra simples e grosseira por esta serra de precisão, igual à dos joalheiros. Seu trabalho, que já era maravilhoso, agora vai ficar melhor ainda.
 
O marceneiro não conseguia acreditar no que seus ouvidos escutaram. Irritado, ele falou:
 
- Seu tolo, você não entende que existe uma serra específica para cada profissão? De que me adianta esta serra de precisão, que é caríssima, se ela corta apenas diamantes? Ao contrário, a minha serra, apesar de ser simples e barata, faz o trabalho que eu necessito com perfeição. Você não me fez um favor, você acabou me causando um grande prejuízo!"
 
Este é o erro que cometemos quando desejamos que nossa vida fosse diferente. Gostaríamos de ter mais dinheiro, um carro como o do vizinho, uma casa como daquele ator de cinema. Mas precisamos saber que cada um recebe um "pacote" específico e, se fosse diferente, não apenas não seria bom, mas na realidade nos atrapalharia no nosso trabalho espiritual.
 
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Na Parashá desta semana, Veetchanan, a Torá traz um dos versículos que nunca abandonou a boca do povo judeu, mesmo nos momentos de maior dificuldade: o "Shemá Israel" ("Escute, Israel. Hashem é o nosso D'us, Hashem é um"), que contém a afirmação da nossa crença em um D'us único que nunca nos abandonará. E assim diz a continuação do versículo: "E amarás a Hashem, teu D'us, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas posses" (Devarim 6:5).
 
Nos ensina o Midrash (parte da Torá Oral) que deste versículo aprendemos que amar a D'us é um ato incondicional, isto é, se refere tanto aos momentos bons quanto aos momentos ruins e, portanto, mesmo quando nos acontece algo ruim devemos receber isto com alegria. Mas como pode alguém que passa dificuldades receber isto com alegria? Como pode alguém cujo sustento vem com tremendas dificuldades ou quem passa por duros sofrimentos amar incondicionalmente D'us? Além disso, por que está escrito "teu coração" e "tua alma" e não apenas "E amarás a Hashem, teu D'us, com todo coração e toda alma"?
 
Nos ensina o rabino Israel Meir HaCohen, mais conhecido como Chafetz Chaim, que passamos a vida pensando "Não seria mal se eu tivesse um pouco mais". Mas quem nos garante que não seria mal? Nos últimos anos tivemos alguns exemplos de que ter mais do que temos atualmente pode ser catastrófico. Vários acertadores de sorteios milionários tiveram fins trágicos. Um deles, que era paraplégico, foi assassinado pela própria esposa, que estava mais interessada na herança milionária do que na felicidade matrimonial. Outro ganhador também foi assassinado pouco depois de ter se tornado milionário. E um recente ganhador quase foi assassinado pelo próprio pai. Vemos que junto com os milhões de reais eles receberam também várias maldições. Se eles pudessem ver o filme de suas vidas no futuro, não estariam mais contentes com o que tinham antes?
 
Por que questionamos tanto a bondade de D'us? Pois temos uma visão muito limitada. Esquecemos que nossas vidas estão nas mãos de um Criador bondoso que tem controle sobre tudo o que acontece. Ele poderia mandar para cada um de nós alguns milhões a mais, mas Ele sabe o que cada um realmente necessita. Nossa passagem neste mundo não é um passeio. Não viemos para o "Carpe Diem", o conceito grego de aproveitar os prazeres físicos a qualquer custo, filosofia atualmente adotada por muitas na nossa sociedade ocidental. Viemos para um trabalho espiritual. Cada um de nós tem um "conserto" espiritual específico e D'us é o único que conhece a alma de cada uma de suas criaturas e, portanto, sabe exatamente o que cada um precisa. Cada um necessita passar por testes diferentes para conseguir, ao vencer as dificuldades, completar seu trabalho espiritual neste mundo. Por exemplo, enquanto alguns precisam passar pelo teste da pobreza, outros precisam passar pelo teste da riqueza.
 
Com certeza qualquer um diria que o teste mais difícil é o da pobreza. Mas Shlomo Hamelech (Rei Salomão), o mais sábio de todos os homens, nos ensina exatamente o contrário. O teste da pobreza é muito difícil, mas as dificuldades aproximam a pessoa de D'us, pois nos momentos de desespero clamamos por Sua ajuda e nos voltamos a Ele. Já o teste da riqueza é muito mais difícil, pois a pessoa sente que não precisa mais de D'us em sua vida e se afasta cada vez mais Dele. A riqueza pode afastar muito mais a pessoa de seu propósito espiritual do que a pobreza.
 
Nos ensina o Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas): "Quem é o rico? Aquele que está contente com sua porção". Por que está escrito "contente com sua porção" e não está escrito "contente com o que tem"?
Pois cada pequeno detalhe da vida da pessoa é minuciosamente escolhido por D'us, esta é a sua "porção", a ferramenta que ele, e somente ele, necessita para o seu trabalho de conserto espiritual. O que o vizinho tem não serve para ele. É por isso que, segundo o judaísmo, a inveja é uma tolice tão grande, pois de que adianta desejar algo que não serve para o nosso trabalho espiritual? Rico é aquele que está contente com sua porção, com seu "pacote", que contém coisas boas e coisas "ruins". Quando as dificuldades surgem, ele não se desespera nem desanima, ele sabe que faz parte do seu "pacote" e que é para o seu próprio bem, que é parte de suas ferramentas de trabalho. Se ele não tem algo é porque não precisa. Com isso ele consegue até mesmo se alegrar com as dificuldades da vida e enxergar tudo como uma grande bondade e oportunidade que D'us nos manda.
 
Diz o Chafetz Chaim que D'us não nos manda um teste que não podemos vencê-lo. D'us exige de cada um de acordo com suas forças. Por isto está escrito "teu coração e tua alma", pois os testes são de acordo com a capacidade de cada um. Se nossos testes estão difíceis, é sinal de que D'us sabe que temos um grande potencial adormecido dentro de nós.
 
Quando sabemos que um piloto é realmente é bom, em momentos de paz ou momentos de guerra? É durante as batalhas que ele pode mostrar sua destreza, sua bravura, suas habilidades. É durante as dificuldades da vida que, ao vencermos, mostramos para D'us e para nós mesmo o quanto nós podemos de verdade. Os grandes méritos de nossa estadia neste mundo são recebidos justamente nos momentos de superação.
 
Que possamos nos alegrar com a oportunidade de estarmos vivos, aprendendo e crescendo com cada erro e com cada dificuldade que surgem no nosso caminho.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 16 de julho de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHÁ DEVARIM E TISHÁ BE AV 5770

BS"D
 
ENCARANDO O PROBLEMA DE FRENTE – PARASHÁ DEVARIM E TISHÁ BE AV 5770 (16 de julho de 2009)
 
No Oeste americano, às vezes caem tempestades muito pesadas. Elas começam de repente com chuvas congelantes e a temperatura despenca abaixo de zero. Então, terríveis ventos frios começam a trazer enormes pedras de gelo. A maioria dos bois que estão no campo aberto vira de costas para as rajadas de vento e gelo. Com a força do vento, eles não conseguem resistir e começam a ser empurrados, até que inevitavelmente são jogados contra a cerca de arame farpado e não conseguem mais sair de lá. Em grandes tempestades, muitos bois acabam morrendo por causa dos ferimentos.
 
Mas uma raça de bois sempre sobrevive. É conhecida como "Hereford". O que eles fazem durante as tempestades? Eles não se viram de costas para as rajadas. Instintivamente eles enfrentam o vento forte. Vários bois se juntam, ombro a ombro e, com as cabeças abaixadas, ficam de frente para a tempestade. Assim, juntos, conseguem suportar por horas. Segundo os criadores de gado, nas tempestades em que a maioria dos bois morre, os Herefords são quase sempre encontrados vivos e saudáveis.
 
Aprendemos duas lições dos bois Hereford: que a união pode nos ajudar nos momentos mais difíceis e que a única forma de vencer as dificuldades é encará-las de frente quando elas surgem em nossas vidas"
 
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Com a Parashá desta semana, Devarim, começamos o último livro da Torá, também chamado Devarim. Este último livro é composto principalmente pelo discurso de despedida de Moshé Rabeinu antes de sua morte. O que faríamos nos nossos últimos momentos de vida? Tentaríamos aproveitar ao máximo o tempo, passeando e ficando junto com nossas famílias e amigos. Mas Moshé não estava preocupado com seu próprio bem estar. Quando soube que sua vida chegava ao fim, sua única preocupação era com o povo judeu. Por isto ele utilizou seus últimos momentos para falar com o povo e recordar muitos acontecimentos dos 40 anos no deserto, aproveitando para chamar a atenção do povo por alguns dos graves erros cometidos.
 
Assim começa a Parashá: "Estas são as palavras que falou Moshé a todo o povo de Israel ao lado do rio Jordão, no deserto, na planície frente ao Sul, entre Paran e entre Tofel, e Lavan e Hatzarot e Dizahav" (Devarim 1:1). Rashi, comentarista da Torá, explica que nestas palavras iniciais já estão contidas algumas broncas de Moshé. Os lugares mencionados são indicações das transgressões que eles haviam cometido. Por exemplo, "Planície" é referência à idolatria de Baal Peor, cometida nas planícies de Moav, e "Dizahav" é uma referência ao bezerro de ouro, pois a palavra ouro, em hebraico, é "Zahav". Mas por que Moshé não havia dado esta bronca antes? Por que deixou justamente para os últimos momentos antes de morrer?
 
Há outra dúvida sobre a bronca de Moshé no povo judeu. Aparentemente aprendemos que as broncas devem ser leves, feitas de forma indireta, apenas com indicações do erro cometido. Porém, a Haftará (pequeno trecho do livro dos "Profetas e Escrituras" lido no Shabat, após a leitura da Torá) desta semana nos traz a bronca que o profeta Yeshaiahu deu no povo judeu na época do Primeiro Templo. A bronca é muito dura, como está escrito: "O boi conhece seu dono e o jumento a tigela de seu possuidor, mas Israel não tem conhecimento, Meu povo não reflete" (Yeshaia 1:3). Por que esta diferença tão grande entre as duas broncas?
 
Explica o Rav Leib Chassman que existem dois grupos distintos de pessoas no mundo. O primeiro grupo são aqueles que constantemente refletem na vida e prestam atenção para onde seus atos estão o levando. O segundo grupo são aqueles que não param na vida para refletir para onde estão indo, como se estivessem dormindo de pé.
 
A geração do deserto estava no grupo daqueles que refletiam sobre seus atos. Por causa disso o nível espiritual deles era tão alto que Moshé não precisou nem mesmo mencionar as transgressões cometidas, apenas a citação dos lugares foi suficiente. Por que Moshé somente deu a bronca perto de sua morte? Pois esta é mais uma qualidade das pessoas que refletem na vida. Moshé sabia que eles reconheceriam os erros cometidos de uma maneira tão intensa que teriam vergonha de olhar novamente para ele depois da bronca. Por isso deixou para os últimos momentos, para que eles não passassem esta vergonha de ter que olhá-lo no dia seguinte.
 
Já a geração do profeta Yeshaiahu havia caído muito em seu nível espiritual. O profeta entendeu que simples indicações das transgressões não seriam suficientes para despertar o povo, por isso utilizou palavras duras. Por que comparou o povo com o cavalo e o jumento? Estes animais reconhecem seu dono por natureza e, portanto, isto ocorre constantemente. Mas para o ser humano não é tão simples assim, seu nível espiritual de conexão com o Criador do mundo depende de suas escolhas e do grau de reflexão na vida. Se o ser humano reflete e com isso endireita seus caminhos na vida, ele se eleva acima de todas as criaturas. Mas se ele não reflete e deixa a vida acontecer sem nenhum planejamento ou investimento, ele fica abaixo até mesmo dos animais. Quando D'us criou o mundo, antes criou toda a natureza e os animais e somente no último dia criou o ser humano. Por que? Pois se o ser humano se eleva espiritualmente e cumpre seu papel no mundo, D'us diz para ele: "Eu criei todo o universo para você, e queria que estivesse tudo pronto quando você chegasse". Porém, se a pessoa se desvia do seu caminho e se fasta do Criador, Ele diz: "Até mesmo o mosquito foi criado antes de você".
 
As broncas de Moshé e de Yeshaiahu podem ser associadas a um pai que vê seu filho dormindo e sabe que se ele não despertar atrasará para a escola. Se o sono do filho é leve, um simples chamado pode despertá-lo, mas se o sono é pesado, o tom do chamado vai aumentando cada vez mais. Se for necessário, o pai chega a chacoalhar o filho. Assim também é a forma como D'us se comporta conosco. Quando Ele nos vê "dormindo" espiritualmente, Ele sofre com o que estamos perdendo e tenta nos acordar. Quanto mais pesado o sono, mais forte precisa ser o "despertador".
 
Na próxima 2ª feira de noite (19/07), começa Tishá Be Av, um dos dias mais tristes do ano judaico. É um dia em que grandes tragédias se abateram sobre o nosso povo. Neste dia nossos dois Templos Sagrados foram destruídos, fomos expulsos da Espanha e Portugal e muitas outras desgraças ocorreram. Por que? Pois quando não refletimos, não percebemos que nossos caminhos estão errados e não os consertamos. A geração de Yeshaiahu foi advertida, mas não se arrependeu dos seus atos e o Primeiro Templo foi destruído. A geração do Segundo Templo também não enxergou seus erros e até hoje continuamos sem nosso Templo. Qual foi o erro dos nossos antepassados que até hoje não conseguimos ainda consertar? O ódio gratuito dentro do povo judeu. D'us nos chacoalhou várias vezes na história, mas mesmo assim insistimos em permanecer dormindo.
 
O que acontece quando os próprios judeus se agridem e não se respeitam? D'us nos manda um sinal. E tivemos um grande sinal há pouco tempo. Segundo o judaísmo, nada acontece por acaso. O incidente dos navios de "ajuda humanitária" que se dirigiam para Gaza nos ensinaram que o anti-semitismo não morreu na Segunda Guerra Mundial. Ele continua presente, nas manchetes dos principais jornais do mundo, nos comentários nas escolas e faculdades, na proporção que o caso tomou. Em qualquer país do mundo navios que invadissem águas territoriais seriam imediatamente afundados. Mas Israel, antes de qualquer chance de esclarecimentos, foi apedrejado pelo mundo inteiro. Somente assim os judeus do mundo inteiro se juntaram e se mobilizaram contra a opinião pública. Somente assim voltamos a nos sentir parte de um povo só.
 
Por que precisamos do anti-semitismo para nos unir? Por que não podemos despertar do nosso sono espiritual antes de receber "pedradas" celestiais? Até quando vamos culpar os palestinos e os terroristas quando os culpados somos nós mesmos? Enquanto colocarmos a culpa nos outros e não encararmos o problema de frente, nunca conseguiremos vencê-lo.
 
Ensinam nossos sábios que Tishá Be Av é um dia triste, mas que futuramente se tornará o dia da redenção final. Que cada um possa trabalhar para apagar seu ódio gratuito para que neste Tishá Be Av possamos estar todos juntos em Jerusalém. Não chorando de tristeza pela destruição do nosso Templo, mas chorando de alegria pela sua reconstrução.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 9 de julho de 2010

SHABAT SHALOM MAIL - PARASHIOT MATOT E MASSEI 5770

BS"D
 
ESCREVENDO NA PEDRA OU NA AREIA – PARASHIOT MATOT E MASSEI 5770 (9 de julho de 2009)
 
"Dois amigos, Jacó e José, viajavam juntos, acompanhados de seus ajudantes. Chegaram certa manhã às margens de um rio de forte correnteza e precisavam atravessá-lo. Quando o jovem José tentou saltar em uma pedra, escorregou e caiu na água. Jacó, sem um instante de hesitação, atirou-se à correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer a salvo o companheiro de jornada. O que fez José? Chamou, no mesmo instante, os seus mais hábeis ajudantes e ordenou-lhes que gravassem em uma grande pedra a seguinte frase: "Neste lugar, durante uma jornada, Jacó salvou heroicamente o seu amigo José". Isto feito, prosseguiram a viagem.
 
Alguns meses depois, quando regressavam, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico. Como se sentiam muito cansados, resolveram repousar algumas horas à sombra acolhedora da pedra que ostentava bem no alto a honrosa inscrição. Sentados na areia clara, puseram-se a conversar. Eis que, por um motivo fútil, surgiu de repente uma grave desavença entre os dois companheiros. Da discórdia passaram para uma acalorada discussão e Jacó, num ímpeto de raiva, deu um tapa na cara de seu amigo.
 
O que fez José? O que você faria no lugar dele? José não revidou a ofensa. Ergueu-se tranquilamente, pegou um galho seco e escreveu na areia clara: "Neste lugar, durante uma jornada, Jacó, por um motivo fútil, deu um tapa na cara do seu amigo José".
 
Surpreendido com o estranho comportamento, um dos ajudantes de José comentou:
 
- Senhor, para exaltar um bom ato de Jacó você nos mandou gravar para sempre na pedra o feito heróico. Mas agora, que ele acaba de te ofender gravemente, você se limita a apenas escrever na areia? A primeira escrita ficará para sempre, mas esta outra, riscada na areia, antes do cair da tarde já terá desaparecido!
 
Respondeu então José:
 
- O benefício que recebi de Jacó permanecerá para sempre em meu coração, como a frase escrita na pedra. Mas a ofensa, escrevo-a na areia para que se apague logo, pois desejo apagá-la da minha lembrança tão rapidamente quanto ela será apagada da areia"
 
Devemos aprender a gravar na pedra os favores e benefícios que recebemos, as palavras de carinho, simpatia e estímulo que ouvimos. Devemos aprender, porém, a escrever na areia as ofensas, as ingratidões, as enganações e as agressões que nos ferem pela estrada da vida.
 
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Nesta semana lemos duas Parashiot juntas, Matót e Massei. Na Parashá Matót, D'us ordena que o povo judeu guerreie contra o povo de Midian como um ato de vingança. Vingança do que? O povo de Midian havia tramado um plano para derrubar espiritualmente o povo judeu. Usando as próprias filhas como "iscas", eles conseguiram fazer com que muitos judeus cometessem relações ilícitas e idolatria, o que causou uma consequência desastrosa para o povo judeu: a morte de 24 mil homens em uma terrível praga. E assim a Torá descreve a ordem de D'us para Moshé: "Tome vingança dos Filhos de Israel contra os midianitas; depois você se reunirá aos teus antepassados" (Bamidbar 31:2). Segundo o Midrash (parte da Torá Oral), se Moshé quisesse cumprir a ordem de D'us somente depois de 20 ou 30 anos, ele teria permanecido vivo todo este tempo, pois D'us havia decretado que ele morreria apenas depois da vingança contra Midian.
 
Se soubéssemos o dia da nossa morte e tivéssemos a possibilidade de ganhar mais alguns anos, meses ou até mesmo dias, não faríamos de tudo para prolongar nossas vidas? Certamente que sim. Mas para nossa surpresa, a Torá nos ensina que Moshé cumpriu a ordem de D'us imediatamente. Por que ele não adiou a guerra para "ganhar um tempo"?
 
Explica o Rabino Leib Chassman que a resposta está na forma como Moshé convocou o povo para a guerra: "E falou Moshé com o povo: armem homens dentre vocês... para tomar a vingança de D'us contra Midian" (Bamidbar 31:3). Moshé chamou a guerra de "vingança de D'us", isto é, ele entendeu a importância desta guerra como uma forma de santificar o nome de D'us que havia sido denegrido com a promiscuidade e a idolatria do povo judeu. Moshé então prontamente cumpriu a Mitzvá, pois para ele a honra de D'us estava acima de sua própria vida.
 
Porém, surge uma grande pergunta. A Torá diz que Moshé não foi pessoalmente para a guerra, ele enviou Pinchás como líder, como está escrito "E Moshé enviou os 1.000 homens de cada tribo para o exército, eles e Pinchás..." (Bamidbar 31:6). Se era uma Mitzvá tão importante, por que Moshé não liderou pessoalmente o exército? Explicam os nossos sábios que Moshé, quando matou um egípcio para salvar o judeu que estava sendo covardemente espancado por ele, precisou fugir da fúria do faraó e refugiou-se em Midian. Portanto ele sabia que tinha uma obrigação de "Acarat Hatóv" (reconhecer a bondade recebida). Como ele poderia atirar uma pedra no poço onde havia bebido água, isto é, como ele poderia infligir sofrimentos a quem havia feito coisas boas para ele?
 
Mas Moshé estava realmente obrigado a ter "Acarat Hatóv" com o povo de Midian? Apesar de realmente ter recebido coisas boas, eles haviam causado muitos sofrimentos ao povo judeu! Até onde vai nossa obrigação de agradecer por uma bondade recebida?
 
Muitas vezes recebemos muitas bondades de pessoas que, em algum momento, "pisam na bola" conosco. Imediatamente esquecemos todo o bem que recebemos destas pessoas e guardamos para sempre o rancor. Esta é a natureza do ser humano, esquecer as coisas boas e guardar no coração as coisas ruins que recebemos dos outros, mesmo que as bondades tenham sido muitas e as coisas negativas tenham sido poucas. Mas de Moshé aprendemos o contrário, quanto é grande a obrigação que o ser humano tem de "Acarat Hatóv" com o próximo. Mesmo que os midianitas tinham feito algo tremendamente ruim, isso não apagou as coisas boas que eles fizeram no passado, e Moshé sentiu a obrigação de se lembrar delas. Moshé nos ensinou que, mesmo quando alguém nos faz algo ruim, isto não nos isenta da obrigação de reconhecermos as coisas boas que recebemos dele.
 
Com quem Moshé aprendeu a se comportar assim? Com o próprio Criador do mundo. O judaísmo nos ensina que a nossa meta na vida é se assemelhar ao Criador. Da mesma forma que Ele é bondoso com todas as criaturas, assim nós também devemos ser bondosos. Da mesma forma que Ele é misericordioso, assim também devemos ser misericordiosos. Ensina o Rabino Moshé Cordovero, em seu livro "Tomer Dvora", que quando um ser humano cumpre uma Mitzvá ou faz um bom ato, D'us as guarda nos mundos espirituais mais elevados, diante de Seus olhos. Mas quando um ser humano faz uma transgressão, D'us não deixa que ela fique guardada no mesmo nível espiritual elevado, ele a "esconde" para que não fique diante de Seus olhos. Por que? Por misericórdia, para que uma Mitzvá não seja anulada com uma transgressão. Pois por cada Mitzvá que fazemos teremos uma recompensa eterna, e D'us não quer nos fazer perder nossa eternidade por causa de momentos de fraqueza, quando cometemos erros. D'us "cobra" pelos nossos erros, através de sofrimentos que passamos no mundo físico ou no mundo espiritual (após a morte), para depois poder nos pagar, no Mundo Vindouro, a recompensa de cada Mitzvá que fizemos. Nenhuma Mitzvá é "descontada" pelos nossos maus atos. Moshé aprendeu, com esta característica de misericórdia de D'us, a guardar as coisas boas recebidas e a "ignorar" as coisas ruins.
 
Assim devemos nos comportar com os outros, nos esforçando para esquecer e perdoar as pessoas pelas coisas ruins que nos fizeram e, por outro lado, nos esforçando para guardar para sempre cada pequena bondade que recebemos dos outros. Devemos escrever em pedras as coisas boas e na areia as coisas ruins. Esse é o verdadeiro "Acarat Hatóv". Assim nos comportamos de verdade como D'us.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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