quinta-feira, 8 de outubro de 2020

MANTENHAM A UNIÃO - SHABAT SHALOM M@IL - SHEMINI ATSERET E SIMCHÁ TORÁ 5781

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- Brachá para as Tribos: Reuven, Yehudá, Levi, Biniamin, Yossef, Zevulun, Issachar, Gad, Dan, Naftali, Asher.
- Brachá de Moshé para todo o povo judeu.
- O falecimento de Moshé.
BS"D

MANTENHAM A UNIÃO - SHEMINI ATSERET E SIMCHÁ TORÁ 5781 (09 de outubro de 2020)

 
"Um famoso comediante foi convidado a fazer uma apresentação voluntária para veteranos da guerra do Vietnã. Porém, apesar dos pedidos do general para que ele fizesse uma apresentação longa, o comediante disse que sua agenda estava lotada e, portanto, ele poderia fazer apenas uma apresentação curta, de dez minutos.
 
A plateia era composta por um grupo de pessoas muito sofridas, muitas com traumas psicológicos e mutilações. A apresentação estava fantástica, os soldados estavam rindo muito e se divertindo. Porém, algo muito estranho aconteceu. Depois de dez minutos de apresentação, o comediante não parou. Ele olhou no relógio, mas continuou a apresentação. Depois foram mais dez minutos, e mais dez, e finalmente mais dez. Depois de quarenta minutos de uma incrível noite, ele finalmente agradeceu ao público e encerrou sua apresentação. O sargento que havia organizado aquele evento aproximou-se do comediante e disse:
 
- Agradeço muito a sua participação. Sua apresentação estava incrível. Mas há algo que eu não consegui entender. Quando eu pedi para que você fizesse uma apresentação mais longa, você me respondeu que tinha apenas dez minutos disponíveis. Mas, no final, você acabou ficando 40 minutos! O que aconteceu?
 
- Eu vou lhe explicar - disse o comediante, visivelmente emocionado - Eu realmente estou com a agenda lotada, meu tempo estava muito limitado. Porém, fiquei muito sensibilizado ao ver estas pessoas tão sofridas. Muitos deles certamente perderam amigos e parentes na guerra. Pessoas que ficaram para sempre com sequelas físicas e traumas psicológicos. Percebi como todos estavam se divertindo tanto, gargalhando e aplaudindo. Estava me fazendo muito bem vê-los esquecer, mesmo que por alguns poucos momentos, de todos os problemas da vida.
 
- Mas uma coisa me impressionou acima de tudo, e me motivou a não parar o show - continuou o comediante - Na primeira fileira, estavam sentados dois veteranos, um do lado do outro. Um deles perdeu o braço esquerdo na guerra, enquanto o outro perdeu o braço direito. Eles estavam assistindo o show, se divertindo e rindo muito. Quando o público começou aplaudir, os dois se olharam e um, com a sua mão direita, batia na mão esquerda do outro. Assim, juntos, ficavam me aplaudindo.
 
- Eu nunca havia visto algo assim na minha vida - concluiu o comediante - Isso me emocionou profundamente. Prossegui o show só para poder continuar vendo tamanha união e solidariedade entre eles"
 
Todos nós temos defeitos, mas cada um de nós também têm talentos e qualidades. Juntos, podemos nos completar. Através da união, podemos fazer muitas coisas boas e, inclusive, aplaudir o nosso Criador.

Nesta semana o Shabat coincide com mais uma Festa do Calendário Judaico, Shemini Atseret (literalmente "O oitavo dia, o dia da parada"). Apesar de vir conectada com a Festa de Sucót, e em seu nome haver uma referência ao "Oitavo dia de Sucót", na verdade Shemini Atseret é uma Festa independente, com seu próprio significado e influência espiritual. Também em Shemini Atseret nossos sábios decidiram fixar o término do ciclo de leitura anual da Torá. Neste dia, também chamado de "Simchá Torá", nos alegramos muito, dançamos com o Sefer Torá, lemos a última Parashat da Torá, Vezót HaBrachá (literalmente "E esta é a benção") e imediatamente recomeçamos a leitura da Torá, demonstrando que nunca nos cansamos dos seus ensinamentos.
 
Porém, a Festa de Shemini Atseret desperta alguns questionamentos. Em primeiro lugar, o que significa esta Festa, que não tem nenhum símbolo? Além disso, se é uma Festa independente, por que D'us a conectou com a Festa de Sucót? E, finalmente, por que este nome tão fora do normal, "O dia da parada"?
 
Rashi (França, 1040 - 1105) explica que depois de dias de muita proximidade com D'us, começando no mês de Elul e seguindo com Rosh Hashaná, Yom Kipur e Sucót, D'us diz ao povo judeu: "É difícil para Mim a partida de vocês". Este é o significado da expressão "Dia da parada", pois D'us pede para pararmos, para adiarmos a nossa partida e ficarmos perto Dele mais um dia. O Talmud (Sucá 55b) nos ensina que, após os sete dias de comemorações em Sucót, uma Festa de confraternização universal, que incluía 70 oferendas em prol das 70 nações do mundo, D'us fala ao povo judeu, seus filhos queridos: "Façam para Mim uma pequena refeição, para que Eu possa aproveitar com vocês".
 
Porém, para alguém que está se despedindo, não é ainda mais doloroso ficar mais um dia juntos? Este dia a mais aumentará ainda mais o amor e a conexão, tornando a partida ainda mais difícil! E, além disso, por que D'us pede apenas "uma pequena refeição"? Já que é uma refeição de despedida entre aqueles que sentem um enorme amor recíproco, não seria adequado fazer uma grande e suntuosa refeição?
 
Explica o Rav Chaim Friedlander zt"l (Alemanha, 1923 - Israel, 1986) que tanto a Festa de Sucót quanto a Festa de Shemini Atseret são chamadas de "Zman Simchateinu" (Época da nossa alegria). Porém, as duas alegrias não são iguais, pois há uma diferença entre a alegria material e a alegria espiritual. Alegria material é aquela que vêm junto com a sensação de que estamos satisfeitos em relação às necessidades do mundo material. Por exemplo, é a alegria que a pessoa sente após terminar uma deliciosa refeição. Nossa missão neste mundo é tentar justamente canalizar todas as alegrias materiais para o nosso serviço espiritual e para reconhecer todas as bondades que D'us faz conosco, nos dando um mundo com tantos prazeres. Este é o papel da Festa de Sucót, uma época naturalmente alegre, pois é a época em que os grãos, que estavam secando no campo, começam a ser guardados dentro dos armazéns. Quando esta alegria material preenche nosso coração, imediatamente a canalizamos para o nosso serviço a D'us, através das Mitzvót da Sucá e dos Arbaat HaMinim. Desta maneira, estamos usando o mundo material como utensílios para nos aproximarmos de D'us.
 
Além disso, a Sucá e os Arbaat Haminim também servem como proteção, pois a alegria material nos seduz, nos coloca em risco de esquecermos o nosso objetivo verdadeiro. Quando balançamos os nossos Arbaat Haminim nas quatro direções, além de para cima e para baixo, estamos nos lembrando que D'us é o verdadeiro Dono de tudo. A Sucá nos relembra do caráter passageiro e provisório do mundo material e seus prazeres.
 
Porém, além da alegria material, existe também uma alegria espiritual, despertada através do serviço espiritual. Esta é a alegria de Shemini Atseret. A fonte desta alegria é a proximidade e a conexão direta com D'us. Este tipo de alegria não precisa de proteções e, portanto, não são necessários "símbolos" em Shemini Atseret.
 
Este é o motivo pelo qual nossos sábios fixaram em Shemini Atseret o dia de Simchá Torá, pois a forte conexão entre D'us e o povo judeu, expressão do Seu amor pelo Seu povo, se dá através da Torá. A Torá, portanto, representa a conexão espiritual intensa de Shemini Atseret e a fonte da nossa alegria verdadeira e duradoura.
 
Assim podemos entender também o ensinamento do Talmud, de que D'us pediu para que fizéssemos apenas uma pequena refeição em Shemini Atseret. Normalmente o propósito de uma refeição é criar um sentimento de amor entre os convidados e o dono da festa. Porém, quando já se trata de pessoas queridas, não são necessárias ações externas para aumentar o amor entre elas, pois o contato e o vínculo já são o motivo do amor por si só. É por isso que, tendo a Torá como fonte da nossa conexão com D'us, não precisamos de outros meios para aumentar a nossa conexão. A pequena refeição é suficiente para ressaltar o amor e o vínculo existentes. E esta refeição não é uma despedida, e sim uma demonstração do incrível amor entre D'us e o povo judeu.
 
De acordo com o Rav Dovid Biderman Milelov zt"l (Polônia, 1746 - 1814), há também outra forma incrível de entender as palavras de Rashi. Durante as Festas, há uma grande união de todo o povo judeu. Eles se sentam e comem juntos, sem nenhum tipo de separação. O Talmud (Nidá 34a) afirma que durante as Festas, os nossos sábios consideraram a impureza de um "Am Haaretz" (um ignorante, que não conhece as leis da Torá e não se cuida em relação às fontes de impureza) como sendo pura, baseado em um versículo que diz: "E todos os homens de Israel se reuniram na cidade, como um só homem, unidos (chaverim)" (Juízes 20:11). Isto significa que quando todo o povo se reúne em um lugar, com um único propósito, como nas Festas de peregrinação ao Beit HaMikdash, a Torá considera todos "cḥaverim". A expressão "chaverim" pode significar "amigos, unidos", mas também pode significar alguém que é sábio, conhecedor das leis da Torá. Isto permite que, durante as Festas, todos possam sentar-se juntos para comer, sem que os sábios tenham que se preocupar com a possibilidade de os ignorantes impurificarem seus utensílios. Porém, assim que as Festas terminam, os judeus se separam, voltam às suas vidas normais e as pessoas já não comem mais juntas. É por isso que D'us diz "É difícil para Mim a partida de vocês". Isto se refere à separação entre as pessoas, a desunião do povo. D'us então nos pede mais um dia de união, para que Ele possa sentir a alegria de ver seus filhos sentados juntos, unidos.
 
A entrega da Torá no Monte Sinai foi um momento de incrível união do povo judeu, estavam "como um só homem, em um só coração". É este sentimento que tentamos resgatar em Shemini Atseret e Simchá Torá: a união, o sentimento de irmandade, de preocupação mútua. E este sentimento deve ser levado para todo o ano. Como um pai que se alegra quando vê seus filhos unidos, D'us também se alegra quando vê Seu povo unido. Esta é a garantia da alegria verdadeira e da nossa conexão espiritual. Unidos, podemos servir D'us de verdade.
 

SHABAT SHALOM E CHAG SAMEACH
 

R' Efraim Birbojm

 

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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

ALEGRIA E AMOR NA TRANSMISSÃO DA TORÁ - SHABAT SHALOM M@IL - SUCÓT 5781

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BS"D

ALEGRIA E AMOR NA TRANSMISSÃO DA TORÁ - SUCÓT 5781 (02 de setembro de 2020)

 
Certa vez um homem foi desabafar com o Rav Shlomo Zalman Auerbach zt"l (Israel, 1910 - 1995). Ele estava muito chateado de ver que, apesar do seu amor pela Torá e pelas Mitzvót, nenhum dos seus filhos havia se interessado pelo estudo da Torá. Porém, o que mais o chateava era que todos os filhos do seu vizinho, um homem simples e de pouco estudo, haviam se tornado aplicados estudantes de Torá. O Rav Shlomo Zalman, com visível sofrimento no rosto, explicou:
 
- Você sabe qual é a diferença entre você e o seu vizinho? Na sua mesa de Shabat, sobre o que você conversa com a sua família? Você fala mal deste rabino, critica abertamente aquele outro rabino, sempre encontra algum ponto negativo para questionar em relação aos grandes líderes de Torá do povo judeu. É por isso que seus filhos pensam: "Se é para ser assim, não tem nenhum sentido se dedicar para estudar Torá".
 
- Por outro lado - continuou o Rav Shlomo Zalman - quando seu vizinho se senta na mesa de Shabat com a família, sobre o que ele fala? Ele louva os estudantes de Torá, honra os líderes do povo judeu e fala com respeito em relação aos ensinamentos dos rabinos. É por isso que os filhos dele dizem: "É neste caminho que nós queremos seguir, queremos ser estudantes de Torá".
 
O Rav Shlomo Zalman estava transmitindo àquele homem que quando nos sentamos com nossas famílias na mesa, em especial no Shabat e nos Chaguim, apesar de parecer apenas um momento de relaxamento e descontração, é uma ocasião na qual podemos transmitir as mensagens mais importantes da vida.

Após passarmos pelo julgamento de Rosh Hashaná e a purificação de Yom Kipur, nos aproximamos da próxima festividade judaica, a Festa de Sucót, também conhecida como "Zman Simchateinu" (A época da nossa alegria), que neste ano se inicia junto com o próximo Shabat. O que fazemos em Sucót? Vivemos por uma semana na Sucá, uma cabana temporária, realizando diversas Seudót (refeições festivas) e nos alegrando. Porém, será que depois daquelas Festas tão solenes, como Rosh Hashaná e Yom Kipur, não deveríamos fazer algo mais elevado do que simplesmente sentarmos na mesa com nossas famílias, para comer, cantar e nos alegrar?
 
Para entender o verdadeiro valor de Sucót, precisamos voltar a como era sua comemoração na época em que o Beit Hamikdash ainda existia. Naqueles dias, uma das marcas da Festa de Sucót era uma cerimônia chamada "Simchá Beit HaShoevá" (Alegria da retirada da água). Durante todo o ano, quando um sacrifício era oferecido no altar, ele era acompanhado por libações de vinho, derramadas sobre o altar de sacrifícios. Em Sucót, mais um Serviço era acrescentado: a água também era derramada sobre o altar, em uma cerimônia especial. Todas as manhãs de Sucót, ao amanhecer, um grupo de Cohanim e Leviim descia até o riacho de Shiloach, que corria ao sul do Monte do Templo, e retirava de lá três medidas de água, que era derramada no altar após o Korban Tamid (sacrifício diário). A chegada ao Templo com a água era acompanhada por toques de trombeta e muita alegria.
 
Esta alegria se estendia durante o dia e, durante todas as noites, Tzadikim dançaram segurando tochas, faziam malabarismos e os Leviim tocavam músicas, enquanto o povo assistia com entusiasmo. Depois que eles haviam recebido sobre si mesmos, em Rosh Hashaná e Yom Kipur, melhorar e corrigir seus atos, a Simchá Beit HaShoevá vinha para alegrar o coração do povo. Quando os corações estavam abertos pela alegria, então eram faladas palavras de louvor sobre os Tzadikim e aproveitavam o momento para transmitir mensagens de Teshuvá ao povo. O Talmud (Sucá 53a) ensina que eles costumavam dizer frases como: "Louvado é aquele que não transgrediu. E aquele que transgrediu, que se arrependa e volte ao caminho correto, e assim será perdoado".
 
Na Simchá Beit HaShoevá participavam também as crianças e, por isso, era comum ser anunciado: "Louvados são os filhos que não envergonham seus pais". Era uma forma de ensinar às crianças que quando elas andavam nos caminhos corretos, isto causava uma grande alegria aos seus pais. Aquelas palavras, que vinham em um momento de grande alegria, penetravam fundo no coração das crianças e ajudava que pudessem se tornar pessoas corretas e tementes a D'us.
 
Explica o Rebe de Kalev que a transmissão de mensagens de crescimento espiritual em momentos de alegria é um dos grandes segredos da Festa de Sucót até hoje em dia, mesmo que não tenhamos mais a Simchá Beit HaShoevá no Templo. Durante as Seudót do Chag, a comida saborosa e o ambiente relaxado trazem uma grande alegria e paz de espírito. Nestas condições, o coração das pessoas fica mais aberto e propenso a receber conselhos. A mesa torna-se, portanto, um importante local de crescimento espiritual, a ponto de o Talmud (Brachót 55a) afirmar que, durante todo o tempo em que o Beit Hamikdash estava de pé, o altar de sacrifícios era responsável pela expiação de todas as transgressões do povo judeu. Porém, após a destruição do Beit Hamikdash, nossa mesa se tornou a responsável pela expiação das nossas transgressões. Através de uma Seudá feita de modo apropriado, as pessoas podem se elevar e se conectar a D'us como se tivessem oferecido um sacrifício no altar.
 
Porém, o que significa "uma Seudá feita de modo apropriado"? Além de obviamente conter comidas que são Kasher, também é importante que os assuntos discutidos na mesa sejam "Kasher", conforme ensinam nossos sábios: "Três pessoas que comem juntas na mesma mesa e falam palavras de Torá, é considerado como se tivessem comido na mesa de D'us" (Pirkei Avót 3:3). O Talmud (Brachót 64a) afirma que "Aquele que participa de uma Seudá junto com um grande estudioso de Torá é como se tivesse desfrutado do resplendor da Presença Divina", pois as palavras de santidade que um sábio pronuncia durante uma refeição causam um impacto muito positivo sobre todos os que estão presentes, fazendo com que se aproximem um pouco mais de D'us.
 
Portanto, as Seudót das nossas Festas são uma enorme oportunidade de sentarmos junto com nossas famílias, de cantarmos músicas alegres, falarmos palavras de agradecimento e nos aprofundarmos nos conhecimentos da Torá. Isto desperta uma enorme alegria em nossos corações, nos eleva espiritualmente e cria um ambiente de santidade. Como é um momento no qual os relacionamentos familiares são reforçados, torna-se uma ocasião propícia para que os pais possam educar seus filhos, como ocorria durante a Simchá Beit HaShoevá. É um momento precioso, que deve ser muito bem planejado e aproveitado.
 
Ao mesmo tempo em que devemos nos esforçar para santificar a nossa Seudá, é fundamental nos afastarmos neste momento tão especial de qualquer tipo de conversa negativa, como conversas de vanidades, Lashon Hará, diminuição da honra dos grandes sábios de Torá ou queixas em relação ao cumprimento de Mitzvót. O Talmud (Sucá 56b) conta a história de uma jovem moça judia, chamada Miriam bat Bilga, filha de um Cohen, que acabou afastando-se dos caminhos da Torá e casou-se com um militar grego. Quando os gregos finalmente conseguiram conquistar e entrar no Beit Hamikdash, ela chutou o altar e disse: "Lobo, lobo, até quando você vai consumir o dinheiro do povo judeu?". O Talmud nos ensina que quando os sábios a escutaram pronunciando esta frase, toda a família dela também foi castigada. Mas o que a família havia feito de errado? Quando um filho diz algo em público, certamente ele aprendeu estas palavras de seu pai ou de sua mãe. Por que Miriam bat Bilga queixou-se do altar? Pois certamente havia escutado seus pais reclamando de terem gastado muito dinheiro com os sacrifícios oferecidos. E certamente esta foi a causa da terrível queda espiritual dela.
 
Talvez um dos maiores desafios atuais é educar nossos filhos para que andem nos caminhos corretos. Estamos diante de uma geração muito sensível, que não está pronta a ouvir críticas e que não consegue se construir através de repreensões. Em nossa geração devemos ser muito cuidadosos para não repreendermos as pessoas com palavras críticas e duras, e sim devemos nos esforçar para nos dirigirmos a elas com suavidade, tentando nos aproximar de seus corações com amor e compreensão. Atualmente a fórmula mais indicada de educação é através dos elogios, de procurar as qualidades positivas nos nossos filhos e, com alegria e amor, despertar a vontade de andar nos caminhos de D'us.
 
Desta maneira entendemos a importância de Sucót, o Zman Simchateinu, em nossas vidas. É justamente dentro deste clima de alegria, durante as Seudót de Sucót, que podemos completar o trabalho de conserto dos nossos atos que começamos em Rosh Hashaná. É o momento das famílias se unirem, de estudarem na mesa assuntos de santidade, escutarem as histórias incríveis dos grandes líderes do povo judeu, que nos inspiram e nos motivam a querer crescer. Durante as Seudót do Chag podemos colocar no coração dos nossos filhos o amor pela Torá e pelas Mitzvót. Como fazemos isto? Ao invés de reclamar diante dos filhos do preço dos Arbaat HaMinim, podemos agradecer a D'us por termos condições financeiras de cumprir as Mitzvót. Ao invés de reclamar aos nossos filhos que estamos cansados por termos montado a Sucá e preparado toda a comida do Chag, podemos agradecer por D'us ter nos dado força. Assim estaremos injetando no coração dos nossos familiares a alegria e o amor pelas Mitzvót. Amor que será responsável para que a Torá seja transmitida para as futuras gerações.
 

SHABAT SHALOM E CHAG SAMEACH
 

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