sexta-feira, 3 de junho de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - SHAVUÓT 5771

BS"D
 
O PREÇO DA VERDADE - SHAVUÓT 5771 (03 de junho de 2011)
 
"O rabino Naftali Tzvi Yehuda Berlin, mais conhecido como Netziv, foi um dos maiores sábios do povo judeu nos últimos 200 anos. E talvez muito do seu gigantesco crescimento espiritual deveu-se à educação que recebeu de seu pai, principalmente em termos de exemplo pessoal. O Netziv conta que certa vez seu pai trouxe para casa alguns objetos de vidro muito caros. Quando a empregada da casa foi fazer a limpeza, ela acidentalmente quebrou um dos objetos de vidro. A mãe do Netziv ficou extremamente aborrecida e, como a empregada recusava-se a pagar pelo prejuízo, resolveu levar o caso para um Beit Din (Tribunal Rabínico).
 
No dia do julgamento, a mãe do Netziv estava saindo de casa quando viu que seu marido também se arrumava para sair. Ela questionou:
 
- Aonde você vai?
 
- Estou indo ao Beit Din, para acompanhar o julgamento – disse ele, tranquilamente.
 
- Você não precisa vir junto – respondeu a esposa, visivelmente irritada – Eu sei muito bem como argumentar no Beit Din.
 
- Não se preocupe, eu não estou indo para ajudar nos seus argumentos – respondeu o marido – Eu estou indo para ajudar a nossa empregada. Ela é uma moça órfã e provavelmente não terá ninguém para defendê-la. Eu quero ter certeza de que ela terá um julgamento justo"
 
Enquanto muitas pessoas preferem viver na mentira e no comodismo, muitos se destacaram pelo comprometimento em viver uma vida de Emet (verdade), não importando o quanto isto custasse.
 
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Na próxima terça-feira de noite será Shavuót, uma das festas mais importantes do calendário judaico, cuja essência é o recebimento da Torá. Segundo o judaísmo, as nossas festas não são meras lembranças de eventos passados, e sim a oportunidade de reviver algo que ocorreu e marcou espiritualmente a história do povo judeu. Mas o que significa reviver o recebimento da Torá? Se ela já nos foi entregue há mais de 3.000 anos, como podemos recebê-la novamente?
 
Para entender este conceito, precisamos antes entender um interessante ensinamento do Talmud (Torá Oral). Há um versículo que fala sobre a entrega da Torá no Monte Sinai, e assim está escrito: "E reuniram-se sob a montanha" (Shemot 19:17). O Talmud questiona o porquê de estar escrito "sob a montanha" e não "ao redor da montanha"? O Talmud responde que D'us levantou o Monte Sinai sobre a cabeça do povo judeu e disse: "Se vocês quiserem receber a Torá, tudo bem. Se não, lá será seu túmulo". Para uma religião tão embasada no conceito de livre arbítrio, isto parece, à primeira vista, incompreensível. O que D'us estava nos ensinando quando levantou a montanha sobre nossas cabeças?
 
Vivemos em um mundo repleto de leis físicas naturais. Podemos viver conscientes destas leis e suas implicações, ou podemos optar por ignorar estas leis, por nossa própria conta e risco. Mas a nossa escolha de ignorar as leis físicas não determina se elas se aplicam a nós ou não. Por exemplo, uma pessoa pode optar por ignorar a força da gravidade. Mesmo assim, se ela saltar pela janela, ela cairá no chão. O fato da pessoa acreditar ou não nas leis da natureza não muda a sua existência.
 
Explica o Rav Simcha Barnett que D'us quis, no Monte Sinai, ensinar ao povo judeu um lição muito parecida, mas desta vez em relação às leis espirituais. O Monte Sinai foi o primeiro contato direto, de um povo inteiro, com o Criador do mundo. A entrega da Torá mudou o rumo do povo judeu e da humanidade. Eles entenderam que, daquele dia em diante, suas vidas deveriam ser vividas com significado e de acordo com o propósito estabelecido na Torá. Quando D'us levantou a montanha sobre o povo, Ele estava ensinando uma preciosa lição: a Torá nos traz um conjunto de leis espirituais que regem o mundo, tão imutáveis quanto as leis físicas da natureza. Da mesma forma que não podemos escolher viver sem a lei da gravidade, assim também não podemos viver fora das leis espirituais que regem o mundo criado por D'us.
 
Se uma pessoa ignora as leis do mundo material, ela pode morrer. Por exemplo, é o que ocorre com alguém que opta por não comer. Assim também acontece no mundo espiritual, pois se ignoramos a realidade espiritual da vida, podemos morrer espiritualmente. Pessoas que vivem sem espiritualidade podem parecer que estão vivas, mas é apenas por fora, pois por dentro estão vazias. Quando não alimentamos nossa alma com espiritualidade, seu brilho vai se apagando, pouco a pouco.
 
O teste do povo judeu na entrega da Torá não foi acreditar ou não acreditar. A revelação de D'us foi muito clara e óbvia, não havia nenhuma dúvida. O teste foi saber se eles aceitariam conviver com a nova realidade ensinada por D'us, mesmo que isso significasse abandonar o comodismo, ou se voltariam a viver em um mundo de ilusões. A aceitação da Torá foi um grande ato, porque foi a aceitação da realidade.
 
Desde então a humanidade tem lutado contra a aceitação de uma realidade imposta externamente. É muito mais confortável definir nossas próprias leis e criar nossa própria religião, fazer com que as regras curvem-se a nós ao invés de nos curvarmos a elas. Todos nós temos esta tendência de se esconder e fugir da realidade, evitando decisões e escolhas difíceis, sejam elas em nossos relacionamentos, nossas carreiras ou nossa imagem pública.
 
Apesar da Torá ter sido entregue há mais de 3.000 anos, em Shavuot podemos recebê-la novamente ao declararmos que queremos viver de acordo com a realidade, queremos fugir das ilusões que dominam nossas vidas, queremos uma vida com um significado real. O desafio de Shavuot é querer viver de acordo com a realidade, mesmo que não seja a escolha mais fácil e cômoda.
 
A festa é chamada de "Shavuot", que significa literalmente "semanas", porque contamos sete semanas entre Pessach e Shavuot. As sete semanas conectam as duas festas, fazendo com que Shavuot seja o "oitavo dia" de Pessach. Enquanto em Pessach nós ganhamos a liberdade, em Shavuot ganhamos um propósito e uma direção para fazer com que nossa liberdade seja significativa. Enquanto em Pessach nos foi dado acesso ao livre arbítrio, uma ferramenta muito poderosa, em Shavuot nos foi dado o "Manual de Instruções" para utilizarmos essa ferramenta e alcançarmos nossa verdadeira grandeza.
 
Podemos fugir por um tempo da realidade. Mas fugir é como esconder uma bola dentro da água. Ela pode até ficar por um tempo escondida. Porém, mais cedo ou mais tarde, ela voltará com força à tona, causando vários respingos.
 
"Você pode correr, mas você não pode fugir"
 
SHABAT SHALOM e CHAG SAMEACH
 
Rav Efraim Birbojm
 
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
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Sheitl bas Iudl, Boruch Zindel bem Herchel Tzvi, Moshe Ela ben Avraham, Chaia Sara bat Avraham.
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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com
 
(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).
 
 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BAMIDBAR 5771

BS"D
 
QUANDO A DOR DO OUTRO INCOMODA - PARASHÁ BAMIDBAR 5771 (27 de maio de 2011)
 
Chaim Shie era um garoto de 12 anos que vivia na Rússia, no começo do século passado. Seus pais não eram ricos, mas tinham boas condições financeiras e Chaim Shie tinha tudo o que precisava. Certa vez ele ganhou de presente do avô um par de botas. Feliz da vida, saiu caminhando pelas ruas geladas para estrear o presente. Foi quando encontrou seu amigo Shaika, um garoto muito pobre e órfão de pai, que vivia com sua mãe em um pequeno apartamento velho e utilizava sempre a mesma roupa esfarrapada. Chaim Shie viu os sapatos de Shaika completamente rasgados e teve misericórdia. Como ele aguentaria o frio do inverno com aqueles sapatos? Imediatamente tirou as botas novas e deu de presente para seu amigo pobre. Voltou de meias para casa, naquele inverno congelante. Pegou uma pneumonia e ficou um bom tempo sem sair de casa.
 
Chaim Shie também tinha um professor particular, pago pelos seus pais, que lhe ensinava Torá. Ele conseguiu convencê-lo a ensinar Shaika sem que ele precisasse pagar. Quando tudo parecia melhorar, algum tempo depois a mãe de Shaika faleceu subitamente. A compaixão de Chaim Shie novamente despertou-se e ele implorou aos pais para que o amigo viesse morar com eles. Porém a idéia foi rejeitada, já que, com 6 filhos, não havia espaço para mais ninguém. Os pais dele aceitaram ajudar Shaika com a alimentação e dinheiro para moradia, mas para Chaim Shie não era suficiente. Shaika foi morar no "ezrat nashim" (local onde as mulheres rezam) da sinagoga, onde dormiam os mendigos, e Chaim Shie acompanhou seu amigo, abandonando todo o conforto de sua casa.
 
Algum tempo depois estourou a 1ª Guerra Mundial. Shaika foi enviado para a casa de parentes distantes, que decidiram fugir para a América do Sul. Chaim Shie voltou para a casa dos pais, e os amigos nunca mais se viram. Chaim Shie casou-se, mudou-se para Israel e teve uma grande e bela família. Naquela época a pobreza em Israel era terrível e a família de Chaim Shie constantemente passava dificuldades. Já Shaika também se casou, formou uma família e prosperou nos negócios, tornando-se um homem muito rico.
 
Muitos anos se passaram e Shaika foi, pela primeira vez na vida, conhecer Israel. Chegando ao Muro das Lamentações, foi tomado de uma emoção enorme. Ainda emocionado, começou a escutar alguém rezando em voz alta. Aquela voz parecia familiar. Seu coração começou a bater acelerado enquanto ele procurava de onde vinha a voz. Foi quando Shaika reencontrou Chaim Shie, que estava também no Muro das Lamentações rezando. Os dois se abraçaram, chorando e rindo ao mesmo tempo.
 
Hoje, a família de Chaim Shie não passa mais dificuldades. A bondade que ele demonstrou quando era criança teve frutos. Todo mês um cheque vindo da América do Sul ajuda a complementar o orçamento familiar. O calor de um par de botas em uma tarde congelante durou por décadas e continua, até hoje, aquecendo o coração de dois grandes amigos. (História Real)  
 
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Nesta semana começamos o quarto livro da Torá, Bamidbar, que descreve muitos eventos importantes que aconteceram com o povo judeu durante os 40 anos em que permaneceu no deserto, entre eles as reclamações do povo, a rebelião de Korach e a guerra contra Midian.
 
A Torá não é apenas um livro de histórias para que possamos saber o que ocorreu no passado. Apesar dos eventos descritos na Torá terem ocorrido há mais de 3.000 anos, cada detalhe nos ensina importantes lições para nossas vidas. Porém, a Parashá desta semana, Bamidbar, começa com algo que parece fugir à regra. A Parashá traz a contagem do povo judeu, dividido por tribos. Que grande ensinamento pode estar contido no número de pessoas que havia em cada tribo há mais de 3.000 anos?
 
Quando esta contagem foi feita, o povo judeu havia recém saído do Egito. Os 210 anos em que eram escravos foram terríveis, com inimagináveis sofrimentos físicos e psicológicos. Decretos, execuções sumárias, trabalhos forçados até o limite da exaustão. Explica Rashi, comentarista da Torá, que de todas as tribos que compunham o povo judeu, apenas a tribo de Levi não foi escravizada. Segundo a lógica, a população da tribo de Levi, que viveu em relativa tranqüilidade, deveria ser muito maior do que das outras tribos, que viveram oprimidas. Porém, ao olharmos os números do povo judeu trazidos nesta Parashá, temos uma grande surpresa. Enquanto todas as tribos tinham por volta de 50 a 60 mil homens com a idade de 20 a 60 anos, a tribo de Levi tinha pouco mais de 20 mil homens, incluindo os jovens abaixo de 20 anos e os anciãos acima dos 60 anos. Por que esta diferença ilógica nas quantidades?
 
Explica o Ramban (Nachmanides) que a resposta está no início do livro de Shemot. Quando o povo judeu começou a ser perseguido e escravizado, D'us mandou uma Brachá (benção) especial de fertilidade, de forma que as mulheres engravidavam e davam à luz com muito mais facilidade. Por isso, quanto mais os egípcios oprimiam os judeus, mais judeus nasciam no Egito, como diz o versículo "E quanto mais eles eram afligidos, mais eles aumentavam e se espalhavam" (Shemot 1:12). Já a tribo de Levi, que não foi escravizada, não recebeu a Brachá, o que explica a grande diferença na contagem.
 
Por que a tribo de Levi, dentre todas as outras tribos, foi a única a não ser escravizada? Pois a escravidão foi consequência da assimilação. Enquanto Yaacov e seus filhos estavam vivos, os judeus viviam isolados em Goshen, mantendo seus valores e seu nível espiritual elevado, afastados da idolatria e da promiscuidade egípcia. Com o passar do tempo começou a perda de valores e muitos judeus começaram a querer fazer parte da sociedade egípcia. O trabalho forçado que se transformou em escravidão começou como um trabalho voluntário, no qual a grande maioria do povo judeu participou como forma de ser socialmente aceito. Somente a tribo de Levi, que se dedicava ao crescimento espiritual, não se assimilou e não foi escravizada.
 
Mas se tribo de Levi não foi escravizada por seu grande mérito, então por que eles não receberam a Brachá de fertilidade junto com todo o povo? Explicam os nossos sábios um fundamento muito importante. É verdade que a tribo de Levi não foi escravizada por seu mérito, pois realmente os Leviim tinham um nível espiritual diferenciado. Mas eles falharam em uma característica, houve algo que, apesar de seu elevado nível espiritual, eles ainda não tinham alcançado. Pelo fato de estarem em liberdade e isentos do jugo egípcio, os Leviim não conseguiam sentir o sofrimento dos seus irmãos. Eles não sofreram junto com os outros judeus, não compartilharam sua dor. E como eles não se solidarizaram com os outros judeus, também não foram incluídos na Brachá que o resto do povo recebeu.
 
Portanto, os números da contagem do povo judeu nos ensinam duas lições de vida muito importantes. O primeiro ponto é sabermos que a lógica humana não se aplica em um mundo onde há supervisão de D'us sobre tudo o que ocorre. É verdade que pela nossa lógica deveria haver mais Leviim do que membros de qualquer outra tribo, mas isso não ocorreu, como dizemos todos os dias na Tefilá (reza): "Muitos são os pensamentos no coração do homem, mas é a vontade de D'us que sempre se cumpre". O segundo ponto é que D'us se comporta conosco Midá Kenegued Midá (medida por medida). Aqueles que se preocupam com o próximo recebem de D'us uma atenção especial e diferenciada. A bondade que fazemos aos outros volta a nós mesmos e aos nossos filhos.
 
Ensinam os nossos sábios que um sorriso para um pobre vale mais do que uma ajuda financeira, pois o sorriso demonstra solidariedade, consola o pobre. Passamos nas ruas e vemos pessoas dormindo nas calçadas, e para nós isso tudo virou normal e aceitável. É preciso lutar contra este conformismo. Mesmo quando não temos condições de dar uma ajuda financeira, pelo menos precisamos sentir a dor do outro. Somente assim poderemos completar o nosso trabalho espiritual e receber todas as Brachót que D'us quer nos mandar.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BECHUKOTAI 5771

BS"D
 
ENTENDENDO O PROBLEMA - PARASHÁ BECHUKOTAI 5771 (20 de maio de 2011)
 
Esta história real aconteceu há alguns anos. Chegou ao gerente da divisão de carros da Pontiac, da GM dos EUA, uma curiosa carta de reclamação de um cliente. E assim estava escrito: "Após várias tentativas sem sucesso, volto a mandar uma carta de reclamação para vocês, e não os culpo por não me responderem. Eu posso parecer louco, mas o fato é que nós temos uma tradição em nossa família, que é a de comer sorvete depois do jantar. Repetimos este hábito todas as noites, variando apenas o tipo do sorvete, e eu sou o encarregado de ir comprá-lo. Recentemente, comprei um novo Pontiac e, desde então, minhas idas à sorveteria se transformaram num problema. Sempre que eu compro sorvete de baunilha, quando volto da sorveteria para casa, o carro não funciona. Mas se eu compro qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona normalmente. Os senhores devem achar que eu estou realmente louco, mas não importa o quão tola possa parecer minha reclamação. O fato é que estou muito irritado com meu Pontiac, pois aparentemente ele tem alergia a sorvete de baunilha"
 
A carta gerou tantas piadas do pessoal da GM que o presidente da empresa acabou recebendo uma cópia da reclamação. Ele resolveu levar a sério a reclamação e mandou um dos engenheiros da GM conversar com o autor da carta. O engenheiro se espantou ao conhecer o dono do carro. Achou que encontraria algum tipo esquisito, mas o que viu foi um senhor bem-sucedido na vida e dono de vários carros. Para fazer um teste, foram juntos à sorveteria no Pontiac "alérgico". O engenheiro sugeriu comprar sabor baunilha. Para sua surpresa, no momento de voltar para casa, o carro realmente não funcionou. Quando o dono do carro trocou o sorvete por outro sabor, o carro funcionou normalmente.
 
O engenheiro voltou nos dias seguintes, na mesma hora e fez o mesmo trajeto. A única coisa que ele mudava era o sabor do sorvete. Com qualquer sabor o carro funcionava normalmente, mas misteriosamente, quando o sabor escolhido era baunilha, o carro não pegava na volta.
 
O problema acabou virando uma obsessão para o engenheiro, que passou a fazer experiências diárias, anotando todos os detalhes possíveis. Depois de duas semanas, chegou a uma grande descoberta, mas manteve o sigilo. Chamou o dono do carro e, juntos, foram mais uma vez comprar sorvete. O engenheiro pediu ao dono do carro que comprasse o sorvete de baunilha, mas, ao invés de pegar um pote fechado, orientou-o a pedir para que o vendedor enchesse um pote vazio com sorvete de baunilha. Assim foi feito e, para a alegria do dono do caso e alívio do engenheiro, desta vez o carro pegou. O carro não era alérgico a sorvete de baunilha.
 
O engenheiro explicou que havia descoberto uma pequena diferença entre o sorvete de baunilha e os outros sabores. Como o sorvete de baunilha era o mais vendido, ela já vinha pronto em uma embalagem fechada. Já os outros sabores tinham que ser retirados da lata e colocados em uma embalagem vazia. E qual era a diferença na prática? O homem levava alguns minutos a mais para comprar os outros sabores do que para comprar o sorvete de baunilha.
 
Mas o mistério ainda não estava resolvido. Por que aquela diferença de tempo causava o mau funcionamento do carro? Examinando o motor, o engenheiro fez uma nova descoberta: como o tempo de compra era mais reduzido no caso da baunilha em comparação ao tempo dos outros sabores, o motor não chegava a esfriar. Com isso, os vapores de combustível não se dissipavam, impedindo que a nova partida fosse instantânea. Isto explicava porque justamente com o sorvete de baunilha o carro não funcionava.
 
A partir deste episódio, a Pontiac mudou o sistema de alimentação de combustível e introduziu a alteração em todos os seus modelos"
 
Assim também acontece em nossas vidas. Às vezes temos certeza de que entendemos os motivos de algum problema ou dificuldade pela qual passamos, até que alguém de fora nos mostra que estávamos completamente enganados...
 
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Nesta semana lemos a Parashá Bechukotai, terminando o terceiro livro da Torá, Vayikrá. A Parashá começa com todas as Brachót (bênçãos) que recaem sobre o povo judeu quando andamos nos caminhos da Torá. Porém, depois disso o tom muda e a Parashá começa a descrever as terríveis calamidades que recaem sobre o povo judeu quando os caminhos da Torá são abandonados. Para nosso alívio a série de maldições e castigos listadas na Parashá terminam com um consolo: "E Eu lembrarei do Meu pacto com Yaacov, e também Meu pacto com Yitzchak, e também Meu pacto com Avraham Eu me lembrarei, e Eu me lembrarei da Terra" (Vayikrá 26:42). Da mesma forma que muitas das calamidades descritas na Parashá realmente aconteceram durante a história do povo judeu, justamente nas épocas em que o povo judeu mais se afastou do pacto com D'us em processos de assimilação, também podemos ter a certeza de que as palavras de consolo da Parashá se cumprirão no final dos tempos.
 
Mas deste consolo surge uma famosa pergunta: por que a ordem dos patriarcas está invertida? Explica Rashi, comentarista da Torá, que a ordem está de acordo com os méritos de cada um dos patriarcas, como se D'us estivesse dizendo "Se o mérito de Yaacov, o menor dos patriarcas, não for suficiente, então lembrarei do mérito de Yitzchak. Se também o mérito de Yitzchak não for suficiente, então lembrarei do mérito de Avraham, e será suficiente". Porém, esta explicação de Rashi tem um problema. Segundo nossos sábios, Yaacov foi o maior de todos os patriarcas. A prova disso é que tanto Avraham quanto Yitzchak tiveram filhos Tzadikim (Justos), mas também tiveram filhos Reshaim (malvados), Ishmael e Essav, que não tiveram o mérito de fazer parte do povo judeu. Já Yaacov teve 12 filhos completamente Tzadikim, que formaram as sagradas tribos de Israel. Então como pode ser que a ordem é de acordo com os méritos, do menor para o maior?
 
Muitas vezes é difícil entender por que D'us nos manda tantos testes e dificuldades na vida. Se pudéssemos escolher, certamente escolheríamos uma vida tranqüila, sem nenhum tipo de obstáculo ou desafio. Pedimos para D'us resolver nossos problemas e parece que os problemas apenas aumentam! A resposta deste questionamento está nas palavras do Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas): "De acordo com a dificuldade, assim é a recompensa". Quanto maior é a dificuldade que a pessoa vence para atingir seus objetivos espirituais, maior é o mérito que ela alcança. É por isso que o Talmud nos ensina que "No lugar onde está um Baal Teshuvá (pessoa que se desviou, mas voltou aos caminhos corretos), um Tzadik Gamur (pessoa completamente justa) não pode alcançar". Uma pessoa que foi educada em uma casa onde não se cumpriam as leis da Torá e, apesar das dificuldades, se esforçou e conseguiu começar a cumprir as Mitzvót e a se afastar das transgressões, tem um mérito muito maior do que aquele que foi educado em uma casa religiosa e desde cedo foi educado para cumprir as Mitzvót da Torá.
 
Quando D'us nos manda dificuldades, não é por maldade. Ao contrário, são as dificuldades que nos dão mais méritos, que fazem nossas conquistas valerem mais. É por isso que os méritos de Avraham são maiores do que os outros patriarcas. Ele foi criado em uma casa onde todos faziam idolatria. Não apenas a sua casa, mas toda a sociedade onde ele vivia era idólatra, e Avraham teve que ir contra todos em sua crença de um único D'us. Ele teve que criar, a partir do nada, uma perspectiva e um modo de vida completamente diferentes. Avraham começou uma nova época na história e mudou o curso de toda a humanidade. Yitzchak teve menos dificuldades, pois nasceu em um mundo onde já existia esta nova perspectiva. Mas explica o Rav Matitiahu Salamon que a dificuldade de Yitzchak foi desenvolver a idéia de que um filho deve seguir fielmente as diretrizes estabelecidas por seu pai. Já Yaakov, ao contrário, não teve que começar uma nova religião nem precisou desenvolver o conceito de seguir os caminhos de seu pai. Ele enfrentou grandes desafios em sua vida, mas sua tarefa foi mais fácil do que seus antepassados. Assim, embora Yaakov tenha sido o maior dos patriarcas, seu mérito foi menor. Portanto, esta Parashá nos ensina a enxergar os problemas e as dificuldades com uma ótica completamente diferente.
 
Os méritos de Avraham são um grande incentivo para todos aqueles que, apesar de terem nascido em ambientes afastados da Torá, tiveram a coragem de mudar suas vidas. As dificuldades não são poucas, pois muitas vezes a família e os amigos não aceitam e não entendem. Mas herdamos de Avraham os méritos de ir contra a sociedade, de fazer o que é correto apesar das dificuldades. E de acordo com a nossa dificuldade será a nossa recompensa. Por isso, ao invés de reclamar, devemos agradecer a D'us por cada desafio, pois é a oportunidade de transformar uma pedra no caminho em um trampolim para que possamos chegar ainda mais alto.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 13 de maio de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BEHAR 5771

BS"D

           

ANTES UMA MULETA DO QUE UMA MACA – PARASHÁ BEHAR 5771 (13 de maio de 2011)

 

"Certa vez o Rabino Yossef Dov Soloveitchik, mais conhecido como Beit Halevi, estava dando um discurso na noite de Shabat em uma sinagoga completamente lotada. Ao falar sobre o nosso trabalho de aprimoramento das Midót (características pessoais), ele explicou que a palavra "Midót" significa tanto "características" quanto "medidas". Qual a conexão entre as duas coisas? As nossas características são como o sal, que na medida correta dá um excelente sabor, mas em excesso estraga o gosto da comida. Explicou o Beit Halevi que todas as nossas características, mesmo as que parecem mais negativas, podem ser utilizadas para o bem. Por exemplo, a raiva pode destruir o ser humano, mas também pode ser canalizada para lutarmos contra injustiças.

 

No meio do discurso um homem levantou-se no fundo da sinagoga e, em tom de zombaria, perguntou:

 

- Ei, rabino. Se todas as nossas características podem ser utilizadas para o bem, como pode ser positivo utilizar a característica de negar D'us?

 

Houve um grande silêncio na sinagoga. Será que o rabino teria resposta para aquela pergunta? Mas o Beit Halevi, sem demonstrar nenhuma preocupação, abriu um largo sorriso e disse:

 

- Sim, há uma maneira de utilizar para o bem a característica de negar D'us. Da próxima vez em que um pobre vier pedir sua ajuda, não diga para ele "D'us te ajudará". Assuma para si mesmo a responsabilidade e o ajude em tudo o que ele precisar".

 

Tudo o que temos é D'us quem nos dá. Mas de nós deve partir a iniciativa de ajudar a todos aqueles que têm qualquer tipo de necessidade.

 

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A Parashá desta semana, Behar, traz muitas Mitsvót importantes, como a Shemitá (descanso sabático das terras em Israel) e o Yovel (Jubileu, ano em que se completa o ciclo de 7 Shemitót), além de algumas Mitsvót "Bein Adam Lehaveiró" (entre o homem e seu semelhante). Entre elas, há uma Mitzvá interessante: "Se seu irmão se empobrecer e em sua proximidade suas forças decaírem, você deve fortalecê-lo" (Vayikrá 25:35). O entendimento mais simples deste versículo é que devemos ajudar a todos aqueles que são necessitados. Mas por que a Torá utiliza a linguagem "você deve fortalecê-lo", ao invés de simplesmente utilizar "você deve ajudá-lo"? Explica Rashi que da linguagem "você deve fortalecê-lo" aprendemos que é mais importante ajudar alguém que está caindo do que aquele que já caiu. Mas o que a Torá veio nos ensinar? Será que não é melhor ajudar aquele que não tem mais nada do que aquele que está perdendo o que tem?

 

Diariamente encontramos nas ruas pessoas necessitadas. No meio do trânsito surgem em nossas janelas pessoas sujas e esfarrapadas, implorando por uma moeda para que possam comer algo. Não agüentamos ver aquelas pessoas necessitadas e acabamos ajudando com algum trocado, e assim nos sentimos melhor. Mas se refletirmos um pouco, este ato de doação foi um ato motivado pelo amor ou pelo egoísmo? A natureza do ser humano é sentir pena daquele que perdeu tudo, e isto nos incomoda. Por isso, quando damos o trocado para o pobre, fazemos pelo nosso próprio bem estar, para nos sentirmos mais confortáveis, não por amor ao outro. Explica o Rav Meir Rubman que, por outro lado, quando vemos uma pessoa que ainda está caindo, não há este sentimento natural de misericórdia. Portanto, ao ajudá-lo, estamos fazendo um ato de amor verdadeiro, não de amor próprio. É por isso que a Torá louva mais aquele que ajuda quem ainda está caindo, pois o ato acaba sendo mais verdadeiro e sincero.

 

Rashi traz ainda outra explicação. Se um burro com uma carga muito pesada nas costas começa a cair por causa do grande peso que carrega, uma única pessoa é capaz de ajudá-lo a se reerguer. Porém, se o burro chegar a cair no chão, são necessárias cinco pessoas para levantá-lo novamente. Da mesma maneira, quando uma pessoa está caindo é mais fácil ajudá-la a se reerguer e, com menos esforço, é possível dar-lhe novamente uma vida digna. Porém, quando a pessoa já perdeu tudo, torna-se cada vez mais difícil ajudá-la. Por isso o versículo ressalta a importância de ajudar alguém enquanto ele ainda está caindo, ao invés de esperar até que ele perca tudo para começar a ajudar.

 

Um terceiro ponto pelo qual é mais louvável ajudar alguém que ainda está caindo está relacionado com a nossa sensibilidade. A Torá exige que nos preocupemos com os outros ao ponto de entender suas necessidades sem que eles tenham que nos pedir. Os maiores líderes do povo judeu eram pastores, entre eles Moshé e David Hamelech (Rei David). Por que? Pois já que os animais não falam, os pastores precisam desenvolver sua sensibilidade para perceber sozinhos o que os animais necessitam. Por isso eles se tornaram grandes líderes do povo judeu, pois conseguiam perceber o que o povo necessitava. Todos enxergam quando uma pessoa perdeu tudo, qualquer um consegue ver quando alguém está na sarjeta. Mas poucos conseguem desenvolver a sensibilidade de perceber quando alguém está caindo de forma silenciosa. A Torá valoriza aquele que se trabalhou e percebe, antes do outro cair, que ele precisa de ajuda.

 

Finalmente, um último motivo para ajudar uma pessoa enquanto ela ainda está caindo é que para o ser humano pedir ajuda aos outros é uma grande humilhação. Por isso o versículo não fala de ajudar alguém que nos pediu ajuda, o versículo nos ensina a ajudar antes mesmo da pessoa vir pedir. Enquanto a pessoa ainda está caindo é possível ajudá-la sem que ela se sinta humilhada. Mas depois que ela já caiu, ela é obrigada a pedir ajuda aos outros, e qualquer coisa que ela recebe torna-se uma grande vergonha.

 

A Torá exige de nós um nível grande de preocupação com o próximo. Neste mesmo versículo, ao escrever "seu irmão" e não "seu companheiro", a Torá está nos ensinando que é este o nível de amor e preocupação com o próximo que temos que alcançar. Da mesma forma que ninguém deixaria um irmão passando necessidade, assim temos que olhar como se cada um fosse o nosso próprio irmão.

 

Explica o Talmud que o versículo não se refere somente a uma queda financeira, mas também a uma queda espiritual. Se existe a obrigação de ajudar alguém que perdeu suas posses materiais, muito maior é a nossa obrigação de ajudar alguém que sofreu uma queda espiritual. Atualmente a doença que mais ataca as pessoas é a depressão. Qual é a causa? As pessoas vivem vidas sem sentido. Acordam, vão ao trabalho, almoçam, voltam para casa, assistem à televisão e vão dormir. Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado. Não há metas, não há sentido no que fazem. Portanto uma das maiores bondades que podemos fazer é ajudar as pessoas a encontrarem um sentido para suas vidas. E nesta área a nossa sensibilidade precisa ser ainda maior, pois quando falta dinheiro a pessoa sabe que precisa de ajuda, mas quando falta espiritualidade muitas vezes nem a própria pessoa percebe.

 

O versículo ensina ainda algo para as nossas próprias vidas. Com cada transgressão que cometemos sofremos uma queda espiritual. Esta queda se assemelha a uma picada de cobra, na qual uma pequena quantidade de venenos é injetada em nosso próprio corpo. Quanto mais tempo demorarmos para consertar nossos erros, maior a chance de que hajam complicações. Temos que nos fortalecer antes de cairmos, pois depois fica cada vez mais difícil. Para alguém que está caindo uma muleta volta a dar equilíbrio, mas para alguém que já caiu, é necessária uma maca com várias pessoas para ajudar.

 

SHABAT SHALOM

 

Rav Efraim Birbojm

 

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ EMOR 5771

BS"D 

BRONCA SÓ SE FOR COM AMOR - PARASHÁ EMOR 5771 (06 de maio de 2011)

Há cerca de 30 anos um rabino americano que visitava Miami fez uma palestra sobre a vida do famoso rabino Isroel Meir HaCohen, o "Chafetz Chaim". Ele contou como o grande sábio, que apesar de ser muito humilde, chegou a ser reconhecido como um dos maiores Tsadikim (Justos) de sua geração.

Dentre as histórias que o rabino desejava contar, havia uma que estava incompleta. Mas ele decidiu que a contaria mesmo assim, pois trazia uma mensagem significativa. O rabino começou a relatar um incidente que ocorreu quando um jovem aluno da Yeshivá do Chafetz Chaim certa vez foi flagrado por outros alunos fumando um cigarro em pleno Shabat – o dia sagrado de descanso. Os professores e alunos ficaram chocados, e alguns membros do corpo docente achavam que o garoto deveria ser imediatamente expulso. No entanto, quando o Chafetz Chaim soube da história, pediu que o rapaz fosse levado à sua casa.

O rabino então interrompeu a narrativa e disse:

- Não sei o que o Chafetz Chaim disse ao garoto, sei apenas que eles ficaram juntos por alguns minutos. Eu daria tudo para saber o que ele disse ao seu aluno, pois depois disso o rapaz nunca mais profanou o Shabat. Como seria maravilhoso se pudéssemos transmitir aquela mensagem a outros, para encorajá-los em sua observância do Shabat.

Quando o rabino terminou a palestra, o salão esvaziou-se, restando apenas um homem idoso, que permaneceu em seu assento, imerso em seus pensamentos. À distância parecia que ele estava tremendo, como se estivesse chorando. O rabino foi até ele e perguntou se estava tudo bem. O homem, ao invés de responder, perguntou ao rabino de quem ele havia escutado aquela história do cigarro no Shabat. O rabino não se lembrava quem havia contado, pois havia escutado há muito tempo. O homem idoso levantou os olhos, olhou fixamente para o rabino e disse baixinho:

- Rabino, aquele menino era eu.

O rabino ficou chocado. Implorou ao homem idoso que contasse os detalhes do que havia acontecido. O homem contou a seguinte história:

- Este incidente ocorreu por volta de 1920, quando o Chafetz Chaim beirava os oitenta anos. Eu estava apavorado por ter de ir à casa dele e encará-lo. Quando cheguei à sua casa, não acreditei na pobreza na qual ele vivia. Era inconcebível para mim que um homem de sua importância ficasse satisfeito em viver num ambiente assim tão simples. De repente, ele apareceu na sala onde eu o estava aguardando. Ele tomou minha mão e apertou-a, ternamente, entre as suas. Levou minha mão até seu rosto e seus olhos se fecharam por uns momentos. Quando ele os abriu, estavam repletos de lágrimas. Disse-me então, numa voz baixa, cheia de sofrimento: 'Shabat!' E começou a chorar. Ainda estava segurando minhas mãos, e enquanto chorava, repetia: 'Shabat, o sagrado Shabat!'

Meu coração disparou - continuou o homem idoso - e fiquei mais assustado do que jamais estivera na vida. As lágrimas rolavam em seu rosto e uma delas caiu na minha mão. Senti um imenso calor, pensei que aquela lágrima fosse abrir um buraco na minha pele. Hoje em dia, quando penso naquela lágrima, ainda posso sentir seu calor. Não posso descrever como me senti mal por saber que eu tinha feito o grande Tsadic chorar. Mas em sua bronca, que foram apenas aquelas poucas palavras, senti que ele não estava bravo comigo, mas sim triste. Ele se importava comigo, parecia preocupado com as conseqüências dos meus atos.

O homem idoso então acariciou a mão, que possuía a cicatriz invisível de uma lágrima preciosa. Ela havia se tornado um lembrete permanente, que o ajudou a observar o 'sagrado Shabat' pelo resto da vida.

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A Parashá desta semana, Emor, termina com um incidente em que um judeu, filho de uma mulher judia e um homem egípcio, amaldiçoa a D'us em público, como diz o versículo: "O filho da mulher israelita pronunciou o nome de D'us e O amaldiçoou. Então o trouxeram para Moshé... e o colocaram na prisão para esclarecer através de D'us" (Vayikrá 24:11,12). Como o homem havia cometido um crime cuja punição não estava explícita na Torá, prenderam-no momentaneamente até que Moshé se aconselhasse diretamente com D'us para saber exatamente qual pena deveria ser aplicada.

Explica Rashi, comentarista da Torá, que este blasfemador de D'us não era o único que estava preso. Neste mesmo período outro homem também estava temporariamente na prisão aguardando seu veredicto. Ele havia desrespeitado publicamente o Shabat, diante de testemunhas. Apesar da Torá determinar que ele deveria receber pena de morte, não estava explícita de qual forma esta pena seria aplicada, já que na Torá existem quatro diferentes formas de aplicar a pena de morte. Portanto o homem também estava preso até que Moshé questionasse diretamente D'us como proceder.

Rashi, citando o Midrash (parte da Torá Oral), nos traz um detalhe interessante, mas aparentemente sem nenhuma grande importância. Ele explica que, apesar dos dois estarem presos no mesmo período, eles foram colocados em celas diferentes, de maneira que um não tivesse absolutamente nenhum contato com o outro. Mas por que eles não foram colocados na mesma cela? E por que o Midrash precisou nos contar que havia dois prisioneiros, se eles não tiveram nenhum contato entre si?

Explica Rashi que teoricamente os dois deveriam ter sido presos juntos, mas Moshé entendeu que havia a necessidade de separá-los, pois existia uma grande diferença entre o homem que blasfemou D'us e o homem que desrespeitou o Shabat. Aquele que desrespeitou o Shabat já sabia que teria uma pena de morte, apenas a forma de aplicar a pena seria definida por D'us. Já o blasfemador não tinha idéia qual seria a sua pena, poderia também ser pena de morte ou poderia ser outra pena bem mais leve. Mas como entender as palavras de Rashi? Por que esta diferença seria motivo para separar os dois homens?

Nos ensina o Rav Mordechai Gifter que se os dois homens tivessem sido colocados juntos, teriam passado por sofrimentos desnecessários. O blasfemador olharia para o outro prisioneiro, que estava condenado à morte, e pensaria que sua pena também seria a morte mesmo antes do veredicto final. Já o homem que desrespeitou o Shabat, caso o blasfemador não recebesse pena de morte, também sofreria. Quando alguém tem um sofrimento, ele se consola ao saber que outras pessoas estão sofrendo como ele. Uma pessoa que está em uma má situação sente dor quando vê que seu companheiro não está sofrendo no mesmo nível. Portanto a separação foi um ato de sensibilidade, uma forma de não causar sofrimentos desnecessários.

Mas fica uma pergunta: será que esta preocupação era realmente necessária? As duas pessoas em questão, que haviam cometido crimes muito graves, mereciam que sua dor fosse minimizada? Além disso, os dois acabaram sendo condenados à pena de morte, então por que se preocupar com um pouco de sofrimento a mais?

Deste episódio aprendemos o grau de sensibilidade com as pessoas que a Torá exige de nós. Mesmo com pessoas que cometerem transgressões graves, mesmo que ambos haviam sido condenados à pena de morte, a Torá nos proíbe de causar qualquer sofrimento desnecessário a eles. Neste caso a solução foi simples, apenas a separação dos dois prisioneiros foi suficiente, mas mesmo se outros esforços fossem necessários para evitar um sofrimento desnecessário, estaríamos obrigados a nos esforçar.

Podemos utilizar este ensinamento para o nosso cotidiano. Muitas vezes em nossas vidas há situações onde somos obrigados a dar uma bronca em alguém que fez algo de errado. Por exemplo, nos nossos filhos, alunos ou até mesmo amigos. A Torá nos ensina a ser cautelosos para não causar mais sofrimento do que a pessoa realmente merece. E muitas vezes, no lugar onde gritos não funcionariam, uma demonstração de amor e de preocupação com o mau ato que a pessoa fez tem um efeito muito maior, como ocorreu na história do Chafetz Chaim. Talvez o aluno merecesse uma grande bronca, quem sabe até mesmo a expulsão. Mas se ele tivesse gritado com seu aluno ou, pior ainda, se o tivesse expulsado imediatamente da Yeshivá, certamente o aluno teria se desviado completamente dos caminhos da Torá. A atitude do Chafetz Chaim foi completamente diferente, ele demonstrou amor pelo aluno, demonstrou que se importava com as coisas que ele fazia, tocando profundamente no coração dele.

Portanto, sempre que tivermos razão em uma discussão e uma grande bronca for justificável, o ideal é tentar antes de outra maneira. Como ensinam nossos sábios: "coisas que saem do coração entram no coração". Se a pessoa que errou sentir que a bronca que está recebendo é por amor, para ajudá-la a melhorar algo, então será bem recebida, não sendo necessários gritos ou ameaças. Assim estaremos resolvendo nossos problemas e ajudando aos outros sem correr o grande risco de estar causando sofrimentos desnecessários.

SHABAT SHALOM

Rav Efraim Birbojm

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São Paulo: 17h19  Rio de Janeiro: 17h05  Belo Horizonte: 17h13  Jerusalém: 18h42
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) do meu querido e saudoso avô, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L, que lutou toda sua vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possa ter um merecido descanso eterno.

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
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sexta-feira, 29 de abril de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ KEDOSHIM 5771

BS"D

 
PARTES DE UM MESMO CORPO - PARASHÁ KEDOSHIM 5771 (29 de abril de 2011)

 

"Arnaldo era entregador de uma grande empresa e ganhava por entregas realizadas. Certa vez ele precisou fazer um entrega em outra cidade. Para piorar a situação, tudo o que ele tinha era apenas o nome da pessoa, não sabia nem mesmo o endereço. Pegou sua moto e foi fazer o trabalho.

 

Chegando à cidade, olhou o papel da entrega e viu que a pessoa que deveria receber o pacote se chamava Rubens. Perguntou para um dos moradores da cidade onde ele poderia encontrar aquela pessoa. O morador não sabia responder, mas sugeriu ao entregador que fosse até o centro da cidade e perguntasse pela pessoa procurada.

 

Chegando lá, Arnaldo viu uma imensa multidão e ficou desesperado. Será que encontraria a pessoa? Caso não encontrasse, teria apenas perdido seu tempo e não receberia o dinheiro da entrega. Resolveu perguntar um por um. Parou a primeira pessoa que viu e perguntou "Por acaso você é o Rubens?". Quando a pessoa respondeu negativamente, Arnaldo fez um grande escândalo com ela. Parou outra pessoa e novamente perguntou "Por acaso você é o Rubens?", e novamente ficou extremamente irritado ao escutar uma resposta negativa. E assim foi com diversas pessoas, a cada resposta negativa ele ficava mais irritado. Até que um senhor, não agüentando assistir aquele espetáculo, chamou a atenção de Arnaldo:

 

- Ei, rapaz, não seja um tonto. Assim você nunca vai encontrar a pessoa que está buscando. Ao invés de perder tempo se irritando e dando broncas em quem não tem nada a ver com seu problema, por que você não investe seu tempo procurando a pessoa certa?"

 

Arnaldo parece um tolo? Explica o Chafetz Chaim que muitas vezes também nos comportamos assim. Quando alguém faz algo que nos prejudica, ao invés de ficarmos irritados com a pessoa, devemos ter a consciência de que D'us está por trás de tudo o que ocorre. Ao gastarmos nosso tempo e nossa energia reclamando e brigando com as pessoas, estamos perdendo a oportunidade de cumprir o nosso trabalho espiritual neste mundo.

 

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Nesta semana lemos a Parashá Kedoshim, que começa com o seguinte versículo "Sejam santos, pois Eu, Hashem, Teu D'us, sou Santo" (Vayikrá 19:2). O que esperaríamos encontrar na Parashá? Fórmulas de como chegar a elevados níveis de santidade, como longos jejuns, retiros espirituais e votos de abstinência. Mas ao olharmos a continuação da Parashá, percebemos que ela está repleta de Mitsvót Bein Adam Lehaveiró (entre o homem e seu companheiro). O que isto nos ensina? Que o nível espiritual não é medido apenas pela maneira como a pessoa se comporta em relação à D'us, mas também pela maneira como se comporta com os outros. Para atingir elevados níveis de santidade, um dos caminhos principais é se comportando de maneira adequada com as outras pessoas.

 

Entre todas as Mitsvót listadas na Parashá, há algumas, contidas em um mesmo versículo, que nos chamam a atenção: "Não se vingarás e não guardarás rancor dos membros do seu povo; ame ao seu próximo como a si mesmo, Eu sou D'us" (Vayikrá 19:18). Este versículo apresenta algumas dificuldades. Em primeiro lugar, será que é possível controlar os sentimentos a ponto de não sentir rancor de alguém que nos fez mal? Além disso, qual a conexão entre não guardar rancor e amar ao próximo como a si mesmo? E finalmente, por que o versículo termina com "Eu sou D'us"?

 

Imagine esta cena: uma pessoa destra está cortando um tomate e, por descuido, acaba ferindo sua mão esquerda com a faca. A mão esquerda desta pessoa começa a sentir um grande rancor da mão direita. Num ataque de fúria, a mão esquerda pega a faca e se vinga da mão direita, causando-lhe um ferimento. O que você faria com esta pessoa? Certamente a encaminharia ao hospício, para um profundo tratamento psicológico. Por quê? Pois as duas mãos são parte de um mesmo corpo. Não faz sentido uma vingança ou guardar rancor contra partes de si mesmo, pois no final das contas a pessoa estaria sofrendo duas vezes!

 

Fomos educados desde pequenos a achar que cada pessoa é uma entidade por si só, completamente independentes das outras pessoas. Mas isto é, na verdade, uma forma completamente equivocada de enxergar a realidade espiritual. Explica o livro "Tomer Dvora", do Rav Moshe Cordovero, que não somos seres independentes, pois dentro da alma de cada pessoa há um pouquinho da alma do outro. Por isso, toda vez que a pessoa se vinga e faz mal ao outro, parte deste mal também o atinge, por causa da parte de sua alma que está contida no outro. O mesmo ocorre ao contrário, pois quando fazemos bem ao outro, parte desta bondade volta para nós mesmos. É por este motivo que D'us nos ordenou a Mitzvá de "Ame ao seu próximo como a si mesmo" junto com a Mitzvá de "Não se vingarás e não guardarás rancor", para nos ensinar que o outro é parte de nós mesmos e, da mesma forma que ninguém machuca a si mesmo, também temos que fazer de tudo para nunca prejudicar ao próximo.

 

Mas a Torá nos revela que, fora o motivo lógico de não causar um mal para nós mesmos, há uma razão ainda maior para não nos irritarmos nem guardarmos rancor do próximo: "Eu sou D'us". O que isto significa? Que tudo o que acontece tem Hashgachá Pratid (Supervisão Particular) de D'us. Nada acontece no mundo sem o Seu consentimento. Ninguém tira um fio de cabelo de outra pessoa se isto não estiver decretado nos mundos espirituais. Se algo "ruim" aconteceu, a pessoa que nos fez este mal foi apenas um "utensílio", apenas cumpriu o que D'us havia decretado nos mundos espirituais. Se o mal não viesse através desta pessoa, viria através de outra pessoa, pois assim ensinam nossos sábios: "Muitos são os emissários de D'us". Ele tem o mundo inteiro ao Seu controle para cumprir a Sua vontade.

 

Uma dica prática para evitar o rancor e a vingança é viver como se estivéssemos participando de um grande teatro. O que isto significa? Imagine que você foi convidado para participar de uma peça. De repente outro ator, lendo seu script, se aproxima de você e diz: "seu tolo". Você ficaria bravo com ele? Obviamente que não, pois ele está apenas lendo o script. Se quisermos entender porque o script dele era nos ofender, devemos perguntar ao diretor do teatro, que escreveu todos os textos. Assim também acontece em nossas vidas. Se alguém nos ofendeu, ao invés de guardarmos rancor desta pessoa, o correto é saber que ele está apenas lendo seu "script". O ideal é refletir para entender quais foram os motivos pelos quais D'us decretou que fossemos ofendidos.

 

O rancor e a vingança são sinais de fraqueza espiritual. Nos ensina o Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas): "Quem é o valente? Aquele que conquista sua má inclinação". No nosso conceito, valente é aquele que não leva desaforo para casa, que revida imediatamente, de preferência com violência, a qualquer tipo de provocação. Mas a Torá ensina justamente o contrário. Quando um cachorro é ameaçado, ele avança e morde. Não porque ele é valente, mas porque é um animal, seu instinto o faz atacar o agressor, ele não tem controle. Da mesma maneira, quando um ser humano se vinga ou guarda rancor no coração, não é um sinal de valentia, é um sinal de pouca espiritualidade, de falta de autocontrole.

 

Mas, se de acordo com a Torá não devemos revidar, a pessoa que nos fez mal sairá impune? Com certeza não. Por exemplo, quando uma pessoa recebe um decreto espiritual de perder duzentos reais, o que D'us faz? Utiliza os "serviços" de um ladrão, que decidiu assaltar alguém por seu próprio livre arbítrio, e junta os dois na mesma rua. O homem não perdeu seus duzentos reais porque o ladrão decidiu roubá-lo, e sim porque havia um decreto espiritual. Mas o ladrão, que roubou por sua livre escolha, apesar de ter cumprido o decreto de D'us, prestará suas contas por ter utilizado de forma equivocada seu livre arbítrio. A pessoa que foi roubada tem todo o direito de utilizar a força policial para tentar reaver seu dinheiro. Apenas deve entender que não há sentido em guardar rancor do ladrão, pois ele cumpriu apenas o que já estava decretado espiritualmente. Se não fosse através deste ladrão, a perda monetária ocorreria de outra maneira.

 

Portanto, todas as vezes em que ficamos irritados com outra pessoa, estamos apenas perdendo o nosso tempo e gastando nossas energias de maneira equivocada. Quando algo "ruim" acontece, o correto é refletir sobre o que ocorreu. Em geral D'us se comporta conosco "Midá Kenegued Midá (medida por medida), isto é, o que nos ocorreu é um reflexo de nossos próprios atos. Se fomos ofendidos, é porque provavelmente ofendemos outra pessoa e não pedimos perdão. Se fomos roubados, é porque provavelmente este dinheiro também chegou ilicitamente em nossas mãos. E assim é com tudo o que ocorre em nossas vidas.

 

Se chegarmos a viver com esta claridade, poderemos investir nosso tempo em cumprir o nosso trabalho espiritual neste mundo, corrigindo nossos próprios erros, ao invés de ficar espetando, com a nossa mão direita, a nossa própria mão esquerda.

 

SHABAT SHALOM

 

Rav Efraim Birbojm

 

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