quinta-feira, 27 de junho de 2019

HUMILDADE COM AUTOESTIMA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT SHELACH LECHÁ 5779






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HUMILDADE COM AUTOESTIMA - PARASHAT SHELACH LECHÁ 5779 (28 de junho de 2019)

"Um burrinho voltava da roça com um carregamento de lenha. O caminho era estreito e cheio de obstáculos. O burrinho caminhava devagar, humildemente, com as orelhas caídas e murchas. Como a carga era larga, ocupava quase toda a largura do caminho. Justamente quando ele estava na parte mais estreita da estrada, encontrou um belo cavalo que vinha no sentido contrário. Era realmente um belo animal, que marchava orgulhosamente com a cabeça erguida, usando sobre o lombo uma bela manta de lã e um freio de ouro.

- Olá, coisa feia! - gritou o cavalo - Saia já da estrada, pois eu quero passar! Não vê quem eu sou?

O pobre burrinho, humildemente, nada respondeu. Não poderia voltar e nem liberar a estrada. Encostou-se o mais que pôde no barranco, mas mesmo assim o cavalo não poderia passar com facilidade. O cavalo forçou o passo, avançando impetuosamente. Tentou passar com tanta fúria que se raspou na lenha que o burrinho transportava. Rasgou a manta de lã e também o próprio couro, ficando ferido. Aquela ferida acabou infeccionando e, mesmo tratando com os mais caros medicamentos, depois daquele acidente ele nunca mais foi um cavalo garboso, pois ficou feio com aquele enorme defeito bem visível. Para sua infelicidade, foi vendido a um pequeno fazendeiro, que precisava de um cavalo para puxar uma pesada carroça.

A partir de então, sua vida tornou-se muito diferente. Com tanto trabalho, ficou magro e surrado. Tinha que puxar a carroça horas por dia. Certa vez, encontrou-se novamente com o burrinho. Ao ver o estado em que estava aquele cavalo, anteriormente tão orgulhoso, o burrinho ergueu a cabeça, levantou as orelhas, encheu o peito e disse:

- Por favor, vossa senhoria pode passar primeiro! O caminho está livre para você passar com sua pesada carroça. Eu desejo que tenha sempre ótimos dias como este de hoje! Que tenha boa e longa vida neste seu novo trabalho".

É importante ser humilde. Porém, às vezes, diante de pessoas que querem nos diminuir, devemos erguer a cabeça e sentir orgulho de quem somos. Não são os outros que definem o nosso verdadeiro valor, somos nós mesmos.

Nesta semana lemos a Parashat Shelach Lechá (literalmente "Envie para você"), que descreve uma das maiores tragédias da história do povo judeu. Após entregar a Torá no Monte Sinai, D'us queria que os judeus fossem imediatamente para a Terra de Israel, onde poderiam cumprir na totalidade as Mitzvót que haviam recebido. O povo, porém, não confiou em D'us. Apesar Dele ter prometido, desde Avraham Avinu, que daria a Terra de Israel ao povo judeu, a terra do leite e mel, o povo preferiu mandar espiões para checar. Esta falta de Emuná (fé) acabou custando caro. Apesar dos 12 espiões enviados terem sido escolhidos entre as pessoas mais elevadas do povo, 10 deles voltaram falando mal da Terra de Israel, afirmando que não seria possível conquistá-la. Isto causou uma histeria no povo e um duro decreto de D'us: aquela geração não teria mais o mérito de entrar na Terra de Israel.

Um dos únicos espiões que conseguiu escapar da grave transgressão foi Yehoshua bin Nun, o fiel aluno de Moshé. Mesmo diante do incrível impacto negativo do relato dos outros espiões, ele manteve sua Emuná inabalável. Qual foi o "segredo" de Yehoshua para conseguir passar neste teste tão difícil, no qual pessoas tão grandes tropeçaram?

Antes do envio dos espiões, há um versículo que chama a atenção: "Aqueles eram os nomes dos homens que Moshé enviou para espiar a terra. Porém, Moshé mudou o nome de Hoshea Bin Nun para Yehoshua" (Bamidbar 13:16). Por que Moshé mudou o nome do seu aluno antes de enviá-lo nesta difícil missão?

Explica Rashi (França, 1040 - 1105) que a mudança do nome foi o reflexo da Tefilá (reza) que Moshé fez pelo seu aluno, pedindo a D'us que o salvasse do tropeço dos espiões. De acordo com o Rav Yonatan ben Uziel zt"l (viveu há cerca de 2.000 anos), quando Moshé percebeu que seu aluno era extremamente humilde, ele mudou o seu nome para Yehoshua. Mas por que Moshé sentiu a necessidade de fazer esta mudança no nome de Yehoshua somente depois de reconhecer a grande humildade dele? E por que justamente o acréscimo da letra "Yud"?

Em hebraico, a palavra "traço de caráter" é "Midót". Porém, a palavra "Midót" também significa "medidas". Todos os traços de caráter podem ser utilizados de forma positiva, desde que estejam na medida correta. De acordo com o livro Orchót Tzadikim ("Psicologia dos Justos") mesmo os melhores traços de caráter, como a humildade e a vergonha, também têm um lado negativo, enquanto mesmo os piores traços de caráter, como o orgulho e o descaramento, também podem ser utilizados de uma maneira positiva e construtiva.

Apesar da humildade ser um dos traços de caráter mais valorizados por D'us, ainda assim há um lado muito perigoso nela. Explica o Rav Moshé Schreiber zt"l (Alemanha, 1762 - Eslováquia, 1839), mais conhecido como Chatam Sofer, que quando alguém é muito humilde, pode chegar a se sentir insignificante no contexto de sua importância particular no mundo e pode vir a acreditar que nada do que faz é realmente valioso. Esta pessoa pode inclusive começar a negligenciar suas realizações, pois em algum nível pode acreditar que as coisas que faz não valem nada. Além disso, a pessoa que é humilde demais também pode não ter a coragem para enfrentar os outros em sua comunidade, mesmo quando isto é necessário e importante, como quando Reshaim (pessoas ruins) estão causando danos e é necessário que pessoas se levantem contra elas.

Quando Moshé percebeu o incrível nível de humildade de seu aluno, teve medo que ele não passaria no teste dos espiões e, por isso, mudou seu nome para Yehoshua, acrescentando uma letra "Yud" no início do seu nome, para que, desta maneira, seu nome começasse com as letras "Yud" e "Hei", que formam um dos Nomes de D'us. Cada um dos Nomes de D'us representa alguma característica Dele. O nome "Yud" e "Hei" representa a grandeza e o poder de D'us. Moshé queria acrescentar em Yehoshua uma espécie de "arrogância positiva", o orgulho de fazer o que é certo. Quando a pessoa é humilde demais, não encontra forças para lutar pelo que é certo e bom. De fato, a palavra em hebraico para arrogância é "Gaavá", cuja "guemátria" (valor numérico) é 15, a mesma "guemátria" do nome de D'us formado pelas letras "Yud" e "Hei". Moshé sabia que Yehoshua precisaria lutar contra uma influência muito forte e sua humildade seria, neste caso, uma desvantagem. Então Moshé rezou para que ele fosse forte e não fosse atingido pelo que aconteceria ao seu redor. Por isso seu nome precisou ser mudado.

A necessidade da pessoa se sentir única e especial no mundo é algo profundamente importante para os seres humanos. E, de fato, cada um de nós foi criado fisicamente e emocionalmente único. Apesar de haver mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, não há duas pessoas com as mesmas impressões digitais. A capacidade de sermos diferentes vem da força da nossa personalidade, composta até mesmo por um pouco de arrogância. Mas Yehoshua não tinha nada de arrogância. Há um Midrash (parte da Torá Oral) que nos ensina que inicialmente Yehoshua não era nem mesmo respeitado pelo povo judeu. Muitas pessoas o consideravam um tolo, por ele não ser um "Ben Torá" (profundo estudioso da Torá). O tempo inteiro ele estava ao lado de Moshé, honrando-o e sentando-se aos seus pés para escutar seus ensinamentos. A própria Torá define Yehoshua como sendo o "assistente de Moshé" (Bamidbar 11:8). O mérito de Yehoshua ter crescido tanto foi justamente ele ter anulado completamente seu "eu" e ter se tornado o assistente de Moshé. Mesmo mais tarde em sua vida, quando ele foi comparado à lua, refletindo a luz de Moshé, que era comparado ao sol, as pessoas se sentiram envergonhadas. Por isso, Moshé entendeu que precisava tomar uma atitude, para que a humildade de Yehoshua não o derrubasse. Yehoshua aprendeu a transformar o fato de ser o "assistente de Moshé", isto é, alguém que vivia para os outros, em algo que era original e único, algo que era um feito especial, que só ele podia realizar. Yehoshua conseguiu, com esta "pitada" de arrogância, lutar contra a maioria dos espiões que penderam para o lado negativo.

Nossa matriarca Sara originalmente tinha uma letra "Yud" em seu nome, Sarai. Mas D'us mudou seu nome para Sara, substituindo o "Yud" por um "Hei". O Midrash nos ensina que aquele "Yud" retirado de Sara foi dado a Yehoshua. Sara significa "mulher nobre", enquanto Sarai significa "minha mulher nobre". Ao perder seu "Yud", Sara foi tirada de sua posição de uma grande mulher voltada a si mesma para se tornar uma grande mulher que lideraria e serviria à humanidade toda. Por isso seu nome passou, da forma mais pessoal "minha mulher nobre", para "mulher nobre", algo mais geral. Yehoshua, ao contrário, entraria em uma situação na qual sua capacidade de manter sua força interior seria primordial. Há momentos em que não podemos pensar nos outros. Há momentos em que somos obrigados a defender o que é certo. Yehoshua precisava que o "Yud" lhe desse forças para lutar contra o perigo da missão dos espiões. Caso eles falassem mal da Terra de Israel, ele precisaria de forças para se levantar e ir contra a maioria. No final, foi justamente o "Yud" extra que salvou Yehoshua de um enorme tropeço.

Na realidade, todos nós precisamos deste "Yud" extra em nossas vidas. A lição que fica desta Parashat é que a força que precisamos para vencer as dificuldades da vida vem de uma autoestima saudável. Cada pessoa deve saber que pode e deve lutar contra a maré quando esta maré estiver puxando-a para um iminente afogamento. Cada pessoa deve saber que ele é único, importante e especial, mas sem nunca esquecer de ser humilde. O Rav Bunim MiPeshischa zt"l (Polônia, 1765 - 1827) ensina que cada pessoa precisa andar com dois pedaços de papel no bolso. Em um bolso ele deve ter um papel que diz: "Eu sou pó e cinzas" (Bereshit 18:27). Porém, no outro bolso ele deve ter um papel que diz: "Todo o mundo foi criado apenas para mim" (Talmud Sanhedrin 37a). Com este equilíbrio entre a humildade e a autoestima, a pessoa pode lutar contra as dificuldades da vida e, com esforço, pode atingir a perfeição.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm       
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quinta-feira, 20 de junho de 2019

CONSTÂNCIA E COERÊNCIA -SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT BAHAALOTECHÁ 5779

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CONSTÂNCIA E COERÊNCIA - PARASHAT BAHAALOTECHÁ 5779 (21 de junho de 2019)

 
"Yossef mudou-se para Israel. Como não tinha dinheiro para pagar o aluguel de um apartamento sozinho, ele decidiu procurar outros jovens para ter com quem dividir as contas. Recebeu o convite de um grupo de rapazes mais religiosos que estavam com um quarto sobrando em casa. A localização era ótima e seria muito bom ter novos companheiros de casa que também cumpriam Mitzvót. Yossef aceitou na hora.
 
Porém, a alegria de Yossef não durou muito tempo. Como ele gostava muito de leite, sempre deixava uma garrafa na porta da geladeira para beber quando tivesse vontade. Mas começou a perceber que tinha algum "sócio" dentro da casa, que também gostava de beber seu leite. Yossef tentou julgar a situação de forma positiva. Talvez a pessoa não sabia que o leite era particular. Teve então a ideia de colocar uma etiqueta com seu nome na garrafa de leite, para que as pessoas soubessem que era particular. Porém, o "sócio" ainda continuava dividindo com ele seu leite. Yossef não desistiu de julgar a situação de forma favorável. Provavelmente a pessoa viu o nome na garrafa de leite, mas não entendeu que era proibido aos outros. Yossef então foi mais direto. No próximo leite que comprou, escreveu seu nome em letras garrafais, além de "Proibido beber sem autorização". Desta maneira, não haveria dúvidas de que não havia permissão de beber daquele leite.
 
No dia seguinte, a decepção. Mesmo com a etiqueta, o leite havia sido bebido. Era um total descaso! A pessoa estava bebendo o leite, mesmo sabendo que não havia permissão do dono! Yossef resolveu inovar. Tirou uma cópia do versículo da Torá onde aparecia a proibição de roubo e colou no rótulo do leite. Embaixo, escreveu em uma etiqueta: "Usar objetos dos outros sem permissão é roubo". Assim, ficou tranquilo que a advertência funcionaria. Mas sua tranquilidade durou até a manhã seguinte. Durante a noite, alguém havia bebido seu leite. Ao invés de se desesperar, Yossef teve uma ideia original. Comprou um leite no dia seguinte, arrancou a parte do rótulo onde aparecia o carimbo da Hashgachá (Supervisão Rabínica) e colocou uma etiqueta onde estava escrito "Atenção: Chalav Stam" (Leite sem Supervisão Rabínica). A partir deste dia nunca mais ninguém mexeu no seu leite..."
 
Quando a pessoa se importa em ser rigoroso em uma Mitzvá rabínica, mas ignora uma Mitzvá da Torá, isto mostra uma inconsistência no seu Serviço a D'us. O mesmo ocorre quando a pessoa é extremamente rigorosa nas Mitzvót "Bein Adam LaMakom" (Entre ela e D'us), mas acaba não dando a devida atenção às Mitzvót "Bein Adam LeHaveiró" (Entre ela e seu companheiro). Precisamos na vida de equilíbrio e constância.

A Parashat desta semana, Behaalotechá, traz vários assuntos importantes, como a Mitzvá do acendimento diário da Menorá, os sinais Divinos para iniciar e interromper as viagens do povo judeu no deserto, além de alguns erros graves do povo, individuais e coletivos, como a reclamação por comida e o Lashon Hará (maledicência) feito por Miriam.
 
Porém, há algo único e especial nesta Parashat, que a diferencia de todas as outras Parashiót da Torá. No meio da descrição de alguns dos graves erros cometidos pelo povo judeu, há uma "pausa". A narrativa é bruscamente interrompida pelos versículos: "Quando a Arca Sagrada viajava, Moshé dizia: 'Levante-se, D'us, e deixe que Seus inimigos sejam dispersos. Que aqueles que Te odeiam fujam de diante de Você'. E quando ela descansava, ele dizia: 'Volte, D'us, aos milhares de miríades de Israel'". (Bamidbar 10:35,36).
 
De acordo com o Talmud (Shabat 116a), estes dois versículos, que são "isolados" do resto do texto por duas letras "Nun" invertidas, foram colocados fora do seu lugar correto para criar uma interrupção entre três episódios nos quais o povo judeu cometeu graves transgressões. O primeiro episódio foi quando o povo judeu saiu apressado do Monte Sinai, após a entrega da Torá, correndo "como crianças que fogem da escola", isto é, aliviados que, ao se afastar do Monte Sinai, não receberiam mais Mitzvót. O segundo episódio ocorreu quando, após viajar sem interrupção por três dias, o povo reclamou e lamentou o ritmo frenético através do qual D'us os estava conduzindo pelo deserto. Já o terceiro episódio foi a reclamação sobre o "Man", a comida milagrosa que caía do Céu, seguido de uma exigência por carne.
 
Mas por que foi necessária esta interrupção? Uma vez que a repetição tripla de uma conduta constitui uma "Chazaká", isto é, a definição de um novo padrão de acordo com a lei judaica, então a Torá não quis escrever os três episódios em sequência, para que o povo judeu não passasse por uma mudança negativa de status. Porém, por que a interrupção foi inserida entre a primeira transgressão e a segunda, e não entre a segunda e a terceira? Além disso, por que a interrupção foi criada com estes dois versículos? E, finalmente, por que os versículos são delimitados justamente com a letra "Nun", e por que ela aparece invertida?
 
Segundo o Rav Zev Leff, a explicação está no entendimento da importância da constância no Serviço a D'us. O Serviço a D'us ideal é descrito no versículo: "Se você observar com cuidado todo mandamento que eu comando a você hoje, amando a Hashem, teu D'us, e andando nos Seus caminhos todos os dias" (Devarim 19:9). Explica o Rav Avraham ben Meir zt"l (Espanha, 1092 - 1167), mais conhecido como Ibn Ezra, que a expressão "todos os dias" significa "sem interrupção, com consistência e constância". O Talmud (Brachót 6b) diz que se alguém vem regularmente para a sinagoga rezar e um dia se ausenta, D'us questiona a sua ausência. Se ele não tem uma justificativa aceitável, então ele é punido. Porém, o mesmo não se aplica a alguém que nunca vai à sinagoga, isto é, ele não é questionado e examinado da mesma maneira. Por que? ,Pois ele nunca demonstrou ter a capacidade de comparecer de forma regular e constante. Porém, aquele que vem todos os dias demonstra que tem a capacidade de ser constante. Quando ele simplesmente decide não ir um dia, sem uma boa justificativa, ele é cobrado de forma mais rigorosa, pois perdeu o incrível potencial da constância.
 
Isto nos permite entender o motivo pelo qual a Torá fez a separação entre o versículo que descreve a partida precipitada do povo judeu do Monte Sinai e o versículo das reclamações sobre o ritmo rápido que eles estavam viajando. Quando o povo judeu correu do Monte Sinai para evitar a possibilidade de D'us acrescentar mais Mitzvót, então D'us disse: "Meus filhos, se vocês têm tanta energia para correr do Monte Sinai, vamos aproveitar esta energia para chegar mais rápido ao seu destino final, a Terra de Israel". Porém, imediatamente o povo judeu reclamou que não tinha força e resistência para correr tanto. Essa foi a "autocondenação" final do povo judeu: a inconsistência. É como se D'us tivesse falado ao povo judeu: "Meus filhos, vejam que interessante. Para fugir da Torá vocês têm resistência e força. No entanto, para ir para Israel, onde vocês podem cumprir muitas Mitzvót que Eu entreguei, vocês não têm a mesma capacidade?" Para minimizar esta inconsistência, algo grave aos olhos de D'us, a Torá escolheu fazer uma interrupção entre estes dois episódios.
 
Por que a separação foi feita justamente com a letra "Nun" invertida? Nos ensina o Talmud (Shabat 104a) que a letra "Nun" representa a fidelidade e a constância. Portanto, o "Nun" invertido representa o grande erro do povo judeu: a inconsistência e autocontradição. E justamente estes dois versículos foram escolhidos para fazer a interrupção pois eles descrevem o antídoto para a falta de constância. O versículo nos ensina que quando a "Nuvem Divina", que representava a Presença de D'us, começava a subir e partir, isto era um sinal da vontade de D'us que o povo judeu retomasse sua jornada. Moshé então proclamava "Levante-se, D'us". Esta proclamação era uma confirmação da vontade de D'us e uma expressão do desejo de Moshé de subjugar suas vontades perante a vontade de D'us. Da mesma forma, quando a Arca descansava, Moshé novamente proclamava: "Volte, D'us", aceitando a vontade Divina de interromper a viagem.
 
As viagens do povo judeu no deserto eram um grande teste de Emuná (fé). Haviam lugares mais agradáveis, outros menos agradáveis. Haviam dias em que o povo judeu estava mais disposto a caminhar, outros em que os judeus estavam mais cansados. Porém, mesmo assim, eles sempre seguiam a vontade de D'us. Estarmos sempre dispostos a cumprir o que D'us nos comandou, mesmo nos dias em que é mais difícil, em que estamos cansados ou sem vontade, é a fórmula para alcançarmos a constância no nosso Serviço Divino.
 
O Rav Shimshon Raphael Hirsch zt"l (França, 1808 - Alemanha, 1888) comenta que esta Parashat marca o fim de uma época da história judaica e o início de uma nova época, cheia de reclamações, rebeldias e transgressões do povo judeu. Estas atitudes negativas acabaram levando ao pecado dos espiões e culminou, futuramente, na destruição do Beit Hamikdash (Templo Sagrado) e o exílio do povo judeu. A raiz de todo esse infortúnio foi a incapacidade de ser consistente em nosso Serviço a D'us. Portanto, nosso trabalho deve ser direcionado a corrigir esta falha, de modo que as letras "Nun" invertidas fiquem mais uma vez de pé, expressando nossa máxima seriedade e constância. Somente então teremos a oportunidade de voltar a Jerusalém, ao nosso Beit Hamikdash reconstruído, para servir a D'us no nosso máximo potencial.
 
SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm       

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quinta-feira, 13 de junho de 2019

A INTENÇÃO CONTA MUITO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT NASSÓ 5779

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VÍDEO DA PARASHAT NASSÓ

A INTENÇÃO CONTA MUITO - PARASHAT NASSÓ 5779 (14 de junho de 2019)

Uma das Mitzvót que cumprimos durante todos os dias da Festa de Sucót é a Brachá que fazemos sobre os Arba Minim (as 4 espécies: Etrog, Lulav, Adass e Aravá). Seguramos as quatro espécies juntas e recitamos "Asher Kideshanu BeMitzvotav VeTzivanu Al Netilat Lulav". Com exceção do primeiro dia de Sucót, a pessoa pode cumprir esta Mitzvá inclusive pedindo emprestado os Arba Minim de outra pessoa.

Era Chol HaMoed de Sucót e, em Jerusalém, o clima era de festa. Havia várias Sucót (cabanas) montadas nas varandas e nas ruas, cheias de enfeites. As famílias passeavam e as crianças corriam e brincavam pelas ruas. Algumas pessoas traziam nas mãos, voltando da Tefilá, seus Arba Minim. Um senhor religioso, que estava voltando para casa, entrou em um ônibus. Ele viu um homem, que não parecia ser religioso, de pé em um canto do ônibus. Gentilmente este senhor religioso se dirigiu a ele e disse:

- Desculpe incomodar, mas você gostaria de dizer a Brachá e cumprir a Mitzvá dos Arba Minim?

- Não, obrigado - respondeu o homem - não tenho interesse.

O senhor religioso ficou um pouco incomodado com a resposta que recebeu e achou melhor não insistir. Passados alguns minutos, entrou no ônibus o Rav Noach Wainberg zt"l (EUA, 1930 - Israel, 2009). Ao ver aquele homem não religioso de pé, no canto do ônibus, abriu um enorme sorriso, foi até ele e ofereceu:

- Bom dia. O senhor gostaria de cumprir uma Mitzvá? O senhor pode usar os meus Arba Minim para ganhar esta Mitzvá. O senhor tem interesse?

Para a surpresa daquele senhor religioso, que observava toda a cena, o homem aceitou a oferta do Rav Noach Wainberg, pegou os Arba Minim e fez a Brachá. O senhor religioso ficou ainda mais incomodado. Por que ele havia recusado seus Arba Minim, mas agora havia aceitado os que o rabino havia oferecido? Imediatamente foi tirar satisfações, questionando o porquê de ele não ter aceitado fazer a Brachá quando ele tinha oferecido seus Arba Minim. O homem respondeu com sinceridade:

- Você quer saber qual foi a diferença? Quando você me ofereceu seus Arba Minim, eu senti que sua intenção era ganhar mais uma Mitzvá para você, e não uma preocupação comigo. Você queria que seus Arba Minim "rendessem" mais uma Mitzvá. Já este rabino veio oferecer uma Mitzvá para mim. Senti que sua única preocupação era comigo, com os meus méritos, e não com os méritos dele. Por isso eu aceitei.

Nesta semana lemos a Parashat Nassó (literalmente "Faça o levantamento"). A Parashá traz vários assuntos importantes, como a cerimônia feita no caso de uma suspeita de adultério, o voto de Nazir e a Brachá dos Cohanim.  Esta é a Parashat mais longa de toda a Torá, e um dos motivos é o último assunto trazido: a doação que cada um dos "Nessiim" (líderes das tribos) ofereceu durante a inauguração do Mishkan (Templo Móvel). O Mishkan foi inaugurado no primeiro dia do mês judaico de Nissan, e a cada dia um dos líderes trazia sua oferenda, que era voluntária, como está escrito "Um líder cada dia, um líder cada dia, apresentará sua oferenda para a inauguração do altar" (Bamidbar 7:11).
 
Este assunto das doações parece não ter implicações práticas em nossas vidas. Porém, sabemos que cada detalhe da Torá foi escrito como ensinamento para todas as gerações. Na verdade, há algo muito interessante em relação às doações dos Nessiim que é certamente um ensinamento muito atual. Como as doações eram voluntárias e não tinham nenhum limite, nem mínimo nem máximo, o que esperaríamos que acontecesse? Que cada líder traria uma doação maior do que as doações anteriores, de forma que cada um pudesse mostrar que era mais poderoso que os outros. Isto causaria uma "inflação" das doações e uma disputa, motivada pela honra, para ver quem ofereceria os melhores presentes.
 
Por que pensamos assim? Pois infelizmente isto é muito comum atualmente, nas festas de casamento, Bar-Mitzvá e Brit-Milá, quando é travada uma "guerra silenciosa" para ver quem pode dar a festa mais chique. Esta "guerra silenciosa" acaba causando um sentimento de inferioridade nas pessoas que não podem oferecer festas tão "caprichadas". Muitos acabam até mesmo se endividando para não passar vergonha. Com tantas famílias necessitadas, precisando de dinheiro para familiares doentes ou até mesmo para os gastos básicos do dia-a-dia, é um grande desperdício que tanto dinheiro seja gasto apenas para demonstrações de poder e honra.
 
Porém, a Torá traz um incrível louvor para os líderes do povo judeu: todos eles decidiram oferecer exatamente as mesmas coisas. Em um gesto de respeito e união, eles decidiram não "inflacionar" as doações. Este lindo gesto não passou despercebido aos olhos de D'us, que fez questão de escrever na Torá cada doação de cada um dos líderes, apesar delas serem idênticas. Foram doações acompanhadas de humildade e respeito ao próximo.
 
Porém, isto desperta um questionamento. Esta "demonstração de apreço" de D'us "custou" para a Torá 72 versículos. Sabemos que a Torá é extremamente compacta, sendo que muitos ensinamentos são transmitidos até mesmo por derivação de outros assuntos. O mesmo elogio aos líderes também teria sido transmitido com sucesso mesmo que a doação de todos tivesse sido escrita apenas uma única vez e a Torá ressaltasse que todos trouxeram os mesmos presentes. Então, por que foi necessário escrever 12 vezes as mesmas doações?
 
Poderíamos tentar responder através de um interessante Midrash (parte da Torá Oral) que se alonga muito ao explicar que, apesar das doações terem sido iguais, a motivação de cada um dos líderes refletia suas próprias habilidades únicas. Porém, mesmo que cada líder tinha sua própria motivação individual para as suas oferendas, ainda assim não teríamos chegado à mesma conclusão se a Torá tivesse registrado as oferendas apenas uma vez? O importante, neste caso, não seria apenas saber quem eram os líderes e o que eles haviam oferecido? Então por que repetir a mesma doação 12 vezes?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que a Torá escolheu se alongar e "gastar" 72 versículos para nos trazer um ensinamento espetacular. Às vezes vemos duas pessoas fazendo o mesmo ato e pensamos que os dois atos foram idênticos. Porém, mesmo que de forma externa os atos pareceram iguais, espiritualmente eles podem ter sido completamente diferentes. Por exemplo, quando dois indivíduos dão Tzedaká ou fazem um ato de Chessed (bondade), isto pode ter sido feito com motivações completamente diferentes. Uma pessoa pode dar Tzedaká a um pobre porque encontra preenchimento pessoal na realização de um ato benevolente, enquanto a outra pode dar Tzedaká por sua enorme preocupação com o pobre.  Nesse caso, não se trata do mesmo ato feito com duas motivações diferentes. Espiritualmente, trata-se de dois atos completamente diferentes de Tzedaká. A Kavaná (intenção) de uma pessoa dá uma nova definição ao ato. As diferentes intenções acabam também ficando evidentes no próprio ato em si.  Por exemplo, esta diferença de intenções pode envolver uma mudança no tom de voz daquele que dá a Tzedaká ou nas suas feições. Enquanto um faz a doação de uma maneira mais "fria", o outro faz o ato com mais "calor humano".
 
Portanto, as diferenças nas Kavanót também podem ser percebidas por aquele que é beneficiado pelo ato de Chessed. Isto significa que o necessitado pode sentir uma diferença no ato de Tzedaká dependendo da motivação envolvida. É esta mensagem que a Torá veio transmitir nestes 72 versículos que descrevem a doação dos líderes. A razão para a repetição da oferenda de cada líder é para nós ensinar que, como eles tiveram Kavanót diferentes, cada oferenda se tornou única a quem estava "recebendo", isto é, D'us. Como cada doação foi única aos olhos de D'us, então Ele fez questão de que todas elas fossem registradas. Apesar do ato ser repetitivo, a intenção de cada um deles foi única e especial.
 
Apesar da Kavaná ser muito importante no cumprimento de qualquer Mitzvá, sendo considerada como se fosse a "alma" do ato, no caso da Mitzvá de Chessed a Kavaná tem uma importância ainda maior. Por um lado, o ato de Chessed é algo grandioso, através do qual nos assemelhamos a D'us, a Fonte de toda a bondade. Porém, por outro lado, o Chessed pode envolver vergonha por parte daquele que recebe a bondade. Por isso, é fundamental fazermos as bondades com alegria e de coração, pois quem recebe percebe a diferença. Uma bondade acompanhada de calor humano entra no coração daquele que recebe e o alegra de verdade. Por isso, sempre que formos dar uma Tzedaká, devemos dar com um grande sorriso. Pois, afinal de contas, isto é de graça.
 
SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm       

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