quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

NEM TUDO É O QUE PARECE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIESHEV E CHANUKÁ 5780






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PARASHAT VAIESHEV 5780:

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ASSUNTOS DA PARASHAT VAIESHEV
- Yaacov se assentou em Eretz Knaan.
- Yossef fala mal dos irmãos (Mulheres, Escravos, Shechitá).
- 2 sonhos de Yossef: trigos e estrelas.
- Yossef sai para procurar seus irmãos, a pedido de Yaacov, e encontra homem no caminho.
- Irmãos de Yossef querem matá-lo.
- Por sugestão de Reuven, Yossef é jogado no poço.
- Reuven se ausenta.
- Por sugestão de Yehudá, Yossef é vendido como escravo e levado ao Egito em caravana de especiarias.
- Yehudá e Tamar.
- Yossef é vendido ao Potifar.
- A esposa do Potifar e a tentação de Yossef.
- Yossef é enviado para a prisão.
- Yossef interpreta os sonhos dos dois prisioneiros.
- A interpretação de Yossef se cumpre.

NEM TUDO É O QUE PARECE - PARASHAT VAIESHEV E CHANUKÁ 5780 (20 de dezembro de 2019)

Avraham, um judeu norte-americano, estava com muitas dificuldades financeiras. Ele precisava de 50 mil dólares e conseguiu este valor emprestado em um Gmach (instituição que faz empréstimos por bondade). Avraham combinou com o responsável pelo Gmach que pagaria em dez vezes. Ele deixou dez cheques de 5 mil dólares, mas pediu para que não fossem descontados, pois viria todo mês pagar em dinheiro e levaria o cheque. Assim foi durante dois meses. Porém, no terceiro mês, o responsável se confundiu e depositou o cheque dele.

Enquanto isto, Avraham estava viajando de carro em uma estrada distante, pouco movimentada, quando viu que o tanque estava quase vazio. Entrou no posto de gasolina mas, para sua surpresa, quando foi passar o cartão de crédito na máquina, a transação não foi aceita. Imediatamente ele ligou para a empresa do cartão de crédito e descobriu, para o seu desespero, que o cheque de 5 mil dólares havia sido depositado, deixando a sua conta negativa e causando com que o banco automaticamente bloqueasse seu cartão. E agora, como ele faria para reabastecer o carro, no meio do nada, sem nenhum centavo na carteira?

Avraham começou a procurar desesperadamente por algum dinheiro perdido no carro. Procurou no porta-luvas, no porta-malas, embaixo dos bancos. Conseguiu, depois de muito esforço, encontrar 23 dólares. Ele chamou o frentista e pediu para que colocasse vinte e três dólares de gasolina, o suficiente para chegar em casa ou a algum lugar mais habitado. Enquanto o frentista se prepara para encher seu tanque, ele comentou com Avraham que havia visto sua movimentação anormal, abrindo e fechando as portas do carro, e perguntou se estava tudo bem. Avraham contou o que havia acontecido. O frentista ficou maravilhado com a reação de Avraham, afirmando que se o mesmo tivesse acontecido com ele, teria entrado em pânico. Quis saber qual era o segredo para ter mantido a calma.

- Eu tenho fé - respondeu Avraham - Eu sei que tudo aquilo que D'us faz é para o bem. Obviamente fiquei preocupado com o problema, mas com a tranquilidade de que há alguma bondade escondida no que ocorreu.

- Então eu tenho algo que pode lhe interessar - disse o frentista - Eu vendo "raspadinhas da sorte" por 3 dólares. Por que você não coloca apenas 20 dólares de gasolina no carro e compra uma raspadinha?

Avraham pensou um pouco e decidiu arriscar. Quando raspou o cartão, descobriu que estava premiado. Era um prêmio de 50 mil dólares..." (História Real)

O que teria acontecido se Avraham tivesse passado o cartão e a transação fosse aceita? Ele teria seguido a viagem e nunca teria recebido todo aquele dinheiro. O que parecia algo ruim era, na realidade, o início de algo muito bom. Assim devemos enxergar nossas vidas, sempre com olhos positivos e com muita Emuná (fé).

Nesta semana lemos a Parashat Vaieshev (literalmente "E se assentou"), que descreve a história de Yossef, filho do nosso patriarca Yaacov, que passou por muitos altos e baixos em sua vida. Ele foi vendido como escravo ao Egito pelos seus próprios irmãos, acusado de querer roubar a primogenitura, e foi comprado por Potifar, um ministro do Faraó. Acabou tornando-se a segunda pessoa mais importante na casa de Potifar, mas foi injustamente acusado de tentar atacar sua esposa e acabou preso por 12 anos. Da prisão, ele saiu para interpretar os sonhos do Faraó e se tornar o vice-rei do Egito.

Porém, precisamos nos aprofundar na história de Yossef. Se pudéssemos congelar a cena dele sendo acorrentado e levado como escravo ao Egito, o maior centro de idolatrias e promiscuidade da época, certamente enxergaríamos como sendo algo muito ruim, uma terrível tragédia. Yossef havia sido vendido pelos seus próprios irmãos e ficaria longe de seu querido pai, em uma terra estranha. Será que havia algo de positivo no que estava acontecendo?

Já na Parashat Vaigash, que lemos daqui a duas semanas, há outra cena marcante. Yossef finalmente se reencontra com o seu pai. Se também pudéssemos congelar esta cena, certamente enxergaríamos como algo muito bom, uma imensa alegria. Pai e filho estavam se reencontrando após 22 anos. Naquele momento Yossef já havia se tornado um homem muito poderoso, o vice-rei do Egito, e Yaacov foi tratado com todas as honras reais. Será que havia algo de negativo no que estava acontecendo?

A resposta é que da história de Yossef aprendemos como somos limitados e o quanto não enxergamos as bondades de D'us quando elas parecem ocorrências negativas aos nossos olhos, e o quanto não percebemos que o que parece ser bom aos nossos olhos pode ser, na realidade, algo que terá futuras consequências negativas.

A venda de Yossef parecia realmente ser algo muito ruim e negativo. Porém, na realidade, era a preparação para que ele viesse a se tornar a segunda pessoa mais importante no comando do Egito. Ele se tornaria o encarregado de administrar a economia do país e o responsável por estocar comida nos anos de fartura para os anos de fome que assolariam a Terra de Israel e o Egito. Foi por causa de sua venda como escravo que Yossef pôde alimentar seu pai e seus irmãos durante os anos de fome, garantindo a continuidade do povo judeu.

Ao contrário, quando Yaacov foi ao Egito para se reencontrar com Yossef, o que parecia ser algo muito bom, era, na realidade, o início da terrível escravização do povo judeu, um processo doloroso que duraria 210 anos e seria uma época de muita tristeza e sofrimento.

Os seres humanos sofrem de uma terrível doença, a "Síndrome do buraco da fechadura". Vemos as ocorrências em nossas vidas de forma limitada, como alguém que entende o que ocorre dentro de uma casa olhando apenas através do pequeno buraco da fechadura. Não é provável que esta pessoa chegará constantemente a conclusões equivocadas em relação ao que realmente está acontecendo dentro da casa? Da mesma maneira, nenhum ser humano possui o conhecimento infinito que lhe permite conhecer as consequências finais de cada ação. Portanto, quando uma situação aparenta ser extremamente negativa, não devemos nos desesperar, pois D'us está preparando algo muito bom para o futuro. De modo semelhante, quando as coisas aparentam estar indo muito bem, não devemos nos tornar arrogantes, pois não sabemos o que o futuro nos reserva.

Ao internalizar esta atitude, evitaremos muitos sofrimentos desnecessários. Por exemplo, uma grande fonte de sofrimentos são as situações nas quais tudo parece dar errado. Devemos sempre confiar em D'us e dizer para nós mesmos diante de uma situação difícil: "Provavelmente verei no futuro como o que está acontecendo agora foi bom para a minha vida". Esta atitude de equilíbrio também nos ajuda a evitarmos um sentimento de euforia extrema quando as coisas aparentam estar indo muito bem, pois a euforia facilmente leva à depressão caso a situação mude no futuro. Ao evitar reações extremas, seremos capazes de lidar melhor com as instabilidades da vida. Esta foi a receita de Yossef, que nunca se desesperou diante das dificuldades e nunca permitiu que o sucesso subisse à sua cabeça quando estava no topo.

O Chafetz Chaim zt"l (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933) dizia que as pessoas se enganam muito ao ficarem sempre reclamando dos acontecimentos em suas vidas, pois se fossem pacientes, veriam como as coisas são realmente para o seu benefício. Ele contava o caso de um rabino que precisou abandonar a cidade onde vivia devido a uma briga que ocorreu lá. Sem escolha, ele precisou morar em uma cidade pequena, muito diferente do que havia planejado para sua vida. Por anos ele ficou questionando aquele acontecimento, procurando os motivos pelos quais ele precisou sair de sua cidade e ir para um lugar estranho. Anos mais tarde ficou claro que sua mudança para aquela cidade teve um efeito muito positivo na educação dos seus filhos, que não estavam tendo um bom comportamento na cidade grande. À primeira vista parecia ter sido algo ruim, mas, com o tempo, verificou-se que aquela mudança foi o melhor que poderia ter ocorrido. De forma similar, quando o Rav Israel Salanter zt"l (Lituânia, 1810 - Prússia, 1883) estava doente e alguém perguntava se ele estava melhor, ele respondia: "Que diferença faz se a situação está melhor ou pior? O que D'us deseja é sempre o melhor".

Este conceito se conecta com a próxima Festa do Calendário Judaico, Chanuká, quando revivemos dois grandes milagres: o óleo da Menorá, suficiente para um único dia, mas que durou 8 dias, e a vitória na batalha contra os gregos, o maior império da época. Porém, como pode ser que D'us, em Sua bondade infinita, permitiu que os gregos dominassem Jerusalém e impurificassem o nosso Beit Hamikdash (Templo Sagrado)? Onde estava a bondade neste caso? A resposta é que, olhando só para aquele momento, realmente a bondade parece não existir. Porém, olhando também para o passado e o futuro, tudo fica claro. O povo judeu estava caindo espiritualmente cada vez mais, em um lento processo de assimilação, que certamente levaria ao fim do judaísmo, como ocorreu com tantos outros povos que se assimilaram e desapareceram. Mesmo as pessoas que cumpriam as Mitzvót faziam sem um brilho nos olhos. Então chegaram os gregos e, com violência, proibiram os judeus de cumprir as Mitzvót. Os judeus, antes tão sonolentos e sem vontade, se levantaram como leões e lutaram pela Torá e suas Mitzvót, dispostos a entregar suas próprias vidas. A invasão dos gregos, portanto, foi algo bom, pois despertou o povo judeu e o trouxe de volta ao caminho da Torá.

A preocupação vem de acharmos que somos nós que estamos no comanda da situação. A tranquilidade vem de sabermos que é D'us quem está sempre no comando de todas as situações e que tudo é fruto da Sua bondade infinita, de Alguém que conhece presente, passado e futuro, e que sempre quer o melhor para cada um de nós.
      
SHABAT SHALOM E CHANUKÁ SAMEACH

R' Efraim Birbojm

Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

ARRANCANDO AS MÁS INCLINAÇÕES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAISHLACH 5780






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ARRANCANDO AS MÁS INCLINAÇÕES - PARASHAT VAISHLACH 5780 (13 de dezembro de 2019)

"Quando Rafael era graduando na faculdade de psicologia, aprendeu uma lição que nunca mais esqueceu. No último dia de aula, uma professora subiu ao palco para ensinar uma lição final, que ela chamou de "lição sobre o poder da perspectiva". Como ela mostrou um copo de vidro, todos esperavam que ela mencionaria a típica metáfora do "copo meio vazio ou meio cheio". Porém, ao invés disso, com um sorriso, a professora perguntou:

- Quanto vocês acham que pesa este copo de vidro que eu estou segurando?

Os alunos começaram a gritar diferentes respostas, que iam desde alguns poucos gramas a até quase um quilo. Depois de deixar que todos dessem sua resposta, ela balançou a cabeça negativamente e disse:

- Acho que todos vocês erraram. Segundo meu ponto de vista, o peso absoluto deste copo é, na verdade, irrelevante. Tudo depende de quanto tempo eu vou segurá-lo. Se eu segurar por um minuto, ele é bem leve. Se eu segurá-lo por uma hora, seu peso pode fazer meu braço doer. Se eu segurá-lo por um dia inteiro, em algum momento meu braço vai se sentir entorpecido e paralisado, forçando-me a soltar o vidro no chão. Em cada caso, o peso absoluto do vidro não muda, mas quanto mais tempo eu segurá-lo, mais pesado ele será sentido.

A maioria dos estudantes não entendeu qual era a mensagem que ela queria transmitir. Então ela continuou:

- Esta é uma das lições mais importantes para suas vidas. Suas preocupações, frustrações, decepções e pensamentos estressantes são muito parecidos com este copo de vidro. Pense neles apenas por um instante e nada ruim vai acontecer. Pense neles um pouco mais e você começará a sentir uma dor perceptível. Pense neles o dia todo e você vai se sentir entorpecido e paralisado, incapaz de fazer qualquer outra coisa até soltá-los."

O mesmo se aplica aos nossos traços de caráter negativos. Quando repetimos más condutas, mesmo que seja com as melhores intenções, elas vão se tornando mais pesadas em nossas vidas. Afaste-se dos maus atos.

Nesta semana lemos a Parashat Vaishlach (literalmente "E enviou"), que descreve o reencontro dos irmãos, Yaacov e Essav. Yaacov havia fugido para esperar que a fúria de Essav se esfriasse, após ele ter recebido, com astúcia, a Brachá de primogenitura no lugar do seu irmão. Mesmo que já haviam se passado 36 anos, Yaacov preferiu enviar mensageiros para saber o que esperar do reencontro. As notícias não eram boas. Essav vinha acompanhado de 400 homens armados. Não era uma comitiva de boas vindas, e sim uma declaração de guerra.

A Torá descreve a reação de Yaacov diante das informações trazidas: "E Yaakov sentiu medo e ficou angustiado" (Bereshit 32:7). Mas por que a Torá utiliza duas expressões, medo e angústia? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que Yaakov sentiu medo de que ele ou alguém de sua família fossem mortos na guerra, mas sentiu angústia por ser forçado a possivelmente matar outros durante a batalha.

Porém, esta explicação de Rashi levanta um questionamento. Yaacov era um homem de paz. Ele não estava começando uma guerra, ele estava apenas defendendo sua família da agressão de 400 Reshaim (perversos). Esta não era uma oportunidade para livrar o mundo do mal? Então por que ele sentiu-se angustiado?

Explica o Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) que a resposta deste questionamento está em um interessante ensinamento do Talmud (Brachót 10a). Na época do Rabi Meir, um dos maiores sábios do Talmud, havia um grupo de Reshaim que o importunavam constantemente. O Rabi Meir passou então a rezar para que eles morressem. Porém, Bruria, sua esposa, discordou dele e disse: "Não é melhor rezar para que os malfeitores se arrependam do que rezar para que eles morram?". Foi neste sentido que Yaakov ficou angustiado. Obviamente ele queria acabar com o mal do mundo. O tempo inteiro ele se envolvia em esforços para transformar o mundo em um lugar melhor. Porém, a angústia era saber que, naquele momento, a forma de acabar com o mal seria através da morte de pessoas, e não do arrependimento delas. Isto lhe doeu muito.

Existe uma famosa pergunta filosófica: será que os fins justificam os meios? Em outras palavras, será que podemos tomar atitudes que não são completamente corretas se o propósito for alcançar um objetivo maior? Por exemplo, uma pessoa que rouba para ajudar os necessitados está fazendo algo correto? O Talmud (Nazir 10b) ensina que uma transgressão "Leshem Shamaim", isto é, com intenções puras e com o objetivo de fazer algo bom, tem o mesmo nível de uma Mitzvá feita com segundas intenções (isto obviamente não se aplica nos nossos dias, já que não temos mais nível espiritual para fazermos uma "transgressão Leshem Shamaim"). Porém, se esta afirmação é verdadeira, então por que nossos sábios do Talmud aconselhavam a pessoa a se envolver com Mitzvót, mesmo com segundas intenções, e não a fazer transgressões com intenções nobres?

Responde o Gaon MiVilna (Lituânia, 1720 - 1797) que, embora o resultado em ambos os casos possa ser o mesmo, quando a pessoa faz Mitzvót sem a intenção adequada, ao menos isto condiciona a pessoa a cumprir Mitzvót e, eventualmente, ela chegará a cumprir as Mitzvót com intenções corretas. Por outro lado, ao fazer um ato que normalmente é uma transgressão, mesmo que seja com boas intenções, a pessoa acaba se condicionando a fazer transgressões. Provavelmente, das próximas vezes o mau ato virá sem a intenção adequada. É isto que nos ensina a angústia de Yaacov. Mesmo quando há justificativas para cometer um "mau ato", ainda assim há um perigo inerente no uso de métodos normalmente associados a valores negativos.

É por isto que, imediatamente após D'us nos ordenar a destruirmos uma cidade na qual a maioria dos habitantes inclinou-se à idolatria, Ele garante que nos dará o atributo da misericórdia, como está escrito: "Para que D'us possa voltar atrás de Sua fúria e possa lhe conceder misericórdia" (Devarim 13:18). Segundo o Chafetz Chaim (Bielorrússia, 1838 - Polônia, 1933), uma vez que cumprir a Mitzvá de matar pessoas, mesmo sendo graves transgressores, pode induzir uma pessoa a ser cruel e impiedosa, então logo em seguida D'us nos promete uma Brachá especial de misericórdia, para neutralizar os efeitos negativos do "mau ato".

Nossos sábios vão além e afirmam que uma pessoa é punida caso tenha causado dor e incômodo a outra pessoa no momento em que cumpre uma Mitzvá, caso houvesse a possibilidade de ter feito a Mitzvá de forma que trouxesse menos incômodo. O ato de Yaakov, de receber as Brachót no lugar do irmão com astúcia, causou muito sofrimento a Essav, fazendo com que ele chorasse e gritasse de forma amarga. Este grito encontrou sua "vingança" centenas de anos depois, quando um descendente de Essav, Haman, fez com que Mordechai, um descendente de Yaacov, desse um grito amargo, quando o povo judeu estava sob o risco de extermínio.

Explica o Rav Zev Leff que foi por este motivo que Yaakov repreendeu Shimon e Levi quando eles resgataram Diná das mãos do príncipe de Shechem. Eles usaram métodos típicos de Essav, o assassinato e a enganação. Parte do conserto para as manchas negativas deixadas por este ato foi que os descendentes de Levi se tornaram professores de crianças. Levi cometeu o erro de pensar que os fins justificam os meios. Na educação das crianças, exatamente o oposto é verdadeiro. Quando ensinamos uma criança a cumprir Mitzvót, não estamos preocupados com o fim, a Mitzvá, pois os atos da criança ainda não são contados. Estamos preocupados com os meios, o desempenho das ações. Estas ações de Mitzvá, que um pai está obrigado a educar seu filho, condicionam a criança a agir de forma semelhante quando ela crescer. A Mitzvá de "Chinuch Banim" (educar as crianças) é, portanto, a antítese da ideologia equivocada de que os fins justificam os meios.

Além disso, se alguém utilizar meios impróprios para fazer um bom ato, corre o grande risco de ser punido caso suas intenções não sejam completamente puras. Uma vez que a ação por si só é uma transgressão, e é apenas a intenção que pode transformá-la em uma Mitzvá, caso falte a intenção boa, a ação se torna uma transgressão total. Quando Pinchás matou Zimri e Kozbi, por profanarem publicamente o nome de D'us, foi necessário D'us testemunhar pessoalmente que as intenções de Pinchás eram completamente puras, respondendo à queixa das tribos de que ele era um assassino. Se seu ato tivesse sido motivado por qualquer outra intenção, então ele teria sido de fato um assassino. O Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) ressalta que, mesmo quando um criminoso era executado pelo Tribunal Rabínico, a pena deveria ser infligida com a única intenção do cumprimento do comando de D'us, e não por qualquer desejo pessoal de vingança.

A Amidá originalmente era composta por 18 Brachót, mas posteriormente mais uma Brachá foi acrescentada. Nesta Brachá, chamada "Velamalshinim" (delatores), pedimos que D'us destrua os hereges e delatores. Esta Brachá foi adicionada devido à perseguição física e espiritual que os judeus estavam sofrendo nas mãos de perversos. O sábio escolhido para compor esta Brachá foi Shmuel HaKatan, o mesmo sábio que ensinava: "Quando seu inimigo cair, não se alegre" (Pirkei Avót 4:19). Apenas uma pessoa com sentimentos puros em relação a seus inimigos poderia compor uma Brachá pedindo a destruição dos perversos.

Antes de usarmos a violência para destruir o mal do mundo, devemos nos certificar de que estamos agindo "Leshem Shamaim". Na dúvida, é melhor tentarmos através do amor e da simpatia para, desta maneira, trazer de volta nossos irmãos que estão distantes da Torá e da Mitzvót.
      
SHABAT SHALOM
               
R' Efraim Birbojm

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

QUEM QUER VIVER PARA SEMPRE? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIETSÊ 5780






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QUEM QUER VIVER PARA SEMPRE? - PARASHAT VAIETSÊ 5780 (06 de dezembro de 2019)

Havia uma pequena cidade no Oriente Médio que era famosa por sua deliciosa carne de cervo. As pessoas viajavam de várias partes do mundo somente para poder provar aquele sabor tão delicioso e especial.

O povo judeu, ao sair do Egito, acampou no deserto, em um local não muito distante desta cidade. Os judeus também escutaram sobre aquela carne gostosa e tiveram desejo de saboreá-la. Alguns judeus pensaram que talvez não haveria problema em desviar-se um pouco da rota para poder ir a esse lugar e desfrutar da famosa carne de cervo. Porém, necessitavam da aprovação de Moshé, já que o povo não fazia nada sem o seu consentimento. Mas ninguém tinha coragem de falar com Moshé, com medo que ele ficaria bravo com o pedido. Quando alguém finalmente tomou coragem, Moshé negou o pedido. Por mais que tentassem convencê-lo de que valeria a pena, não conseguiram. Até que um deles disse a Moshé:

- Por favor, Moshé, nos explique por que não podemos ir. O que há de errado? É proibido ter um pouco de prazer na vida?

Moshé, com enorme paciência, respondeu:

- Vou explicar para vocês. Todos os dias de manhã, cai no nosso acampamento o Mán, um "alimento do céu". Mesmo que já estamos acostumados, é um milagre que se renova todos os dias. O Mán que os judeus não recolhem, conforme os raios do sol começam a brilhar, se derrete e forma um pequeno riacho, que flui para um rio. Então os cervos daquela cidade bebem a água deste rio e, consequentemente, parte do Mán derretido entra em seus corpos. É por isso que as pessoas desfrutam tanto do sabor desta carne. Porém, vocês têm o Mán original, fresco, que cai todas as manhãs. Então porque desejam tanto ir até lá, para comer resíduos?"

Também nós muitas vezes buscamos a felicidade, o melhor modo de viver ou o propósito de nossas vidas em lugares distantes e em outras culturas. Inclusive até sacrificamos coisas para isso. Porém, infelizmente, não nos damos conta que dentro da Torá podemos encontrar todos os prazeres e todas as respostas que buscamos.


O primeiro livro da Torá, Bereshit, se alonga na descrição dos detalhes da vida dos nossos patriarcas, Avraham, Ytzchak e Yaacov, pois a partir do comportamento deles podemos aprender muito sobre o que D'us espera de nós. Assim ensinam os nossos sábios: "Sobre três pilares o mundo se sustenta: sobre a Torá, sobre o Serviço Divino e sobre o Chessed (atos de bondade)" (Pirkei Avót 1:2). Os nossos três patriarcas representam estes três pilares do mundo. Avraham representa o Chessed, o que fica claro através dos incríveis atos de bondade que ele fazia constantemente, com perfeição e dedicação. Yiztchak está associado ao Serviço Divino, em especial representado pelos "Korbanót" (oferendas). Isto fica claro através do seu incrível ato de ter aceitado, com amor, ser sacrificado a D'us por seu pai (mesmo que, no final, o ato não tenha ocorrido). Já Yaacov representa a Torá. Porém, qual é a conexão entre Yaacov e a Torá? Que aspectos da sua vida demonstram esta conexão?

A resposta está na Parashat desta semana, Vaietsê (literalmente "E saiu"). Yaacov havia recebido a Brachá da primogenitura de seu pai, no lugar de seu irmão Essav, já que Essav havia vendido a ele a primogenitura. Essav sentiu tanto ódio de Yaacov que queria matá-lo. Rivka aconselhou seu filho a viajar para Haran, a sua cidade natal, para esperar esfriar a fúria de Essav. Além disso, ele poderia aproveitar para procurar uma esposa. E Yaacov fez conforme sua mãe o havia instruído, saindo de Beer Sheva e viajando em direção a Haran.

Porém, nossos sábios explicam que Yaacov não foi direto a Haran. Ele sabia das dificuldades que encontraria na casa de seu tio Lavan, um homem extremamente desonesto. Por isso, ele se preparou espiritualmente para os futuros desafios. Ele passou 14 anos estudando, dia e noite, no "Centro de Estudos Espirituais" comandado por Shem e Ever, descendentes de Noach, e somente depois disso continuou a viagem. No caminho, ele dormiu em um local sagrado, onde futuramente seria construído o Beit Hamikdash. Rashi explica que o versículo "e deitou-se naquele lugar" (Bereshit 28:11) ensina que naquele momento Yaacov deitou-se para dormir, mas durante os 14 anos em que permaneceu no Centro de Estudos, sua dedicação era tão intensa que ele não chegou a dormir nenhuma vez deitado em uma cama, ele simplesmente descansava algumas poucas horas apoiando a cabeça na mesa de estudos. Desta maneira, entendemos por que Yaacov representa a Torá.

Porém, há outro ponto interessante que conecta Yaacov com a Torá. Quando Yaacov dormiu neste local sagrado, ele teve uma incrível visão, de uma escada que chegava até o Céu, e D'us se revelou a ele. Logo após acordar deste sonho profético, a Torá escreve uma informação aparentemente sem importância: "E (Yaacov) chamou aquele lugar de 'Beit-El' (Casa de D'us). Entretanto, o nome anterior da cidade era Luz" (Bereshit 28:19). Entendemos que o versículo está nos informando o novo nome que Yaacov deu para a cidade. Todos os atos dos nossos patriarcas são repletos de significados profundos, certamente há algo para aprender disso. Porém, o que nos importa o nome anterior da cidade? Provavelmente quem havia dado aquele nome era algum antigo governante da região. Então por que a Torá quis nos informar qual era o nome antigo da cidade?

Quando uma pessoa é chamada para ler a Torá publicamente na sinagoga, ela deve fazer uma Brachá antes da leitura: "Asher Bachar Banu Mikol Haamim Venatan Lanu et Torato" (Que nos escolheu entre todos os povos e nos deu a Sua Torá). É um agradecimento por D'us ter nos escolhido para recebermos a Torá. Porém, mesmo quando a leitura é bem curta, após a leitura fazemos uma nova Brachá de agradecimento: "Asher Natan Lanu Torat Emet Vechaie Olam Natá Betocheinu" (Que nos deu a Torá da Verdade e plantou dentro de nós a Vida Eterna). Mas por que são necessárias duas Brachót de agradecimento, uma após a outra? Entendemos a necessidade da primeira Brachá de agradecimento, é um mínimo de "Derech Eretz" (bons modos) agradecer por algo que recebemos. Porém, por que poucos instantes depois fazer um segundo agradecimento?

Explica o Rav Shlomo Levestein shlita que isto se compara ao comportamento de uma pessoa que recebe uma festa surpresa de aniversário. Vários amigos chegam, trazendo alegria ao aniversariante. Um dos amigos entrega uma sacola com um presente que foi comprado pelos amigos. Dentro, há um pacote embrulhado em um lindo papel de presente, mas não dá para saber o que é. O aniversariante agradece aos amigos, muito emocionado. Mas por que ele agradece, se nem sabe o que tem dentro do pacote? Por Derech Eretz, ele se sente na obrigação de agradecer. Por terem se lembrado do seu aniversário, por terem vindo e por terem gastado dinheiro para comprar um presente. Quando o aniversariante finalmente abre o pacote, alguns instantes depois, ele encontra um livro maravilhoso, um guia que ensina a como se transformar em um ser imortal. A pessoa fica ainda mais feliz com aquele presente incrível e agradece novamente. Porém, este novo agradecimento é diferente do primeiro. É um agradecimento mais profundo, agora por ter entendido o valor do presente.

Um dos grandes sonhos da humanidade é ser imortal. A ciência desenvolve técnicas cada vez mais modernas para retardar o nosso envelhecimento, mas mesmo assim a morte um dia chega para todos nós. Então nos esforçamos para sermos pelo menos "parcialmente imortais". Pessoas tentam entrar para os livros de história, como aquelas que querem gravar seu nome no livro do "Guiness" de recordes. Outros fazem grandes doações, para sinagogas ou hospitais, para serem lembrados nas futuras gerações. As pessoas se casam e têm filhos, entre outros motivos, para deixar no mundo representantes, parecidos conosco, para serem lembrados por mais tempo. Porém, todos sabemos que ninguém vive para sempre de verdade.

Mas havia um lugar no mundo onde as pessoas podiam ser imortais: a cidade de Luz. Era uma cidade na qual o anjo da morte não tinha permissão de entrar. As pessoas, quando atingiam a velhice extrema e já não queriam mais continuar vivos, saíam da cidade para morrer fora dela. Veio então Yaacov e nos ensinou uma incrível novidade: Quer ser imortal? Não precisamos mais da cidade de Luz. Basta construirmos uma "Beit-El", isto é, uma "Casa de D'us". Mas o que significa uma "Casa de D'us"? Não significa apenas o Beit Hamikdash, o nosso Templo Sagrado. Enquanto não temos o mérito de ver a sua reconstrução, a "Casa de D'us" é representada pelo Beit HaKnesset (Sinagoga), pelo Beit Midrash (Centro de Estudos) e pela nossa Bait, a casa onde moramos, que também deve ser uma "Casa de D'us". Através das Mitzvót podemos trazer santidade aos nossos lares. Uma casa com Shabat, com recato, com santidade, protegida das más influências externas, é uma "Casa de D'us". As Mitzvót nos conectam com D'us e, portanto, com a eternidade. Mesmo que um dia o nosso corpo finito vai morrer, as Mitzvót fazem com que a nossa alma viva por toda a eternidade.

Este é o maior presente que D'us nos deu. A partir da entrega da Torá, a eternidade ficou ao nosso alcance. É por isso que, quando alguém vai ler a Torá, faz um primeiro agradecimento com ela ainda fechada. Agradecemos a D'us pela atenção, por ter se lembrado de nós, por ter nos dado um presente. Porém, depois que terminamos a leitura, sabemos o verdadeiro valor daquele presente: as instruções de como sermos imortais. Então precisamos agradecer novamente, agora pelo reconhecimento do valor do incrível presente que recebemos. E este agradecimento vem justamente junto com o reconhecendo que a Torá "planta" dentro de nós a vida eterna. Como ensinam os nossos sábios: "Esta é a Árvore da Vida, para os que se conectam a ela". Que possamos, através das Mitzvót, conquistar a nossa vida eterna.
 
SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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