quinta-feira, 9 de abril de 2015

AMOR RECÍPROCO - SHABAT SHALOM M@IL - SHVII DE PESSACH 5775

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AMOR RECÍPROCO - SHVII DE PESSACH 5775 (09 de abril de 2015)

 
"O Rav Yosef Chaim Shneur Kotler zt"l (Bielorússia, 1918 - EUA, 1982), filho de um dos gigantes de Torá dos Estados Unidos, o Rav Aharon Kotler zt"l (Bielorússia, 1891 - EUA 1962), ficou noivo de uma moça pouco antes de começar a 2ª Guerra Mundial. Por causa da guerra eles foram separados antes de conseguirem se casar, e ficaram muitos anos sem nenhum contato.
 
Quando a guerra terminou, a noiva do Rav Yossef Chaim, que havia ficado muito doente após tantos sofrimentos nas mãos dos nazistas, escreveu para seu noivo isentando-o do compromisso de se casar com ela. Ela argumentou em sua carta que estava muito doente e não conseguiria ser uma boa esposa. O Rav Yossef Chaim respondeu para ela:
 
- Você já perdeu seu pai, perdeu todo o seu dinheiro e perdeu sua saúde. Você acha realmente que eu vou deixar você perder também o seu noivo?"
 
Este é o nível de comprometimento exigido pela Torá entre um marido e sua esposa: chegar ao ponto de um estar mais preocupado com o outro do que consigo mesmo. E este é um modelo do nível que também devemos almejar na nossa conexão com D'us. 

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Nesta 5ª feira de noite (09/04) começa o "Shvii de Pessach", um novo Yom Tov. Diferente do que ocorre em Sucót, quando apenas o primeiro dia é Yom Tov, em Pessach também o sétimo dia é Yom Tov. Por que? Pois neste dia aconteceu mais um grande milagre: a abertura do Mar Vermelho, que permitiu aos judeus atravessarem o mar como se fosse terra seca e escaparem dos egípcios que os perseguiam no deserto. O impacto de mais este milagre foi tão grande que os judeus fizeram um cântico de agradecimento a D'us, chamado "Shirat HaYam" (Cântico do Mar).
 
Mas também há outro Cântico que está conectado com Pessach: o Shir Hashirim (Cântico dos Cânticos), escrito por Shlomo Hamelech (Rei Salomão). Algumas pessoas leem o Shir Hashirim depois do Seder de Pessach, e também é costume ler o Shir Hashirim em público na sinagoga durante o Shabat de Pessach. Entendemos que o Shirat HaYam está conectado com Pessach, pois é parte central da nossa libertação do Egito, mas qual é a conexão entre o Shir Hashirim e a Festa de Pessach? E por que sua leitura foi estabelecida justamente no Shabat?
 
A chave para começarmos a entender está em uma leitura mais atenta dos versículos do Shir Hashirim, que revelam que a narrativa não é escrita a partir de uma perspectiva clara. Os versículos continuamente se alternam entre a narração na perspectiva de D'us e na perspectiva do povo judeu. O Midrash (parte da Torá Oral) traz uma explicação para esta "irregularidade", afirmando que há três casos na Torá onde o relacionamento entre o povo judeu e D'us foi expresso através de um "Shir" (Cântico). O primeiro é o "Shirat HaYam", entoado por Moshé e pelo povo judeu quando eles emergiram sãos e salvos do Mar Vermelho, e que mostra a perspectiva do povo judeu em seu relacionamento com D'us. O segundo é o "Haazinu", que retrata o relacionamento do povo judeu com D'us através da história e é escrito sob a perspectiva de D'us. E o terceiro é o Shir Hashirim, que de acordo com o Midrash é uma combinação de três Cânticos, pois "shir" significa "um cântico" e "shirim" significa "dois Cânticos", o que resulta em três Cânticos. Quais são os três Cânticos dentro do Shir HaShirim? Um cântico é quando D'us expressa Seus "sentimentos" em relação ao povo judeu, um segundo cântico é quando o povo judeu expressa seus sentimentos em relação à D'us, e um terceiro cântico é quando são expressados os sentimentos combinados do povo judeu e de D'us. O Midrash também afirma que o Shir Hashirim supera todos os Cânticos dedicados a D'us. Mas afinal, o que há de tão especial no Shir Hashirim?
 
Também se prestarmos atenção nas Tefilót de Shabat, notaremos algo interessante. Enquanto a Amidá (reza silenciosa) dos Yamim Tovim é a mesma para Shacharit, Minchá e Arvit, no Shabat cada Tefilá tem um formato diferente. Por exemplo, no Arvit dizemos "Ata Kidashta" (Você nos santificou) e "Veyanuchu ba" (descansarmos nela), no feminino. No Shacharit dizemos "Ysmach Moshé" (Moshé se alegrou) e "Veyanuchu bo" (descansarmos nele), no masculino. Já em Minchá dizemos "Atá Echad" (Você é um) e "Veyanuchu bam" (descansarmos neles), no plural. Por que estas diferenças? E o que cada uma das Tefilót do Shabat nos ensina?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que D'us se relaciona com o povo judeu de diversas maneiras. Algumas vezes é um relacionamento de Pai e filho, outras vezes é de Rei e súdito, e algumas vezes é de Senhor e escravo. Mas o Shir HaShirim, mais do que qualquer outro livro da Torá, foca em um relacionamento adicional: o relacionamento íntimo de um Marido com sua esposa. 
 
De acordo com a Halachá (Lei Judaica), o casamento é composto de três estágios. O primeiro estágio é o "Kidushin" (noivado), quando o noivo dá para a noiva um objeto de valor e, caso aceite, ela fica proibida a partir daquele momento de se relacionar com qualquer outro homem do mundo. O segundo estágio é o "Nissuin" (casamento), a partir do qual o noivo assume a responsabilidade financeira do bem estar de sua noiva. Neste estágio é feita uma grande festa, e no final da festa os convidados acompanham os noivos, cantando e dançando, até a sua nova casa. O terceiro estágio é o "Yichud" (isolamento), no qual o noivo e a noiva ficam sozinhos em uma área isolada, guardados por duas testemunhas que garantem a privacidade completa deles. Atualmente estes três estágios são feitos em uma única cerimônia.
 
O Shir HaShirim é o Cântico que expressa a intimidade do relacionamento entre D'us e o povo judeu, enquanto a espiritualidade do Shabat é o cenário que favorece este relacionamento. As três Seudót (refeições) e as três Tefilót do Shabat correspondem aos três estágios do casamento. No Arvit dizemos "Atá Kidashta" (Você nos santificou) e de noite temos a Mitzvá da Torá de fazer Kidush, refletindo o estágio de Kidushin. Em Shacharit dizemos "Ysmach Moshé" (Moshé se alegrou), que reflete a natureza festiva do Nissuin, e é marcado pela refeição festiva do dia. Em Minchá dizemos "Atá Echad VeShimchá Echad, Umi Keamchá Israel Goi Echad Baaretz" (Você é Um, e Seu nome é Um, e quem é como Israel, um povo único no mundo), que descreve a Unicidade de D'us e Seu relacionamento único e especial com o povo judeu, uma conexão eterna, que reflete o estágio do Yichud. Até mesmo as Zemirot (canções) de Shabat refletem estes três estágios do casamento. As músicas cantadas durante o dia têm um ritmo muito mais animado do que as músicas cantadas durante a noite, refletindo o caráter mais festivo do Nissuin. Já as músicas cantadas na Seudá Shlishi, após a reza de Minchá, têm um tom mais voltado à música ambiente, algo mais sublime. E a própria Tefilá de Minchá também é feita em um tom menor, refletindo o caráter de intimidade.
 
E por que a diferença de gêneros nas Tefilót de Shabat? Explica o Rav Yohanan Zweig que o Kidushin causa um efeito muito maior sobre a noiva, pois ela fica proibida de se casar com outros homens, e por isso a Tefilá de Arvit está escrita em uma linguagem feminina. Já o Nissuin causa um impacto muito maior sobre o noivo, pois ele passa a estar financeiramente responsável pela noiva, e por isso a Tefilá de Shacharit está escrita em uma linguagem masculina. O Yichud representa a união do noivo e da noiva, e por isso a Tefilá de Minchá está escrita em uma linguagem no plural, pois o relacionamento entrou no estágio em que ambas as partes são igualmente afetadas, já que elas se tornaram uma só.
 
Os três Cânticos também refletem os três estágios do casamento. O "Shirat HaYam" é o Kidushin, pois foi composto no momento da abertura do Mar Vermelho, o início da nossa jornada através do deserto, descrita pelo Profeta Yirmiahu como o início do casamento do povo judeu com D'us, como está escrito: "Eu lembro da bondade da sua juventude, do amor dos seus dias de noiva; você Me seguiu no deserto, em uma terra não semeada" (Yirmiahu 2:2). O "Haazinu" foi recitado antes da iminente entrada do povo judeu na Terra de Israel, e o Midrash compara a lamentação de Moshé, que não poderia entrar junto com o povo judeu, com o sofrimento de um pai que não consegue ver sua filha entrando na Chupá (que é parte do "Nissuin"). Já "Shiur HaShirim" contém ambos os aspectos anteriores, isto é, o Kidushin e o Nissuin, mas também contém o Cântico entoado por ambas as partes, o povo judeu e D'us, em uníssono. É este terceiro aspecto do Shir HaShirim, que descreve o nível de intimidade do relacionamento entre o povo judeu e D'us, que levou nossos sábios a afirmarem que, enquanto os outros Cânticos são "Kodesh" (Sagrados), o Shir HaShirim é "Kodesh Kodashim".
 
Este amor recíproco entre o povo judeu e D'us pode ser percebido nos diferentes nomes da Festa de Pessach. Enquanto o povo judeu chama esta festa de "Pessach", a Torá chama esta festa de "Chag HaMazót". Por que esta diferença? Enquanto nós louvamos a D'us por Ele ter nos salvado do Egito, e em especial por ter poupado a vida dos nossos primogênitos ao saltar nossas casas durante a Praga da Morte dos Primogênitos (Pessach vem do hebraico "Passach", que significa "saltar"), D'us nos louva por termos confiado Nele ao ponto de irmos ao deserto, um lugar inóspito e sem alimentos nem água, levando apenas algumas Matzót que não tiveram tempo de fermentar. Este é o amor verdadeiro entre D'us e o povo judeu, quando cada um se preocupa antes com o bem estar do outro. Por isso o Shir Hashirim é tão adequadamente lido durante o Shabat de Pessach, a Festa na qual revivemos a criação deste vínculo eterno de amor recíproco entre D'us e o povo judeu.
 
Pessach Kasher Ve Sameach e Shabat Shalom
 
Rav Efraim Birbojm

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terça-feira, 31 de março de 2015

ROTULANDO AS PESSOAS - SHABAT SHALOM M@IL - PESSACH 5775

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ROTULANDO AS PESSOAS - PESSACH 5775 (03 de abril de 2015)

Assim a história de Pessach teria sido relatada pela CNN ou pelo New York Times:
 
"O ciclo de violência entre os judeus e os egípcios continua no Egito, sem nenhuma perspectiva de que seja alcançada em breve a paz na região. Depois de oito pragas lançadas pelos judeus, que acabaram com a infraestrutura egípcia e destruíram a vida de civis egípcios inocentes, os judeus lançaram uma nova ofensiva esta semana, sob o nome de "Praga da Escuridão". Os jornalistas ocidentais ficaram especialmente enfurecidos com este ataque. "É simplesmente impossível conseguir informar quando você não pode ver um centímetro à sua frente", reclamou um frustrado repórter da CNN. "Escutei de uma fonte egípcia confiável ​​que, aproveitando a intensa escuridão, os judeus estão matando milhares de egípcios, homens, mulheres e crianças inocentes. A palavra desta fonte é uma evidência sólida o suficiente para mim".

Enquanto os judeus afirmam que as pragas se justificam e são uma resposta à dura escravidão imposta pelos egípcios, o Faraó, líder egípcio, refuta esta alegação: "Se apenas as pragas parassem, não haveria mais escravidão. Nós só queremos viver livre das pragas. É o direito de toda sociedade". O porta-voz da ONU argumenta que a escravidão é justificável, tendo em vista a superioridade dos armamentos dos judeus, que lhes foram fornecidos pela superpotência D'us. "O uso da força pelos judeus é algo completamente desproporcional", afirma ele.
 
Os europeus estão particularmente enfurecidos com a mais recente ofensiva judaica. "A agressão judaica deve ser interrompida para que seja alcançada a paz na região. Os judeus deveriam voltar para a escravidão, para o bem do resto do mundo", afirmou, irritado, o presidente francês. Até mesmo vários judeus concordam. Adam Shapiro, um judeu, afirma que, embora a escravidão não seja necessariamente uma coisa boa, ela é consequência das pragas, e quando as pragas acabarem, assim também a escravidão terminará. "Os judeus foram longe demais com as pragas, como gafanhotos e epidemia, que praticamente destruíram a economia egípcia", lamenta o Sr. Shapiro. "Os egípcios são realmente pessoas muito agradáveis, e o Faraó é um tipo de pessoa adorável uma vez que você começa a conhecê-lo de verdade", descreve Shapiro.
 
Os Estados Unidos estão exigindo que Moshé e Aharon, os líderes judeus, continuem a negociar com o Faraó. Moshé argumenta que o Faraó fez diversas promessas de libertar o povo judeu, mas logo em seguida as quebrou, impondo uma escravidão ainda mais dura. Porém, o Secretário do Departamento de Estado dos EUA condena a última ofensiva dos judeus. "O Faraó não pode ser responsabilizado, pois ele não tem controle completo sobre os capatazes egípcios", afirma ele. "Os judeus devem voltar à mesa de negociações, e não vão conseguir nada através do uso da força das pragas".
 
A última rodada de violência vem junto com uma nova proposta de paz saudita. "Se apenas os judeus desistirem de sua língua, mudarem seus nomes para nomes egípcios, trocarem suas roupas e deixarem de ter filhos do sexo masculino, as nações árabes se inclinarão para uma paz duradoura com eles", declarou o príncipe herdeiro saudita".
 
Qualquer semelhança infelizmente não é mera coincidência... (Adaptado do Site do Aish HaTorá) 

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Nesta semana o Shabat coincide com a Festa de Pessach, também conhecida como "Zman Cheruteinu" (Época da nossa Liberdade). Pessach é a festa na qual revivemos a saída do Egito, quando D'us revelou Sua força através de incríveis milagres e sinais. Um dos pontos centrais da Festa de Pessach é o Seder, no qual reunimos nossas famílias em volta da mesa e, durante toda a noite, nos sentimos parte da saída do Egito. Recontamos com alegria a história do povo judeu, desde a idolatria que havia na época dos patriarcas, passando pelos terríveis momentos da escravidão egípcia e culminando com a milagrosa salvação de D'us.
 
Mas como os egípcios puderam escravizar os judeus poucos anos após Yossef, um dos filhos de Yaacov, ter se tornado o vice-rei do Egito e, através de seus sábios conselhos, ter salvado todos os egípcios da fome? Como os egípcios, que deviam tanto reconhecimento ao povo judeu, tiveram coragem de nos escravizar? A resposta está nos versículos: "E ele (Faraó) disse ao seu povo: E eis que este povo, os Filhos de Israel, é mais numeroso e mais forte do que nós. Venham, vamos agir com ele com sabedoria, para que ele não se torne mais numeroso do que nós e, caso ocorra uma guerra, ele se junte aos nossos inimigos e guerreie contra nós, e nos expulsem da terra" (Shemot 1:9,10). De acordo com estes versículos, o Faraó teve medo que os judeus se tornariam uma perigosa ameaça à soberania do Egito, e por isso decidiu fazer algo para proteger seu povo.
 
O Faraó escravizou o povo judeu agindo com sabedoria. Ele bolou um plano para fazer a escravidão acontecer aos poucos. Primeiro ele convidou o povo judeu para fazer parte da construção do Egito, em um clima de união nacional. Os judeus quiseram aproveitar a oportunidade de fazer parte da sociedade egípcia e trabalharam com muita empolgação. Nesta primeira fase até mesmo o Faraó participou, para dar o exemplo de cidadania. Mas lentamente os egípcios foram abandonando o trabalho, restando apenas os judeus. O serviço começou a deixar de ser pago, até que aos poucos se transformou em uma brutal escravidão.
 
Este episódio é relembrado na Hagadá, que lemos durante o Seder de Pessach. E assim está escrito: "Vayareiu HaMitzrim (Os egípcios nos fizeram mal), como está escrito: 'Venham, vamos agir com eles com sabedoria' ". Mas esta passagem levanta um grande questionamento: por que, para retratar que os egípcios nos fizeram mal, a Hagadá cita justamente o versículo que descreve a estratégia do Faraó para iniciar a escravidão com sabedoria, se aparentemente a única intenção dele foi combater a iminente ameaça contra a segurança de seu povo? Por que especificamente isto foi visto como um ato maldoso contra o povo judeu, se houveram outros atos muito mais cruéis, como jogar os bebês recém-nascidos no Rio Nilo?
 
O Rav Yohanan Zweig responde através de um conceito interessante da psicologia humana. Ele explica que o ser humano está sempre à procura de métodos para classificar diferentes condições e comportamentos. Por que fazemos isto? Pois quando identificamos e rotulamos um problema, ganhamos mais confiança de que este problema será efetivamente resolvido. Mas infelizmente acabamos utilizando este conceito de maneira equivocada, trazendo consequências negativas. Muitas vezes, em nossa pressa de identificar uma situação na qual estamos tendo alguma dificuldade para controlar, acabamos rotulando esta situação de maneira equivocada e criamos em nossas cabeças um problema que não existe.
 
Foi exatamente isto o que aconteceu no Egito. O Faraó se preocupou com o crescimento do povo judeu e uma possível traição, que colocaria o Egito em perigo. Porém, isto certamente era algo completamente infundado, como foi demonstrado através da intensa participação dos judeus quando foram convocados para construir o Egito. Ao invés de lidar com um potencial problema e buscar alternativas para evitá-lo, o Faraó preferiu rotular os próprios judeus como sendo o "problema egípcio". Como os egípcios tinham uma grande admiração pelos judeus, por toda a contribuição de Yossef, parte da tática do Faraó foi iniciar uma virulenta campanha antissemita, que pregava que os judeus eram maus e queriam destruir o país. A propaganda antissemita foi muito eficiente, a ponto dos egípcios se alegrarem ao perseguir e causar sofrimentos aos judeus.
 
O termo "Vayareiu", que significa "nos fizeram mal", também pode ser lido como "nos transformaram em maus". Não apenas os egípcios nos fizeram mal ao nos escravizar, mas eles fizeram pior do que isso, eles nos rotularam como um "povo problema". Os sofrimentos físicos aos quais os judeus foram submetidos durante a escravidão duraram apenas o tempo em que eles estiveram no Egito, e atingiram apenas os que estavam presentes naquele momento. Mas o rótulo que o Faraó nos colocou, de que somos um "povo problema", nos assombra até os dias de hoje. Esta foi certamente a maior maldade do Faraó contra o povo judeu. Novamente sofremos duramente durante o Holocausto, quando a propaganda nazista bombardeou na cabeça dos educados alemães a mentira de que os judeus eram os vilões que causavam todos os problemas da Alemanha. E infelizmente a história se repete atualmente, com a "demonização" de Israel e dos judeus, que são vistos como "o problema do mundo" mesmo quando são vítimas da violência daqueles que, em nome da "paz", na verdade querem nos varrer do mapa.
 
Esta constante repetição das perseguições contra o povo judeu em diversas épocas históricas também está profetizada nas palavras da Hagadá: "Pois não apenas um se levantou para nos exterminar, mas em cada geração e geração se levantam para nos exterminar". Porém, esta profecia termina com um consolo, uma garantia de que não devemos temer: "E D'us nos salva das mãos deles". Todo momento em que estamos conectados com D'us e com Suas Mitzvót, temos a garantia de que Ele nos protegerá de nossos inimigos e daqueles que querem nos caluniar e nos tornar maus aos olhos do mundo. Este é um dos principais propósitos de Pessach, lembrar que, apesar de não faltarem inimigos e dificuldades em nossas vidas, podemos nos apoiar em D'us para nos proteger e garantir que mais uma geração estará celebrando o Seder de Pessach. Quem sabe, ainda neste ano, em Jerusalém espiritualmente reconstruída.
 
SHABAT SHALOM e PESSACH KASHER VESAMEACH
 
Rav Efraim Birbojm

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quinta-feira, 26 de março de 2015

SER HUMANO, UM PEQUENO GIGANTE - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TZAV 5775

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SER HUMANO, UM PEQUENO GIGANTE - PARASHÁ TZAV 5775 (27 de março de 2015)
 
"Certa vez um jovem de uma importante Yeshivá da Europa, que estava se tornando um grande estudioso da Torá e tinha excelentes traços de caráter, ficou noivo. No discurso de noivado ele fez vários agradecimentos, mas em especial agradeceu ao seu professor do 2° ano. Todos estranharam, pois não era muito comum o agradecimento a um professor que havia ensinado há tanto tempo. Mas o jovem explicou que somente por causa da sensibilidade daquele professor ele havia conseguido chegar até onde chegou. E, para que todos entendessem, contou uma história comovente.
 
Quando ele estava no 2° ano, na época com 7 anos, havia na classe um garoto de família muito rica. Certo dia este garoto rico levou para a escola um caríssimo relógio de pulso. As outras crianças ficaram com inveja, pois naquela época os relógios de pulso eram muitos raros, e nenhuma outra criança possuía um. Na hora do intervalo o garoto saiu para brincar e esqueceu o relógio em cima de sua mesa, mas quando voltou descobriu que o relógio havia desaparecido. Como suspeitaram que um dos colegas de classe havia roubado o relógio, o professor pediu para que todos se levantassem e ficassem de pé ao lado de suas carteiras, enquanto ele revistava os bolsos e as mochilas de cada aluno.
 
O noivo contou, com a voz emocionada, que ficou apavorado quando o professor começou a chegar perto, pois era ele quem havia roubado o relógio. Ele imaginava a humilhação pública que passaria quando fosse descoberto. Mas algo incrível aconteceu. Quando o professor aproximou-se dele e colocou a mão em seu bolso, encontrou o relógio. Porém, ao invés de anunciar que havia descoberto o ladrão, ele agiu com muita sabedoria. Sem ninguém perceber, escondeu o relógio dentro da manga do seu terno e continuou fingindo que procurava nos outros alunos. Quando terminou, ele voltou para seu lugar e anunciou:
 
- Eu encontrei o relógio. Mas ao contrário do que vocês imaginaram, não foi nenhum aluno desta sala que o roubou. Foi o Yetzer Hará (má inclinação), que entrou em um dos alunos e conseguiu convencê-lo a roubar o relógio. Mas como ele é um excelente menino, tenho certeza que de hoje em diante se o Yetzer Hará tentar convencê-lo a novamente fazer algo errado ele conseguirá juntar forças para vencê-lo.
 
Com sua incrível sensibilidade, o professor havia mudado a vida daquele rapaz. Quanta vergonha e humilhação ele poderia ter causado caso revelasse quem era o ladrão? Talvez o aluno até merecesse mesmo uma enorme bronca naquele momento, mas graças à misericórdia daquele professor, o jovem pôde continuar em um caminho correto e conseguiu chegar a ser um estudante de Torá de destaque.
 
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Na Parashá desta semana, Tzav, a Torá continua descrevendo alguns dos serviços executados no Mishkan (Templo Móvel) pelos Cohanim (sacerdotes). A Parashá começa descrevendo um dos serviços mais estranhos que o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) fazia: o "Trumat HaDeshen", que consistia basicamente em limpar o Mizbeach (altar de sacrifícios). Os Korbanót, após serem abatidos, eram queimados durante todo o dia e parte da noite sobre o altar, acumulando uma grande quantidade de cinzas. O primeiro serviço matinal do Cohen Gadol era remover do Mizbeach as cinzas que haviam sobrado do dia anterior. Mas por que este serviço, aparentemente tão "baixo", era atribuído justamente ao Cohen Gadol, alguém espiritualmente tão elevado?
 
Explica o Rabeinu Bechaye (Espanha, 1255 - 1340) que este serviço demonstra o quanto devemos ser humildes diante de D'us, e mesmo o Cohen Gadol precisava se rebaixar e fazer um ato aparentemente degradante. O Rav Shlomo Ephraim (Polônia, 1550 - Praga, 1619), mais conhecido como Kli Yakar, ressalta que as cinzas eram um lembrete para o Cohen Gadol de que, apesar de seu elevado status, ele deveria se comportar com a mesma humildade de Avraham Avinu, que reconheceu o quanto o ser humano é pequeno e insignificante diante de D'us ao declarar: "E eu sou pó e cinzas" (Bereshit 18:27).
 
Há outro ensinamento que enfatiza a importância de reconhecer o quanto o ser humano é pequeno: "Saiba de onde você veio e para onde você vai... De onde você veio? De uma gota podre. E para onde você vai? Para um lugar de pó, vermes e larvas" (Pirkei Avót 3:1). Nossos sábios também ensinam: "Tenha um espírito muito muito humilde, pois a esperança do "Enosh" (ser humano) são as larvas" (Pirkei Avót 4:4).
 
Por outro lado, também há diversos ensinamentos dos nossos sábios que parecem ressaltar a grandeza inerente do ser humano. O Talmud (Sanhedrin 37a) afirma que aquele que salva uma única alma de Israel é considerado pela Torá como se tivesse salvado o mundo inteiro. Nossos sábios também ensinam: "O ser humano é muito precioso pois foi criado à Imagem [de D'us]" (Pirkei Avót 3:14).
 
Em uma análise superficial, parece que há uma enorme contradição entre os ensinamentos dos nossos sábios, pois de um lado parece que o homem é um ser muito elevado, mas de outro lado parece que o homem é um ser inferior. Como entender esta aparente contradição?
 
Explica o Rav Yehonasan Gefen que, na realidade, não há absolutamente nenhuma contradição, pois as diferentes opiniões refletem duas diferentes abordagens em relação ao status do ser humano. Enquanto uma abordagem foca no corpo do ser humano, caracterizado pelos desejos materiais mais baixos, a outra abordagem foca a alma do ser humano, cuja grandeza é incomparável.
 
Uma análise mais detalhada das fontes citadas pelos nossos sábios demonstra esta diferença de abordagem. O serviço de "Trumat HaDeshen" era um lembrete ao Cohen Gadol da natureza passageira do seu corpo, recordando-o que seu final seria o pó. A Mishná no Pirkei Avót também foca apenas na parte corpórea do ser humano e utiliza a linguagem "Enosh" (ser humano), ao invés de utilizar a linguagem mais comum, "Ish". A linguagem "Enosh" representa os aspectos mais baixos do ser humano, como os seus desejos físicos. A Mishná está nos advertindo para não nos tornarmos orgulhosos por causa das nossas realizações materiais, pois como todas as coisas finitas, elas não duram muito. A Mishná não está ensinando que devemos nos sentir como pessoas inerentemente sem valor, e sim que o sucesso na área material não tem nenhum valor intrínseco. O mesmo vale para a Mishná que ensina que viemos de uma gota podre e iremos para um lugar de vermes e larvas, ela está se referindo apenas à natureza provisória e passageira do nosso corpo. Em contraste, o ensinamento do Talmud que ressalta a inerente grandeza de cada ser humano está focando no nosso potencial espiritual. A Mishná do Pirkei Avót também ressalta que somos queridos aos olhos de D'us pois fomos criados à Sua Imagem e Semelhança, o que certamente se refere à nossa alma.
 
Mas por que algumas vezes nossos sábios focam na parte baixa e finita do nosso corpo, enquanto outras vezes eles focam na parte elevada e infinita da nossa alma? Nos ensina o Rav Shlomo Wolbe zt"l (Alemanha, 1914 - Israel, 2005) que há momentos na vida nos quais devemos focar no status baixo e pequeno do nosso corpo, enquanto em outros momentos devemos focar na elevação e na grandeza da nossa alma. O ideal seria lembrarmos sempre que somos limitados, que nossas conquistas materiais e nosso corpo são finitos, pois assim evitaríamos o orgulho e a busca desenfreada pela satisfação dos desejos físicos. Mas é muito arriscado focarmos em como somos pequenos sem antes apreciar nossa grandeza intrínseca. Se a pessoa não tem uma autoestima saudável, focar no quanto ela é pequena pode ser algo muito perigoso. Ao invés da pessoa perceber que não deve se portar com arrogância em relação às suas conquistas e realizações materiais, isto pode fazer a pessoa questionar o valor da sua própria essência. Somente uma pessoa sintonizada com a inerente grandeza da sua essência pode utilizar de uma maneira positiva a ideia de que sua parte física é extremamente baixa.
 
Este mesmo conceito deve ser aplicado aos pais e professores. É muito comum os educadores focarem nos aspectos negativos de seus alunos ou filhos, justificando que da mesma forma que eles receberam uma educação severa de seus pais e por isso conseguiram se transformar em pessoas saudáveis, assim também eles querem educar seus alunos e filhos. Mas muitos educadores defendem a ideia de que as pessoas das gerações passadas tinham a autoestima muito mais saudável e, portanto, os pais e professores podiam utilizar uma educação mais rígida sem medo de consequências negativas. Porém, atualmente as crianças e jovens são muito mais sensíveis e têm menos autoestima. Por isso é muito perigoso focar de forma muito severa o lado negativo delas, mesmo que seja com a intenção de educar.
 
Além disso, mesmo se um pai ou um professor sente que seu aluno ou seu filho pode lidar com um tipo de abordagem mais rigorosa, é bom levar em consideração um importante ensinamento do Talmud (Sotá 47a): "Sempre a mão esquerda deve afastar, enquanto a mão direita deve aproximar". O Talmud está nos ensinando que a abordagem mais rígida deve ser utilizada com a nossa mão mais fraca, a esquerda, enquanto que a abordagem mais leve e bondosa deve ser utilizada com nossa mão mais forte, a direita. O Talmud enfatiza a palavra "sempre", indicando que é um princípio que deve ser utilizado sem exceções. Alguns educadores atuais sugerem que, para cada crítica feita a um filho ou um aluno, devem ser feitos quatro comentários positivos.
 
Do serviço de "Trumat HaDeshen" aprendemos que, para manter nossa humildade, é necessário lembrar sempre da natureza passageira e finita do nosso corpo. Mas apesar desta ser uma lição muito importante, não é uma lição completa, e devemos sempre nos lembrar também do nosso incrível valor espiritual. Pois o segredo do verdadeiro sucesso no judaísmo, em todas as áreas, é o equilíbrio.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT:

                   São Paulo: 17h50  Rio de Janeiro: 17h37                     Belo Horizonte: 17h40  Jerusalém: 18h19
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Avraham ben Chana, Bentzion ben Chana, Ester bat Rivka, Rena bat Salk, Duvid ben Rachel, Chaia Lib bat Michle, Michle bat Enque, Miriam Tzura bat Ite, Fanny bat Vich, Zeev Shalom ben Sara Dvorah, Pece bat Geni, Salomão ben Sara, Tamara bat Shoshana, Yolanda bat Sophie, Chai Shlomo ben Sara, Eliezer ben Esther, Lea bat Sara, Debora Chaia bat Gueula, Felix ben Shoshana, Moises Ferez ben Sara, Zelda bat Sheva, Yaacov Zalman bat Tzivia, Yitzchak ben Dinah, Celde bat Lea, Geni bat Ester, Lea bat Simi, Ruth bat Messoda, Yaacov ben Ália, Chava bat Sara, Moshe David ben Chaia Rivka, Levi Itzchak ben Reizel, Lulu Chana bat Rachel.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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