sexta-feira, 30 de agosto de 2019

APROXIMANDO OS QUE ESTÃO DISTANTES - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT REÊ 5779

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APROXIMANDO OS QUE ESTÃO DISTANTES - PARASHAT REÊ 5779 (30 de agosto de 2019)

 
Chana Freund era uma moça judia religiosa que estava em Israel passeado durante as férias de verão. Certo dia, quando ela estava em um ônibus no centro de Jerusalém, escutou duas mulheres religiosas conversando atrás dela. Como falavam em voz alta, Chana não pôde deixar de ouvir a conversa. Uma delas contava, em tom de queixa, que uma família não religiosa havia se mudado para o seu prédio. Ela considerava isto uma afronta! Como seria conviver com pessoas cujos valores, modos e aparências eram tão diferentes? Que desagradável seria viver com pessoas que, sem dúvida, olhavam para os religiosos com hostilidade e desprezo! A mulher estava claramente chateada e preocupada que a presença daquela família não religiosa poderia ameaçar o estilo de vida de sua família.
 
Chana não tinha muita experiência com este tipo de situação, mas já tinha trabalhado como voluntária em um projeto cujo objetivo era ensinar os fundamentos do judaísmo para crianças de famílias afastadas do judaísmo. Mesmo sendo muito envergonhada, ela tomou coragem, virou-se para a mulher que estava chateada e disse:
 
 - Desculpe a minha intromissão. Meu nome é Chana Freund, eu sou americana, moro no Brooklin, e estou aqui apenas de férias. Mas não pude deixar de escutar o quanto você está chateada com esta situação dos seus novos vizinhos não religiosos. Gostaria de lhe dizer que talvez eles se comportem desta maneira porque nunca foram apresentados a um modo diferente de vida. Muito provavelmente eles nem conhecem a beleza das Mitzvót da Torá. Talvez, se você mostrasse a eles com carinho, tudo seria diferente...
 
 - Moça, desculpe, mas você é muito jovem e ingênua - a mulher a interrompeu no meio da frase - você não tem ideia de quão profundo é o ódio entre os religiosos e os não religiosos. Eles certamente desprezariam qualquer convite meu. Além disso, eu não sei explicar as Mitzvót para as pessoas. Certamente não sou a pessoa certa.
 
Chana não se abalou com a resposta da mulher. Ela contou uma história, em nome do grande rabino Chafetz Chaim, que incentivava qualquer pessoa, mesmo aquelas que não eram "especialistas", a se ocupar com a sagrada missão de aproximar da Torá os judeus mais afastados. As mulheres escutaram a história, agradeceram e desceram do ônibus. Chana começou a se questionar se havia feito a coisa certa. Será que ela tinha sido muito intrometida?
 
Meses se passaram. Certa noite, pouco depois da Festa de Sucót, Chana atendeu o telefone. Era uma mulher, com sotaque israelense, procurando por ela. A mulher então falou:
 
- Meu nome é Sara Klapchuk. Sou de Jerusalém. Não sei se você vai se lembrar de mim, mas nos encontramos em um ônibus e tivemos uma conversa sobre vizinhos não religiosos. Como lembrei que você disse que morava no Brooklyn, consegui uma lista telefônica e tentei ligar para todos os números associados ao sobrenome "Freund", até que finalmente consegui te encontrar. Queria muito te agradecer e te dar boas notícias. No momento em que conversamos, dentro do ônibus, eu não gostei do que você me disse. Porém, mais tarde, quando cheguei em casa, refleti e cheguei à conclusão de que você estava certa e decidi tentar. Eu convidei a família não religiosa para vir jantar conosco no Shabat. No começo percebi que eles ficaram receosos, mas acabaram aceitando. A experiência foi muito agradável para todos. Desde então, eles já voltaram várias vezes no Shabat. No final, eles também já kasherizaram a casa e colocaram seus filhos em uma escola religiosa. A família está crescendo em Torá e Mitzvót, e tudo isto é mérito seu. Por isso, queria muito te agradecer."
 
Chana não tinha feito nada de especial, apenas teve a coragem de se preocupar com os judeus que estavam afastados da Torá. E sua coragem foi contagiante. Podemos imaginar os méritos de Chana e de Sara Klapchuk pela transformação espiritual dos vizinhos? E podemos imaginar os méritos dos vizinhos, pela coragem que demonstraram ao mudar suas vidas? Precisamos apenas começar, e D'us nos enviará a ajuda necessária. O resultado é Dele, mas o esforço é nosso.

Nesta semana lemos a Parashat Reê (literalmente "Veja"), que continua com os discursos finais de Moshé Rabeinu diante do povo judeu. Moshé estava especialmente preocupado com um povo que estava na iminência de sua entrada na Terra de Israel, após 40 anos completamente imerso em santidade, isolado do resto do mundo. Como seria o contato com outros povos, pessoas idólatras e de comportamento moral questionável? Moshé queria preparar os judeus, para que soubessem lidar com todos os tipos de influências negativas e não permitissem que estas influências os desviassem do caminho correto.

Entre os muitos assuntos ressaltados por Moshé está a advertência em relação àquele que tenta persuadir seus companheiros judeus a abandonarem a Emuná (fé) em D'us e se voltarem para a adoração de ídolos. A Torá prevê inclusive a situação na qual uma pessoa pressiona os membros de sua própria família, em um esforço para levá-los a servir outros deuses. A Torá ainda levanta o risco de pessoas conseguirem "contaminar" uma cidade inteira e convencer seus habitantes a se tornarem idólatras.
 
De fato, sabemos que muitas vezes a fonte mais forte de pressão negativa em relação à nossa espiritualidade vem justamente dos próprios membros da família. Quando uma pessoa decide elevar seus padrões de observância da Torá, alguns parentes podem desaprovar suas mudanças de estilo de vida e, por isso, tentam dissuadi-lo de embarcar nessa estrada de crescimento espiritual. A situação é ainda mais difícil nas casas de "Baalei Teshuvá" (pessoas não religiosas que começaram a seguir os caminhos da Torá), onde verdadeiras guerras acabam ocorrendo entre os familiares. As pessoas que fizeram Teshuvá muitas vezes são rotuladas pelos familiares como "extremistas" e "pessoas de cabeça fraca, que se submeteram a uma lavagem cerebral". Portanto, a "torcida contra" dos familiares próximos é uma das maiores dificuldades para o crescimento espiritual, conforme Moshé já havia advertido o povo.
 
Percebemos que a Torá trata esta tentativa de desviar alguém do caminho correto de uma maneira bastante severa, condenando à pena de morte aqueles que tentam convencer outros a adorarem ídolos. Ao formular esta lei, a Torá explica porque tal indivíduo é tratado com tanta severidade: "Pois ele tentou atrair você para longe de Hashem, teu D'us" (Devarim 13:11). Mais do que apenas transgredir e desrespeitar as leis Divinas, esta pessoa também influenciou outras pessoas a transgredirem, e isto é muito grave. Mesmo que os portões do arrependimento estão sempre abertos para aqueles que tropeçam e se desviam do caminho, aquele que leva outros aos caminhos da transgressão é julgado de forma mais rigorosa, como está escrito: "Todo aquele que causa com que muitos se desviem do caminho correto não recebem nenhum tipo de ajuda Celestial para que possam se arrepender de seus maus atos". (Pirkei Avót 5:18). 
 
Porém, há algo que chama a atenção na linguagem do versículo. Não está escrito que a pena de morte se aplicava a alguém que havia causado com que outra pessoa servisse outros deuses, e sim que se aplicava a alguém que havia tentado causar este afastamento entre a pessoa e D'us. Isto significa que a pessoa já era considerada merecedora da pena de morte apenas pela "tentativa", mesmo que seus esforços não fossem bem-sucedidos e as pessoas permanecessem firmemente comprometidas com D'us e com a Torá. A mera tentativa de levar outros judeus para longe da Torá já é, por si só, um ato condenável e uma gravíssima transgressão.
 
O Rav Simcha Zissel Ziv zt"l (Lituânia, 1824 - 1898), mais conhecido como Saba MiKelem, observa que a misericórdia de D'us é muito maior do que o Seu julgamento estrito. Portanto, se a Torá atribui um castigo tão rigoroso à simples tentativa, bem sucedida ou não, de desviar outras pessoas do caminho correto e afastá-los de D'us, então certamente muito maior será a recompensa guardada para aqueles que se esforçam para aproximar os outros da observância da Torá.  Quer sejamos ou não bem-sucedidos, há um grande valor em apenas nos esforçarmos, iniciando qualquer tipo de tentativa sincera de trazer nossos companheiros judeus a padrões espirituais mais elevados. Certamente, se formos bem-sucedidos e fizermos com que outros judeus se aproximem da Torá, mesmo que seja apenas em algumas poucas áreas, não podemos sequer imaginar a recompensa que receberemos. Mas, independentemente disso, nosso trabalho é tentar, fazer a nossa parte, como ensinam nossos sábios: "Não está sobre você a responsabilidade de acabar todo o trabalho. mas você também não está isento de participar dele" (Pirkei Avót 2:16). Isto significa que D'us não cobrará de nós o resultado, mas sim cobrará de nós o esforço e, no mínimo, a preocupação com os outros judeus.
 
Explica o Rav Eli Mansour que certamente a Mitzvá de trazer de volta ao caminho correto pessoas que estão afastadas é uma das mais importantes em nossa geração. Infelizmente atingimos nos nossos dias altíssimos índices de assimilação e abandono dos ensinamentos da Torá. Não é necessário ser um rabino treinado ou um profissional para cumprir esta Mitzvá, é necessário apenas coração, a preocupação com o próximo, conforme ensinam os nossos sábios: "No lugar onde não há pessoas (que façam o que é necessário fazer), seja a pessoa" (Pirkei Avót 2:5). Esta é um Mitzvá que se aplica a todos. Cada um de nós, utilizando suas forças específicas, pode alcançar este objetivo. A grande maioria das pessoas afastadas nunca teve ao menos a oportunidade de conhecer o que é uma vida de Torá e Mitzvót e, por isso, cada pequena tentativa é valiosa. É verdade que os resultados estão apenas nas mãos de D'us, mas cabe a nós ao menos fazer o esforço.
 

SHABAT SHALOM
 

R' Efraim Birbojm

 
Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue, Laila bat Sara, Eliezer ben Shoshana, Mache bat Beile Guice, Feiga Bassi Bat Ania, Mara bat Chana Mirel, Dina bat Celde, Celde bat Lea, Rivka Lea bat Nechuma, Perl bat Chaya Esther.
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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

APROVEITANDO A OPORTUNIDADE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT EKEV 5779

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APROVEITANDO A OPORTUNIDADE - PARASHAT EKEV 5779 (23de agosto de 2019)

 
"Yossef era um homem muito honesto e trabalhador. Após anos de esforço, conseguiu juntar dinheiro suficiente para comprar um pequeno hotel. Aos poucos, foi conseguindo fazer reformas e oferecer um serviço cada vez melhor aos hóspedes, atraindo muitos turistas. Isto causou inveja nos outros donos de hotéis da cidade, pois muitas vezes o hotel de Yossef estava cheio, enquanto os outros estavam vazios.

Certo dia, oficiais de justiça chegaram ao hotel de Yossef trazendo uma intimação. Yossef estava sendo processado, pois o governo havia recebido um telefonema anônimo, acusando Yossef de vários crimes que ele não tinha cometido. Várias provas falsas haviam sido produzidas para condená-lo. De acordo com os argumentos da acusação, caso fosse condenado, Yossef terminaria seus dias na prisão. Ele ficou transtornado, sem saber o que fazer.

Yossef não desistiu. Ele contratou os melhores advogados da cidade para provar sua inocência, mas todos os seus esforços foram em vão. Então aconselharam Yossef a tentar a única coisa que poderia realmente salvá-lo da prisão: pedir clemência diretamente ao rei e provar que ele era inocente. O rei era muito reto e certamente não permitiria uma condenação injusta. Porém, como poderia chegar até o rei? Somente pessoas próximas dele conseguiam uma audiência. Ele precisava de apenas alguns instantes de proximidade, mas como conseguir?

O que Yossef não sabia era que o rei tinha um costume secreto. Uma vez por ano ele tirava as roupas reais e se vestia com roupas comuns. Vestido desta maneira, ele saía do palácio e passeava pela cidade sem que ninguém soubesse que se tratava do rei. Ele fazia isto para ficar perto do seu povo e verificar se tudo estava correndo bem, se seus súditos estavam contentes e se a justiça estava sendo cumprida. E aconteceu que, desta vez, o rei decidiu visitar justamente a cidade de Yossef. E algo incrível aconteceu: o rei resolveu se hospedar no hotel de Yossef. Por uma semana o rei circulou pela cidade e conversou amigavelmente com Yossef na volta dos seus passeios, mas sem que Yossef desconfiasse que tratava-se daquele rei com quem ele tanto queria conversar.

Passados alguns dias, depois que o rei já havia voltado ao palácio, começaram a surgir rumores na cidade de que o rei tinha passado uma semana na cidade, disfarçado, e que havia se hospedado justamente no hotel de Yossef. Quando Yossef escutou os rumores, lembrou-se daquele hóspede com quem havia conversado tantas vezes. Porém, como não sabia que era o rei, não havia aproveitado a oportunidade para apresentar seus argumentos. Yossef rasgou suas roupas em um ato de desespero. Faltava pouco tempo para o julgamento, como faria para que seus argumentos chegassem até o rei bondoso, sua única chance de conseguir a libertação da prisão? Parecia que já era tarde demais..."
 
Explica o Chafetz Chaim que assim também acontece conosco. Durante toda a vida neste mundo material temos a possibilidade de nos conectarmos a D'us, através da Torá e das Mitzvót. Infelizmente muitos acabam desperdiçando esta incrível oportunidade e, quando percebem, já não há mais muito o que fazer.

Uma das doenças que mais atingem atualmente a humanidade é a depressão. As pessoas vivem cada vez mais infelizes, estão sempre reclamando de tudo e esperando o "quando algo acontecer" para serem felizes. Porém, a Parashat desta semana, Ekev (literalmente "Se"), nos ensina que poderíamos estar muito felizes se tivéssemos a claridade de quantas bondades e oportunidades D'us nos dá a cada instante.
 
Nesta Parashat, Moshé continua seu discurso de despedida diante de todo o povo judeu. Novamente ele nos aconselha a andarmos nos caminhos corretos, ressaltando os benefícios de cumprir o que D'us nos pediu, como está escrito: "Porque, se vocês guardarem todos estes mandamentos que eu ordeno que vocês façam, que amem a Hashem, teu D'us, que andem em todos os Seus caminhos e se unam a Ele. E então D'us expulsará todas estas nações da frente de vocês" (Devarim 11:22). Mas o que significa a linguagem "se unir a D'us"?
 
Explica o Chafetz Chaim (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933) que, entre Suas infinitas bondades, D'us nos colocou neste mundo material, um mundo cheio de escuridão, para nos dar o livre arbítrio e nos permitir que façamos o bem por escolha. Apesar de ser um mundo de escuridão, D'us nos deu a possibilidade e a oportunidade de nos conectarmos a Ele e O chamarmos em todos os momentos que quisermos e precisarmos, conforme está escrito: "D'us está próximo de todos os que O chamam" (Tehilim 145:18). Há outro versículo que diz: "Busquem D'us quando Ele se encontra" (Yeshayahu 55:6). Segundo os comentaristas, isto se refere justamente ao mundo material, onde D'us pode ser encontrado por todos os que O procuram. D'us também nos garantiu esta proximidade, conforme está escrito: "Em todo lugar onde Meu nome for mencionado, Eu irei até você e o abençoarei" (Shemot 20:20). Porém, este mérito foi dado ao ser humano apenas neste mundo material, através do cumprimento da Torá e das Mitzvót. A partir do momento em que a pessoa falece e chega ao "Mundo da Verdade", caso encontre muitas divisórias entre ela e D'us, já não está mais em suas mãos a possibilidade de se aproximar de D'us. O único momento em que a pessoa realmente se aproxima de D'us após a morte é no momento em que ela é levada ao seu julgamento Celestial, quando será avaliada por todos os atos praticados na vida. Porém, neste momento a pessoa não deseja esta aproximação, pelo medo das consequências do seu julgamento e, portanto, ela vai forçada. Assim, vale muito mais a pena a pessoa buscar se aproximar de D'us neste mundo, quando isto é feito por vontade, do que se aproximar à força depois da morte.
 
O Chafetz Chaim, quando tinha por volta de 80 anos, certa vez juntou todos os seus alunos em sua casa após um dia inteiro de estudos e explicou a eles algo que tinha acabado de conseguir entender com mais profundidade. Muitas vezes pronunciamos Brachót no nosso dia-a-dia, porém sem o entendimento correto das palavras que estão sendo pronunciadas. Por exemplo, todos os dias dizemos na Tefilá da manhã uma interessante Brachá chamada "Elokai": "D'us, a alma que Você me deu é pura. Você a fez, Você a concebeu, Você soprou-a em mim e Você a conserva dentro de mim. E Você futuramente a retirará de mim e a devolverá em um futuro vindouro. Todo o momento em que a alma estiver dentro de mim, eu Te agradeço, meu D'us e D'us dos meus antepassados...". O que esta Brachá nos ensina? Que intenções devemos ter ao pronunciá-la?
 
Quando nossos sábios determinaram os textos das Brachót, parte do objetivo era que prestássemos atenção às ações importantes que fazemos na vida. O Chafetz Chaim explicou aos seus alunos que na Brachá "Elokai" podemos internalizar no coração o conceito de que nossa alma é pura, e que justamente por isto ela é eterna. Nossa alma existe desde a criação do mundo e ela continuará existindo por toda a eternidade. Dentro deste período infinito, há um período muito curto, de 70 ou 80 anos, no qual esta alma é "plantada" em nosso corpo. E são justamente estes poucos 70 ou 80 anos que fazem toda a diferença na definição da eternidade da alma, pois é somente durante este período que nós podemos, e devemos, completar a nossa missão, que é manter a pureza da nossa alma, melhorá-la e embelezá-la.
 
Há algo muito interessante no texto desta Brachá. A mesma alma que será retirada por D'us no momento da morte será regressada ao nosso corpo para a vida eterna. Isto significa que, no nível em que nossa alma for devolvida a D'us, quando terminarmos o nosso tempo de vida neste mundo, assim ela voltará e se fixará na pessoa por toda a eternidade. Em outras palavras, a nossa eternidade depende de como vamos viver os poucos anos de vida no mundo material. O que for construído neste mundo será levado para toda a eternidade.
 
É por isso que dizemos na Brachá: "Todo o momento em que a alma está dentro de mim, eu Te agradeço", pois a oportunidade de agradecer, de se santificar, de se purificar, de crescer e melhorar foi dada ao ser humano unicamente neste curto período de tempo, no qual a alma está dentro do nosso corpo, quando temos escolhas. Portanto, temos que aproveitar a oportunidade. São poucos anos de esforço para uma recompensa eterna.
 
Isto se conecta com outro importante ensinamento da nossa Parashat e com o importante momento do ano no qual estamos entrando. Estamos chegando ao mês de Elul, o último mês do ano, mês de preparação para o nosso julgamento de Rosh Hashaná. Esta é uma época propícia para o arrependimento e para o conserto dos nossos atos. E, em especial, é uma época de conexão com D'us. Nossos sábios explicam que nesta época "Hamelech Bassadê" (o Rei está no campo), isto é, D'us sai do Seu "palácio" e chega mais perto de nós, de todos aqueles que querem se aproximar Dele. Se o mundo material já é a oportunidade ideal de conexão com D'us, o mês de Elul é uma oportunidade ainda maior.
 
Na prática, como nos aproximamos de D'us? A linguagem do começo da Parashat nos traz a resposta. Assim está escrito "Vehaia Ekev Tishmeun" (Eis que se vocês escutarem). A palavra Ekev, além de significar algo condicional, também significa calcanhar. Rashi (França, 1040 - 1105) explica que a Torá está se referindo às pequenas Mitzvót, aquelas que acabamos, no nosso dia a dia, pisando nelas com os nossos calcanhares, isto é, desprezando-as por parecerem muito simples e sem valor. Porém, é justamente através das pequenas atitudes do nosso cotidiano, através das Mitzvót do nosso dia-a-dia, que podemos construir a nossa conexão espiritual. Todo o nosso julgamento de Rosh Hashaná pode ser diferente de acordo com os nossos atos. Toda a nossa eternidade pode mudar através do nosso comportamento. Se aproveitarmos a oportunidade, se nos esforçarmos um pouco mais nas pequenas atitudes da vida, colheremos uma eternidade de Brachót.

 

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R' Efraim Birbojm

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