quinta-feira, 21 de abril de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PESSACH II 5771

BS"D

           

O VERDADEIRO DONO DA FORÇA - PESSACH II 5771 (22 de abril de 2011)

 

"Certa vez um importante rei saiu para caçar com seus ministros e servos. Quando chegaram às margens de um rio, encontraram um simples pastor de ovelhas que tocava sua flauta, sentado em uma pedra. O rei pensou que se tratava de um pastor tolo e ingênuo, mas ao conversar com ele, descobriu que o pastor era extremamente inteligente. Quanto mais o rei testava a inteligência do pastor, mais ele demonstrava ser uma pessoa talentosa. O rei simpatizou tanto com aquele rapaz que decidiu levá-lo para o palácio. Deu-lhe roupas novas, educou-o com os melhores professores e, quando ele estava pronto, elevou-o a um dos cargos mais altos do reinado: ministro do tesouro.

 

O ministro teve muito sucesso e era querido por todos os súditos, pois tinha um bom coração e buscava o bem de todos. Porém, isto despertou muita inveja nos outros ministros, que começaram a falar mal dele para o rei. Em um primeiro momento o rei não deu atenção, pois gostava muito do ministro do tesouro. Mas os outros ministros insistiam tanto que o rei começou a desconfiar que houvesse algo errado com aquele rapaz. Finalmente os incansáveis ministros começaram a dizer que o ministro do tesouro estava desviando dinheiro do rei. Sugeriram ao rei fazer uma visita surpresa à casa do ministro, para comprovar que ele escondia em casa as riquezas desviadas do tesouro real. O rei, após tanta pressão, acabou cedendo e aceitou a sugestão dos ministros.

 

Chegaram de noite, sem nenhum aviso, pegando de surpresa o ministro do tesouro. Entraram na casa e viram que era uma casa muito recatada, com móveis simples e sem nenhuma ostentação. Vasculharam toda a casa e não encontraram nenhum sinal da suposta fortuna roubada pelo ministro. Os outros ministros ficaram envergonhados diante do olhar furioso do rei. Foi então que eles viram uma porta trancada, que dava para algum aposento da casa que eles não haviam vistoriado. Pediram para o ministro abrir, mas ele se recusou, dizendo que não permitia nem mesmo que sua esposa e seus filhos entrassem naquele aposento. Chorando, pediu ao rei que não abrisse aquela porta, pois para ele seria uma grande vergonha e humilhação. Mas o rei, intrigado, ordenou que a porta fosse imediatamente aberta.

 

Muito envergonhado, o ministro começou a abrir lentamente a porta. Foi então que todos viram, surpresos, que naquele aposento havia apenas roupas muito velhas, um bastão de pastor e uma flauta. O rei, confuso, pediu uma explicação. O ministro, sem alternativa, contou:

 

- Meu senhor, grande rei, quando você me conheceu, eu era uma pessoa muito simples, um humilde pastor de ovelhas. Você me deu roupas, uma casa, me educou e me elevou a ministro do rei. Então eu tive muito medo que o sucesso repentino me subisse à cabeça e me tornasse uma pessoa orgulhosa. Por isso eu deixei neste quarto as minhas roupas simples de pastor, o meu bastão e a minha flauta. Todas as vezes que eu sentia que o orgulho começava a me dominar, eu me trancava neste quarto, vestia minhas roupas de pastor e tocava minha flauta. Assim, eu me lembrava do meu passado humilde e me recordava que tudo o que eu tenho hoje é apenas pela bondade e misericórdia de D'us"

 

Assim como o pastor, temos que tomar muito cuidado quando chegamos ao sucesso, para nunca esquecer que tudo o que nós temos não é por nossa inteligência ou esforço, e sim por bondade e misericórdia de D'us.

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Nesta semana o Shabat cai no meio da festa de Pessach, também conhecida como "Zman Cheruteinu" (o tempo da nossa liberdade). Nestes dias temos influências espirituais positivas, que nos ajudam a nos libertarmos das nossas limitações e vícios. Se D'us não nos tivesse tirado do Egito, fisicamente e espiritualmente, até hoje seríamos escravos dos nossos desejos e vontades. Mas apesar de chamarmos a festa de "Pessach", este não é o nome dado pela Torá, pois nos versículos ela é mencionada como "Chag HaMatzót" (Festa das Matzót).

 

Mas este nome é um pouco estranho para se referir à nossa festa da liberdade. A Matsá é conhecida como o "pão da pobreza", como dizemos no começo da Hagadá de Pessach, quando levantamos as Matsót e recitamos "HaLachmá Aniá" (Este é o pão da pobreza que comeram os nossos antepassados na terra do Egito). Se a Matsá é o "pão da pobreza", por que a Torá, ao invés de dar um nome "orgulhoso" para a festa da liberdade, resolveu chamá-la justamente de "Chag HaMatsót"?

 

D'us criou o mundo material para nos testar e nos dar méritos. E justamente um dos testes mais difíceis é saber enxergar a mão Dele em todas as bondades que ocorrem em nossas vidas. Somos testados constantemente, em todas as áreas da vida. Quando tomamos um remédio e nos recuperamos de uma doença, quando ganhamos nosso salário no fim do mês, quando vencemos uma competição esportiva. O teste é se temos a certeza de que não foi o remédio que nos curou, nem nossa inteligência que trouxe o dinheiro no fim do mês, nem a nossa força que nos fez ganhar a competição. Tudo é D'us, pois é Ele quem nos dá a saúde, a inteligência e a força. Nosso esforço é apenas para encobrir as Suas bondades, para que o milagre não seja aberto. Não podemos esquecer isto nunca, pois quando esquecemos, nosso orgulho nos leva à idolatria de "minha força e o esforço das minhas mãos me enriqueceram", e nos afasta cada vez mais de D'us, que é, na verdade, Quem nos dá absolutamente tudo o que temos na vida.

 

Explica o Rav Shimshon Refael Hirsh que durante todos os anos que os judeus passaram como escravos no Egito, eles eram alimentados com Matsá, o "pão da pobreza". Por que então D'us fez com que os judeus tivessem que sair rapidamente do Egito, sem dar tempo para que fermentasse a massa que eles haviam preparado como provisão para o deserto, fazendo com que eles novamente tivessem que comer Matsá? Pois D'us queria ressaltar que mesmo na saída do Egito os judeus ainda eram escravos, ainda comiam o "pão da pobreza". Ele não nos tirou do Egito como homens livres para que não se levantassem pessoas, nas gerações futuras, e dissessem que os judeus saíram do Egito por causa de sua força e do esforço de suas mãos, esquecendo-se que foi a mão de D'us que fez todos os milagres e libertou os judeus do Egito. Da mesma forma que um pobre não tem nada que é dele, assim foi a saída do Egito, quando fomos meros coadjuvantes. O responsável por toda a salvação foi unicamente D'us.

 

Mas D'us não quis que esta lição fosse apenas para a geração da saída do Egito, Ele quis que todas as gerações pudessem constantemente se recordar disso e se afastar da idolatria de atribuir forças aos seus próprios atos. Este é um dos lembretes da Matsá, que comemos durante toda a festa de Pessach e que colocamos diante de nós durante o Seder, quando recontamos toda a história da Saída do Egito: a humildade de saber que éramos escravos, humilhados, sem nenhuma força ou possibilidade de ser redimidos por nossa própria força. Com isso não esquecemos a nossa obrigação de agradecer a D'us por ter nos libertado.

 

Quando um povo recorda a sua independência e a libertação das mãos dos seus opressores, o faz com orgulho e sentimento de superioridade, ressaltando a força e a valentia dos seus combatentes e heróis. O povo judeu revive a sua libertação com a Matsá, o "pão da pobreza", pois não exaltamos os nossos combatentes, exaltamos o verdadeiro e único salvador: D'us. Até mesmo o nosso maior profeta, Moshé Rabeinu, que nos liderou na saída do Egito, não é mencionado nenhuma vez na Hagadá, para que não exaltemos os intermediários e terminemos esquecendo o verdadeiro "Herói".

 

Por isso também a Torá chamou a festa de Pessach de "Chag HaMatsót", ao invés de chamá-la de "Festa da Liberdade" ou "Festa da Redenção". Ao repetir tantas vezes a idéia do "pão da pobreza", podemos nos comportar de maneira humilde. Somente assim conseguiremos reconhecer e agradecer a D'us por todas as bondades que Ele nos fez e continua nos fazendo a cada instante.

 

SHABAT SHALOM e PESSACH KASHER VE SAMEACH

 

Rav Efraim Birbojm

 

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT:
São Paulo: 17h29  Rio de Janeiro: 17h14  Belo Horizonte: 17h22  Jerusalém: 18h32

                                                          

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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Renée bat Pauline, Ester bat Libi, Frade (Fanny) bat Chava, Chana bat Rachel, Léa bat Chana; Pessach ben Sima, Eliashiv ben Tzivia; Chedva Rina bat Brenda; Israel Itzchak ben Sima; Eliahu ben Sara Chava; Avraham David ben Reizel; Yechezkel ben Sarit Sara Chaya; Sara Beila bat Tzvia; Estela bat Arlete; Ester bat Feige; Moshe Yehuda ben Sheva Ruchel; Esther Damaris bat Sara Maria; Yair Chaim ben Chana; Dalia bat Ester; Ghita Leia Bat Miriam; Chaim David ben Messodi; David ben Beila; Léia bat Shandla; Dobe Elke bat Rivka Lie; Avraham ben Linda; Tzvi ben Liba; Chaim Verahamin ben Margarete; Rivka bat Brucha; Esther bat Miriam, Sara Adel bat Miriam, Mordechai Ghershon Ben Malia Rachel, Pinchas Ben Chaia, Yitzchak Yoel Hacohen Ben Rivka, Yitzchak Yaacov Ben Chaia Devora, Avraham Ben Dinah, Avraham David Hacohen Ben Rivka, Chaya Perl Bat Ethel, Bracha Chaya Ides Bat Sarah Rivka, Tzipora Bat Shoshana, Levona Bat Yona e Havivah Bat Basia, Daniel Chaim ben Tzofia Bracha, Chana Miriam bat Chana, Yael Melilla bat Ginete, Bela bat Sima; Israel ben Zahava; Nissim ben Elis Shoshana; Avraham ben Margarita; Sharon Bat Chana; Rachel bat Nechama, Yehuda ben Ita, Latife bat Renee, Avraham bem Sime, Clarisse Chaia bat Nasha Blima, Tzvi Mendel ben Ester, Marcos Mordechai Itschak ben Habibe, Yacov Eliezer ben Sara Masha, Yossef Gershon ben Taube, Manha Milma bat Ita Prinzac, Rachel bat Luna, Chaim Shmuel ben Sara, Moshe Avraham Tzvi ben Ahuva, Avraham ben Ahuva, Miriam bat Yehudit, Alexander Baruch  ben Guita, Shmuel ben Nechama Diná, Avracham Moshe ben Miriam Tobá, Guershon Arie ben Dvora, Mazal bat Miriam, Yadah ben Zarife, Ester bat Elisa, Shmuel Ben Chava, Mordechai ben Malka, Shmuel ben Chava, Chaim Dov Rafael ben Esther.

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) do meu querido e saudoso avô, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L, que lutou toda sua vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possa ter um merecido descanso eterno.

 

Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de: Avraham ben Ytzchak, Joyce bat Ivonne, Feiga bat Guedalia, Chana bat Dov, Kalo (Korin) bat Sinyoru (Eugeni), Leica bat Rivka, Guershon Yossef ben Pinchas; Dovid ben Eliezer, Reizel bat Beile Zelde, Yossef ben Levi, Eliezer ben Mendel, Menachem Mendel ben Myriam, Ytzhak ben Avraham, Mordechai ben Schmuel, Feigue bat Ida, Sara bat Rachel, Perla bat Chana, Moshé (Maurício) ben Leon, Reizel bat Chaya Sarah Breindl; Hylel ben Shmuel; David ben Bentzion Dov, Yacov ben Dvora; Moussa ben Eliahou HaCohen, Naum ben Tube (Tereza); Naum ben Usher Zelig; Laia bat Morkdka Nuchym; Rachel bat Lulu; Yaacov ben Zequie; Moshe Chaim ben Linda; Mordechai ben Avraham; Chaim ben Rachel; Beila bat Yacov; Itzchak ben Abe; Eliezer ben Arieh; Yaacov ben Sara, Mazal bat Dvóra, Pinchas Ben Chaia, Messoda (Mercedes) bat Orovida, Avraham ben Simchá, Bela bat Moshe, Moshe Leib ben Isser, Miriam bat Tzvi, Moises ben Victoria, Adela bat Estrella, Avraham Alberto ben Adela, Judith bat Miriam, Sara bat Efraim, Shirley bat Adolpho, Hunne ben Chaim, Zacharia ben Ytzchak, Aharon bem Chaim, Taube bat Avraham, Yaacok Yehuda ben Schepsl, Dvoire bat Moshé, Shalom ben Messod, Yossef Chaim ben Avraham, Tzvi ben Baruch, Gitl bat Abraham, Akiva ben Mordechai, Refael Mordechai Ben Leon (Yehudá), Moshe ben Arie, Chaike bat Itzhak, Viki bat Moshe, Dvora bat Moshé.

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Para inscrever ou retirar nomes da lista, para indicar nomes de pessoas doentes ou Leilui Nishmat (elevação da alma), e para comentar, dar sugestões, fazer críticas ou perguntas sobre o E-mail de Shabat,favor mandar um E-mail para ravefraimbirbojm@gmail.com

 

(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).

 

 


sexta-feira, 15 de abril de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PESSACH 5771

BS"D

           

APRENDENDO A DAR VALOR - PESSACH 5771 (15 de abril de 2011)

 

Certa vez um rabino foi até a cobertura de um edifício para apreciar a vista e se deparou com um homem que estava prestes a pular. O rabino tentou puxar uma conversa com o homem, que estava muito nervoso, e perguntou qual era o motivo pelo qual ele queria acabar com a vida daquela maneira. O homem relatou os tremendos sofrimentos e dificuldades pelos quais estava passando na vida. O rabino entendeu a dor que o homem sentia, mas fez uma pergunta:

 

- Com todo este sofrimento pelo qual você está passando, se você também fosse cego, seria melhor ou pior?

 

O homem concordou que, se fosse cego, certamente sua situação seria ainda pior. O rabino então continuou:

 

- Imagine então que você tivesse nascido cego e estivesse prestes a se matar pelos mesmos motivos que você quer se matar agora. Se no instante que você fosse pular um milagre acontecesse e você ganhasse a visão, mesmo assim você pularia?

 

- Não, rabino. Se este milagre acontecesse eu não pularia.

 

- Por que não? – perguntou o rabino, curioso – seus problemas continuariam os mesmos!

 

- É verdade – respondeu o homem – mas quando o milagre tivesse me trazido de volta a visão, eu iria aproveitar para ver o que eu havia perdido durante anos de escuridão. As cores, a natureza, a beleza do mundo. Sentir a alegria de ver meus amigos, minha família e um belo pôr-do-sol na praia.

 

- Mas você pode ver tudo isso agora – conclui o rabino – pois você não nasceu cego. Por que você não aproveita que tem olhos e vai ver tudo isso que você me descreveu?

 

- Pois eu já estou acostumado com tudo isso – respondeu o homem.

 

- Então entenda algo. Não faltam bons motivos para você continuar vivo, falta você enxergar os motivos. Se você foca no que você não tem e no que dá errado na sua vida, esta é a chave da sua desgraça e infelicidade. Mas se você quer ser feliz, você deve focar no que você tem e nos acertos que você fez na vida!

 

O homem, ao escutar estas sábias palavras, desceu do muro. Ele entendeu que certamente tinha muitas coisas boas que recebia todos os dias e nunca havia dado valor.

 

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Na próxima segunda feira de noite (18 de abril) começa a festa de Pessach. A noite se inicia com o Seder, no qual nos sentamos com nossas famílias e amigos e recontamos toda a história da saída do Egito e os milagres e bondades que D'us fez para nos salvar da escravidão física e espiritual. A noite do Seder de Pessach é uma noite voltada ao agradecimento a D'us por todas as bondades que Ele nos fez e nos faz a cada instante. E na própria Hagadá nossos sábios fixaram textos de reconhecimento e agradecimento.

 

Explica o Talmud que para cumprirmos a obrigação de recontar a nossa saída do Egito, precisamos começar a contar as coisas ruins antes de contar as coisas boas. E o Talmud traz duas opiniões sobre o que é considerado o início ruim. Segundo uma das opiniões, devemos começar mencionando a escravidão no Egito, enquanto segundo a outra opinião devemos começar mencionando que nossos antepassados, antes de Avraham, eram idólatras.

 

Ao observarmos a Hagadá, vemos que as duas opiniões do Talmud foram aceitas, pois a Hagadá descreve a nossa escravidão no Egito e menciona também os nossos antepassados idólatras. Por que as duas opiniões foram utilizadas? Pois nossos sábios entenderam que as duas opiniões nos ensinam alguma lição fundamental sobre a característica de "Hakarat Hatóv" (agradecer por uma bondade recebida).

 

Segundo a opinião que devemos começar pela escravidão, o ensinamento é mais fácil de ser entendido. Para sermos realmente agradecidos pelo que temos, precisamos contrastar a situação atual positiva com os sofrimentos passados e as dificuldades pelas quais passamos para atingir os bons resultados. Por exemplo, quando a pessoa chega a uma situação financeira confortável na vida, é muito fácil esquecer todas as bondades que D'us fez. Portanto, se a pessoa quer de verdade agradecer a D'us com toda a sua força, ela deve constantemente lembrar-se dos momentos difíceis, quando mal podia se sustentar, pois isso ajuda a despertar o sentimento de gratidão por D'us. O mesmo devemos fazer no Seder de Pessach: começamos lembrando da terrível escravidão e dos sofrimentos que nos eram infligidos no Egito para podermos realmente apreciar a bondade de D'us nos ter retirado de lá.

 

Mas de acordo com a outra opinião, que devemos começar a Hagadá lembrando que nossos antepassados eram idólatras, qual é o ensinamento que fica para nós sobre o agradecimento? No que ajuda, em termos de reconhecer as bondades de D'us, recordar esta "mancha" do passado?

 

Uma das características que D'us mais abomina nos seres humanos é o orgulho e a arrogância. A pessoa que é arrogante vive como se o mundo tivesse sido criado para ela, de forma que tudo o que as pessoas fazem é visto como uma mera obrigação. Por isso, um dos fatores que mais afasta a pessoa do sentimento de agradecimento é a arrogância. A pessoa sente que merece tudo o que recebeu e por isso não há nenhuma necessidade de agradecimento. É como se as pessoas não tivessem feito nada de especial por ela, pois afinal, ela se sente no direito de esperar que as pessoas a sirvam. Já a pessoa humilde sente justamente o contrário. Ela tem sempre um grande sentimento de agradecimento no seu coração, pois sente que não merece nada. Por isso, tudo o que alguém faz por ele é especial, é uma grande bondade, e ele se sente na obrigação de agradecer e reconhecer.

 

Portanto, é este o propósito de começar a Hagadá lembrando que nossos antepassados eram idólatras. Quando colocamos no coração que éramos descendentes de idólatras, isto quebra o nosso orgulho e nos torna humildes. Não temos que andar de nariz empinado, pois nossos antepassados se curvavam para ídolos de madeira e pedra e, se não fosse a bondade de D'us, seríamos idólatras até hoje, como está explicito na Hagadá: "No começo nossos antepassados serviram ídolos, e agora D'us nos aproximou para que servíssemos a Ele". Não está escrito "éramos idólatras e por nossa inteligência deixamos de ser", e sim "éramos idólatras e D'us nos aproximou", com Chessed e não pelos nossos méritos.

 

Este é um ensinamento que devemos levar para nossas vidas, não apenas durante Pessach, mas durante o ano todo. Devemos sentir que não merecemos nada, e tudo o que os outros fazem por nós é uma grande bondade. Se conseguirmos trabalhar esta característica de reconhecer as bondades que recebemos dos outros, chegaremos a reconhecer as bondades que recebemos de D'us a cada instante. Infelizmente vivemos como se D'us tivesse a obrigação de nos dar, todos os dias de manhã, a visão, a audição e a possibilidade de andar. Mas a verdade é que Ele não tem obrigação nenhuma. Tudo o que Ele faz é por bondade. Quem tem obrigação somos nós. A obrigação de reconhecer e agradecer por todas as bondades que recebemos, o tempo inteiro, que fazem a nossa vida, apesar dos problemas e dificuldades, valer muito a pena.

 

SHABAT SHALOM e PESSACH KASHER VE SAMEACH

 

Rav Efraim Birbojm

 

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sexta-feira, 8 de abril de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ METSORÁ 5771

BS"D

           

LEVANTANDO 7 VEZES - PARASHÁ METSORÁ 5771 (08 de abril de 2011)

 

"Havia um rei que reinava com bondade e justiça. Mas ele não tinha certeza se as pessoas realmente gostavam dele. Então ele teve uma idéia: se fantasiou como um mendigo e saiu pelas ruas, para escutar pessoalmente do povo o que diziam sobre ele.

 

O rei, que nunca havia caminhado sozinho pelas ruas da cidade, acabou entrando por engano em uma viela escura e foi assaltado por um bando de bandidos cruéis. Os bandidos roubaram tudo o que ele tinha e ainda queriam machucá-lo, mas um dos ladrões, que teve uma faísca de misericórdia em seu coração, ferozmente protegeu o suposto mendigo do ataque dos outros ladrões e ajudou-o a escapar ileso.

 

Quando o rei chegou ao palácio, decidiu fazer um grande banquete para comemorar sua salvação milagrosa. Chamou todos os seus ministros e pessoas importantes do reino, e também fez questão de convidar o ladrão que havia salvado sua vida.

 

No dia do banquete, estavam sentados à mesa os ministros e as pessoas distintas, com suas roupas chiques e impecáveis, quando de repente entra no salão o ladrão, com suas roupas simples e velhas. Imediatamente ele se sentiu desconfortável na presença de pessoas tão bem vestidas e quis ir embora. Os ministros também se sentiram incomodados e olharam, perplexos, aquele sujeito vestido de maneira inadequada em pleno salão de banquetes do rei.

 

Mas a surpresa maior foi quando o rei entrou no salão e, antes de cumprimentar as pessoas importantes, dirigiu-se diretamente ao ladrão, deu-lhe um grande abraço e convidou-o a sentar ao seu lado na mesa principal, dando-lhe uma grande honra. Vendo o espanto nos olhos dos outros convidados, o rei explicou:

 

- Este banquete é um agradecimento por minha vida ter sido salva. E este homem é o verdadeiro responsável pela minha salvação. Se hoje vocês têm um rei, é pelo mérito dele. Por isso, em agradecimento, eu o convidei para o banquete e quero fazer dele um dos meus maiores ministros"

 

Explica o Rav Itzele Blazer que a pessoa que comete um erro mas se arrepende sinceramente e abandona suas transgressões é como se proclamasse no mundo inteiro que D'us é o Rei. Por isso D'us ama mais aquele que errou e se arrependeu do que aquele que nunca caiu.

 

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Na Parashá desta semana, Metsorá, a Torá descreve o processo de purificação de uma pessoa que havia contraído a doença espiritual de Tzaráat, que atacava aqueles que cometiam alguns tipos de transgressões graves, entre elas o "Lashon Hará", falar ou escutar informações que denigrem outra pessoa. Entre os processos de purificação estava a imersão em uma Mikve (banho ritual), como está escrito "E a pessoa em processo de purificação... deve imergir na água e tornar-se puro" (Vayikrá 14:8). Qual o significado da imersão na Mikve como parte do conserto de um erro cometido?

 

Todos nós cometemos erros na vida. Levados pelos nossos desejos, pela honra ou pela inveja, fazemos besteiras e nos desviamos. Mas ao "cair na real", isto é, ao percebermos a grande tolice que fizemos, nos vem um forte sentimento de culpa e desânimo. Em geral este sentimento tem um efeito indesejado e causa uma consequente queda espiritual acentuada, pois às vezes a pessoa fica tão transtornada com o erro que cometeu que chega a despencar espiritualmente por não ter força para continuar. Neste sentido, a conseqüência da transgressão acaba sendo mais prejudicial do que a própria transgressão.

 

A Torá traz alguns exemplos de pessoas que, ao cometerem algum pecado ou falharem em alguma decisão, sofreram uma enorme queda espiritual. Um dos casos clássicos é o de Orpá, cuja história está descrita no livro de Ruth. Naomi tinha duas noras, Ruth e Orpá. Quando Naomi decidiu voltar para Israel, Ruth e Orpá, que vinham de povos idólatras, decidiram que iriam se converter ao judaísmo e aceitariam sobre si um único D'us. Neste ponto, o nível espiritual de Orpá era tão elevado quanto o de Ruth, a bisavó do Rei David. Mas quando Naomi insistiu para que Ruth e Orpá voltassem para suas casas, Orpá não conseguiu mais passar no teste e decidiu voltar para sua casa e para suas idolatrias em Moav. O que seria lógico acontecer? Que com este erro isolado Orpá tivesse permanecido em um patamar espiritual elevado, apenas um pouco mais baixo que o de Ruth. Mas o Midrash (parte da Torá Oral) nos relata que na mesma noite em que Orpá abandonou Naomi e voltou para sua casa, ela afundou em um dos mais baixos níveis de depravação. Como esta queda ocorreu de forma tão dramática, em apenas uma noite?

 

Explica o Rav Chaim Shmulevitz que quando Orpá viu que havia falhado no grande teste de abandonar suas idolatrias para receber sobre si a existência de um único D'us, ela ficou tão abalada que perdeu completamente seu equilíbrio espiritual. Ela não conseguiu deixar de lado seu erro e recomeçar, e por isso acabou caindo de vez nas mãos do seu Yetzer Hará (má-inclinação). Mas então qual a solução para que este tipo de desânimo não nos domine quando cometemos alguma transgressão?

 

A dica está na Parashá desta semana. Explica o Sefer HaChinuch que o mundo, antes da criação do ser humano, estava completamente coberto de água. O mergulho nas águas da Mikve simboliza, portanto, uma volta ao começo da criação, antes do erro de Adam Harishon. Mergulhar completamente na água da Mikve representa deixar para trás as transgressões e recomeçar de cabeça erguida. Mesmo que a pessoa que se contaminou com a Tzaráat havia pecado de maneira grave, a Torá nos ensina que ela não estava condenada a uma queda perpétua. Ele podia, através de um arrependimento sincero, deixar seus erros para trás e recomeçar.

 

Este conceito está nas próprias características construtivas da Mikve. A medida mínima de água natural de uma Mikve é de 40 seá (seá é uma medida de volume da Torá). O número 40 aparece em diversas ocasiões importantes da Torá. Por exemplo, foram 40 dias de chuva durante o dilúvio e 40 anos que o povo judeu permaneceu no deserto. Qual o ponto em comum entre a Mikve, o dilúvio e o tempo em que o povo judeu permaneceu no deserto?

 

Na geração de Noach as pessoas haviam se corrompido completamente. D'us então decidiu destruir o mundo inteiro e recomeçar através da família de Noach. No deserto o povo judeu também cometeu o terrível pecado dos espiões, quando a maioria do povo perdeu sua Emuná (fé) em D'us e todos choraram sem motivo. D'us jurou que aquela geração não entraria na Terra de Israel e, por isso, decretou que eles permaneceriam por 40 anos no deserto, para que toda aquela geração fosse renovada. O ponto em comum entre os dois eventos é a renovação, mesmo após graves transgressões. É isso que o número 40 representa, a possibilidade de um novo começo. E é este o propósito da pessoa que contraiu Tzaráat ir à Mikve: a chance do transgressor levantar a cabeça e, apesar do grave erro cometido, seguir em frente no seu trabalho espiritual.

 

Esta é a mesma idéia que Shlomo Hamelech (Rei Salomão) nos ensina: "Tzadik é aquele que cai sete vezes e se levanta" (Mishlei – Provérbios 24:16). Shlomo Hamelech nos ensina que o Tzadik não é aquele que nunca cai, pois isto é impossível. A Torá nos descreve que mesmo os gigantes espirituais do povo judeu cometeram erros. A Torá atesta que "Nunca mais se levantou em Israel um profeta como Moshé, que conheceu D'us face a face" (Devarim 34:10). Este é o mesmo Moshé que bateu na pedra, indo contra o que D'us havia pedido. A grandeza de Moshé não está no fato dele nunca ter errado, pois ele, como todos os seres humanos, também cometeu erros. A grandeza está no fato dele conseguir a força para se levantar e continuar seu crescimento espiritual. Portanto, segundo a Torá, Tzadik é aquele que, apesar de cair, não desiste. Ele se renova e recomeça de cabeça erguida.

 

Ensina o Talmud algo impressionante: "No lugar onde se encontra um Baal Teshuvá (pessoa que se desviou, mas se arrependeu e voltou aos caminhos corretos), mesmo um Tzadik Gamur (uma pessoa completamente Justa) não pode chegar". Quando uma pessoa nos magoa ou nos irrita, mesmo depois que fazemos as pazes com ela, o amor não volta o mesmo, ficam algumas marcas. Mas D'us não se comporta como os seres humanos. Quando alguém comete transgressões e depois faz Teshuvá, D'us ama a pessoa ainda mais do que amava antes. Pois D'us vê no esforço da pessoa a sua vontade sincera de consertar os erros cometidos.

 

O sentimento de remorso pode e deve ser utilizado de forma positiva. Podemos canalizar e utilizar este sentimento para nos proteger, evitando futuras transgressões. Mas temos que aprender a lição da Mikve, a possibilidade de se renovar, o ensinamento de não ficarmos atolados nos nossos erros. Errar é humano, o diferencial está em levantar a cabeça e continuar, sem desânimo, o nosso caminho de crescimento.

 

SHABAT SHALOM

 

Rav Efraim Birbojm

 

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(Observação: para Refua Shlema deve ser enviado o nome da mãe, mas para Leilui Nishmat deve ser enviado o nome do pai).

 

 


sexta-feira, 1 de abril de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TAZRIA 5771

BS"D
 
PALAVRAS SOB MEDIDA - PARASHÁ TAZRIA 5771 (01 de abril de 2011)
 
"O Rabino Israel Meir HaCohen, mais conhecido como Chafetz Chaim, dedicou sua vida a ajudar as pessoas a evitarem o Lashon Hará, a grave transgressão de falar ou escutar informações que denigrem outra pessoa. Ele viajava de cidade em cidade, dando palestras sobre a gravidade desta transgressão e orientando as pessoas a como evitar as terríveis consequências dela.
 
Em uma destas viagens, o Chafetz Chaim havia terminado uma palestra para um grande público e, quando já estava saindo, foi abordado por um dos judeus da comunidade local. O Chafetz Chaim viu que ele parecia estar bastante incomodado e tenso. Então o homem começou a desabafar:
 
- Rabino, você acabou com a minha vida! Depois de tudo o que você explicou nesta palestra, eu nunca mais poderei falar nada!
 
O Chafetz Chaim abriu um sorriso e disse:
 
- Ao contrário, meu senhor, eu salvei sua vida. Até hoje você não podia falar nada, pois não sabia o que era proibido e o que era permitido. A partir de hoje você pode falar à vontade, apenas tomando o cuidado de falar assuntos que são permitidos"  
 
As leis sobre Shmirat Halashon (cuidados com a fala) são muito importantes, pois sem sabê-las podemos estar fazendo transgressões muito graves com terríveis consequências espirituais para todo o mundo.
 
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Nesta semana lemos a Parashá Tazria, que trata principalmente da Tzaraat, uma doença espiritual cuja principal manifestação física se dava através de manchas que apareciam na pele. Se a Tzaraat era uma doença espiritual, qual era a transgressão associada a ela? O Talmud nos ensina que o principal motivo para o aparecimento das manchas era o Lashon Hará, o ato de falar ou escutar coisas negativas sobre outras pessoas, principalmente informações que causam prejuízos financeiros ou psicológicos. Mas por que justamente na transgressão de Lashon Hará apareciam as manchas e não em outros tipos de transgressões? Esta transgressão é mais grave do que as outras?
 
Há um Midrash (parte da Torá Oral) famoso que conta a história de um vendedor ambulante que entrou em uma cidade e começou a anunciar "Quem quer vida longa? Quem quer vida longa?". Havia nesta cidade um rabino chamado Rav Yanai, que se interessou pelo anúncio e, achando que o homem oferecia algum elixir milagroso que alongava a vida, perguntou o que ele estava vendendo. O vendedor ambulante imediatamente retirou do bolso um livro de Tehilim (Salmos) e leu para o Rav Yanai o seguinte versículo: "Quem é o homem que deseja vida?... Guarda sua língua do mal e seus lábios da enganação" (Tehilim 34:13,14). O Rav Yanai ficou encantado com o vendedor ambulante e comentou que nunca havia entendido a interpretação do versículo até aquele momento.
 
Mas deste Midrash fica uma grande dúvida. O Rav Yanai era um grande estudioso de Torá, então o que um simples vendedor ambulante conseguiu ensinar para ele? Será que há, nestes versículos aparentemente simples, algum entendimento mais profundo?
 
Explicam os nossos sábios que o Rav Yanai pensou, durante toda sua vida, que a única forma de não falar Lashon Hará era fazendo voto de silêncio, isto é, falando apenas o mínimo necessário. O ideal seria, portanto, se tornar um eremita e viver isolado em uma caverna. Mas o vendedor ambulante veio lhe ensinar uma importante lição de vida. A palavra "fofoca", em hebraico, é "Rechilut", que vem da mesma raiz de "Rochel", que significa "vendedor ambulante". Qual a conexão entre o vendedor ambulante e a fofoca? Como o vendedor ambulante era uma pessoa que ia de casa em casa oferecer seus produtos, era comum que ele conhecesse a intimidade de todas as pessoas da cidade. Era muito freqüente que o vendedor ambulante levasse, junto com seus produtos, informações de uma casa para outra, causando com que muitos detalhes íntimos das pessoas fossem revelados através desta fofoca. Quando o Rav Yanai viu que até mesmo um vendedor ambulante, pessoa que passa o dia inteiro falando e conversando com as pessoas, estava lendo no livro de Tehilim os versículos sobre guardar a boca e evitar o Lashon Hará, ele entendeu que é possível uma pessoa ser socialmente ativo e, ao mesmo tempo, cuidar de sua boca. Tudo depende do autocontrole e do constante estudo para conhecer as leis da fala permitida e proibida.
 
O Rav Israel Meir HaCohen, mais conhecido como Chafetz Chaim, foi um dos maiores sábios do começo do século passado. Ele dedicou sua vida para ajudar as pessoas a evitarem o Lashon Hará, reunindo as principais leis sobre o Shmirat Halashon (cuidados com a fala) em seus livros. Ele ressaltava as graves consequências espirituais do Lashon Hará para o povo judeu, inclusive a destruição do nosso Segundo Beit-Hamikdash (Templo Sagrado). O primeiro Beit-Hamikdash, que foi destruído por causa de idolatria, assassinato e relações ilícitas, foi reconstruído depois de 70 anos. Já o Segundo Beit-Hamikdash, que foi destruído por causa do ódio gratuito e pelo Lashon Hará, até hoje, mais de 2 mil anos depois, ainda não foi reconstruído.
 
Mas afinal, por que o Lashon Hará é tão grave? Entendemos que D'us abomina transgressões como idolatria, assassinato e relações ilícitas, pois são atos que pervertem o ser humano e nos afastam da nossa espiritualidade. Mas o que pode haver de tão grave em fazer uma pequena fofoca ou um comentário maldoso sobre alguém de que não gostamos?
 
Explica o Chafetz Chaim algo incrível sobre os mundos espirituais. Da forma que nos comportamos aqui embaixo, despertamos forças espirituais equivalentes nos mundos superiores. Por exemplo, quando as pessoas se respeitam e tratam os outros com misericórdia, são despertadas forças espirituais de misericórdia sobre todo o mundo. Já quando as pessoas são muito rigorosas com as outras, não deixando nada passar e não se comportando com misericórdia, são despertadas sobre o mundo forças espirituais de justiça estrita. Da mesma forma, quando a pessoa fala Lashon Hará sobre seu companheiro e começa a acusá-lo por um erro cometido, imediatamente ele desperta forças espirituais de acusação contra o povo judeu, e isso causa com que coisas ruins venham para o mundo.
 
Mas por que o Lashon Hará piora a situação? Se D'us é Onisciente, Ele já sabe quais são os pecados do povo judeu. Então por que os castigos chegam somente depois das pessoas fazerem Lashon Hará?
 
Um pai ama seus filhos acima de tudo. Por isso, mesmo quando ele vê que seu filho cometeu um erro, ele passa por cima e perdoa. E mesmo quando um pai castiga, castiga pouco. Porém, o que acontece quando alguém fica o tempo inteiro contando ao pai sobre os maus atos do filho? Isso causa com que o pai fique de cabeça quente e castigue o filho de maneira muito severa. Mas quando a fúria do pai passa e ele vê o sofrimento do filho pelos pesados castigos que recebeu, o que acontece? A fúria do pai se acende contra aquele que falou mal de seu filho e causou todos aqueles sofrimentos.
 
Da mesma maneira, D'us nos ama mais do que um pai ama seu filho, e mesmo que Ele nos vê fazendo transgressões, por misericórdia Ele passa por cima e não nos castiga, ou castiga de maneira leve. Mas quando surgem forças espirituais de acusação, D'us se vê "forçado" a castigar o povo judeu de maneira mais dura. Mas quando a "fúria" de D'us passa, Ele "sofre" ao ver os sofrimentos causados pelo castigo pesado e Sua Fúria se acende sobre aqueles que, através do Lashon Hará, despertaram as forças espirituais de acusação e que são, portanto, os verdadeiros causadores de todos os sofrimentos. Por isso, do ponto de vista espiritual, o Lashon Hará acaba sendo mais grave do que as piores transgressões.
 
Outro fator que torna o Lashon Hará mais grave do que outras transgressões é justamente o fato de não enxergarmos o quanto ele é prejudicial. Quando uma pessoa faz idolatria ou comete um assassinato, imediatamente ela se arrepende deste ato abominável e faz Teshuvá (volta aos caminhos corretos). Porém, quando alguém fala Lashon Hará, se sente como se não tivesse feito nada de errado. Por isso ensinam os nossos sábios que D'us perdoa todas as transgressões, menos a transgressão de Lashon Hará.
 
Segundo as profecias contidas na Torá, o Terceiro Beit-Hamikdash, que virá ao mundo após a revelação do Mashiach, nunca mais será destruído. Muitos comentaristas explicam que, diferente dos dois primeiros Templos, o Terceiro Beit-Hamikdash não será construído por mãos humanas, ele virá pronto do Céu. Mas será que não teremos nenhuma participação nesta Mitzvá tão grande de construir o nosso Beit-Hamikdash eterno?
 
Explica o Chafetz Chaim que, da mesma forma que o Beit-Hamikdash foi destruído por causa do Lashon Hará, ele será reconstruído pelo mérito daqueles que, apesar de sentirem vontade de falar mal dos outros, conseguirem se controlar e permanecer de boca fechada. Cada vez que passamos pelo teste, colocamos mais um tijolo no Beit-Hamikdash. Da mesma forma que nas sinagogas há placas de agradecimento aos doadores, cada um que evitar o Lashon Hará estará recebendo, para toda eternidade, uma placa de doação no Beit-Hamikdash eterno.
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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sexta-feira, 25 de março de 2011

SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHEMINI 5771

BS"D
 
SILÊNCIO DOS JUSTOS - PARASHÁ SHEMINI 5771 (25 de março de 2011)
 
"O Rav Eliahu Dovid Rabinowitz foi um grande rabino que viveu nos meados de 1800 e chegou a ser o Rabino Chefe de Jerusalém. Ele era muito conhecido por sua pontualidade e costumava ficar extremamente incomodado quando as pessoas não cumpriam os horários que haviam sido estabelecidos para algum evento.
 
Infelizmente o Rav Eliahu passou por uma grande desgraça familiar. Sua filha faleceu em uma idade muito jovem, pouco depois de se casar. Mas nunca ninguém escutou de sua boca uma única palavra de lamentação ou inconformismo com a vontade de D'us. Ao contrário, ele continuou por toda a vida com seu trabalho espiritual sem nunca perder o entusiasmo.
 
Mas o mais impressionante ocorreu no dia do enterro de sua filha. O Chevra Kadisha, sabendo da pontualidade do Rav Eliahu, deixou tudo pronto para que o enterro ocorresse exatamente no horário pedido pela família. Porém, quando chegou o horário, o Rav Eliahu entrou em uma sala, se trancou por 20 minutos e somente depois disso saiu e fez um sinal para que a cerimônia continuasse. Alguns dias depois ele explicou aos seus familiares o motivo do atraso no enterro:
 
- A lei judaica nos ensina a bendizer as coisas ruins com o mesmo entusiasmo que bendizemos as coisas boas. No momento em que o enterro ia começar, eu sabia que teria que dizer a Brachá "Baruch Daian HaEmet" (Bendito é o Juiz da verdade), mas senti que não estava pronto para dizer a Brachá com todo o coração. Então eu me fechei por algum tempo em uma sala e tentei lembrar e sentir novamente a alegria que eu senti quando minha filha havia nascido. Somente depois disso, sentindo o mesmo sentimento, eu fiz a Brachá "Baruch Daian HaEmet", reconhecendo que tudo o que D'us faz é para o nosso bem"
 
Há pessoas que, mesmo no auge da dor, conseguem superar e vencer o desânimo. Isto é apenas possível quando colocamos no coração que tudo o que D'us faz é para o nosso bem, mesmo quando não entendemos.
 
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Na Parashá desta semana, Shemini, o povo judeu ainda estava festejando a inauguração do Mishkan quando uma grande tragédia se abateu sobre Aharon, o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote). Dois de seus filhos, Nadav e Avihu, que eram Cohanim, trouxeram uma oferenda de incenso que D'us não havia pedido e morreram imediatamente. Como a Torá descreve a reação de Aharon a esta tragédia? "E Aharon silenciou" (Vayikrá 10:3). Alguns versículos depois D'us apareceu para Aharon e ensinou uma lei de conduta dos Cohanim, que não podiam se embebedar antes de entrar para realizar os serviços sagrados.
 
Ficam algumas perguntas sobre este evento trágico. Se a grande maioria das Mitzvót foram ensinadas através de Moshé, por que justamente agora D'us escolheu ensinar esta através de Aharon? Além disso, será que este era o melhor momento para D'us ensinar algo a Aharon, quando ele estava provavelmente arrasado pela morte dos filhos? E finalmente, qual a relação entre o ensinamento da Mitzvá com o silêncio de Aharon?
 
A Torá, em várias ocasiões, nos ensina a importância da alegria em todos os momentos da vida, mesmo quando passamos por dificuldades. Por exemplo, Yaacov Avinu foi um dos maiores profetas do povo judeu e por diversas vezes a Torá descreve D'us falando diretamente com ele. Porém, durante os 22 anos em que seu Yossef esteve no Egito e Yaacov não sabia o que havia acontecido com seu filho, D'us não apareceu para Yaacov. Por que? Pois a presença de D'us só repousa sobre aqueles que estão felizes. Como Yaacov passou estes 22 anos imerso em sofrimento e tristeza, D'us não se revelou para ele durante todo este período.
 
Mas se este conceito da presença de D'us não repousar sobre quem está imerso em tristeza está correto, como pode ser que D'us falou diretamente com Aharon logo depois do falecimento de dois de seus filhos?
 
Um conceito difícil para o ser humano entender racionalmente é que esta vida é apenas algo passageiro e que a vida verdadeira vem depois da separação do nosso corpo e alma. Mas D'us nos deu um modelo onde podemos enxergar este conceito. Se observarmos a gestação de um bebê, é óbvio que ele não foi criado para viver apenas dentro do ventre, pois se fosse este o propósito, para que serviriam seus órgãos e membros? Por exemplo, para que servem seus olhos, se ele nada vê? Para que serve sua boca, se ele não fala nem se alimenta? Para que serve seu nariz, se ele não consegue sentir nenhum cheiro? Sabemos que a gestação é apenas uma preparação para a vida verdadeira fora do útero. Todos os órgãos estão em formação para serem utilizados no momento em que o bebê sair. O mesmo ocorre em nossas vidas. Para que D'us colocou dentro de nós uma alma espiritual? O que ela nos acrescenta na nossa vida material? Nada. Isto é uma prova de que esta vida é apenas uma preparação para a vida verdadeira e infinita, que virá após a morte. É por isso que não comemoramos a data de nascimento dos grandes Tzadikim, somente o Yortzait (data de falecimento), pois o nascimento é o início de uma vida temporária, enquanto o falecimento é o início da nossa vida verdadeira.
 
Mas passar pelo teste de perder parentes não é um teste fácil. É necessário uma preparação e uma claridade muito grandes. Explica Rashi, comentarista da Torá, que o silêncio de Aharon foi uma demonstração de grandeza. E por este ato ele mereceu uma recompensa: em seu nome foi ensinada uma importante lei para todas as gerações do povo judeu. E por que D'us escolheu ensinar esta lei justamente neste momento difícil para Aharon? Para nos mostrar que o silêncio de Aharon não foi pelo choque da perda e sim por ter recebido o decreto de D'us com amor. Não foi um silêncio de tristeza, foi um silêncio de aceitação da vontade de D'us sem questionamentos. Aharon foi recompensado por ter chegado neste nível muito elevado, por ter passado neste teste tão difícil. Seu silêncio mostrou seu verdadeiro potencial.
 
Para nós parece um nível sobre-humano conseguir chegar a esta tranqüilidade em momentos de tamanho sofrimento. Como Aharon conseguiu chegar neste nível? Através de uma reflexão profunda sobre o propósito da vida neste mundo ele conseguiu chegar ao reconhecimento pleno da imortalidade da alma. Por isso ele entendia que não há motivos para tristeza quando alguém parte deste mundo.
 
Este conceito também aparece em outro versículo da Torá que fala sobre luto: "Vocês são filhos de Hashem, teu D'us. Não causem cortes em si mesmos e não arranquem o cabelo entre seus olhos por um morto" (Devarim 14:1). A Torá proíbe atos de desespero quando passamos por uma situação de perda de um ente querido. Mas por que o versículo começa com as palavras "vocês são filhos de Hashem"? Pois a forma de conseguirmos consolo e tranquilidade é refletir que somos filhos de D'us, e que Ele nos ama mais do que um pai ama seu filho. Da mesma forma que um pai sempre busca o bem de seu filho, não devemos nos desesperar pela perda de um ente querido ao ponto de causar ferimentos em nós mesmos, pois tudo o que Ele nos faz é para o nosso bem. E mesmo se não entendemos Seus atos, somos como filhos pequenos que não entendem os atos de seus pais, mas confiam neles. Devemos confiar em D'us, pois Ele nos criou apenas por amor.
 
D'us nos garantiu que nossa alma é infinita e, no momento em que sai deste mundo, volta para perto Dele. Por isso não há sentido algum em se desesperar, mesmo quando, D'us nos livre, pessoas partem deste mundo ainda jovens. Há Alguém, de bondade infinita, supervisionando tudo o que acontece. Alguém que nos ama mais do que amamos a nós mesmos, Alguém que sabe e vê coisas que nós não sabemos ou vemos.
 
O versículo da Torá proíbe o desespero, mas não proíbe o choro por uma perda. Por que? Pois o choro é uma reação natural que ocorre com a separação temporária entre pessoas que se amam. Quando o filho está no aeroporto, pronto para embarcar para seus estudos na Universidade de Harvard, a mãe chora sem parar. Por mais que ela sabe que será bom para o filho, que todo o futuro dele será melhor justamente por este passo que ele está dando, mesmo assim a dor da separação é grande. Segundo o Ramban (Nachmanides), aquele que tem Emuná (fé) verdadeira em D'us sabe que a morte é apenas uma passagem para um mundo melhor. O choro é apenas pela separação temporária.
 
Pedimos todos os dias para que D'us não nos mande testes. Mas devemos estar sempre prontos, colocando no coração que tudo o que Ele faz é para o nosso bem, mesmo quando, por nossa limitação, não conseguimos enxergar ou entender.
 
"Quando a pessoa nasce, ela está chorando, mas todos em volta estão rindo. Quando a pessoa morre, todos em volta estão chorando, mas ela está rindo"
 
SHABAT SHALOM
 
Rav Efraim Birbojm
 
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