sexta-feira, 29 de novembro de 2019

POR AMOR A D’US - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT TOLDÓT 5780

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POR AMOR A D'US - PARASHAT TOLDÓT 5780 (29 de novembro de 2019)


Há cerca de 300 anos ocorreu uma forte seca em toda a Europa e não estavam sendo encontrados etroguim para cumprir a Mitzvá dos Arbat HaMinim de Sucót. O chag se aproximava e mensageiros foram enviados de Vilna para várias cidades da costa italiana, onde normalmente havia etroguim, mas eles retornaram de mãos vazias. Isto causou alvoroço na cidade: será que a comunidade inteira fiaria sem um único etrog? Os anciãos da cidade reuniram-se e decidiram: se esta era a vontade de D'us, assim seria. Mas o Rav Eliahu zt"l (Lituânia, 1720 - 1797), mais conhecido como Gaon MiVilna, não suportava a ideia de passar Sucót sem um etrog. Ele enviou um mensageiro especial com a missão de trazer um etrog, mesmo que isso custasse muito dinheiro. O mensageiro viajou de país em país, se esforçando no limite, mas não encontrou um único etrog. Desanimado, começou sua jornada de volta. Ele então decidiu passar a noite em uma estalagem e descobriu que o dono tinha um belo etrog, da melhor qualidade. Ele implorou ao homem que lhe vendesse o etrog, mas o homem recusou-se. O mensageiro lhe ofereceu muito dinheiro, mas o homem estava inflexível. O mensageiro então decidiu dizer que o etrog era para o Gaon MiVilna. Quando o dono da estalagem ouviu estas palavras, disse:
 
- Se é para o Gaon MiVilna, estou disposto a dar meu etrog de graça, mas com uma condição: que o Gaon MiVilna me doe sua porção do Mundo Vindouro referente à Mitzvá dos Arbat Haminim deste ano.

O mensageiro continuou tentando negociar, oferecendo-lhe uma quantia cada vez maior de dinheiro pelo etrog, mas o dono da estalagem não aceitou. Ele também queria cumprir a Mitzvá e só estava disposto a abrir mão do seu etrog caso o Gaon MiVilna também abrisse mão e concordasse que a Mitzvá do etrog daquele ano seria cumprida em seu mérito.

Seria difícil para o mensageiro voltar a Vilna sem o tão esperado etrog. Após refletir muito, e sabendo da importância que o Gaon MiVilna dava para as Mitzvót, ele concordou com a condição. Quando voltou a Vilna, os líderes da comunidade o invejaram por ter conseguido encontrar um etrog. Porém, o mensageiro precisava contar ao Gaon MiVilna sobre a condição com a qual o etrog havia sido doado a ele. Ele teve medo que o rabino ficasse bravo por ele ter negociado algo que envolvia o seu Mundo Vindouro. Sem coragem de olhar nos olhos do Gaon MiVilna, o homem contou qual era o "preço" daquele etrog. O rabino cumprimentou o mensageiro pelo sucesso naquela difícil missão e, com o rosto iluminado, exclamou com alegria:

- Minha vida inteira eu quis fazer uma Mitzvá completamente por amor a D'us, sem esperar nada em troca. Esta é a minha maior oportunidade. Muito obrigado. Pagarei com alegria o "preço" pedido pelo vendedor.

Nesta semana lemos a Parashat Toldót (literalmente "Gerações"), que descreve alguns importantes acontecimentos na vida do nosso segundo patriarca, Ytzchak. Algo que nos chama a atenção são as semelhanças como a vida de seu pai, Avraham. Um dos pontos em comum foi a grande fome na Terra de Israel, que forçou Ytzchak a viver na terra dos Plishtim, exatamente como havia acontecido a Avraham. Neste momento, D'us falou para Ytzchak: "Viva nesta terra (Israel) e Eu estarei com você e te abençoarei. Darei estas terras a você e a seus filhos e manterei o juramento que Eu fiz a Avraham, seu pai. Aumentarei seus descendentes como as estrelas nos céus e darei estas terras aos seus filhos. Todas as nações do mundo serão abençoadas por meio dos seus descendentes. Pois Avraham escutou Minha voz e guardou Meus mandamentos" (Bereshit 26:3-5). Em outras palavras, D'us estava prometendo que daria a Ytzchak fartas Brachót, com a condição que Ele apenas seguisse Seu caminho, como fez Avraham.

Porém, há um detalhe neste teste de Ytzchak que chama a atenção. As recompensas de D'us são baseadas no uso do nosso livre arbítrio. Certamente o livre arbítrio de Ytzchak estava bastante limitado depois de ouvir D'us pessoalmente lhe dizer que ele seria fartamente recompensado caso cumprisse as Mitzvót. Afinal, qual foi o teste de Yitzchak?

A mesma pergunta surge em um dos primeiros testes de Avraham, quando D'us ordenou que ele fosse para uma terra estranha, abandonando sua casa e seu conforto. Porém, logo depois do pedido, D'us prometeu para Avraham muitas Brachót, como está escrito: "E farei de você uma grande nação e te abençoarei. E Eu engrandecerei seu nome e será uma Brachá" (Bereshit 12:2). O teste era realmente muito difícil, mas após D'us prometer tanto sucesso, isto não diminuiu os méritos de Avraham? O teste não ficou muito mais fácil?

Para entender melhor a pergunta, podemos fazer um paralelo com a nossa realidade. Se alguém se aproximasse de nós e garantisse que receberíamos 100 milhões caso simplesmente cumpríssemos algo que fosse pedido pelo doador. Mesmo que se tratasse de um pedido difícil, não concordaríamos imediatamente com o acordo? Não parece uma decisão muito simples de ser tomada? Então qual foi o mérito de Avraham e de Ytzchak, de terem escutado a ordem de D'us, se ela veio junto com promessas de muita fartura?

Explica o Rav Boruch Leff que a resposta é um conceito fundamental no nosso Serviço Divino. Nossos sábios ensinam: "Não sejam como escravos que servem o seu mestre para receber uma recompensa. Ao invés disso, sejam como escravos que servem o seu mestre sem procurar receber recompensa". (Pirkei Avót 1:3). Em outras palavras, o Pirkei Avót nos ensina que devemos servir a D'us "Leshem Shamaim" (por amor a  D'us), isto é, idealmente não devemos nos concentrar nas recompensas que obteremos com as Mitzvót, e sim cumpri-las simplesmente porque foram comandadas por D'us.
 
Porém, há uma aparente contradição com outra fonte da Torá, que nos afirma que receberemos recompensa pela observância das Mitzvót. Segundo o Talmud (Chulin 142a), a recompensa explícita das Mitzvót de "Kibud Av vê Em" (Honrar os pais) e "Shiloach HaKen" (Espantar a mãe pássaro antes de pegar os seus ovos), sobre as quais está escrito "para que se alonguem seus dias", não se refere à vida neste mundo, mas à vida no Mundo Vindouro. E não apenas estudamos sobre a recompensa das Mitzvót, mas também rezamos por esta recompensa todos os dias. Por exemplo, no trecho "Uvá LeTzion", pronunciada no final da Tefilá de Shacharit, nós dizemos: "Que seja a Sua vontade, Hashem, nosso D'us e o D'us dos nossos antepassados, que observemos Seus decretos neste mundo e que mereçamos viver, ver e herdar bondade e Brachá nos anos dos Tempos de Mashiach e pela vida no Mundo Vindouro". Então, como pode ser esperado de um ser humano que ele sirva a D'us sem esperar receber nada em troca? Como podemos ignorar as recompensas por servir a D'us quando estamos diariamente rezando por elas?

Imagine um filho que parte em uma viagem e fica anos longe de casa. Durante este período, ele não come bem, apenas se contenta em receber restos de comida fria e sem gosto. Quando volta para casa, a mãe fica emocionada. A alegria é tanta que ela prepara para ele um banquete digno de um rei. Ao provar cada prato que ela serve, o filho sente um prazer incrível. Porém, apesar do prazer que sente, certamente o filho também gosta de saber e sentir que está dando prazer à sua mãe ao comer daquela refeição preparada com tanto amor e carinho, pois sabe que a mãe gosta de assistir e tem prazer de ver o filho apreciando a comida dela. O filho come, portanto, pretendendo não apenas apreciar a comida, mas também agradar e dar prazer à sua mãe.

Este é um paralelo muito forte com a realidade da nossa existência. D'us criou o mundo para nos dar prazer. Porém, de acordo com o Rav Moshé Chaim Luzzato zt"l (Itália, 1707 - Israel, 1746), o prazer mais intenso e completo está guardado para o Mundo Vindouro. D'us deseja nos ver receber este prazer. Nosso desafio na vida é realizar as Mitzvót, as instruções de D'us, com a intenção de receber a recompensa porque D'us deseja que recebamos. Idealmente, não devemos ter em mente razões egoístas para cumprir a Torá. Não devemos nos concentrar nas recompensas por nossa causa. Devemos pensar no que isso dá a D'us. O maior prazer de D'us é dar prazer às pessoas justas e corretas. Portanto, isto não significa que não devemos esperar receber recompensa, pois a própria Torá está repleta de indicações e lembretes da nossa recompensa. Porém, temos que querer a recompensa porque D'us quer que a recebamos, não porque nós queremos recebê-la.

Este teste difícil, de querer de forma "não pessoal" a bondade pessoal que receberemos, é uma tarefa que os patriarcas e matriarcas dominaram. Este foi um dos grandes desafios deles. Eles sabiam que receberiam muitas recompensas, como D'us explicitamente disse a eles. Mas qual seria a intenção deles? Eles fariam isso pelo prazer de D'us ou pelo seu próprio prazer? Este era o teste que eles precisavam vencer. A prova de que Avraham passou com sucesso neste teste é que logo após as promessas de grandeza feitas por D'us, a Torá escreve as seguintes palavras: "E Avram foi, conforme D'us ordenou" (Bereshit 12:4). O versículo reforça que, apesar das recompensas prometidas por D'us, Avraham foi porque D'us ordenou, não pelas recompensas.

Este teste de equilíbrio, de realizar a vontade de D'us com a intenção de agradá-Lo e, assim, ganhar recompensa, mas desejando a recompensa pelo amor de D'us e não pelo nosso proveito, também é um teste para nós. Nos ensina David Hamelech: "O que eu posso retribuir a D'us por todas as coisas boas que Ele me proporciona?" (Tehilim 116:12). D'us é perfeito e completo, não Lhe falta nada. Porém, há algo que sim podemos dar a D'us: a satisfação de um Pai que vê Seus filhos andarem no caminho correto. Precisamos ajudar D'us a nos dar prazer, permitindo que Ele realize o que Ele realmente deseja para o mundo. Ele tem prazer de nos dar prazer. Que possamos deixá-Lo fazer isso.

 

SHABAT SHALOM


R' Efraim Birbojm

 
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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

LENDO NAS ENTRELINHAS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT CHAIEI SARÁ 5780


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LENDO NAS ENTRELINHAS - PARASHAT CHAIEI SARÁ 5780 (22 de novembro de 2019)


"O Rabino Goldstein estava no meio de uma aula de Talmud com um grupo de jovens. Eles discutiam um caso interessante, sobre falsas testemunhas que foram desmascaradas pelo Tribunal Rabínico. No meio da discussão sobre uma das opiniões do Talmud, Roberto, um dos frequentadores da sinagoga, fez uma pergunta:
 
- Rabino, é verdade que os suicidas são enterrados de forma desonrosa, perto da parede do cemitério?
 
O rabino explicou a gravidade do ato de suicídio e alguns detalhes das leis envolvidas, mas algo o incomodou muito. A pergunta estava completamente fora de contexto! Ele entenderia a pergunta se o estudo fosse sobre morte ou sobre o valor da vida, mas qual era a conexão entre o suicídio e o assunto das falsas testemunhas?
 
Apesar de incomodado, o rabino continuou a aula normalmente. No final da aula, ele aproximou-se de Roberto e, de forma carinhosa, começou a perguntar qual era o motivo daquele questionamento totalmente fora de contexto. Roberto quis desconversar em um primeiro momento, dizendo que era apenas uma curiosidade sua, já que havia escutado sobre as duras leis que se aplicavam a um suicida e queria saber se era verdade. Porém, o rabino não se convenceu com a resposta e continuou insistindo. Após alguns minutos de conversa, tudo se esclareceu. Roberto estava passando por tantas dificuldades e sofrimentos que, infelizmente, estava determinado a terminar com a sua própria vida. Felizmente, aquele rabino, com sua sensibilidade especial, havia percebido a tempo que havia algo de errado. Com muitos conselhos importantes e a ajuda de outros membros da comunidade, Roberto se convenceu de que nenhum dos seus problemas era maior do que o valor da vida." (História real)
 
Precisamos desenvolver a sensibilidade necessária para "ler nas entrelinhas" e entender que as pessoas nos transmitem muito mais do que apenas as palavras que elas pronunciam. Somente com esta sensibilidade poderemos ajudar os outros no máximo nível de bondade.

 

A Parashat da semana passada, Vaierá, descreveu a "Akeidat Ytzchak", o último teste de Avraham, no qual ele demonstrou estar disposto a sacrificar seu próprio filho para cumprir a vontade de D'us. No último instante, um anjo impediu Avraham de sacrificá-lo, pois já havia sido suficiente a sua demonstração de lealdade. Naquele momento, Avraham começou a refletir. Se ele realmente tivesse sacrificado Yitzchak, que na época já tinha 37 anos, ele teria morrido sem deixar descendentes, o que quebraria toda a transmissão dos valores espirituais para as futuras gerações. Avraham decidiu então que era hora de Ytzchak se casar. D'us profeticamente informou a ele que seu irmão Nahor teve muitos descendentes e entre eles havia uma potencial esposa para Ytzchak.
 
É por isso que na Parashat desta semana, Chaiei Sara (literalmente "A vida de Sara"), Avraham enviou seu fiel servo, Eliezer, para procurar uma esposa adequada para seu filho. Avraham orientou Eliezer a procurar uma moça no local onde vivia sua família. Quando Eliezer chegou ao seu destino, ele rezou para que D'us o ajudasse a determinar quem deveria ser a esposa de Yitzchak. Eliezer pediu a D'us um "sinal", definindo os critérios de escolha da moça que seria encaminhada por D'us: "Será a moça a quem eu direi: 'Por favor, verta seu jarro para que eu beba', e ela responder: 'Beba, e eu também darei de beber aos seus camelos', esta será a moça designada para seu servo, para Yitzchak, e poderei saber, através dela, que Você fez bondade com meu senhor" (Bereshit 24:14). Porém, por que Eliezer fez a escolha através de "sinais Divinos"? Por que não fez a escolha de uma maneira mais objetiva, procurando uma moça que tivesse bons traços de caráter?
 
Os comentaristas da Torá explicam que Eliezer não sugeriu a D'us um sinal aleatório. Ele não pediu, por exemplo, uma mulher que estivesse com um vestido rosa de bolinhas verdes. Os sinais que ele pediu a D'us eram, ao mesmo tempo, uma forma de verificar se a futura matriarca do povo judeu tinha um senso de bondade altamente desenvolvido. Isto é possível perceber nos detalhes do pedido de Eliezer. Ele planejava pedir água apenas para si mesmo, mas esperava que a moça escolhida reagisse de uma maneira proativa e, por sua própria iniciativa, também oferecesse água aos seus numerosos camelos. O Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) ressalta que Eliezer queria testar se ela iria além do que ele verbalmente havia expressado em seu pedido. Isto demonstraria que ela tinha a sensibilidade necessária para perceber que as suas verdadeiras necessidades eram muito maiores do que a água para beber que ele havia pedido. O sinal era, portanto, um teste de bondade em um nível mais elevado.

De maneira semelhante, o Rav Meir Leibush zt"l (Rússia, 1809 - 1879), mais conhecido como Malbim, ressalta que não bastava que Rivka fosse bondosa. Eliezer também queria que ela demonstrasse um profundo nível de sabedoria, que lhe permitisse atender melhor as necessidades dele. Ele foi muito preciso em seu pedido a Rivka. Ele pediu que ela lhe vertesse a água, ao invés de ele mesmo pegar o pote para beber. Mas o que isto demonstrava? Que traço de caráter Eliezer estava testando em Rivka?
 
Normalmente as pessoas se irritam quando alguém é "folgado", isto é, quando uma pessoa se acomoda e se aproveita da bondade dos outros, ao invés de se esforçar para conseguir o que precisa. Infelizmente muitas pessoas se recusam a ajudar mendigos na rua e os rechaçam com a expressão "Vai trabalhar, seu encostado". Por que é tão comum este tipo de reação? Pois não julgamos as pessoas de forma positiva. Não paramos para refletir que provavelmente aquela pessoa "encostada" nunca teve as mesmas condições que nós, nunca foi ensinada e estimulada a se esforçar e a vencer suas dificuldades. Provavelmente esta pessoa nunca teve estudo e nem recebeu condições de ter um trabalho digno. É justamente este sentimento de egoísmo, de julgar os outros de forma negativa, que impede tantas pessoas de fazerem bondade com aqueles menos favorecidos.
 
Era justamente este traço de caráter que Eliezer queria testar em Rivka. Ele esperava checar, ao pedir para uma moça frágil que ela o servisse, ao invés de ele mesmo se esforçar e se servir, se ela se irritaria com a sua suposta preguiça, ou se ela tentaria julgá-lo favoravelmente. Por exemplo, ela poderia imaginar que ele estava pedindo para que ela vertesse a água pois estava com alguma dor nas mãos, que o impedia de verter sozinho o jarro de água. Deste modo, se ela tivesse sensibilidade e sabedoria, ela perceberia que, se ele não tinha forças nem mesmo para segurar o jarro para si mesmo, certamente também seria incapaz de tirar água para todos os seus numerosos camelos. Se ela fosse uma moça que buscava fazer bondades completas, ela executaria a árdua tarefa de servir pessoalmente água aos camelos de Eliezer. Somente quando Rivka passou com sucesso nestes testes foi que Eliezer percebeu que havia encontrado uma esposa apropriada para Yitzchak. Alguém com um coração bondoso, que julgava as pessoas de forma positiva.
 
Não era suficiente Rivka ser apenas gentil. Eliezer buscava alguém que demonstrasse também sabedoria e sensibilidade, de forma que pudesse perceber as verdadeiras necessidades dos outros sem que fosse necessário pedir diretamente. Aprendemos daqui que, para fazermos bondade de maneira ideal, precisamos também de sabedoria. Isto não significa que a pessoa precisa ter um grau de inteligência extremamente alto, mas que ela precisa desenvolver uma sensibilidade com as pessoas ao seu redor, para que possa, desta maneira, perceber as necessidades dos outros e provê-las sem precisar ser abordado.
 
O Rav Yossef Dov Soloveitchik zt"l (Bielorrússia, 1820 - 1892), mais conhecido como Beis HaLevi, aprende um ensinamento semelhante de um versículo no final da Meguilat Ester. Ao exaltar os louvores de Mordechai como líder do povo judeu, a Meguilá nos diz que ele "procurava o bem para o seu povo" (Ester 10:3). Porém, o que há de especial em um líder fazer bondades, a ponto de a Meguilá querer ressaltar isto como algo especial em Mordechai? Não era óbvio? O Beis Halevi explica que Mordechai não apenas fazia bondades. Ele não esperava até as pessoas o procurarem e pedirem ajuda. Ao invés disso, ele se antecipava, procurava as pessoas e tentava perceber quais eram as suas reais necessidades e como ele poderia ajudar a cada uma delas.
 
Ao longo da vida, nos deparamos com muitas pessoas que precisam de ajuda, de todos os tipos. No entanto, muitas vezes elas têm vergonha de pedir ajuda explicitamente. Por isso, é muito importante nos esforçarmos para adquirir um comportamento semelhante ao de Rivka, isto é, a sensibilidade de perceber as necessidades dos outros antes deles precisarem pedir ajuda. Precisamos sempre olhar nas entrelinhas do que uma pessoa está nos pedindo ou nos contando. Por exemplo, uma pessoa certa vez estava vivendo em um nível de pobreza desesperador, porém, tinha vergonha de contar aos amigos e pedir ajuda. Como esta situação foi descoberta e a pessoa foi ajudada? Um amigo certa vez lhe emprestou 25 Shekalim, um valor muito baixo. Algumas semanas depois, eles casualmente se encontraram e a pessoa perguntou se ele poderia pagar a dívida. O rosto do devedor ficou branco, ele baixou os olhos e, com muita vergonha, disse que não tinha condições de pagar o empréstimo. Tal reação fez com que seu amigo percebesse que havia algo errado. Imediatamente ele começou a investigar e descobriu que seu amigo não tinha dinheiro suficiente nem para as necessidades mais básicas.
 
Às vezes, a expressão facial de uma pessoa ou um comentário casual podem indicar alguma necessidade. Está ao nosso alcance desenvolver uma sensibilidade maior, para "ler nas entrelinhas" e, assim, aumentar muito a nossa capacidade de fazer bondade ao próximo.
 

SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

HUMILDADE E RESPEITO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIERÁ 5780

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HUMILDADE E RESPEITO - PARASHAT VAIERÁ 5780 (13 de novembro de 2019)


Uma senhora simples, usando um vestido de algodão desbotado, e seu marido, trajando um terno velho, desceram do trem em Boston e dirigiram-se ao escritório do presidente da Universidade de Harvard. Eles vinham de Palo Alto, Califórnia, e não tinham marcado entrevista. A secretária achou que aqueles dois, com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard. Eles pediram para falar com o presidente.

- Ele vai estar ocupado o dia todo - respondeu rispidamente a secretária.

- Não tem problema, nós vamos esperar - responderam timidamente os dois.

A secretária os ignorou por horas, esperando que eles desistissem. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um pouco frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.

- Se o senhor falar com eles alguns minutos, talvez resolvam ir embora - disse ela.

O presidente suspirou, mas concordou. Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente deste tipo. Ele detestava vestidos desbotados e ternos velhos em seu escritório. Com o rosto fechado, foi até o casal.

- Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano - começou a mulher, com humildade - Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui. Porém, há um ano ele morreu em um acidente. Gostaríamos de fazer um monumento em honra dele em algum lugar do campus.

- Minha senhora - disse rudemente o presidente - não podemos construir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu. Se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério!

- Oh, não - respondeu rapidamente a senhora - Não queremos fazer uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício a Harvard.

O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o terno velho do marido, e exclamou:

- Um edifício? Os senhores têm ideia quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões de dólares em prédios aqui em Harvard!

A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:

- Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não abrimos a nossa própria?

O marido concordou. O casal Stanford agradeceu, levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso. De volta a Palo Alto, eles criaram ali a Universidade de Stanford, em homenagem ao seu filho, ex-aluno da Harvard.

A Parashat desta semana, Vaierá (literalmente "E viu"), começa com a história do encontro de Avraham com três anjos disfarçados de simples beduínos. Avraham estava com muita dor, no terceiro dia após seu Brit Milá, mas não poupou esforços para receber bem os beduínos e tratá-los como se fossem reis. Esta história é imediatamente seguida da ida dos anjos para a cidade de Sdom e a posterior destruição da cidade.

Explica o Rav Yaakov Kamenetsky zt"l que a Torá juntou estes dois incidentes pois ambos trazem uma grande ênfase na Mitzvá de "Hachnassat Orchim" (receber convidados). A história de Avraham beira a perfeição no cumprimento da Mitzvá de Hachnassat Orchim, em todos os detalhes. Avraham colocou em risco sua saúde e não poupou esforços para fazer com que seus convidados se sentissem completamente à vontade. Sdom representa justamente o contrário, a aversão completa pela Mitzvá de Hachnassat Orchim. Em Sdom, as pessoas eram torturadas caso ajudassem os pobres e necessitados. A vida de Lót, sobrinho de Avraham, foi ameaçada pelo povo de Sdom porque ele se atreveu a fornecer alimento e abrigo para visitantes.

Há outra lição neste contraste entre os atos de Avraham e os atos dos habitantes de Sdom. Após os anjos terem visitado Avraham, D'us revelou a ele Seus planos de destruir Sdom. Avraham reagiu com misericórdia em relação àqueles habitantes, apesar deles serem totalmente Reshaim (malvados). Avraham falou com D'us em um tom tão forte que, inicialmente, implorou para que Ele não ficasse bravo. Avraham insistiu várias vezes com D'us, tentando salvar a cidade inteira. Já Sdom cultuava o descaso pelo próximo e o total desinteresse pelas necessidades dos outros.

Mas há um aspecto ainda mais incrível no comportamento "Bein Adam Lechaveiro" (entre a pessoa e seu companheiro) de Avraham. Normalmente, quando uma pessoa se destaca em uma área ou em um traço de caráter, ela fica particularmente sensível e, portanto, mais rigorosa com o comportamento das outras pessoas nesta mesma área. Consequentemente, ela tende a julgar os outros com severidade por suas falhas nesta área. Por exemplo, alguém que é extremamente rigoroso em não conversar na Tefilá dificilmente tolera as conversas das pessoas que não se importam. Porém, apesar da grandeza de Avraham em Hachnassat Orchim e o comportamento oposto de Sdom nesta área, Avraham implorou para que D'us tratasse Sdom com misericórdia. Isso mostra que Avraham não foi vencido pelo Yetser Hará de ser mais rigoroso no julgamento dos outros nas áreas nas quais nos sobressaímos. Apesar do enorme abismo que havia entre seus atos de bondade e os detestáveis atos de Sdom, Avraham demonstrou uma grande preocupação pelo bem-estar deles.

Não é fácil olhar favoravelmente as fraquezas dos outros nas áreas nas quais nos destacamos. Quando uma pessoa se destaca em uma área, é difícil para ela entender como outras pessoas podem ser menos cuidadosas. Por exemplo, se uma pessoa é pontual, ela acha difícil compreender como as pessoas podem chegar atrasadas constantemente em seus compromissos. É muito claro para ela que se atrasar demonstra falta de consideração com o tempo dos outros. Como desenvolver um comportamento compreensivo como o de Avraham?

A solução está em outra característica na qual Avraham se destacou: a humildade. Em sua discussão com D'us, ele afirmou: "Eu sou apenas pó e cinzas" (Bereshit 18:27). Quando a pessoa tem humildade, ela aprende a reconhecer que todos têm forças diferentes e que pode haver áreas nas quais ela é mais fraca do que os outros. Além disso, a pessoa deve sempre se lembrar do incrível ensinamento do nosso sábio Hilel: "Não julgue seu companheiro até que você esteja no lugar dele" (Pirkei Avót 2:4). Os traços de caráter de cada pessoa são baseados em suas circunstâncias únicas de vida. Nunca podemos julgar com precisão outras pessoas, pois não sabemos como nos comportaríamos se estivéssemos na situação delas. Ao internalizar este ensinamento, reconheceremos que cada um tem seu próprio conjunto de forças e fraquezas, com base em vários fatores e, portanto, é errado ficar irritado com as fraquezas dos outros nas áreas em que somos fortes.

Encontramos outro exemplo da grandeza de Avraham na interação com pessoas que estavam em um nível mais baixo do que ele. A Torá se alonga muito ao descrever a refeição suntuosa que Avraham preparou aos seus visitantes, mesmo tratando-se de simples beduínos. O Rav Yissachar Frand ressalta que Avraham, em seu nível espiritual gigantesco, não era mais dependente dos prazeres materiais. Ele certamente tinha pouco interesse em se entregar aos prazeres da comida. No entanto, ele não impôs seu próprio nível de "separação do mundo físico" aos seus convidados. Por isso, não poupou esforços para oferecer a eles uma refeição luxuosa.

Não precisamos voltar aos tempos de Avraham para encontrar gigantes espirituais que estavam em níveis elevados e, ao mesmo tempo, sabiam respeitar cada pessoa em seu próprio nível espiritual. Na geladeira do Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) havia vários temperos e molhos. Embora o Rav Moshé Feinstein não dava grande importância aos prazeres gastronômicos, por viver em um nível espiritual mais elevado, no qual tais prazeres eram insignificantes, ele não exigia isto das outras pessoas.

Muitas vezes as pessoas acabam impondo aos outros seus próprios padrões de maneira negativa. Por exemplo, uma pessoa que é muito organizada, obviamente uma boa característica, provavelmente entrará em situações nas quais precisará compartilhar acomodações com outras pessoas, como um cônjuge, filhos ou um companheiro de quarto. Mas nem todas pessoas se esforçam para alcançar o mesmo nível de limpeza e organização do ambiente. Neste cenário, a pessoa organizada pode ficar frustrada e exigir que a outra organize a casa de acordo com seus próprios padrões elevados. Este é um exemplo de imposição da forma de fazer as coisas, e se torna uma maneira injusta de lidar com as pessoas. O correto é que a pessoa excessivamente arrumada aceite que outras pessoas não conseguem manter a casa organizada na mesma medida que ela. Se a pessoa organizada descobrir que não pode funcionar adequadamente em tal situação, deve encarregar-se de pessoalmente manter a organização do lar em seus altos padrões, e não exigir isto dos outros.

A Torá se alonga ao descrever a grande bondade de Avraham. Porém, uma de suas maiores qualidades foi justamente a humildade, que transparecia em seus incríveis atos "Bein Adam Lechaveiró". Apesar de ser um gigante, ele nunca impôs seus próprios altos padrões a outras pessoas e não os tratou de maneira rigorosa. Pois Avraham sabia que não é um objetivo correto nos tornarmos grandes aos olhos de D'us, mas desagradáveis aos olhos das pessoas.
 

SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

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