quinta-feira, 16 de outubro de 2025

CADA SEGUNDO CONTA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BERESHIT 5786

BS"D
O e-mail desta semana é dedicado à Refua Shleima (pronta recuperação) de 

Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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O e-mail desta semana é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de:


Sr. Nelson ben Luiza zt"l (Nissim ben Luna) 

R' Moishe Eliezer ben David Mordechai zt"l 
Sr. Avraham Favel ben Arieh z"l 

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Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, entrar em contato através do e-mail 
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PARASHÁ BERESHIT 5786



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PARASHAT BERESHIT
ASSUNTOS DA PARASHAT BERESHIT
  • Primeira Criação: o tempo.
  • Dia um: Luz e Escuridão.
  • Segundo dia: Separação das águas de baixo e as águas de cima. 
  • Terceiro dia: Terra firme e Vegetais.
  • Quarto dia: Sol, Lua e Estrelas.
  • Quinto dia: Animais aquáticos.
  • Sexto dia: Animais da terra e Adam Harishon.
  • Shabat.
  • Adam e Chavá no Gan Éden.
  • A cobra engana Chavá.
  • A transgressão de Adam e Chavá.
  • D'us aparece no Gan Éden.
  • A maldição da cobra.
  • A maldição de Chavá.
  • A maldição de Adam.
  • A expulsão do Gan Éden.
  • Cain e Hevel: Oferendas e assassinato.
  • Julgamento e castigo de Cain.
  • 10 gerações de Adam a Noach.
  • Os filhos de Noach: Shem, Ham e Yefet.
  • Os gigantes e as transgressões.
  • O Decreto de destruição do mundo.
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CADA SEGUNDO CONTA - PARASHÁ BERESHIT 5786 (17/out/25)

 "Nos seus últimos anos de vida, o Rav Elazar Menachem Man Shach zt"l (Lituânia, 1899 - Israel, 2001) já estava muito fraco. Andava com dificuldade, falava com esforço e sua visão estava bastante comprometida. Mas, mesmo assim, ele mantinha o mesmo rigor de sempre: levantava-se cedo, estudava e dava Shiurim para os alunos da Yeshivat Ponevezh. Porém, seus médicos, muito preocupados com sua saúde, pediram para que ele reduzisse o ritmo e lhe disseram:
 
- Rav, o senhor precisa descansar. Cada Shiur o esgota. Seu corpo precisa de energia para viver.
 
O Rav Shach olhou para eles com seus olhos calmos e cansados, mas firmes. Respondeu em voz baixa, mas com uma clareza que marcou todos os presentes:
 
- Vocês falam de vida? Para mim, vida é estudar Torá. Se eu estiver sentado sem Torá, isso não seria vida, seria apenas estar respirando. Eu quero viver, não quero apenas respirar.
 
Algum tempo depois, o corpo do Rav Shach já estava tão fraco que precisaram ajudá-lo a se levantar e a caminhar até o local do Shiur. Os alunos então imploraram:
 
- Rav, por favor, descanse. O Shiur pode esperar. O senhor precisa se preservar!
 
Porém, o Rav Shach abriu um sorriso e respondeu aos alunos:
 
- A Torá não espera. Quem sabe se amanhã eu ainda estarei aqui? Se ainda tenho forças para dar mais um Shiur, então isso significa que o Céu me deu mais um momento de vida verdadeira, e quero usá-lo como tal.
 
E assim foi. Ele deu o Shiur, com voz fraca, mas com a mesma profundidade de sempre. Os alunos sabiam que cada palavra custava um esforço enorme para ele. Ao terminar, o Rav Shach fechou o livro e disse:
 
- Agora, posso descansar um pouco. Cumpri o que D'us ainda esperava de mim hoje."
 
O Rav Shach queria aproveitar cada momento da vida para acumular mais méritos. Os alunos contam que o Rav Shach dizia com frequência: "O maior presente que D'us pode dar a uma pessoa é um pouco mais de tempo para estudar Torá. Cada hora de vida é um presente que não voltará, e será cobrado. Se eu tivesse desperdiçado uma hora na juventude, hoje choraria por ela mais do que por todas as dores do meu corpo".

Nesta semana recomeçamos a leitura da Torá com o Sefer Bereshit. E a Parashá desta semana, Bereshit (literalmente "No princípio), fala sobre a criação do mundo e do primeiro ser humano, Adam Harishon. Ele foi criado em um nível imortal, de quase perfeição, à imagem e semelhança de D'us. Porém, infelizmente, logo após ter sido criado, ele transgrediu a vontade de D'us e trouxe, para si mesmo e para o mundo, a morte.
 
O Midrash ensina que D'us mostrou a Adam a história da humanidade, com cada geração e seus líderes. Adam viu a alma de David Hamelech e percebeu que ele estava destinado a viver por apenas três horas. Adam ficou profundamente entristecido por esse potencial perdido. Ele perguntou a D'us se seria permitido doar alguns de seus próprios anos a David Hamelech. D'us respondeu que Adam estava destinado a viver mil anos, mas que teria permissão para ceder parte desses anos a David Hamelech. Então, Adam doou setenta anos a David Hamelech, de modo que ele viveria novecentos e trinta anos e David Hamelech viveria setenta anos.
 
Entretanto, apesar da generosidade inicial, nossos sábios ensinam que, quando Adam estava prestes a completar novecentos e trinta anos, ele se arrependeu de sua atitude anterior e quis desfazer o acordo de doação de anos de vida. D'us, por outro lado, exigiu que ele mantivesse sua palavra. Para convencê-lo, D'us mostrou a Adam que ele teria um descendente, Yaakov Avinu, que faria uma promessa e a cumpriria. No final, Adam concordou em manter sua promessa original.
 
O Rav Elazar Rokeach zt"l (Alemanha, 1176 - 1238) cita uma versão ainda mais surpreendente desse Midrash. Quando Adam concordou inicialmente em ceder 70 anos de sua vida ao futuro David Hamelech, ele assinou um documento formalizando isso. O documento foi assinado conjuntamente por D'us e por um anjo. Quando Adam chegou aos novecentos e trinta anos, ele tentou negar ter feito tal acordo. Naquele momento, D'us apresentou o documento assinado, provando que o trato havia sido firmado.
 
Outro Midrash comenta que quando David Hamelech disse: "Não confiem em nobres, nem no filho do homem (ben Adam), que não traz salvação" (Tehilim 146:3), ele estava se referindo à Adam Harishon e sua tentativa de cancelar a doação dos setenta anos. Mas o que os sábios estão nos ensinando com esses enigmáticos Midrashim? Por que Adam teria doado com tanto gosto anos de sua vida e, depois, tentado voltar atrás?
 
Explica o Rav Yssocher Frand shlita que Adam Harishon, como todos os Tzadikim, valorizava tanto a vida que, ao se aproximar da morte, não suportava abrir mão da oportunidade de realizar mais com aqueles anos extras. Um Tzadik sabe que pode fazer muito em um ano, em um mês ou em um único dia. Cada instante de um Tzadik é bem utilizado. A vida é tão preciosa que, ao perceber que seu tempo havia chegado ao fim, Adam ficou tão angustiado e perturbado que ou esqueceu sua promessa, ou se dispôs a tentar cancelá-la. Esse desejo de voltar atrás, portanto, não deriva de maldade, falhas de caráter ou falta de compromisso. Pelo contrário, decorre de sua grandeza e de sua profunda compreensão do valor da vida.
 
David Hamelech nos ensinou: "É preciosa aos olhos de D'us a morte dos Seus justos" (Tehilim 116:15). O que essas palavras significam? Rashi interpreta a palavra "Yakar", que significa "preciosa", como equivalente a "difícil". O versículo, então, quer dizer que é difícil para D'us trazer a morte aos Seus justos. Outros comentaristas, no entanto, entendem que "Yakar" realmente significa "preciosa". Mas o que significa que é preciosa para D'us a morte dos justos? David Hamelech estava nos ensinando que, quando D'us vê como os Tzadikim agem diante da proximidade da morte, isso é algo precioso aos Seus olhos. Ele se agrada com o fato de que os Tzadikim reconhecem o imenso valor da vida.
 
Há na Torá um versículo importante para os nossos dias, uma geração que carece tanto em reconhecer a hierarquia e em saber respeitar o próximo: "Você se levantará diante da "Seivá" (pessoa idosa) e respeitará a face do "Zaken" (idoso)" (Vayikrá 19:32). Aparentemente o versículo está trazendo uma única Mitzvá, de respeitar os idosos. Entretanto, segundo o Rav Avraham ben Meir zt"l (Espanha, 1092 - 1167), mais conhecido como Ibn Ezra, trata-se de duas Mitzvót diferentes. O termo "Zaken" refere-se especificamente a um sábio da Torá, pois "Zaken" é um acrônimo de "Ze Shekana Chachma", que significa "aquele que adquiriu sabedoria". Já o termo "Seivá" refere-se a qualquer pessoa idosa.
 
De acordo com a explicação do Ibn Ezra, a Mitzvá de se levantar, demonstrando respeito, se aplica a qualquer pessoa idosa. Entendemos a importância de honrar os sábios de Torá, que iluminam o mundo com a sua sabedoria e nos ensinam os caminhos corretos. Mas por que se levantar para todas as pessoas idosas, mesmo aquelas que não são sábias? Pois essas pessoas aprenderam a valorizar a vida. Elas merecem ser honradas por essa consciência. Uma pessoa age de forma diferente, pensa de forma diferente e possui uma perspectiva distinta da vida quando está com sessenta ou setenta anos, em comparação com quando tinha vinte ou trinta. Trata-se de outro tipo de ser humano. Devemos honrar essa nova perspectiva e atitude, nos levantando perante tais pessoas.
 
Quando Adam foi criado e lhe foi dito que ele teria mil anos de vida pela frente, era como se alguém se aproximasse de um milionário pedindo uma doação de mil dólares. O milionário estaria disposto a entregar os mil dólares sem nenhuma dificuldade, pois isso significaria muito pouco para ele. Porém, se em algum momento esse mesmo milionário perdesse toda a sua fortuna, ele ficaria profundamente incomodado com o fato de ter se comprometido a doar mil dólares. Ao fim de sua vida, Adam era como esse milionário que perdeu toda a sua riqueza. A grande maioria daqueles mil anos, que antes estavam diante dele, agora já era parte do passado. Naquele momento Adam tinha uma perspectiva diferente sobre a vida. Adam sabia dar o valor verdadeiro a cada dia, a cada minuto e a cada instante. É por causa dessa perspectiva correta que nos erguemos perante os idosos. E também é por causa dessa perspectiva que dizemos: "Preciosa aos olhos de D'us é a morte de Seus justos".
 
Precisamos saber dar valor para o tempo. Há pessoas que medem a vida em anos, mas os grandes sábios a medem pelos momentos de Torá e Mitzvót. Para o Rav Shach, a diferença entre "viver" e "existir" estava em como se usa o tempo. Por isso ele sempre dizia: "As pessoas falam que 'tempo é dinheiro', mas isso não é verdade. Tempo não é apenas dinheiro. O tempo é a nossa própria alma".
 
Estamos começando mais um ano, após passarmos muitos dias conectados com D'us. E todo recomeço vem com uma força nova, com uma energia positiva. Que possamos fazer deste recomeço algo ainda mais especial, com ainda mais valores, vivendo cada instante da forma correta, dedicando o que temos de mais precioso, o nosso tempo, para podermos acumular méritos. Pois tempo não é dinheiro, tempo é eternidade. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima.
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Moussa HaCohen ben Gamilla z"l, Renée bat Pauline z"l.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome do doente e o nome da mãe. Para Leilui Nishmat, os Sefaradim devem enviar o nome do falecido e o nome da mãe, enquanto os Ashkenazim devem enviar o nome do falecido e o nome do pai).
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