quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

QUEM QUER VIVER PARA SEMPRE? - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT VAIETSÊ 5780






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QUEM QUER VIVER PARA SEMPRE? - PARASHAT VAIETSÊ 5780 (06 de dezembro de 2019)

Havia uma pequena cidade no Oriente Médio que era famosa por sua deliciosa carne de cervo. As pessoas viajavam de várias partes do mundo somente para poder provar aquele sabor tão delicioso e especial.

O povo judeu, ao sair do Egito, acampou no deserto, em um local não muito distante desta cidade. Os judeus também escutaram sobre aquela carne gostosa e tiveram desejo de saboreá-la. Alguns judeus pensaram que talvez não haveria problema em desviar-se um pouco da rota para poder ir a esse lugar e desfrutar da famosa carne de cervo. Porém, necessitavam da aprovação de Moshé, já que o povo não fazia nada sem o seu consentimento. Mas ninguém tinha coragem de falar com Moshé, com medo que ele ficaria bravo com o pedido. Quando alguém finalmente tomou coragem, Moshé negou o pedido. Por mais que tentassem convencê-lo de que valeria a pena, não conseguiram. Até que um deles disse a Moshé:

- Por favor, Moshé, nos explique por que não podemos ir. O que há de errado? É proibido ter um pouco de prazer na vida?

Moshé, com enorme paciência, respondeu:

- Vou explicar para vocês. Todos os dias de manhã, cai no nosso acampamento o Mán, um "alimento do céu". Mesmo que já estamos acostumados, é um milagre que se renova todos os dias. O Mán que os judeus não recolhem, conforme os raios do sol começam a brilhar, se derrete e forma um pequeno riacho, que flui para um rio. Então os cervos daquela cidade bebem a água deste rio e, consequentemente, parte do Mán derretido entra em seus corpos. É por isso que as pessoas desfrutam tanto do sabor desta carne. Porém, vocês têm o Mán original, fresco, que cai todas as manhãs. Então porque desejam tanto ir até lá, para comer resíduos?"

Também nós muitas vezes buscamos a felicidade, o melhor modo de viver ou o propósito de nossas vidas em lugares distantes e em outras culturas. Inclusive até sacrificamos coisas para isso. Porém, infelizmente, não nos damos conta que dentro da Torá podemos encontrar todos os prazeres e todas as respostas que buscamos.


O primeiro livro da Torá, Bereshit, se alonga na descrição dos detalhes da vida dos nossos patriarcas, Avraham, Ytzchak e Yaacov, pois a partir do comportamento deles podemos aprender muito sobre o que D'us espera de nós. Assim ensinam os nossos sábios: "Sobre três pilares o mundo se sustenta: sobre a Torá, sobre o Serviço Divino e sobre o Chessed (atos de bondade)" (Pirkei Avót 1:2). Os nossos três patriarcas representam estes três pilares do mundo. Avraham representa o Chessed, o que fica claro através dos incríveis atos de bondade que ele fazia constantemente, com perfeição e dedicação. Yiztchak está associado ao Serviço Divino, em especial representado pelos "Korbanót" (oferendas). Isto fica claro através do seu incrível ato de ter aceitado, com amor, ser sacrificado a D'us por seu pai (mesmo que, no final, o ato não tenha ocorrido). Já Yaacov representa a Torá. Porém, qual é a conexão entre Yaacov e a Torá? Que aspectos da sua vida demonstram esta conexão?

A resposta está na Parashat desta semana, Vaietsê (literalmente "E saiu"). Yaacov havia recebido a Brachá da primogenitura de seu pai, no lugar de seu irmão Essav, já que Essav havia vendido a ele a primogenitura. Essav sentiu tanto ódio de Yaacov que queria matá-lo. Rivka aconselhou seu filho a viajar para Haran, a sua cidade natal, para esperar esfriar a fúria de Essav. Além disso, ele poderia aproveitar para procurar uma esposa. E Yaacov fez conforme sua mãe o havia instruído, saindo de Beer Sheva e viajando em direção a Haran.

Porém, nossos sábios explicam que Yaacov não foi direto a Haran. Ele sabia das dificuldades que encontraria na casa de seu tio Lavan, um homem extremamente desonesto. Por isso, ele se preparou espiritualmente para os futuros desafios. Ele passou 14 anos estudando, dia e noite, no "Centro de Estudos Espirituais" comandado por Shem e Ever, descendentes de Noach, e somente depois disso continuou a viagem. No caminho, ele dormiu em um local sagrado, onde futuramente seria construído o Beit Hamikdash. Rashi explica que o versículo "e deitou-se naquele lugar" (Bereshit 28:11) ensina que naquele momento Yaacov deitou-se para dormir, mas durante os 14 anos em que permaneceu no Centro de Estudos, sua dedicação era tão intensa que ele não chegou a dormir nenhuma vez deitado em uma cama, ele simplesmente descansava algumas poucas horas apoiando a cabeça na mesa de estudos. Desta maneira, entendemos por que Yaacov representa a Torá.

Porém, há outro ponto interessante que conecta Yaacov com a Torá. Quando Yaacov dormiu neste local sagrado, ele teve uma incrível visão, de uma escada que chegava até o Céu, e D'us se revelou a ele. Logo após acordar deste sonho profético, a Torá escreve uma informação aparentemente sem importância: "E (Yaacov) chamou aquele lugar de 'Beit-El' (Casa de D'us). Entretanto, o nome anterior da cidade era Luz" (Bereshit 28:19). Entendemos que o versículo está nos informando o novo nome que Yaacov deu para a cidade. Todos os atos dos nossos patriarcas são repletos de significados profundos, certamente há algo para aprender disso. Porém, o que nos importa o nome anterior da cidade? Provavelmente quem havia dado aquele nome era algum antigo governante da região. Então por que a Torá quis nos informar qual era o nome antigo da cidade?

Quando uma pessoa é chamada para ler a Torá publicamente na sinagoga, ela deve fazer uma Brachá antes da leitura: "Asher Bachar Banu Mikol Haamim Venatan Lanu et Torato" (Que nos escolheu entre todos os povos e nos deu a Sua Torá). É um agradecimento por D'us ter nos escolhido para recebermos a Torá. Porém, mesmo quando a leitura é bem curta, após a leitura fazemos uma nova Brachá de agradecimento: "Asher Natan Lanu Torat Emet Vechaie Olam Natá Betocheinu" (Que nos deu a Torá da Verdade e plantou dentro de nós a Vida Eterna). Mas por que são necessárias duas Brachót de agradecimento, uma após a outra? Entendemos a necessidade da primeira Brachá de agradecimento, é um mínimo de "Derech Eretz" (bons modos) agradecer por algo que recebemos. Porém, por que poucos instantes depois fazer um segundo agradecimento?

Explica o Rav Shlomo Levestein shlita que isto se compara ao comportamento de uma pessoa que recebe uma festa surpresa de aniversário. Vários amigos chegam, trazendo alegria ao aniversariante. Um dos amigos entrega uma sacola com um presente que foi comprado pelos amigos. Dentro, há um pacote embrulhado em um lindo papel de presente, mas não dá para saber o que é. O aniversariante agradece aos amigos, muito emocionado. Mas por que ele agradece, se nem sabe o que tem dentro do pacote? Por Derech Eretz, ele se sente na obrigação de agradecer. Por terem se lembrado do seu aniversário, por terem vindo e por terem gastado dinheiro para comprar um presente. Quando o aniversariante finalmente abre o pacote, alguns instantes depois, ele encontra um livro maravilhoso, um guia que ensina a como se transformar em um ser imortal. A pessoa fica ainda mais feliz com aquele presente incrível e agradece novamente. Porém, este novo agradecimento é diferente do primeiro. É um agradecimento mais profundo, agora por ter entendido o valor do presente.

Um dos grandes sonhos da humanidade é ser imortal. A ciência desenvolve técnicas cada vez mais modernas para retardar o nosso envelhecimento, mas mesmo assim a morte um dia chega para todos nós. Então nos esforçamos para sermos pelo menos "parcialmente imortais". Pessoas tentam entrar para os livros de história, como aquelas que querem gravar seu nome no livro do "Guiness" de recordes. Outros fazem grandes doações, para sinagogas ou hospitais, para serem lembrados nas futuras gerações. As pessoas se casam e têm filhos, entre outros motivos, para deixar no mundo representantes, parecidos conosco, para serem lembrados por mais tempo. Porém, todos sabemos que ninguém vive para sempre de verdade.

Mas havia um lugar no mundo onde as pessoas podiam ser imortais: a cidade de Luz. Era uma cidade na qual o anjo da morte não tinha permissão de entrar. As pessoas, quando atingiam a velhice extrema e já não queriam mais continuar vivos, saíam da cidade para morrer fora dela. Veio então Yaacov e nos ensinou uma incrível novidade: Quer ser imortal? Não precisamos mais da cidade de Luz. Basta construirmos uma "Beit-El", isto é, uma "Casa de D'us". Mas o que significa uma "Casa de D'us"? Não significa apenas o Beit Hamikdash, o nosso Templo Sagrado. Enquanto não temos o mérito de ver a sua reconstrução, a "Casa de D'us" é representada pelo Beit HaKnesset (Sinagoga), pelo Beit Midrash (Centro de Estudos) e pela nossa Bait, a casa onde moramos, que também deve ser uma "Casa de D'us". Através das Mitzvót podemos trazer santidade aos nossos lares. Uma casa com Shabat, com recato, com santidade, protegida das más influências externas, é uma "Casa de D'us". As Mitzvót nos conectam com D'us e, portanto, com a eternidade. Mesmo que um dia o nosso corpo finito vai morrer, as Mitzvót fazem com que a nossa alma viva por toda a eternidade.

Este é o maior presente que D'us nos deu. A partir da entrega da Torá, a eternidade ficou ao nosso alcance. É por isso que, quando alguém vai ler a Torá, faz um primeiro agradecimento com ela ainda fechada. Agradecemos a D'us pela atenção, por ter se lembrado de nós, por ter nos dado um presente. Porém, depois que terminamos a leitura, sabemos o verdadeiro valor daquele presente: as instruções de como sermos imortais. Então precisamos agradecer novamente, agora pelo reconhecimento do valor do incrível presente que recebemos. E este agradecimento vem justamente junto com o reconhecendo que a Torá "planta" dentro de nós a vida eterna. Como ensinam os nossos sábios: "Esta é a Árvore da Vida, para os que se conectam a ela". Que possamos, através das Mitzvót, conquistar a nossa vida eterna.
 
SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

POR AMOR A D’US - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT TOLDÓT 5780

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POR AMOR A D'US - PARASHAT TOLDÓT 5780 (29 de novembro de 2019)


Há cerca de 300 anos ocorreu uma forte seca em toda a Europa e não estavam sendo encontrados etroguim para cumprir a Mitzvá dos Arbat HaMinim de Sucót. O chag se aproximava e mensageiros foram enviados de Vilna para várias cidades da costa italiana, onde normalmente havia etroguim, mas eles retornaram de mãos vazias. Isto causou alvoroço na cidade: será que a comunidade inteira fiaria sem um único etrog? Os anciãos da cidade reuniram-se e decidiram: se esta era a vontade de D'us, assim seria. Mas o Rav Eliahu zt"l (Lituânia, 1720 - 1797), mais conhecido como Gaon MiVilna, não suportava a ideia de passar Sucót sem um etrog. Ele enviou um mensageiro especial com a missão de trazer um etrog, mesmo que isso custasse muito dinheiro. O mensageiro viajou de país em país, se esforçando no limite, mas não encontrou um único etrog. Desanimado, começou sua jornada de volta. Ele então decidiu passar a noite em uma estalagem e descobriu que o dono tinha um belo etrog, da melhor qualidade. Ele implorou ao homem que lhe vendesse o etrog, mas o homem recusou-se. O mensageiro lhe ofereceu muito dinheiro, mas o homem estava inflexível. O mensageiro então decidiu dizer que o etrog era para o Gaon MiVilna. Quando o dono da estalagem ouviu estas palavras, disse:
 
- Se é para o Gaon MiVilna, estou disposto a dar meu etrog de graça, mas com uma condição: que o Gaon MiVilna me doe sua porção do Mundo Vindouro referente à Mitzvá dos Arbat Haminim deste ano.

O mensageiro continuou tentando negociar, oferecendo-lhe uma quantia cada vez maior de dinheiro pelo etrog, mas o dono da estalagem não aceitou. Ele também queria cumprir a Mitzvá e só estava disposto a abrir mão do seu etrog caso o Gaon MiVilna também abrisse mão e concordasse que a Mitzvá do etrog daquele ano seria cumprida em seu mérito.

Seria difícil para o mensageiro voltar a Vilna sem o tão esperado etrog. Após refletir muito, e sabendo da importância que o Gaon MiVilna dava para as Mitzvót, ele concordou com a condição. Quando voltou a Vilna, os líderes da comunidade o invejaram por ter conseguido encontrar um etrog. Porém, o mensageiro precisava contar ao Gaon MiVilna sobre a condição com a qual o etrog havia sido doado a ele. Ele teve medo que o rabino ficasse bravo por ele ter negociado algo que envolvia o seu Mundo Vindouro. Sem coragem de olhar nos olhos do Gaon MiVilna, o homem contou qual era o "preço" daquele etrog. O rabino cumprimentou o mensageiro pelo sucesso naquela difícil missão e, com o rosto iluminado, exclamou com alegria:

- Minha vida inteira eu quis fazer uma Mitzvá completamente por amor a D'us, sem esperar nada em troca. Esta é a minha maior oportunidade. Muito obrigado. Pagarei com alegria o "preço" pedido pelo vendedor.

Nesta semana lemos a Parashat Toldót (literalmente "Gerações"), que descreve alguns importantes acontecimentos na vida do nosso segundo patriarca, Ytzchak. Algo que nos chama a atenção são as semelhanças como a vida de seu pai, Avraham. Um dos pontos em comum foi a grande fome na Terra de Israel, que forçou Ytzchak a viver na terra dos Plishtim, exatamente como havia acontecido a Avraham. Neste momento, D'us falou para Ytzchak: "Viva nesta terra (Israel) e Eu estarei com você e te abençoarei. Darei estas terras a você e a seus filhos e manterei o juramento que Eu fiz a Avraham, seu pai. Aumentarei seus descendentes como as estrelas nos céus e darei estas terras aos seus filhos. Todas as nações do mundo serão abençoadas por meio dos seus descendentes. Pois Avraham escutou Minha voz e guardou Meus mandamentos" (Bereshit 26:3-5). Em outras palavras, D'us estava prometendo que daria a Ytzchak fartas Brachót, com a condição que Ele apenas seguisse Seu caminho, como fez Avraham.

Porém, há um detalhe neste teste de Ytzchak que chama a atenção. As recompensas de D'us são baseadas no uso do nosso livre arbítrio. Certamente o livre arbítrio de Ytzchak estava bastante limitado depois de ouvir D'us pessoalmente lhe dizer que ele seria fartamente recompensado caso cumprisse as Mitzvót. Afinal, qual foi o teste de Yitzchak?

A mesma pergunta surge em um dos primeiros testes de Avraham, quando D'us ordenou que ele fosse para uma terra estranha, abandonando sua casa e seu conforto. Porém, logo depois do pedido, D'us prometeu para Avraham muitas Brachót, como está escrito: "E farei de você uma grande nação e te abençoarei. E Eu engrandecerei seu nome e será uma Brachá" (Bereshit 12:2). O teste era realmente muito difícil, mas após D'us prometer tanto sucesso, isto não diminuiu os méritos de Avraham? O teste não ficou muito mais fácil?

Para entender melhor a pergunta, podemos fazer um paralelo com a nossa realidade. Se alguém se aproximasse de nós e garantisse que receberíamos 100 milhões caso simplesmente cumpríssemos algo que fosse pedido pelo doador. Mesmo que se tratasse de um pedido difícil, não concordaríamos imediatamente com o acordo? Não parece uma decisão muito simples de ser tomada? Então qual foi o mérito de Avraham e de Ytzchak, de terem escutado a ordem de D'us, se ela veio junto com promessas de muita fartura?

Explica o Rav Boruch Leff que a resposta é um conceito fundamental no nosso Serviço Divino. Nossos sábios ensinam: "Não sejam como escravos que servem o seu mestre para receber uma recompensa. Ao invés disso, sejam como escravos que servem o seu mestre sem procurar receber recompensa". (Pirkei Avót 1:3). Em outras palavras, o Pirkei Avót nos ensina que devemos servir a D'us "Leshem Shamaim" (por amor a  D'us), isto é, idealmente não devemos nos concentrar nas recompensas que obteremos com as Mitzvót, e sim cumpri-las simplesmente porque foram comandadas por D'us.
 
Porém, há uma aparente contradição com outra fonte da Torá, que nos afirma que receberemos recompensa pela observância das Mitzvót. Segundo o Talmud (Chulin 142a), a recompensa explícita das Mitzvót de "Kibud Av vê Em" (Honrar os pais) e "Shiloach HaKen" (Espantar a mãe pássaro antes de pegar os seus ovos), sobre as quais está escrito "para que se alonguem seus dias", não se refere à vida neste mundo, mas à vida no Mundo Vindouro. E não apenas estudamos sobre a recompensa das Mitzvót, mas também rezamos por esta recompensa todos os dias. Por exemplo, no trecho "Uvá LeTzion", pronunciada no final da Tefilá de Shacharit, nós dizemos: "Que seja a Sua vontade, Hashem, nosso D'us e o D'us dos nossos antepassados, que observemos Seus decretos neste mundo e que mereçamos viver, ver e herdar bondade e Brachá nos anos dos Tempos de Mashiach e pela vida no Mundo Vindouro". Então, como pode ser esperado de um ser humano que ele sirva a D'us sem esperar receber nada em troca? Como podemos ignorar as recompensas por servir a D'us quando estamos diariamente rezando por elas?

Imagine um filho que parte em uma viagem e fica anos longe de casa. Durante este período, ele não come bem, apenas se contenta em receber restos de comida fria e sem gosto. Quando volta para casa, a mãe fica emocionada. A alegria é tanta que ela prepara para ele um banquete digno de um rei. Ao provar cada prato que ela serve, o filho sente um prazer incrível. Porém, apesar do prazer que sente, certamente o filho também gosta de saber e sentir que está dando prazer à sua mãe ao comer daquela refeição preparada com tanto amor e carinho, pois sabe que a mãe gosta de assistir e tem prazer de ver o filho apreciando a comida dela. O filho come, portanto, pretendendo não apenas apreciar a comida, mas também agradar e dar prazer à sua mãe.

Este é um paralelo muito forte com a realidade da nossa existência. D'us criou o mundo para nos dar prazer. Porém, de acordo com o Rav Moshé Chaim Luzzato zt"l (Itália, 1707 - Israel, 1746), o prazer mais intenso e completo está guardado para o Mundo Vindouro. D'us deseja nos ver receber este prazer. Nosso desafio na vida é realizar as Mitzvót, as instruções de D'us, com a intenção de receber a recompensa porque D'us deseja que recebamos. Idealmente, não devemos ter em mente razões egoístas para cumprir a Torá. Não devemos nos concentrar nas recompensas por nossa causa. Devemos pensar no que isso dá a D'us. O maior prazer de D'us é dar prazer às pessoas justas e corretas. Portanto, isto não significa que não devemos esperar receber recompensa, pois a própria Torá está repleta de indicações e lembretes da nossa recompensa. Porém, temos que querer a recompensa porque D'us quer que a recebamos, não porque nós queremos recebê-la.

Este teste difícil, de querer de forma "não pessoal" a bondade pessoal que receberemos, é uma tarefa que os patriarcas e matriarcas dominaram. Este foi um dos grandes desafios deles. Eles sabiam que receberiam muitas recompensas, como D'us explicitamente disse a eles. Mas qual seria a intenção deles? Eles fariam isso pelo prazer de D'us ou pelo seu próprio prazer? Este era o teste que eles precisavam vencer. A prova de que Avraham passou com sucesso neste teste é que logo após as promessas de grandeza feitas por D'us, a Torá escreve as seguintes palavras: "E Avram foi, conforme D'us ordenou" (Bereshit 12:4). O versículo reforça que, apesar das recompensas prometidas por D'us, Avraham foi porque D'us ordenou, não pelas recompensas.

Este teste de equilíbrio, de realizar a vontade de D'us com a intenção de agradá-Lo e, assim, ganhar recompensa, mas desejando a recompensa pelo amor de D'us e não pelo nosso proveito, também é um teste para nós. Nos ensina David Hamelech: "O que eu posso retribuir a D'us por todas as coisas boas que Ele me proporciona?" (Tehilim 116:12). D'us é perfeito e completo, não Lhe falta nada. Porém, há algo que sim podemos dar a D'us: a satisfação de um Pai que vê Seus filhos andarem no caminho correto. Precisamos ajudar D'us a nos dar prazer, permitindo que Ele realize o que Ele realmente deseja para o mundo. Ele tem prazer de nos dar prazer. Que possamos deixá-Lo fazer isso.

 

SHABAT SHALOM


R' Efraim Birbojm

 
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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

LENDO NAS ENTRELINHAS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHAT CHAIEI SARÁ 5780


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LENDO NAS ENTRELINHAS - PARASHAT CHAIEI SARÁ 5780 (22 de novembro de 2019)


"O Rabino Goldstein estava no meio de uma aula de Talmud com um grupo de jovens. Eles discutiam um caso interessante, sobre falsas testemunhas que foram desmascaradas pelo Tribunal Rabínico. No meio da discussão sobre uma das opiniões do Talmud, Roberto, um dos frequentadores da sinagoga, fez uma pergunta:
 
- Rabino, é verdade que os suicidas são enterrados de forma desonrosa, perto da parede do cemitério?
 
O rabino explicou a gravidade do ato de suicídio e alguns detalhes das leis envolvidas, mas algo o incomodou muito. A pergunta estava completamente fora de contexto! Ele entenderia a pergunta se o estudo fosse sobre morte ou sobre o valor da vida, mas qual era a conexão entre o suicídio e o assunto das falsas testemunhas?
 
Apesar de incomodado, o rabino continuou a aula normalmente. No final da aula, ele aproximou-se de Roberto e, de forma carinhosa, começou a perguntar qual era o motivo daquele questionamento totalmente fora de contexto. Roberto quis desconversar em um primeiro momento, dizendo que era apenas uma curiosidade sua, já que havia escutado sobre as duras leis que se aplicavam a um suicida e queria saber se era verdade. Porém, o rabino não se convenceu com a resposta e continuou insistindo. Após alguns minutos de conversa, tudo se esclareceu. Roberto estava passando por tantas dificuldades e sofrimentos que, infelizmente, estava determinado a terminar com a sua própria vida. Felizmente, aquele rabino, com sua sensibilidade especial, havia percebido a tempo que havia algo de errado. Com muitos conselhos importantes e a ajuda de outros membros da comunidade, Roberto se convenceu de que nenhum dos seus problemas era maior do que o valor da vida." (História real)
 
Precisamos desenvolver a sensibilidade necessária para "ler nas entrelinhas" e entender que as pessoas nos transmitem muito mais do que apenas as palavras que elas pronunciam. Somente com esta sensibilidade poderemos ajudar os outros no máximo nível de bondade.

 

A Parashat da semana passada, Vaierá, descreveu a "Akeidat Ytzchak", o último teste de Avraham, no qual ele demonstrou estar disposto a sacrificar seu próprio filho para cumprir a vontade de D'us. No último instante, um anjo impediu Avraham de sacrificá-lo, pois já havia sido suficiente a sua demonstração de lealdade. Naquele momento, Avraham começou a refletir. Se ele realmente tivesse sacrificado Yitzchak, que na época já tinha 37 anos, ele teria morrido sem deixar descendentes, o que quebraria toda a transmissão dos valores espirituais para as futuras gerações. Avraham decidiu então que era hora de Ytzchak se casar. D'us profeticamente informou a ele que seu irmão Nahor teve muitos descendentes e entre eles havia uma potencial esposa para Ytzchak.
 
É por isso que na Parashat desta semana, Chaiei Sara (literalmente "A vida de Sara"), Avraham enviou seu fiel servo, Eliezer, para procurar uma esposa adequada para seu filho. Avraham orientou Eliezer a procurar uma moça no local onde vivia sua família. Quando Eliezer chegou ao seu destino, ele rezou para que D'us o ajudasse a determinar quem deveria ser a esposa de Yitzchak. Eliezer pediu a D'us um "sinal", definindo os critérios de escolha da moça que seria encaminhada por D'us: "Será a moça a quem eu direi: 'Por favor, verta seu jarro para que eu beba', e ela responder: 'Beba, e eu também darei de beber aos seus camelos', esta será a moça designada para seu servo, para Yitzchak, e poderei saber, através dela, que Você fez bondade com meu senhor" (Bereshit 24:14). Porém, por que Eliezer fez a escolha através de "sinais Divinos"? Por que não fez a escolha de uma maneira mais objetiva, procurando uma moça que tivesse bons traços de caráter?
 
Os comentaristas da Torá explicam que Eliezer não sugeriu a D'us um sinal aleatório. Ele não pediu, por exemplo, uma mulher que estivesse com um vestido rosa de bolinhas verdes. Os sinais que ele pediu a D'us eram, ao mesmo tempo, uma forma de verificar se a futura matriarca do povo judeu tinha um senso de bondade altamente desenvolvido. Isto é possível perceber nos detalhes do pedido de Eliezer. Ele planejava pedir água apenas para si mesmo, mas esperava que a moça escolhida reagisse de uma maneira proativa e, por sua própria iniciativa, também oferecesse água aos seus numerosos camelos. O Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550) ressalta que Eliezer queria testar se ela iria além do que ele verbalmente havia expressado em seu pedido. Isto demonstraria que ela tinha a sensibilidade necessária para perceber que as suas verdadeiras necessidades eram muito maiores do que a água para beber que ele havia pedido. O sinal era, portanto, um teste de bondade em um nível mais elevado.

De maneira semelhante, o Rav Meir Leibush zt"l (Rússia, 1809 - 1879), mais conhecido como Malbim, ressalta que não bastava que Rivka fosse bondosa. Eliezer também queria que ela demonstrasse um profundo nível de sabedoria, que lhe permitisse atender melhor as necessidades dele. Ele foi muito preciso em seu pedido a Rivka. Ele pediu que ela lhe vertesse a água, ao invés de ele mesmo pegar o pote para beber. Mas o que isto demonstrava? Que traço de caráter Eliezer estava testando em Rivka?
 
Normalmente as pessoas se irritam quando alguém é "folgado", isto é, quando uma pessoa se acomoda e se aproveita da bondade dos outros, ao invés de se esforçar para conseguir o que precisa. Infelizmente muitas pessoas se recusam a ajudar mendigos na rua e os rechaçam com a expressão "Vai trabalhar, seu encostado". Por que é tão comum este tipo de reação? Pois não julgamos as pessoas de forma positiva. Não paramos para refletir que provavelmente aquela pessoa "encostada" nunca teve as mesmas condições que nós, nunca foi ensinada e estimulada a se esforçar e a vencer suas dificuldades. Provavelmente esta pessoa nunca teve estudo e nem recebeu condições de ter um trabalho digno. É justamente este sentimento de egoísmo, de julgar os outros de forma negativa, que impede tantas pessoas de fazerem bondade com aqueles menos favorecidos.
 
Era justamente este traço de caráter que Eliezer queria testar em Rivka. Ele esperava checar, ao pedir para uma moça frágil que ela o servisse, ao invés de ele mesmo se esforçar e se servir, se ela se irritaria com a sua suposta preguiça, ou se ela tentaria julgá-lo favoravelmente. Por exemplo, ela poderia imaginar que ele estava pedindo para que ela vertesse a água pois estava com alguma dor nas mãos, que o impedia de verter sozinho o jarro de água. Deste modo, se ela tivesse sensibilidade e sabedoria, ela perceberia que, se ele não tinha forças nem mesmo para segurar o jarro para si mesmo, certamente também seria incapaz de tirar água para todos os seus numerosos camelos. Se ela fosse uma moça que buscava fazer bondades completas, ela executaria a árdua tarefa de servir pessoalmente água aos camelos de Eliezer. Somente quando Rivka passou com sucesso nestes testes foi que Eliezer percebeu que havia encontrado uma esposa apropriada para Yitzchak. Alguém com um coração bondoso, que julgava as pessoas de forma positiva.
 
Não era suficiente Rivka ser apenas gentil. Eliezer buscava alguém que demonstrasse também sabedoria e sensibilidade, de forma que pudesse perceber as verdadeiras necessidades dos outros sem que fosse necessário pedir diretamente. Aprendemos daqui que, para fazermos bondade de maneira ideal, precisamos também de sabedoria. Isto não significa que a pessoa precisa ter um grau de inteligência extremamente alto, mas que ela precisa desenvolver uma sensibilidade com as pessoas ao seu redor, para que possa, desta maneira, perceber as necessidades dos outros e provê-las sem precisar ser abordado.
 
O Rav Yossef Dov Soloveitchik zt"l (Bielorrússia, 1820 - 1892), mais conhecido como Beis HaLevi, aprende um ensinamento semelhante de um versículo no final da Meguilat Ester. Ao exaltar os louvores de Mordechai como líder do povo judeu, a Meguilá nos diz que ele "procurava o bem para o seu povo" (Ester 10:3). Porém, o que há de especial em um líder fazer bondades, a ponto de a Meguilá querer ressaltar isto como algo especial em Mordechai? Não era óbvio? O Beis Halevi explica que Mordechai não apenas fazia bondades. Ele não esperava até as pessoas o procurarem e pedirem ajuda. Ao invés disso, ele se antecipava, procurava as pessoas e tentava perceber quais eram as suas reais necessidades e como ele poderia ajudar a cada uma delas.
 
Ao longo da vida, nos deparamos com muitas pessoas que precisam de ajuda, de todos os tipos. No entanto, muitas vezes elas têm vergonha de pedir ajuda explicitamente. Por isso, é muito importante nos esforçarmos para adquirir um comportamento semelhante ao de Rivka, isto é, a sensibilidade de perceber as necessidades dos outros antes deles precisarem pedir ajuda. Precisamos sempre olhar nas entrelinhas do que uma pessoa está nos pedindo ou nos contando. Por exemplo, uma pessoa certa vez estava vivendo em um nível de pobreza desesperador, porém, tinha vergonha de contar aos amigos e pedir ajuda. Como esta situação foi descoberta e a pessoa foi ajudada? Um amigo certa vez lhe emprestou 25 Shekalim, um valor muito baixo. Algumas semanas depois, eles casualmente se encontraram e a pessoa perguntou se ele poderia pagar a dívida. O rosto do devedor ficou branco, ele baixou os olhos e, com muita vergonha, disse que não tinha condições de pagar o empréstimo. Tal reação fez com que seu amigo percebesse que havia algo errado. Imediatamente ele começou a investigar e descobriu que seu amigo não tinha dinheiro suficiente nem para as necessidades mais básicas.
 
Às vezes, a expressão facial de uma pessoa ou um comentário casual podem indicar alguma necessidade. Está ao nosso alcance desenvolver uma sensibilidade maior, para "ler nas entrelinhas" e, assim, aumentar muito a nossa capacidade de fazer bondade ao próximo.
 

SHABAT SHALOM

 

R' Efraim Birbojm

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