sexta-feira, 3 de junho de 2011
SHABAT SHALOM M@IL - SHAVUÓT 5771
sexta-feira, 27 de maio de 2011
SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BAMIDBAR 5771
sexta-feira, 20 de maio de 2011
SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BECHUKOTAI 5771
sexta-feira, 13 de maio de 2011
SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BEHAR 5771
BS"D
ANTES UMA MULETA DO QUE UMA MACA – PARASHÁ BEHAR 5771 (13 de maio de 2011)
"Certa vez o Rabino Yossef Dov Soloveitchik, mais conhecido como Beit Halevi, estava dando um discurso na noite de Shabat em uma sinagoga completamente lotada. Ao falar sobre o nosso trabalho de aprimoramento das Midót (características pessoais), ele explicou que a palavra "Midót" significa tanto "características" quanto "medidas". Qual a conexão entre as duas coisas? As nossas características são como o sal, que na medida correta dá um excelente sabor, mas em excesso estraga o gosto da comida. Explicou o Beit Halevi que todas as nossas características, mesmo as que parecem mais negativas, podem ser utilizadas para o bem. Por exemplo, a raiva pode destruir o ser humano, mas também pode ser canalizada para lutarmos contra injustiças.
No meio do discurso um homem levantou-se no fundo da sinagoga e, em tom de zombaria, perguntou:
- Ei, rabino. Se todas as nossas características podem ser utilizadas para o bem, como pode ser positivo utilizar a característica de negar D'us?
Houve um grande silêncio na sinagoga. Será que o rabino teria resposta para aquela pergunta? Mas o Beit Halevi, sem demonstrar nenhuma preocupação, abriu um largo sorriso e disse:
- Sim, há uma maneira de utilizar para o bem a característica de negar D'us. Da próxima vez em que um pobre vier pedir sua ajuda, não diga para ele "D'us te ajudará". Assuma para si mesmo a responsabilidade e o ajude em tudo o que ele precisar".
Tudo o que temos é D'us quem nos dá. Mas de nós deve partir a iniciativa de ajudar a todos aqueles que têm qualquer tipo de necessidade.
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A Parashá desta semana, Behar, traz muitas Mitsvót importantes, como a Shemitá (descanso sabático das terras em Israel) e o Yovel (Jubileu, ano em que se completa o ciclo de 7 Shemitót), além de algumas Mitsvót "Bein Adam Lehaveiró" (entre o homem e seu semelhante). Entre elas, há uma Mitzvá interessante: "Se seu irmão se empobrecer e em sua proximidade suas forças decaírem, você deve fortalecê-lo" (Vayikrá 25:35). O entendimento mais simples deste versículo é que devemos ajudar a todos aqueles que são necessitados. Mas por que a Torá utiliza a linguagem "você deve fortalecê-lo", ao invés de simplesmente utilizar "você deve ajudá-lo"? Explica Rashi que da linguagem "você deve fortalecê-lo" aprendemos que é mais importante ajudar alguém que está caindo do que aquele que já caiu. Mas o que a Torá veio nos ensinar? Será que não é melhor ajudar aquele que não tem mais nada do que aquele que está perdendo o que tem?
Diariamente encontramos nas ruas pessoas necessitadas. No meio do trânsito surgem em nossas janelas pessoas sujas e esfarrapadas, implorando por uma moeda para que possam comer algo. Não agüentamos ver aquelas pessoas necessitadas e acabamos ajudando com algum trocado, e assim nos sentimos melhor. Mas se refletirmos um pouco, este ato de doação foi um ato motivado pelo amor ou pelo egoísmo? A natureza do ser humano é sentir pena daquele que perdeu tudo, e isto nos incomoda. Por isso, quando damos o trocado para o pobre, fazemos pelo nosso próprio bem estar, para nos sentirmos mais confortáveis, não por amor ao outro. Explica o Rav Meir Rubman que, por outro lado, quando vemos uma pessoa que ainda está caindo, não há este sentimento natural de misericórdia. Portanto, ao ajudá-lo, estamos fazendo um ato de amor verdadeiro, não de amor próprio. É por isso que a Torá louva mais aquele que ajuda quem ainda está caindo, pois o ato acaba sendo mais verdadeiro e sincero.
Rashi traz ainda outra explicação. Se um burro com uma carga muito pesada nas costas começa a cair por causa do grande peso que carrega, uma única pessoa é capaz de ajudá-lo a se reerguer. Porém, se o burro chegar a cair no chão, são necessárias cinco pessoas para levantá-lo novamente. Da mesma maneira, quando uma pessoa está caindo é mais fácil ajudá-la a se reerguer e, com menos esforço, é possível dar-lhe novamente uma vida digna. Porém, quando a pessoa já perdeu tudo, torna-se cada vez mais difícil ajudá-la. Por isso o versículo ressalta a importância de ajudar alguém enquanto ele ainda está caindo, ao invés de esperar até que ele perca tudo para começar a ajudar.
Um terceiro ponto pelo qual é mais louvável ajudar alguém que ainda está caindo está relacionado com a nossa sensibilidade. A Torá exige que nos preocupemos com os outros ao ponto de entender suas necessidades sem que eles tenham que nos pedir. Os maiores líderes do povo judeu eram pastores, entre eles Moshé e David Hamelech (Rei David). Por que? Pois já que os animais não falam, os pastores precisam desenvolver sua sensibilidade para perceber sozinhos o que os animais necessitam. Por isso eles se tornaram grandes líderes do povo judeu, pois conseguiam perceber o que o povo necessitava. Todos enxergam quando uma pessoa perdeu tudo, qualquer um consegue ver quando alguém está na sarjeta. Mas poucos conseguem desenvolver a sensibilidade de perceber quando alguém está caindo de forma silenciosa. A Torá valoriza aquele que se trabalhou e percebe, antes do outro cair, que ele precisa de ajuda.
Finalmente, um último motivo para ajudar uma pessoa enquanto ela ainda está caindo é que para o ser humano pedir ajuda aos outros é uma grande humilhação. Por isso o versículo não fala de ajudar alguém que nos pediu ajuda, o versículo nos ensina a ajudar antes mesmo da pessoa vir pedir. Enquanto a pessoa ainda está caindo é possível ajudá-la sem que ela se sinta humilhada. Mas depois que ela já caiu, ela é obrigada a pedir ajuda aos outros, e qualquer coisa que ela recebe torna-se uma grande vergonha.
A Torá exige de nós um nível grande de preocupação com o próximo. Neste mesmo versículo, ao escrever "seu irmão" e não "seu companheiro", a Torá está nos ensinando que é este o nível de amor e preocupação com o próximo que temos que alcançar. Da mesma forma que ninguém deixaria um irmão passando necessidade, assim temos que olhar como se cada um fosse o nosso próprio irmão.
Explica o Talmud que o versículo não se refere somente a uma queda financeira, mas também a uma queda espiritual. Se existe a obrigação de ajudar alguém que perdeu suas posses materiais, muito maior é a nossa obrigação de ajudar alguém que sofreu uma queda espiritual. Atualmente a doença que mais ataca as pessoas é a depressão. Qual é a causa? As pessoas vivem vidas sem sentido. Acordam, vão ao trabalho, almoçam, voltam para casa, assistem à televisão e vão dormir. Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado. Não há metas, não há sentido no que fazem. Portanto uma das maiores bondades que podemos fazer é ajudar as pessoas a encontrarem um sentido para suas vidas. E nesta área a nossa sensibilidade precisa ser ainda maior, pois quando falta dinheiro a pessoa sabe que precisa de ajuda, mas quando falta espiritualidade muitas vezes nem a própria pessoa percebe.
O versículo ensina ainda algo para as nossas próprias vidas. Com cada transgressão que cometemos sofremos uma queda espiritual. Esta queda se assemelha a uma picada de cobra, na qual uma pequena quantidade de venenos é injetada em nosso próprio corpo. Quanto mais tempo demorarmos para consertar nossos erros, maior a chance de que hajam complicações. Temos que nos fortalecer antes de cairmos, pois depois fica cada vez mais difícil. Para alguém que está caindo uma muleta volta a dar equilíbrio, mas para alguém que já caiu, é necessária uma maca com várias pessoas para ajudar.
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT:
São Paulo: 17h15 Rio de Janeiro: 17h01 Belo Horizonte: 17h10 Jerusalém: 18h47
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Renée bat Pauline, Ester bat Libi, Frade (Fanny) bat Chava, Chana bat Rachel, Léa bat Chana; Pessach ben Sima, Eliashiv ben Tzivia; Chedva Rina bat Brenda; Israel Itzchak ben Sima; Eliahu ben Sara Chava; Avraham David ben Reizel; Yechezkel ben Sarit Sara Chaya; Sara Beila bat Tzvia; Estela bat Arlete; Ester bat Feige; Moshe Yehuda ben Sheva Ruchel; Esther Damaris bat Sara Maria; Yair Chaim ben Chana; Dalia bat Ester; Ghita Leia Bat Miriam; Chaim David ben Messodi; David ben Beila; Léia bat Shandla; Dobe Elke bat Rivka Lie; Avraham ben Linda; Tzvi ben Liba; Chaim Verahamin ben Margarete; Rivka bat Brucha; Esther bat Miriam, Sara Adel bat Miriam, Mordechai Ghershon Ben Malia Rachel, Pinchas Ben Chaia, Yitzchak Yoel Hacohen Ben Rivka, Yitzchak Yaacov Ben Chaia Devora, Avraham Ben Dinah, Avraham David Hacohen Ben Rivka, Bracha Chaya Ides Bat Sarah Rivka, Tzipora Bat Shoshana, Levona Bat Yona e Havivah Bat Basia, Daniel Chaim ben Tzofia Bracha, Chana Miriam bat Chana, Yael Melilla bat Ginete, Bela bat Sima; Israel ben Zahava; Nissim ben Elis Shoshana; Avraham ben Margarita; Sharon Bat Chana; Rachel bat Nechama, Yehuda ben Ita, Latife bat Renee, Avraham bem Sime, Clarisse Chaia bat Nasha Blima, Tzvi Mendel ben Ester, Marcos Mordechai Itschak ben Habibe, Yacov Eliezer ben Sara Masha, Yossef Gershon ben Taube, Manha Milma bat Ita Prinzac, Rachel bat Luna, Chaim Shmuel ben Sara, Moshe Avraham Tzvi ben Ahuva, Avraham ben Ahuva, Miriam bat Yehudit, Alexander Baruch ben Guita, Shmuel ben Nechama Diná, Avracham Moshe ben Miriam Tobá, Guershon Arie ben Dvora, Mazal bat Miriam, Yadah ben Zarife, Ester bat Elisa, Shmuel Ben Chava, Mordechai ben Malka, Shmuel ben Chava, Chaim Dov Rafael ben Esther, Menachem ben Feigue, Shmuel ben Liva, Hechiel Hershl ben Esther, Shlomo ben Chana Rivka, Natan ben Sheina Dina, Mordechai Ghershon ben Malia Rochel, Benyomin ben Perl, Ytzchok Yoel haCohen ben Rivka, Sarah Malka ben Rivka, Malka bat Toibe, Chana Miriam bat Sarah, Feigue bat Guitel, Gutel bat Slodk, Esther bat Chaia Sara.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) do meu querido e saudoso avô, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L, que lutou toda sua vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possa ter um merecido descanso eterno.
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Avraham ben Ytzchak, Joyce bat Ivonne, Feiga bat Guedalia, Chana bat Dov, Kalo (Korin) bat Sinyoru (Eugeni), Leica bat Rivka, Guershon Yossef ben Pinchas; Dovid ben Eliezer, Reizel bat Beile Zelde, Yossef ben Levi, Eliezer ben Mendel, Menachem Mendel ben Myriam, Ytzhak ben Avraham, Mordechai ben Schmuel, Feigue bat Ida, Sara bat Rachel, Perla bat Chana, Moshé (Maurício) ben Leon, Reizel bat Chaya Sarah Breindl; Hylel ben Shmuel; David ben Bentzion Dov, Yacov ben Dvora; Moussa ben Eliahou HaCohen, Naum ben Tube (Tereza); Naum ben Usher Zelig; Laia bat Morkdka Nuchym; Rachel bat Lulu; Yaacov ben Zequie; Moshe Chaim ben Linda; Mordechai ben Avraham; Chaim ben Rachel; Beila bat Yacov; Itzchak ben Abe; Eliezer ben Arieh; Yaacov ben Sara, Mazal bat Dvóra, Pinchas Ben Chaia, Messoda (Mercedes) bat Orovida, Avraham ben Simchá, Bela bat Moshe, Moshe Leib ben Isser, Miriam bat Tzvi, Moises ben Victoria, Adela bat Estrella, Avraham Alberto ben Adela, Judith bat Miriam, Sara bat Efraim, Shirley bat Adolpho, Hunne ben Chaim, Zacharia ben Ytzchak, Aharon bem Chaim, Taube bat Avraham, Yaacok Yehuda ben Schepsl, Dvoire bat Moshé, Shalom ben Messod, Yossef Chaim ben Avraham, Tzvi ben Baruch, Gitl bat Abraham, Akiva ben Mordechai, Refael Mordechai ben Leon (Yehudá), Moshe ben Arie, Chaike bat Itzhak, Viki bat Moshe, Dvora bat Moshé, Chaya Perl bat Ethel, Beila Masha bat Moshe Ela
Sheitl bas Iudl, Boruch Zindel bem Herchel Tzvi, Moshe Ela ben Avraham, Chaia Sara bat Avraham.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).
sexta-feira, 6 de maio de 2011
SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ EMOR 5771
Há cerca de 30 anos um rabino americano que visitava Miami fez uma palestra sobre a vida do famoso rabino Isroel Meir HaCohen, o "Chafetz Chaim". Ele contou como o grande sábio, que apesar de ser muito humilde, chegou a ser reconhecido como um dos maiores Tsadikim (Justos) de sua geração.
Dentre as histórias que o rabino desejava contar, havia uma que estava incompleta. Mas ele decidiu que a contaria mesmo assim, pois trazia uma mensagem significativa. O rabino começou a relatar um incidente que ocorreu quando um jovem aluno da Yeshivá do Chafetz Chaim certa vez foi flagrado por outros alunos fumando um cigarro em pleno Shabat – o dia sagrado de descanso. Os professores e alunos ficaram chocados, e alguns membros do corpo docente achavam que o garoto deveria ser imediatamente expulso. No entanto, quando o Chafetz Chaim soube da história, pediu que o rapaz fosse levado à sua casa.
O rabino então interrompeu a narrativa e disse:
- Não sei o que o Chafetz Chaim disse ao garoto, sei apenas que eles ficaram juntos por alguns minutos. Eu daria tudo para saber o que ele disse ao seu aluno, pois depois disso o rapaz nunca mais profanou o Shabat. Como seria maravilhoso se pudéssemos transmitir aquela mensagem a outros, para encorajá-los em sua observância do Shabat.
Quando o rabino terminou a palestra, o salão esvaziou-se, restando apenas um homem idoso, que permaneceu em seu assento, imerso em seus pensamentos. À distância parecia que ele estava tremendo, como se estivesse chorando. O rabino foi até ele e perguntou se estava tudo bem. O homem, ao invés de responder, perguntou ao rabino de quem ele havia escutado aquela história do cigarro no Shabat. O rabino não se lembrava quem havia contado, pois havia escutado há muito tempo. O homem idoso levantou os olhos, olhou fixamente para o rabino e disse baixinho:
- Rabino, aquele menino era eu.
O rabino ficou chocado. Implorou ao homem idoso que contasse os detalhes do que havia acontecido. O homem contou a seguinte história:
- Este incidente ocorreu por volta de 1920, quando o Chafetz Chaim beirava os oitenta anos. Eu estava apavorado por ter de ir à casa dele e encará-lo. Quando cheguei à sua casa, não acreditei na pobreza na qual ele vivia. Era inconcebível para mim que um homem de sua importância ficasse satisfeito em viver num ambiente assim tão simples. De repente, ele apareceu na sala onde eu o estava aguardando. Ele tomou minha mão e apertou-a, ternamente, entre as suas. Levou minha mão até seu rosto e seus olhos se fecharam por uns momentos. Quando ele os abriu, estavam repletos de lágrimas. Disse-me então, numa voz baixa, cheia de sofrimento: 'Shabat!' E começou a chorar. Ainda estava segurando minhas mãos, e enquanto chorava, repetia: 'Shabat, o sagrado Shabat!'
Meu coração disparou - continuou o homem idoso - e fiquei mais assustado do que jamais estivera na vida. As lágrimas rolavam em seu rosto e uma delas caiu na minha mão. Senti um imenso calor, pensei que aquela lágrima fosse abrir um buraco na minha pele. Hoje em dia, quando penso naquela lágrima, ainda posso sentir seu calor. Não posso descrever como me senti mal por saber que eu tinha feito o grande Tsadic chorar. Mas em sua bronca, que foram apenas aquelas poucas palavras, senti que ele não estava bravo comigo, mas sim triste. Ele se importava comigo, parecia preocupado com as conseqüências dos meus atos.
O homem idoso então acariciou a mão, que possuía a cicatriz invisível de uma lágrima preciosa. Ela havia se tornado um lembrete permanente, que o ajudou a observar o 'sagrado Shabat' pelo resto da vida.
A Parashá desta semana, Emor, termina com um incidente em que um judeu, filho de uma mulher judia e um homem egípcio, amaldiçoa a D'us em público, como diz o versículo: "O filho da mulher israelita pronunciou o nome de D'us e O amaldiçoou. Então o trouxeram para Moshé... e o colocaram na prisão para esclarecer através de D'us" (Vayikrá 24:11,12). Como o homem havia cometido um crime cuja punição não estava explícita na Torá, prenderam-no momentaneamente até que Moshé se aconselhasse diretamente com D'us para saber exatamente qual pena deveria ser aplicada.
Explica Rashi, comentarista da Torá, que este blasfemador de D'us não era o único que estava preso. Neste mesmo período outro homem também estava temporariamente na prisão aguardando seu veredicto. Ele havia desrespeitado publicamente o Shabat, diante de testemunhas. Apesar da Torá determinar que ele deveria receber pena de morte, não estava explícita de qual forma esta pena seria aplicada, já que na Torá existem quatro diferentes formas de aplicar a pena de morte. Portanto o homem também estava preso até que Moshé questionasse diretamente D'us como proceder.
Rashi, citando o Midrash (parte da Torá Oral), nos traz um detalhe interessante, mas aparentemente sem nenhuma grande importância. Ele explica que, apesar dos dois estarem presos no mesmo período, eles foram colocados em celas diferentes, de maneira que um não tivesse absolutamente nenhum contato com o outro. Mas por que eles não foram colocados na mesma cela? E por que o Midrash precisou nos contar que havia dois prisioneiros, se eles não tiveram nenhum contato entre si?
Explica Rashi que teoricamente os dois deveriam ter sido presos juntos, mas Moshé entendeu que havia a necessidade de separá-los, pois existia uma grande diferença entre o homem que blasfemou D'us e o homem que desrespeitou o Shabat. Aquele que desrespeitou o Shabat já sabia que teria uma pena de morte, apenas a forma de aplicar a pena seria definida por D'us. Já o blasfemador não tinha idéia qual seria a sua pena, poderia também ser pena de morte ou poderia ser outra pena bem mais leve. Mas como entender as palavras de Rashi? Por que esta diferença seria motivo para separar os dois homens?
Nos ensina o Rav Mordechai Gifter que se os dois homens tivessem sido colocados juntos, teriam passado por sofrimentos desnecessários. O blasfemador olharia para o outro prisioneiro, que estava condenado à morte, e pensaria que sua pena também seria a morte mesmo antes do veredicto final. Já o homem que desrespeitou o Shabat, caso o blasfemador não recebesse pena de morte, também sofreria. Quando alguém tem um sofrimento, ele se consola ao saber que outras pessoas estão sofrendo como ele. Uma pessoa que está em uma má situação sente dor quando vê que seu companheiro não está sofrendo no mesmo nível. Portanto a separação foi um ato de sensibilidade, uma forma de não causar sofrimentos desnecessários.
Mas fica uma pergunta: será que esta preocupação era realmente necessária? As duas pessoas em questão, que haviam cometido crimes muito graves, mereciam que sua dor fosse minimizada? Além disso, os dois acabaram sendo condenados à pena de morte, então por que se preocupar com um pouco de sofrimento a mais?
Deste episódio aprendemos o grau de sensibilidade com as pessoas que a Torá exige de nós. Mesmo com pessoas que cometerem transgressões graves, mesmo que ambos haviam sido condenados à pena de morte, a Torá nos proíbe de causar qualquer sofrimento desnecessário a eles. Neste caso a solução foi simples, apenas a separação dos dois prisioneiros foi suficiente, mas mesmo se outros esforços fossem necessários para evitar um sofrimento desnecessário, estaríamos obrigados a nos esforçar.
Podemos utilizar este ensinamento para o nosso cotidiano. Muitas vezes em nossas vidas há situações onde somos obrigados a dar uma bronca em alguém que fez algo de errado. Por exemplo, nos nossos filhos, alunos ou até mesmo amigos. A Torá nos ensina a ser cautelosos para não causar mais sofrimento do que a pessoa realmente merece. E muitas vezes, no lugar onde gritos não funcionariam, uma demonstração de amor e de preocupação com o mau ato que a pessoa fez tem um efeito muito maior, como ocorreu na história do Chafetz Chaim. Talvez o aluno merecesse uma grande bronca, quem sabe até mesmo a expulsão. Mas se ele tivesse gritado com seu aluno ou, pior ainda, se o tivesse expulsado imediatamente da Yeshivá, certamente o aluno teria se desviado completamente dos caminhos da Torá. A atitude do Chafetz Chaim foi completamente diferente, ele demonstrou amor pelo aluno, demonstrou que se importava com as coisas que ele fazia, tocando profundamente no coração dele.
Portanto, sempre que tivermos razão em uma discussão e uma grande bronca for justificável, o ideal é tentar antes de outra maneira. Como ensinam nossos sábios: "coisas que saem do coração entram no coração". Se a pessoa que errou sentir que a bronca que está recebendo é por amor, para ajudá-la a melhorar algo, então será bem recebida, não sendo necessários gritos ou ameaças. Assim estaremos resolvendo nossos problemas e ajudando aos outros sem correr o grande risco de estar causando sofrimentos desnecessários.
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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sexta-feira, 29 de abril de 2011
SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KEDOSHIM 5771
BS"D
"Arnaldo era entregador de uma grande empresa e ganhava por entregas realizadas. Certa vez ele precisou fazer um entrega em outra cidade. Para piorar a situação, tudo o que ele tinha era apenas o nome da pessoa, não sabia nem mesmo o endereço. Pegou sua moto e foi fazer o trabalho.
Chegando à cidade, olhou o papel da entrega e viu que a pessoa que deveria receber o pacote se chamava Rubens. Perguntou para um dos moradores da cidade onde ele poderia encontrar aquela pessoa. O morador não sabia responder, mas sugeriu ao entregador que fosse até o centro da cidade e perguntasse pela pessoa procurada.
Chegando lá, Arnaldo viu uma imensa multidão e ficou desesperado. Será que encontraria a pessoa? Caso não encontrasse, teria apenas perdido seu tempo e não receberia o dinheiro da entrega. Resolveu perguntar um por um. Parou a primeira pessoa que viu e perguntou "Por acaso você é o Rubens?". Quando a pessoa respondeu negativamente, Arnaldo fez um grande escândalo com ela. Parou outra pessoa e novamente perguntou "Por acaso você é o Rubens?", e novamente ficou extremamente irritado ao escutar uma resposta negativa. E assim foi com diversas pessoas, a cada resposta negativa ele ficava mais irritado. Até que um senhor, não agüentando assistir aquele espetáculo, chamou a atenção de Arnaldo:
- Ei, rapaz, não seja um tonto. Assim você nunca vai encontrar a pessoa que está buscando. Ao invés de perder tempo se irritando e dando broncas em quem não tem nada a ver com seu problema, por que você não investe seu tempo procurando a pessoa certa?"
Arnaldo parece um tolo? Explica o Chafetz Chaim que muitas vezes também nos comportamos assim. Quando alguém faz algo que nos prejudica, ao invés de ficarmos irritados com a pessoa, devemos ter a consciência de que D'us está por trás de tudo o que ocorre. Ao gastarmos nosso tempo e nossa energia reclamando e brigando com as pessoas, estamos perdendo a oportunidade de cumprir o nosso trabalho espiritual neste mundo.
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Nesta semana lemos a Parashá Kedoshim, que começa com o seguinte versículo "Sejam santos, pois Eu, Hashem, Teu D'us, sou Santo" (Vayikrá 19:2). O que esperaríamos encontrar na Parashá? Fórmulas de como chegar a elevados níveis de santidade, como longos jejuns, retiros espirituais e votos de abstinência. Mas ao olharmos a continuação da Parashá, percebemos que ela está repleta de Mitsvót Bein Adam Lehaveiró (entre o homem e seu companheiro). O que isto nos ensina? Que o nível espiritual não é medido apenas pela maneira como a pessoa se comporta em relação à D'us, mas também pela maneira como se comporta com os outros. Para atingir elevados níveis de santidade, um dos caminhos principais é se comportando de maneira adequada com as outras pessoas.
Entre todas as Mitsvót listadas na Parashá, há algumas, contidas em um mesmo versículo, que nos chamam a atenção: "Não se vingarás e não guardarás rancor dos membros do seu povo; ame ao seu próximo como a si mesmo, Eu sou D'us" (Vayikrá 19:18). Este versículo apresenta algumas dificuldades. Em primeiro lugar, será que é possível controlar os sentimentos a ponto de não sentir rancor de alguém que nos fez mal? Além disso, qual a conexão entre não guardar rancor e amar ao próximo como a si mesmo? E finalmente, por que o versículo termina com "Eu sou D'us"?
Imagine esta cena: uma pessoa destra está cortando um tomate e, por descuido, acaba ferindo sua mão esquerda com a faca. A mão esquerda desta pessoa começa a sentir um grande rancor da mão direita. Num ataque de fúria, a mão esquerda pega a faca e se vinga da mão direita, causando-lhe um ferimento. O que você faria com esta pessoa? Certamente a encaminharia ao hospício, para um profundo tratamento psicológico. Por quê? Pois as duas mãos são parte de um mesmo corpo. Não faz sentido uma vingança ou guardar rancor contra partes de si mesmo, pois no final das contas a pessoa estaria sofrendo duas vezes!
Fomos educados desde pequenos a achar que cada pessoa é uma entidade por si só, completamente independentes das outras pessoas. Mas isto é, na verdade, uma forma completamente equivocada de enxergar a realidade espiritual. Explica o livro "Tomer Dvora", do Rav Moshe Cordovero, que não somos seres independentes, pois dentro da alma de cada pessoa há um pouquinho da alma do outro. Por isso, toda vez que a pessoa se vinga e faz mal ao outro, parte deste mal também o atinge, por causa da parte de sua alma que está contida no outro. O mesmo ocorre ao contrário, pois quando fazemos bem ao outro, parte desta bondade volta para nós mesmos. É por este motivo que D'us nos ordenou a Mitzvá de "Ame ao seu próximo como a si mesmo" junto com a Mitzvá de "Não se vingarás e não guardarás rancor", para nos ensinar que o outro é parte de nós mesmos e, da mesma forma que ninguém machuca a si mesmo, também temos que fazer de tudo para nunca prejudicar ao próximo.
Mas a Torá nos revela que, fora o motivo lógico de não causar um mal para nós mesmos, há uma razão ainda maior para não nos irritarmos nem guardarmos rancor do próximo: "Eu sou D'us". O que isto significa? Que tudo o que acontece tem Hashgachá Pratid (Supervisão Particular) de D'us. Nada acontece no mundo sem o Seu consentimento. Ninguém tira um fio de cabelo de outra pessoa se isto não estiver decretado nos mundos espirituais. Se algo "ruim" aconteceu, a pessoa que nos fez este mal foi apenas um "utensílio", apenas cumpriu o que D'us havia decretado nos mundos espirituais. Se o mal não viesse através desta pessoa, viria através de outra pessoa, pois assim ensinam nossos sábios: "Muitos são os emissários de D'us". Ele tem o mundo inteiro ao Seu controle para cumprir a Sua vontade.
Uma dica prática para evitar o rancor e a vingança é viver como se estivéssemos participando de um grande teatro. O que isto significa? Imagine que você foi convidado para participar de uma peça. De repente outro ator, lendo seu script, se aproxima de você e diz: "seu tolo". Você ficaria bravo com ele? Obviamente que não, pois ele está apenas lendo o script. Se quisermos entender porque o script dele era nos ofender, devemos perguntar ao diretor do teatro, que escreveu todos os textos. Assim também acontece em nossas vidas. Se alguém nos ofendeu, ao invés de guardarmos rancor desta pessoa, o correto é saber que ele está apenas lendo seu "script". O ideal é refletir para entender quais foram os motivos pelos quais D'us decretou que fossemos ofendidos.
O rancor e a vingança são sinais de fraqueza espiritual. Nos ensina o Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas): "Quem é o valente? Aquele que conquista sua má inclinação". No nosso conceito, valente é aquele que não leva desaforo para casa, que revida imediatamente, de preferência com violência, a qualquer tipo de provocação. Mas a Torá ensina justamente o contrário. Quando um cachorro é ameaçado, ele avança e morde. Não porque ele é valente, mas porque é um animal, seu instinto o faz atacar o agressor, ele não tem controle. Da mesma maneira, quando um ser humano se vinga ou guarda rancor no coração, não é um sinal de valentia, é um sinal de pouca espiritualidade, de falta de autocontrole.
Mas, se de acordo com a Torá não devemos revidar, a pessoa que nos fez mal sairá impune? Com certeza não. Por exemplo, quando uma pessoa recebe um decreto espiritual de perder duzentos reais, o que D'us faz? Utiliza os "serviços" de um ladrão, que decidiu assaltar alguém por seu próprio livre arbítrio, e junta os dois na mesma rua. O homem não perdeu seus duzentos reais porque o ladrão decidiu roubá-lo, e sim porque havia um decreto espiritual. Mas o ladrão, que roubou por sua livre escolha, apesar de ter cumprido o decreto de D'us, prestará suas contas por ter utilizado de forma equivocada seu livre arbítrio. A pessoa que foi roubada tem todo o direito de utilizar a força policial para tentar reaver seu dinheiro. Apenas deve entender que não há sentido em guardar rancor do ladrão, pois ele cumpriu apenas o que já estava decretado espiritualmente. Se não fosse através deste ladrão, a perda monetária ocorreria de outra maneira.
Portanto, todas as vezes em que ficamos irritados com outra pessoa, estamos apenas perdendo o nosso tempo e gastando nossas energias de maneira equivocada. Quando algo "ruim" acontece, o correto é refletir sobre o que ocorreu. Em geral D'us se comporta conosco "Midá Kenegued Midá (medida por medida), isto é, o que nos ocorreu é um reflexo de nossos próprios atos. Se fomos ofendidos, é porque provavelmente ofendemos outra pessoa e não pedimos perdão. Se fomos roubados, é porque provavelmente este dinheiro também chegou ilicitamente em nossas mãos. E assim é com tudo o que ocorre em nossas vidas.
Se chegarmos a viver com esta claridade, poderemos investir nosso tempo em cumprir o nosso trabalho espiritual neste mundo, corrigindo nossos próprios erros, ao invés de ficar espetando, com a nossa mão direita, a nossa própria mão esquerda.
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
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