sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

ARRANCANDO AS MÁS INCLINAÇÕES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAISHLACH 5780






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ARRANCANDO AS MÁS INCLINAÇÕES - PARASHAT VAISHLACH 5780 (13 de dezembro de 2019)

"Quando Rafael era graduando na faculdade de psicologia, aprendeu uma lição que nunca mais esqueceu. No último dia de aula, uma professora subiu ao palco para ensinar uma lição final, que ela chamou de "lição sobre o poder da perspectiva". Como ela mostrou um copo de vidro, todos esperavam que ela mencionaria a típica metáfora do "copo meio vazio ou meio cheio". Porém, ao invés disso, com um sorriso, a professora perguntou:

- Quanto vocês acham que pesa este copo de vidro que eu estou segurando?

Os alunos começaram a gritar diferentes respostas, que iam desde alguns poucos gramas a até quase um quilo. Depois de deixar que todos dessem sua resposta, ela balançou a cabeça negativamente e disse:

- Acho que todos vocês erraram. Segundo meu ponto de vista, o peso absoluto deste copo é, na verdade, irrelevante. Tudo depende de quanto tempo eu vou segurá-lo. Se eu segurar por um minuto, ele é bem leve. Se eu segurá-lo por uma hora, seu peso pode fazer meu braço doer. Se eu segurá-lo por um dia inteiro, em algum momento meu braço vai se sentir entorpecido e paralisado, forçando-me a soltar o vidro no chão. Em cada caso, o peso absoluto do vidro não muda, mas quanto mais tempo eu segurá-lo, mais pesado ele será sentido.

A maioria dos estudantes não entendeu qual era a mensagem que ela queria transmitir. Então ela continuou:

- Esta é uma das lições mais importantes para suas vidas. Suas preocupações, frustrações, decepções e pensamentos estressantes são muito parecidos com este copo de vidro. Pense neles apenas por um instante e nada ruim vai acontecer. Pense neles um pouco mais e você começará a sentir uma dor perceptível. Pense neles o dia todo e você vai se sentir entorpecido e paralisado, incapaz de fazer qualquer outra coisa até soltá-los."

O mesmo se aplica aos nossos traços de caráter negativos. Quando repetimos más condutas, mesmo que seja com as melhores intenções, elas vão se tornando mais pesadas em nossas vidas. Afaste-se dos maus atos.

Nesta semana lemos a Parashat Vaishlach (literalmente "E enviou"), que descreve o reencontro dos irmãos, Yaacov e Essav. Yaacov havia fugido para esperar que a fúria de Essav se esfriasse, após ele ter recebido, com astúcia, a Brachá de primogenitura no lugar do seu irmão. Mesmo que já haviam se passado 36 anos, Yaacov preferiu enviar mensageiros para saber o que esperar do reencontro. As notícias não eram boas. Essav vinha acompanhado de 400 homens armados. Não era uma comitiva de boas vindas, e sim uma declaração de guerra.

A Torá descreve a reação de Yaacov diante das informações trazidas: "E Yaakov sentiu medo e ficou angustiado" (Bereshit 32:7). Mas por que a Torá utiliza duas expressões, medo e angústia? Rashi (França, 1040 - 1105) explica que Yaakov sentiu medo de que ele ou alguém de sua família fossem mortos na guerra, mas sentiu angústia por ser forçado a possivelmente matar outros durante a batalha.

Porém, esta explicação de Rashi levanta um questionamento. Yaacov era um homem de paz. Ele não estava começando uma guerra, ele estava apenas defendendo sua família da agressão de 400 Reshaim (perversos). Esta não era uma oportunidade para livrar o mundo do mal? Então por que ele sentiu-se angustiado?

Explica o Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) que a resposta deste questionamento está em um interessante ensinamento do Talmud (Brachót 10a). Na época do Rabi Meir, um dos maiores sábios do Talmud, havia um grupo de Reshaim que o importunavam constantemente. O Rabi Meir passou então a rezar para que eles morressem. Porém, Bruria, sua esposa, discordou dele e disse: "Não é melhor rezar para que os malfeitores se arrependam do que rezar para que eles morram?". Foi neste sentido que Yaakov ficou angustiado. Obviamente ele queria acabar com o mal do mundo. O tempo inteiro ele se envolvia em esforços para transformar o mundo em um lugar melhor. Porém, a angústia era saber que, naquele momento, a forma de acabar com o mal seria através da morte de pessoas, e não do arrependimento delas. Isto lhe doeu muito.

Existe uma famosa pergunta filosófica: será que os fins justificam os meios? Em outras palavras, será que podemos tomar atitudes que não são completamente corretas se o propósito for alcançar um objetivo maior? Por exemplo, uma pessoa que rouba para ajudar os necessitados está fazendo algo correto? O Talmud (Nazir 10b) ensina que uma transgressão "Leshem Shamaim", isto é, com intenções puras e com o objetivo de fazer algo bom, tem o mesmo nível de uma Mitzvá feita com segundas intenções (isto obviamente não se aplica nos nossos dias, já que não temos mais nível espiritual para fazermos uma "transgressão Leshem Shamaim"). Porém, se esta afirmação é verdadeira, então por que nossos sábios do Talmud aconselhavam a pessoa a se envolver com Mitzvót, mesmo com segundas intenções, e não a fazer transgressões com intenções nobres?

Responde o Gaon MiVilna (Lituânia, 1720 - 1797) que, embora o resultado em ambos os casos possa ser o mesmo, quando a pessoa faz Mitzvót sem a intenção adequada, ao menos isto condiciona a pessoa a cumprir Mitzvót e, eventualmente, ela chegará a cumprir as Mitzvót com intenções corretas. Por outro lado, ao fazer um ato que normalmente é uma transgressão, mesmo que seja com boas intenções, a pessoa acaba se condicionando a fazer transgressões. Provavelmente, das próximas vezes o mau ato virá sem a intenção adequada. É isto que nos ensina a angústia de Yaacov. Mesmo quando há justificativas para cometer um "mau ato", ainda assim há um perigo inerente no uso de métodos normalmente associados a valores negativos.

É por isto que, imediatamente após D'us nos ordenar a destruirmos uma cidade na qual a maioria dos habitantes inclinou-se à idolatria, Ele garante que nos dará o atributo da misericórdia, como está escrito: "Para que D'us possa voltar atrás de Sua fúria e possa lhe conceder misericórdia" (Devarim 13:18). Segundo o Chafetz Chaim (Bielorrússia, 1838 - Polônia, 1933), uma vez que cumprir a Mitzvá de matar pessoas, mesmo sendo graves transgressores, pode induzir uma pessoa a ser cruel e impiedosa, então logo em seguida D'us nos promete uma Brachá especial de misericórdia, para neutralizar os efeitos negativos do "mau ato".

Nossos sábios vão além e afirmam que uma pessoa é punida caso tenha causado dor e incômodo a outra pessoa no momento em que cumpre uma Mitzvá, caso houvesse a possibilidade de ter feito a Mitzvá de forma que trouxesse menos incômodo. O ato de Yaakov, de receber as Brachót no lugar do irmão com astúcia, causou muito sofrimento a Essav, fazendo com que ele chorasse e gritasse de forma amarga. Este grito encontrou sua "vingança" centenas de anos depois, quando um descendente de Essav, Haman, fez com que Mordechai, um descendente de Yaacov, desse um grito amargo, quando o povo judeu estava sob o risco de extermínio.

Explica o Rav Zev Leff que foi por este motivo que Yaakov repreendeu Shimon e Levi quando eles resgataram Diná das mãos do príncipe de Shechem. Eles usaram métodos típicos de Essav, o assassinato e a enganação. Parte do conserto para as manchas negativas deixadas por este ato foi que os descendentes de Levi se tornaram professores de crianças. Levi cometeu o erro de pensar que os fins justificam os meios. Na educação das crianças, exatamente o oposto é verdadeiro. Quando ensinamos uma criança a cumprir Mitzvót, não estamos preocupados com o fim, a Mitzvá, pois os atos da criança ainda não são contados. Estamos preocupados com os meios, o desempenho das ações. Estas ações de Mitzvá, que um pai está obrigado a educar seu filho, condicionam a criança a agir de forma semelhante quando ela crescer. A Mitzvá de "Chinuch Banim" (educar as crianças) é, portanto, a antítese da ideologia equivocada de que os fins justificam os meios.

Além disso, se alguém utilizar meios impróprios para fazer um bom ato, corre o grande risco de ser punido caso suas intenções não sejam completamente puras. Uma vez que a ação por si só é uma transgressão, e é apenas a intenção que pode transformá-la em uma Mitzvá, caso falte a intenção boa, a ação se torna uma transgressão total. Quando Pinchás matou Zimri e Kozbi, por profanarem publicamente o nome de D'us, foi necessário D'us testemunhar pessoalmente que as intenções de Pinchás eram completamente puras, respondendo à queixa das tribos de que ele era um assassino. Se seu ato tivesse sido motivado por qualquer outra intenção, então ele teria sido de fato um assassino. O Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) ressalta que, mesmo quando um criminoso era executado pelo Tribunal Rabínico, a pena deveria ser infligida com a única intenção do cumprimento do comando de D'us, e não por qualquer desejo pessoal de vingança.

A Amidá originalmente era composta por 18 Brachót, mas posteriormente mais uma Brachá foi acrescentada. Nesta Brachá, chamada "Velamalshinim" (delatores), pedimos que D'us destrua os hereges e delatores. Esta Brachá foi adicionada devido à perseguição física e espiritual que os judeus estavam sofrendo nas mãos de perversos. O sábio escolhido para compor esta Brachá foi Shmuel HaKatan, o mesmo sábio que ensinava: "Quando seu inimigo cair, não se alegre" (Pirkei Avót 4:19). Apenas uma pessoa com sentimentos puros em relação a seus inimigos poderia compor uma Brachá pedindo a destruição dos perversos.

Antes de usarmos a violência para destruir o mal do mundo, devemos nos certificar de que estamos agindo "Leshem Shamaim". Na dúvida, é melhor tentarmos através do amor e da simpatia para, desta maneira, trazer de volta nossos irmãos que estão distantes da Torá e da Mitzvót.
      
SHABAT SHALOM
               
R' Efraim Birbojm

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

QUEM QUER VIVER PARA SEMPRE? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIETSÊ 5780






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QUEM QUER VIVER PARA SEMPRE? - PARASHAT VAIETSÊ 5780 (06 de dezembro de 2019)

Havia uma pequena cidade no Oriente Médio que era famosa por sua deliciosa carne de cervo. As pessoas viajavam de várias partes do mundo somente para poder provar aquele sabor tão delicioso e especial.

O povo judeu, ao sair do Egito, acampou no deserto, em um local não muito distante desta cidade. Os judeus também escutaram sobre aquela carne gostosa e tiveram desejo de saboreá-la. Alguns judeus pensaram que talvez não haveria problema em desviar-se um pouco da rota para poder ir a esse lugar e desfrutar da famosa carne de cervo. Porém, necessitavam da aprovação de Moshé, já que o povo não fazia nada sem o seu consentimento. Mas ninguém tinha coragem de falar com Moshé, com medo que ele ficaria bravo com o pedido. Quando alguém finalmente tomou coragem, Moshé negou o pedido. Por mais que tentassem convencê-lo de que valeria a pena, não conseguiram. Até que um deles disse a Moshé:

- Por favor, Moshé, nos explique por que não podemos ir. O que há de errado? É proibido ter um pouco de prazer na vida?

Moshé, com enorme paciência, respondeu:

- Vou explicar para vocês. Todos os dias de manhã, cai no nosso acampamento o Mán, um "alimento do céu". Mesmo que já estamos acostumados, é um milagre que se renova todos os dias. O Mán que os judeus não recolhem, conforme os raios do sol começam a brilhar, se derrete e forma um pequeno riacho, que flui para um rio. Então os cervos daquela cidade bebem a água deste rio e, consequentemente, parte do Mán derretido entra em seus corpos. É por isso que as pessoas desfrutam tanto do sabor desta carne. Porém, vocês têm o Mán original, fresco, que cai todas as manhãs. Então porque desejam tanto ir até lá, para comer resíduos?"

Também nós muitas vezes buscamos a felicidade, o melhor modo de viver ou o propósito de nossas vidas em lugares distantes e em outras culturas. Inclusive até sacrificamos coisas para isso. Porém, infelizmente, não nos damos conta que dentro da Torá podemos encontrar todos os prazeres e todas as respostas que buscamos.


O primeiro livro da Torá, Bereshit, se alonga na descrição dos detalhes da vida dos nossos patriarcas, Avraham, Ytzchak e Yaacov, pois a partir do comportamento deles podemos aprender muito sobre o que D'us espera de nós. Assim ensinam os nossos sábios: "Sobre três pilares o mundo se sustenta: sobre a Torá, sobre o Serviço Divino e sobre o Chessed (atos de bondade)" (Pirkei Avót 1:2). Os nossos três patriarcas representam estes três pilares do mundo. Avraham representa o Chessed, o que fica claro através dos incríveis atos de bondade que ele fazia constantemente, com perfeição e dedicação. Yiztchak está associado ao Serviço Divino, em especial representado pelos "Korbanót" (oferendas). Isto fica claro através do seu incrível ato de ter aceitado, com amor, ser sacrificado a D'us por seu pai (mesmo que, no final, o ato não tenha ocorrido). Já Yaacov representa a Torá. Porém, qual é a conexão entre Yaacov e a Torá? Que aspectos da sua vida demonstram esta conexão?

A resposta está na Parashat desta semana, Vaietsê (literalmente "E saiu"). Yaacov havia recebido a Brachá da primogenitura de seu pai, no lugar de seu irmão Essav, já que Essav havia vendido a ele a primogenitura. Essav sentiu tanto ódio de Yaacov que queria matá-lo. Rivka aconselhou seu filho a viajar para Haran, a sua cidade natal, para esperar esfriar a fúria de Essav. Além disso, ele poderia aproveitar para procurar uma esposa. E Yaacov fez conforme sua mãe o havia instruído, saindo de Beer Sheva e viajando em direção a Haran.

Porém, nossos sábios explicam que Yaacov não foi direto a Haran. Ele sabia das dificuldades que encontraria na casa de seu tio Lavan, um homem extremamente desonesto. Por isso, ele se preparou espiritualmente para os futuros desafios. Ele passou 14 anos estudando, dia e noite, no "Centro de Estudos Espirituais" comandado por Shem e Ever, descendentes de Noach, e somente depois disso continuou a viagem. No caminho, ele dormiu em um local sagrado, onde futuramente seria construído o Beit Hamikdash. Rashi explica que o versículo "e deitou-se naquele lugar" (Bereshit 28:11) ensina que naquele momento Yaacov deitou-se para dormir, mas durante os 14 anos em que permaneceu no Centro de Estudos, sua dedicação era tão intensa que ele não chegou a dormir nenhuma vez deitado em uma cama, ele simplesmente descansava algumas poucas horas apoiando a cabeça na mesa de estudos. Desta maneira, entendemos por que Yaacov representa a Torá.

Porém, há outro ponto interessante que conecta Yaacov com a Torá. Quando Yaacov dormiu neste local sagrado, ele teve uma incrível visão, de uma escada que chegava até o Céu, e D'us se revelou a ele. Logo após acordar deste sonho profético, a Torá escreve uma informação aparentemente sem importância: "E (Yaacov) chamou aquele lugar de 'Beit-El' (Casa de D'us). Entretanto, o nome anterior da cidade era Luz" (Bereshit 28:19). Entendemos que o versículo está nos informando o novo nome que Yaacov deu para a cidade. Todos os atos dos nossos patriarcas são repletos de significados profundos, certamente há algo para aprender disso. Porém, o que nos importa o nome anterior da cidade? Provavelmente quem havia dado aquele nome era algum antigo governante da região. Então por que a Torá quis nos informar qual era o nome antigo da cidade?

Quando uma pessoa é chamada para ler a Torá publicamente na sinagoga, ela deve fazer uma Brachá antes da leitura: "Asher Bachar Banu Mikol Haamim Venatan Lanu et Torato" (Que nos escolheu entre todos os povos e nos deu a Sua Torá). É um agradecimento por D'us ter nos escolhido para recebermos a Torá. Porém, mesmo quando a leitura é bem curta, após a leitura fazemos uma nova Brachá de agradecimento: "Asher Natan Lanu Torat Emet Vechaie Olam Natá Betocheinu" (Que nos deu a Torá da Verdade e plantou dentro de nós a Vida Eterna). Mas por que são necessárias duas Brachót de agradecimento, uma após a outra? Entendemos a necessidade da primeira Brachá de agradecimento, é um mínimo de "Derech Eretz" (bons modos) agradecer por algo que recebemos. Porém, por que poucos instantes depois fazer um segundo agradecimento?

Explica o Rav Shlomo Levestein shlita que isto se compara ao comportamento de uma pessoa que recebe uma festa surpresa de aniversário. Vários amigos chegam, trazendo alegria ao aniversariante. Um dos amigos entrega uma sacola com um presente que foi comprado pelos amigos. Dentro, há um pacote embrulhado em um lindo papel de presente, mas não dá para saber o que é. O aniversariante agradece aos amigos, muito emocionado. Mas por que ele agradece, se nem sabe o que tem dentro do pacote? Por Derech Eretz, ele se sente na obrigação de agradecer. Por terem se lembrado do seu aniversário, por terem vindo e por terem gastado dinheiro para comprar um presente. Quando o aniversariante finalmente abre o pacote, alguns instantes depois, ele encontra um livro maravilhoso, um guia que ensina a como se transformar em um ser imortal. A pessoa fica ainda mais feliz com aquele presente incrível e agradece novamente. Porém, este novo agradecimento é diferente do primeiro. É um agradecimento mais profundo, agora por ter entendido o valor do presente.

Um dos grandes sonhos da humanidade é ser imortal. A ciência desenvolve técnicas cada vez mais modernas para retardar o nosso envelhecimento, mas mesmo assim a morte um dia chega para todos nós. Então nos esforçamos para sermos pelo menos "parcialmente imortais". Pessoas tentam entrar para os livros de história, como aquelas que querem gravar seu nome no livro do "Guiness" de recordes. Outros fazem grandes doações, para sinagogas ou hospitais, para serem lembrados nas futuras gerações. As pessoas se casam e têm filhos, entre outros motivos, para deixar no mundo representantes, parecidos conosco, para serem lembrados por mais tempo. Porém, todos sabemos que ninguém vive para sempre de verdade.

Mas havia um lugar no mundo onde as pessoas podiam ser imortais: a cidade de Luz. Era uma cidade na qual o anjo da morte não tinha permissão de entrar. As pessoas, quando atingiam a velhice extrema e já não queriam mais continuar vivos, saíam da cidade para morrer fora dela. Veio então Yaacov e nos ensinou uma incrível novidade: Quer ser imortal? Não precisamos mais da cidade de Luz. Basta construirmos uma "Beit-El", isto é, uma "Casa de D'us". Mas o que significa uma "Casa de D'us"? Não significa apenas o Beit Hamikdash, o nosso Templo Sagrado. Enquanto não temos o mérito de ver a sua reconstrução, a "Casa de D'us" é representada pelo Beit HaKnesset (Sinagoga), pelo Beit Midrash (Centro de Estudos) e pela nossa Bait, a casa onde moramos, que também deve ser uma "Casa de D'us". Através das Mitzvót podemos trazer santidade aos nossos lares. Uma casa com Shabat, com recato, com santidade, protegida das más influências externas, é uma "Casa de D'us". As Mitzvót nos conectam com D'us e, portanto, com a eternidade. Mesmo que um dia o nosso corpo finito vai morrer, as Mitzvót fazem com que a nossa alma viva por toda a eternidade.

Este é o maior presente que D'us nos deu. A partir da entrega da Torá, a eternidade ficou ao nosso alcance. É por isso que, quando alguém vai ler a Torá, faz um primeiro agradecimento com ela ainda fechada. Agradecemos a D'us pela atenção, por ter se lembrado de nós, por ter nos dado um presente. Porém, depois que terminamos a leitura, sabemos o verdadeiro valor daquele presente: as instruções de como sermos imortais. Então precisamos agradecer novamente, agora pelo reconhecimento do valor do incrível presente que recebemos. E este agradecimento vem justamente junto com o reconhecendo que a Torá "planta" dentro de nós a vida eterna. Como ensinam os nossos sábios: "Esta é a Árvore da Vida, para os que se conectam a ela". Que possamos, através das Mitzvót, conquistar a nossa vida eterna.
 
SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

POR AMOR A D’US - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT TOLDÓT 5780

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POR AMOR A D'US - PARASHAT TOLDÓT 5780 (29 de novembro de 2019)


Há cerca de 300 anos ocorreu uma forte seca em toda a Europa e não estavam sendo encontrados etroguim para cumprir a Mitzvá dos Arbat HaMinim de Sucót. O chag se aproximava e mensageiros foram enviados de Vilna para várias cidades da costa italiana, onde normalmente havia etroguim, mas eles retornaram de mãos vazias. Isto causou alvoroço na cidade: será que a comunidade inteira fiaria sem um único etrog? Os anciãos da cidade reuniram-se e decidiram: se esta era a vontade de D'us, assim seria. Mas o Rav Eliahu zt"l (Lituânia, 1720 - 1797), mais conhecido como Gaon MiVilna, não suportava a ideia de passar Sucót sem um etrog. Ele enviou um mensageiro especial com a missão de trazer um etrog, mesmo que isso custasse muito dinheiro. O mensageiro viajou de país em país, se esforçando no limite, mas não encontrou um único etrog. Desanimado, começou sua jornada de volta. Ele então decidiu passar a noite em uma estalagem e descobriu que o dono tinha um belo etrog, da melhor qualidade. Ele implorou ao homem que lhe vendesse o etrog, mas o homem recusou-se. O mensageiro lhe ofereceu muito dinheiro, mas o homem estava inflexível. O mensageiro então decidiu dizer que o etrog era para o Gaon MiVilna. Quando o dono da estalagem ouviu estas palavras, disse:
 
- Se é para o Gaon MiVilna, estou disposto a dar meu etrog de graça, mas com uma condição: que o Gaon MiVilna me doe sua porção do Mundo Vindouro referente à Mitzvá dos Arbat Haminim deste ano.

O mensageiro continuou tentando negociar, oferecendo-lhe uma quantia cada vez maior de dinheiro pelo etrog, mas o dono da estalagem não aceitou. Ele também queria cumprir a Mitzvá e só estava disposto a abrir mão do seu etrog caso o Gaon MiVilna também abrisse mão e concordasse que a Mitzvá do etrog daquele ano seria cumprida em seu mérito.

Seria difícil para o mensageiro voltar a Vilna sem o tão esperado etrog. Após refletir muito, e sabendo da importância que o Gaon MiVilna dava para as Mitzvót, ele concordou com a condição. Quando voltou a Vilna, os líderes da comunidade o invejaram por ter conseguido encontrar um etrog. Porém, o mensageiro precisava contar ao Gaon MiVilna sobre a condição com a qual o etrog havia sido doado a ele. Ele teve medo que o rabino ficasse bravo por ele ter negociado algo que envolvia o seu Mundo Vindouro. Sem coragem de olhar nos olhos do Gaon MiVilna, o homem contou qual era o "preço" daquele etrog. O rabino cumprimentou o mensageiro pelo sucesso naquela difícil missão e, com o rosto iluminado, exclamou com alegria:

- Minha vida inteira eu quis fazer uma Mitzvá completamente por amor a D'us, sem esperar nada em troca. Esta é a minha maior oportunidade. Muito obrigado. Pagarei com alegria o "preço" pedido pelo vendedor.

Nesta semana lemos a Parashat Toldót (literalmente "Gerações"), que descreve alguns importantes acontecimentos na vida do nosso segundo patriarca, Ytzchak. Algo que nos chama a atenção são as semelhanças como a vida de seu pai, Avraham. Um dos pontos em comum foi a grande fome na Terra de Israel, que forçou Ytzchak a viver na terra dos Plishtim, exatamente como havia acontecido a Avraham. Neste momento, D'us falou para Ytzchak: "Viva nesta terra (Israel) e Eu estarei com você e te abençoarei. Darei estas terras a você e a seus filhos e manterei o juramento que Eu fiz a Avraham, seu pai. Aumentarei seus descendentes como as estrelas nos céus e darei estas terras aos seus filhos. Todas as nações do mundo serão abençoadas por meio dos seus descendentes. Pois Avraham escutou Minha voz e guardou Meus mandamentos" (Bereshit 26:3-5). Em outras palavras, D'us estava prometendo que daria a Ytzchak fartas Brachót, com a condição que Ele apenas seguisse Seu caminho, como fez Avraham.

Porém, há um detalhe neste teste de Ytzchak que chama a atenção. As recompensas de D'us são baseadas no uso do nosso livre arbítrio. Certamente o livre arbítrio de Ytzchak estava bastante limitado depois de ouvir D'us pessoalmente lhe dizer que ele seria fartamente recompensado caso cumprisse as Mitzvót. Afinal, qual foi o teste de Yitzchak?

A mesma pergunta surge em um dos primeiros testes de Avraham, quando D'us ordenou que ele fosse para uma terra estranha, abandonando sua casa e seu conforto. Porém, logo depois do pedido, D'us prometeu para Avraham muitas Brachót, como está escrito: "E farei de você uma grande nação e te abençoarei. E Eu engrandecerei seu nome e será uma Brachá" (Bereshit 12:2). O teste era realmente muito difícil, mas após D'us prometer tanto sucesso, isto não diminuiu os méritos de Avraham? O teste não ficou muito mais fácil?

Para entender melhor a pergunta, podemos fazer um paralelo com a nossa realidade. Se alguém se aproximasse de nós e garantisse que receberíamos 100 milhões caso simplesmente cumpríssemos algo que fosse pedido pelo doador. Mesmo que se tratasse de um pedido difícil, não concordaríamos imediatamente com o acordo? Não parece uma decisão muito simples de ser tomada? Então qual foi o mérito de Avraham e de Ytzchak, de terem escutado a ordem de D'us, se ela veio junto com promessas de muita fartura?

Explica o Rav Boruch Leff que a resposta é um conceito fundamental no nosso Serviço Divino. Nossos sábios ensinam: "Não sejam como escravos que servem o seu mestre para receber uma recompensa. Ao invés disso, sejam como escravos que servem o seu mestre sem procurar receber recompensa". (Pirkei Avót 1:3). Em outras palavras, o Pirkei Avót nos ensina que devemos servir a D'us "Leshem Shamaim" (por amor a  D'us), isto é, idealmente não devemos nos concentrar nas recompensas que obteremos com as Mitzvót, e sim cumpri-las simplesmente porque foram comandadas por D'us.
 
Porém, há uma aparente contradição com outra fonte da Torá, que nos afirma que receberemos recompensa pela observância das Mitzvót. Segundo o Talmud (Chulin 142a), a recompensa explícita das Mitzvót de "Kibud Av vê Em" (Honrar os pais) e "Shiloach HaKen" (Espantar a mãe pássaro antes de pegar os seus ovos), sobre as quais está escrito "para que se alonguem seus dias", não se refere à vida neste mundo, mas à vida no Mundo Vindouro. E não apenas estudamos sobre a recompensa das Mitzvót, mas também rezamos por esta recompensa todos os dias. Por exemplo, no trecho "Uvá LeTzion", pronunciada no final da Tefilá de Shacharit, nós dizemos: "Que seja a Sua vontade, Hashem, nosso D'us e o D'us dos nossos antepassados, que observemos Seus decretos neste mundo e que mereçamos viver, ver e herdar bondade e Brachá nos anos dos Tempos de Mashiach e pela vida no Mundo Vindouro". Então, como pode ser esperado de um ser humano que ele sirva a D'us sem esperar receber nada em troca? Como podemos ignorar as recompensas por servir a D'us quando estamos diariamente rezando por elas?

Imagine um filho que parte em uma viagem e fica anos longe de casa. Durante este período, ele não come bem, apenas se contenta em receber restos de comida fria e sem gosto. Quando volta para casa, a mãe fica emocionada. A alegria é tanta que ela prepara para ele um banquete digno de um rei. Ao provar cada prato que ela serve, o filho sente um prazer incrível. Porém, apesar do prazer que sente, certamente o filho também gosta de saber e sentir que está dando prazer à sua mãe ao comer daquela refeição preparada com tanto amor e carinho, pois sabe que a mãe gosta de assistir e tem prazer de ver o filho apreciando a comida dela. O filho come, portanto, pretendendo não apenas apreciar a comida, mas também agradar e dar prazer à sua mãe.

Este é um paralelo muito forte com a realidade da nossa existência. D'us criou o mundo para nos dar prazer. Porém, de acordo com o Rav Moshé Chaim Luzzato zt"l (Itália, 1707 - Israel, 1746), o prazer mais intenso e completo está guardado para o Mundo Vindouro. D'us deseja nos ver receber este prazer. Nosso desafio na vida é realizar as Mitzvót, as instruções de D'us, com a intenção de receber a recompensa porque D'us deseja que recebamos. Idealmente, não devemos ter em mente razões egoístas para cumprir a Torá. Não devemos nos concentrar nas recompensas por nossa causa. Devemos pensar no que isso dá a D'us. O maior prazer de D'us é dar prazer às pessoas justas e corretas. Portanto, isto não significa que não devemos esperar receber recompensa, pois a própria Torá está repleta de indicações e lembretes da nossa recompensa. Porém, temos que querer a recompensa porque D'us quer que a recebamos, não porque nós queremos recebê-la.

Este teste difícil, de querer de forma "não pessoal" a bondade pessoal que receberemos, é uma tarefa que os patriarcas e matriarcas dominaram. Este foi um dos grandes desafios deles. Eles sabiam que receberiam muitas recompensas, como D'us explicitamente disse a eles. Mas qual seria a intenção deles? Eles fariam isso pelo prazer de D'us ou pelo seu próprio prazer? Este era o teste que eles precisavam vencer. A prova de que Avraham passou com sucesso neste teste é que logo após as promessas de grandeza feitas por D'us, a Torá escreve as seguintes palavras: "E Avram foi, conforme D'us ordenou" (Bereshit 12:4). O versículo reforça que, apesar das recompensas prometidas por D'us, Avraham foi porque D'us ordenou, não pelas recompensas.

Este teste de equilíbrio, de realizar a vontade de D'us com a intenção de agradá-Lo e, assim, ganhar recompensa, mas desejando a recompensa pelo amor de D'us e não pelo nosso proveito, também é um teste para nós. Nos ensina David Hamelech: "O que eu posso retribuir a D'us por todas as coisas boas que Ele me proporciona?" (Tehilim 116:12). D'us é perfeito e completo, não Lhe falta nada. Porém, há algo que sim podemos dar a D'us: a satisfação de um Pai que vê Seus filhos andarem no caminho correto. Precisamos ajudar D'us a nos dar prazer, permitindo que Ele realize o que Ele realmente deseja para o mundo. Ele tem prazer de nos dar prazer. Que possamos deixá-Lo fazer isso.

 

SHABAT SHALOM


R' Efraim Birbojm

 
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