quinta-feira, 28 de julho de 2016

ESCUTANDO OS NOSSOS SÁBIOS - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ PINCHÁS 5776

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ESCUTANDO OS NOSSOS SÁBIOS - PARASHÁ PINCHÁS 5776 (29 de julho de 2016)

"Certa vez soldados do exército russo vieram até a casa do Rav Yitzchak Zev Soloveitchik zt"l (Bielorússia, 1886 - Israel, 1959), mais conhecido como Brisker Rav, intimando-o a acompanhá-los. Um soldado judeu havia sido condenado à morte por dormir durante seu período de sentinela, e que este soldado havia pedido para falar com um rabino antes de morrer. Porém, para espanto dos seus alunos e dos soldados russos, o Brisker Rav se recusou a ir falar com o prisioneiro condenado à morte.
 
Após algum tempo, uma segunda delegação de soldados chegou à casa do Brisker Rav, exigindo que ele se apresentasse imediatamente na prisão, sob o risco de receber um duro castigo caso se recusasse. Mas o Brisker Rav não se dobrou diante das ameaças e reafirmou que não iria. Os alunos ficaram visivelmente confusos, pois além de colocar a própria vida em risco, por que o rabino não se importava com os sofrimentos daquele pobre judeu condenado à morte? Por que não queria ir confortá-lo na prisão e ajudá-lo naqueles últimos momentos difíceis?
 
Foi então que uma terceira delegação de soldados bateu na porta. Porém, desta vez eles não vinham para intimar o Brisker Rav a comparecer à prisão, e sim para avisá-lo que sua presença não era mais necessária. A família daquele jovem soldado havia apelado à Suprema Corte de Justiça e a sentença de morte havia sido revogada. Quando os alunos questionaram de onde o Brisker Rav havia conseguido reunir forças para aquela atitude heroica, ele explicou:
 
- Eu simplesmente cumpri a Halachá (Lei Judaica). De acordo com o Rambam (Maimônides), se um judeu inocente é injustamente condenado à morte por um tribunal não judaico, é proibido a um judeu entregá-lo às autoridades para que ele seja executado, mesmo que para isso seja necessário colocar a própria vida em risco. Se eu tivesse ido à prisão, o rapaz teria sido executado tão logo eu saísse. Ao seguir a Halachá, a vida daquele jovem judeu acabou sendo salva".
 
Muitos ensinamentos e decretos rabínicos parecem não fazer sentido. Mas eles são os verdadeiros conhecedores da Torá, e em suas atitudes eles levam em consideração muitos detalhes que nós desconhecemos. 

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Nesta semana lemos a Parashá Pinchás, que começa descrevendo um ato heroico de Pinchás, neto de Aharon HaCohen. No final da Parashá da semana passada, os povos de Moav e Midian haviam intencionalmente causado com que o povo judeu transgredisse com imoralidades e idolatria, transgressões que D'us abomina, e uma praga começou a dizimar os judeus. Até mesmo pessoas importantes transgrediram, como o príncipe da tribo de Shimon, Zimri, que cometeu um ato público de imoralidade com uma princesa de Midian chamada Kosbi. Pinchás, tomado por um espírito de "Kanaut" (zelo pela honra de D'us), se levantou e, mesmo arriscando a vida, aplicou aos dois transgressores ilustres a pena de morte, fazendo com que a praga cessasse. O total de mortos na praga foi de vinte e quatro mil judeus, e se não fosse a intervenção de Pinchás, a tragédia teria sido ainda pior.
 
Este ato de Pinchás é semelhante a outro evento descrito na Torá. Quando Yaacov estava voltando para casa, depois de passar muitos anos trabalhando para seu tio Lavan, sua filha Diná foi sequestrada e violentada pelo príncipe Shechem. Dois filhos de Yaacov, Shimon e Levi, inconformados com aquele ato de desonra, quiseram aplicar a justiça ao príncipe e ao resto da população, pois haviam presenciado aquela violência e não fizeram nada. Eles bolaram um plano para enfraquecer os homens da cidade e em seguida mataram todos. Aparentemente Shimon e Levi agiram corretamente, pois estavam motivados pela mesma "Kanaut" de Pinchás, isto é, o zelo pela honra de D'us e a abominação pelos atos imorais.
 
Porém, o que nos chama a atenção é a diferença do desfecho nos dois casos. O ato de Pinchás agradou muito a D'us, e ele foi recompensado de uma maneira especial por ter colocado a própria vida em risco pela honra de D'us. Quando Aharon e seus filhos foram apontados como Cohanim (sacerdotes) e ungidos, somente os descendentes que nasceram daquele momento em diante se tornaram Cohanim. Mas Pinchás, neto de Aharon, já havia nascido naquele momento e, portanto, não seria Cohen, apenas Levi. D'us concedeu a Pinchás, como recompensa por seu esforço, que ele e seus descendentes se tornassem Cohanim. Já o desfecho do ato de Shimon e Levi foi que, no momento do falecimento de Yaacov, enquanto alguns dos seus filhos receberam Brachót (bênçãos), Shimon e Levi foram duramente repreendidos. Porém, se Shimon e Levi também estavam movidos pela mesma "Kanaut" de Pinchás, e também colocaram suas vidas em risco para fazer o que era correto, por que o desfecho das duas histórias foi tão diferente?
 
Explica o Rav Yitzchak Zilberstain shlita que a característica de "Kanaut", de agir motivado pelo zelo com a honra de D'us, exige um equilíbrio perfeito de cálculos e um nível muito grande de precisão. É necessário checar o ato de acordo com diferentes pontos de vista, e deve ser levado em consideração cada detalhe, inclusive o momento e o local em que o ato será realizado. Além disso, para uma pessoa estar apta a fazer um ato de "Kanaut", ela deve ser uma profunda conhecedora das Halachót, em especial daquelas relacionadas com seu ato, pois somente assim é garantido que seu ato está completamente de acordo com a vontade de D'us. E, finalmente, a pessoa deve refletir e checar se seu ato não está sendo influenciado por nenhum desejo ou inclinação pessoal.

Em geral, para ter certeza de que não estamos sendo parciais em nosso julgamento, é necessário o aconselhamento com um grande sábio de Torá, que pode ajudar a decidir se o ato planejado é realmente correto e aplicável. E esta foi uma das diferenças fundamentais entre o ato de Pinchás e o ato de Shimon e Levi. Rashi (França, 1040 - 1105) explica que Pinchás, antes de executar seu ato de "Kanaut", se aconselhou com Moshé Rabeinu, o grande sábio da geração. Ao escutar o caso, Moshé fez todos os cálculos necessários e confirmou a Pinchás que, naquele caso e naquelas circunstâncias, aplicar a pena de morte era realmente o correto. Por isso Pinchás recebeu uma recompensa tão grande.
 
Já no caso de Shimon e Levi, o grande sábio da geração era seu pai, Yaacov. Porém, de acordo com Rashi, ele não foi consultado antes da execução do plano. E se Shimon e Levi tivessem se aconselhado, certamente Yaacov os teria convencido a não colocar o plano em prática, pois havia um erro no cálculo deles. Apesar da indignação de Shimon e Levi ser totalmente válida, pois a falta de justiça diante de uma desonra tão grande era algo realmente vergonhoso e imoral, eles não levaram em consideração todas as condições necessárias para fazer o ato de "Kanaut".
 
De acordo com o Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550), Yaacov tinha um forte motivo para que aquele ato não fosse feito, como está escrito: "E disse Yaacov para Shimon e Levi: Vocês me causaram problemas, me envergonhando diante dos habitantes da terra" (Bereshit 34:30). O Sforno explica que Yaacov estava preocupado com o "Chilul Hashem" (denegrir o Nome de D'us) que o ato de Shimon e Levi poderia causar, pois para colocar seu plano em prática, eles haviam enganado os habitantes da cidade, podendo fazer com que Yaacov, o símbolo da verdade e da retidão, fosse visto pelos outros povos como um mentiroso e enganador. Mas qual foi a enganação?
 
Para poder matar todos os habitantes da cidade do príncipe Shechem, Shimon e Levi bolaram um plano. Eles disseram que queriam morar junto com os habitantes, e que também aceitariam se casar entre si. Porém, com astúcia, Shimon e Levi afirmaram que havia um impedimento, pois não poderiam viver com eles como se fossem um único povo enquanto as pessoas não fizessem o Brit Milá (circuncisão). Eles garantiram que, caso todos os homens da cidade aceitassem fazer o Brit Milá, então a família de Yaacov permaneceria vivendo com eles. A verdade é que Shimon e Levi nunca tiveram a intenção de viver com eles como se fossem um povo só. Eles exigiram que os homens fizessem Brit Milá apenas para enfraquecê-los e tornar mais fácil o ato de vingança. De acordo com a Torá, o terceiro dia depois do Brit Milá é o dia em que a pessoa está mais fraca e debilitada, e foi justamente neste dia que Shimon e Levi executaram seu plano e mataram todos os habitantes, inclusive o príncipe Shechem, que havia cometido o ato de desonra com Diná.
 
Portanto, a grande crítica de Yaacov, e que de acordo com o seu entendimento estava acima da "Kanaut" de Shimon e Levi, é que eles não poderiam ter matado todos os habitantes depois de terem garantido a eles que, caso fizessem o Brit Milá, poderiam se unir e viver em paz com a família de Yaacov. Como eles realmente fizeram o Brit Milá, ter matado os habitantes foi uma atitude de mentira e enganação. O maior erro de Shimon e Levi foi ter garantido que viveriam com o povo do príncipe Shechem e se casariam entre si, pois eles sabiam que esta mistura e assimilação estava proibida. Estes fatores fizeram com que o ato de "Kanaut", ao invés de ter sido uma Mitzvá, acabasse sendo uma transgressão, resultando em uma merecida repreensão a Shimon e Levi. Eles ficaram tão cegos com a desonra de sua irmã que tomaram uma atitude precipitada. Apesar da grandeza deles, faltou o aconselhamento com um sábio de Torá.
 
Mas não é apenas um "Kanai" que precisa se aconselhar com os sábios de Torá. Cada um de nós também tem a obrigação de estar em contato com os sábios, para nos aconselharmos, escutarmos seus ensinamentos e aprendermos com seus atos. Muitas vezes tomamos decisões importantes utilizando apenas nossa lógica, mas que é muitas vezes limitada e não leva em consideração todos os aspectos necessários para uma decisão completamente equilibrada. Somos pouco conhecedores da Halachá e, portanto, suscetíveis a cometer erros por desconhecimento. Os grandes sábios de cada geração, além dos conhecimentos de Torá, ainda recebem uma "Siata Dishmaia" (ajuda especial dos Céus) para saber lidar com as questões que surgem em cada época e para vencer os desafios que se renovam.
 
Normalmente nossas decisões são muito influenciadas pelos nossos desejos e inclinações. Somos parciais em nossos julgamentos, e isto nos faz cometer erros em nossos cálculos. Somente nos aconselhando com alguém "de fora", que não está sob os mesmos tipos de influências, é que podemos decidir com ponderação o que é realmente o correto a se fazer em cada situação. Por isso, é muito importante ter contato com algum sábio de Torá, para nos aconselharmos nas mais diversas áreas da vida, em especial nos momentos em que fazemos escolhas que terão impactos de longo prazo.
 
Como na história do Brisker Rav, muitas vezes não entendemos os ensinamentos e o comportamento dos nossos sábios. Mas precisamos ter a humildade de saber que nossa dificuldade é proveniente do nosso desconhecimento da Halachá. Nossos sábios estão muito mais conectados com a espiritualidade e conhecem de maneira muito mais profunda o que D'us quer de nós. Por isso, nas decisões importantes da vida, é fundamental nos aconselharmos com um sábio de Torá se quisermos fazer o que é correto de verdade. Isto pode evitar que a pessoa cometa, de maneira equivocada, uma transgressão achando que está fazendo uma grande Mitzvá.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm
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quarta-feira, 20 de julho de 2016

EQUILÍBRIO ENTRE O MATERIAL E O ESPIRITUAL - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ BALAK 5776 

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EQUILÍBRIO ENTRE O MATERIAL E O ESPIRITUAL - PARASHÁ BALAK 5776 (22 de julho de 2016)

"O Sr. Jorge estava reunido com um grupo de amigos da sinagoga, no meio de uma animada conversa. De repente, ele fez um desabafo:
 
- Eu tenho ido à sinagoga por trinta anos. Durante este tempo, ouvi pelo menos duas mil prédicas do rabino. Porém, não consigo lembrar de quase nenhuma. Penso que estou perdendo meu tempo, e os rabinos estão desperdiçando o tempo deles dando semanalmente estas prédicas!
 
A conversa tomou ares de discussão, todos querendo falar ao mesmo tempo, alguns criticando, outros concordando com o argumento filosófico do Sr. Jorge. O Sr. David, que até aquele momento havia permanecido em silêncio, pediu permissão para falar:
 
- Eu estou casado há mais de trinta anos. Durante todo este tempo, minha esposa deve ter cozinhado pelo menos vinte mil refeições. Apesar disso, eu não consigo me lembrar do cardápio de quase nenhuma delas. Mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado estas refeições, hoje eu não estaria mais vivo.
 
- Da mesma maneira - conclui sabiamente o Sr. David - se eu não tivesse ido à sinagoga para alimentar minha fome espiritual, hoje eu não estaria vivo espiritualmente."
 
Precisamos nos alimentar para manter o nosso corpo, mas também precisamos nos alimentar de espiritualidade para manter a nossa alma. Somente o material e o espiritual juntos, em equilíbrio, podem nos manter vivos de verdade. 

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A Parashá desta semana, Balak, começa descrevendo o desespero do rei do povo de Moav, chamado Balak, com a aproximação esmagadora do povo judeu, que havia vencido todos os inimigos que haviam aparecido no seu caminho. Sabendo que não tinha chances de lutar contra um povo que tinha uma proteção Divina especial, Balak contratou o profeta Bilaam, que tinha o poder de amaldiçoar até mesmo povos inteiros. Porém, apesar dos esforços de Bilaam, D'us protegeu o povo judeu e as maldições se transformaram em Brachót (bênçãos).
 
No final da Parashá, a Torá nos descreve que Bilaam finalmente teve uma ideia de como derrotar o povo judeu: fazendo-os cometer transgressões, para que perdessem a proteção Divina e fossem castigados. Com a ajuda do povo de Midian, que nutria um ódio gratuito pelo povo judeu, a ideia de Bilaam funcionou. Seduzidos por jovens mulheres de Midian, os judeus transgrediram e terminaram fazendo idolatria, e foram castigado com uma terrível praga. Esta tragédia foi um evento muito tristes na história do povo judeu.
 
A tristeza que esta tragédia causou nos recorda do período de três semanas que vamos entrar na próxima semana, chamado de "Bein Hametsarim" (literalmente "entre os apertos"), que vai do dia 17 de Tamuz até o dia 9 de Av. O nome "Bein HaMetsarim" é baseado em um versículo do profeta Yirmiahu: "Todos seus perseguidores alcançaram-na dentro dos apertos" (Eichá 1:3). E este Domingo (24/07) é o dia 17 de Tamuz, um dia de luto e muita tristeza para o povo judeu, no qual jejuamos. A causa de tanta tristeza é que justamente neste dia aconteceram cinco eventos trágicos na nossa história. Neste dia Moshé quebrou as Tábuas que continham os Dez Mandamentos; durante o cerco ao Primeiro Templo, neste dia terminou o estoque de animais utilizados para os Korbanót (sacrifícios); na época do Segundo Templo, foi neste dia que as muralhas de Jerusalém foram rompidas pelos nossos inimigos; neste dia Apostamus, um oficial romano, rasgou e queimou um Sefer Torá; e também neste mesmo dia uma idolatria foi colocada dentro do Templo Sagrado.
 
Destes incidentes, talvez o que mais nos chama a atenção é a quebra das Tábuas. Moshé havia subido no Monte Sinai para receber a Torá, e avisou ao povo que voltaria quarenta dias depois. Porém, o povo judeu errou nos seus cálculos e ficou desesperado quando o prazo expirou e Moshé não voltou. Quando finalmente Moshé desceu do Monte Sinai, trazendo em suas mãos as Tábuas contendo os Dez Mandamentos, ele se deparou com o povo judeu cantando e dançando alegremente pela construção do bezerro de ouro, o seu novo "líder". Ao ver aquela cena terrível, Moshé quebrou as Tábuas que trazia nas mãos. O que esta quebra significou ao povo judeu?
 
Há um versículo que descreve um detalhe interessante sobre as Tábuas: "E as Tábuas eram feitas por D'us, e a escrita era a escrita de D'us, gravada nas Tábuas" (Shemot 32:16). A Torá está nos ensinando que as letras das Tábuas eram esculpidas, e não simplesmente escritas com tinta. A Mishná (Pirkei Avót 6:2) se aprofunda ainda mais e nos ensina que a linguagem "Charut", que significa "gravada", vem da mesma raiz de "Cherut", que significa liberdade. Desta semelhança entre as duas linguagens a Mishná aprende que somente é livre de verdade aquele que se dedica ao estudo da Torá.
 
Porém, este ensinamento do Pirkei Avót é difícil de ser entendido. A Torá é composta por centenas de Mitzvót, que acabam limitando muito nossa vida. Tomando como exemplo a Kashrut (leis alimentares), há muitos tipos de comidas saborosas que a Torá nos proíbe de consumir, como a carne de porco e os frutos do mar. A Torá nos traz regras para todas as áreas da vida, desde o momento em que acordamos até o momento em que vamos dormir. Então como a Mishná pode afirmar que apenas aquele que estuda Torá pode ser livre de verdade? De que liberdade a Mishná está falando? Além disso, qual é a conexão entre o entendimento mais simples das palavras do versículo, de que as palavras dos Mandamentos eram gravadas nas Tábuas, com a interpretação mais profunda dos nossos sábios, de que apenas a Torá nos dá a liberdade verdadeira?
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que a dificuldade para entender a Mishná do Pirkei Avót vem do nosso conceito equivocado sobre liberdade. De acordo com o nosso entendimento, a liberdade é normalmente definida como o direito ou privilégio de agir ou se expressar sem nenhum tipo de coerção, da maneira que desejamos. Já a definição de liberdade da Torá leva em consideração o fato de que normalmente nos comportamos de uma maneira que se esconde sob o disfarce de "liberdade de expressão", mas na realidade estamos submetidos às mais diversas forças. Pensamos que somos livres, mas sem nenhum tipo de limite, na realidade somos completamente controlados pelas pressões sociais ou pelos nossos desejos físicos e emocionais. Estamos conscientes da natureza destrutiva dos nossos atos, mas nos sentimos impotentes para superar a ilusão da aceitação social e da autogratificação.
 
Utilizando novamente como exemplo o assunto alimentar, as pessoas acham que são livres, pois podem comer o que têm vontade, no momento em que quiserem. Mas será que somos livres de verdade? Alguma vez deixamos de comer algo gostoso por saber que faz mal à saúde? Conseguimos manter nosso autocontrole diante de uma mesa de sobremesas, mesmo sabendo do mal que o açúcar causa em nosso corpo? Quantas pessoas continuam fumando, apesar de todos os estudos que comprovam os terríveis males à saúde deste vício? Quantas vezes vestimos uma roupa apenas porque está na moda, mesmo que não é o que gostamos? Isto é liberdade?
 
A solução para nos libertarmos destes tipos de influências é a Torá, que nos capacita e nos dá a habilidade de superarmos estas forças coercitivas. A Torá auxilia na remoção do conflito que existe no processo de tomada de decisões, nos possibilitando nos comportar da maneira apropriada em relação aos nossos desejos. Podemos e devemos usar os nossos sentidos físicos, mas de maneira ponderada. Os desejos devem nos trazer energia, não consumi-la. É por isso que estar limitado por restrições não implica em uma perda da liberdade. As restrições da Torá são, em última instância, para o nosso próprio benefício. Elas nos impedem de fazer atos que nós realmente gostaríamos de evitar. A Torá nos dá autocontrole, e as Mitzvót são um treinamento diário para que nosso lado racional tome as decisões, não o nosso lado emocional ou os nossos desejos. A Torá nos ajuda a fazer o que é realmente bom para nós, mesmo que não seja socialmente o mais popular nem traga mais prazeres imediatos.
 
Este conceito também está implícito nas palavras do versículo mencionado anteriormente. As palavras dos Dez Mandamentos representam a espiritualidade, enquanto as Tábuas representam o mundo material. Se os Dez Mandamentos tivessem sido apenas escritos, como tinta sobre o pergaminho, então isto implicaria em uma imposição e coerção das palavras sobre as Tábuas. Mas o Talmud (Meguilá 2b) nos ensina que D'us fez com que as letras dos Dez Mandamentos estivessem milagrosamente suspensas nas Tábuas. Explica o Rav Yohanan Zweig que parte do milagre foi que as Tábuas se enrolaram em volta das palavras, dando forma para as letras. O que isto nos ensina? Que o material e o espiritual não são concorrentes, e sim complementares, podendo coexistir sem nenhum tipo de conflito. É possível, através do estudo da Torá, utilizar o material e o espiritual de maneira equilibrada.
 
Todos nós temos uma tendência natural de nos comportarmos da maneira correta. Temos um "alarme interno", chamado consciência, que nos avisa quando estamos fazendo algo errado. Mas este "alarme" pode ser abafado dentro de nós, e até mesmo desligado, por impedimentos sociais ou desejos internos que mascaram nossos verdadeiros sentimentos. A Torá nos ajuda a retirar estes impedimentos, vencendo os conceitos errados e os sistemas de valor equivocados criados pela sociedade.
 
Agora podemos entender, de maneira mais profunda, que a quebra das Tábuas representou a perda da liberdade verdadeira. Esta é uma das maiores tragédias do ser humano, ser escravo achando que é livre, ser dominado por seus desejos ou pelas imposições sociais e pensar que está livre para decidir. A Torá nos dá a liberdade verdadeira, pois é através dos limites e das restrições que poderemos ser quem nós queremos ser de verdade.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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quinta-feira, 14 de julho de 2016

REFLETINDO SOBRE A VIDA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ CHUKAT 5776

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REFLETINDO SOBRE A VIDA - PARASHÁ CHUKAT 5776 (15 de julho de 2016)

"Um rabino certa vez perguntou para um de seus mais destacados alunos:
 
- Você consegue frequentemente pensar sobre D'us durante o dia?
 
O aluno pensou por alguns instantes e respondeu:
 
- Rabino, eu acordo todos os dias às 5 da manhã e estudo até o horário da reza de Shacharit. Depois eu tomo um rápido café da manhã e volto para o Beit Midrash (local de estudo de Torá), onde passo toda a manhã estudando sem parar. Faço uma curta pausa para comer algo no almoço e rezar Minchá, e depois já volto correndo para o Beit Midrash para continuar meus estudos. De noite faço mais uma pequena e rápida pausa para o jantar e a reza de Arvit, e continuo estudando até o limite das minhas forças. Quando eu já não aguento mais, eu me arrasto até o meu quarto e desabo de cansaço na cama.
 
Então, em um tom de desabafo, ele concluiu:
 
- Rabino, com tantas coisas que eu faço durante o dia, com tanto estudo de Torá e Tefilót (rezas), como você ainda queria que sobrasse tempo para pensar em D'us?"
 
Parece piada, mas às vezes estamos tão envolvidos com a nossa "Avodat Hashem" (Serviço Divino) que acabamos perdendo de vista o propósito do que estamos fazendo: desenvolver nosso relacionamento com D'us. 

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A Parashá desta semana, Chukat (literalmente "Lei, decreto"), termina descrevendo a história de como o povo judeu conquistou a cidade de Cheshbon das mãos dos Emorim. Na verdade, esta cidade originalmente pertencia ao povo de Moav, até que Sichon, rei dos Emorim, conseguiu derrotar Moav e conquistar a cidade, como diz o versículo: "Por isso dizem os 'Moshlim': venham para Cheshbon, que ela possa ser construída e estabelecida como a cidade de Sichon" (Bamidbar 21:27).
 
Mas o que significa a linguagem "Moshlim"? A explicação mais simples é que o versículo se refere àqueles que falam "Mashalim" (poemas). De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), refere-se à Bilaam, o grande profeta das nações do mundo, e seu pai Beor. Sichon tentou por diversas vezes conquistar a cidade de Cheshbon, mas falhou. Então ele contratou Bilaam e Beor, que conseguiram ajudá-lo a conquistar a cidade utilizando suas maldições. Para celebrar a vitória, Bilaam e Beor declamaram um poema, anunciando que Cheshbon, que até então era a grande fortaleza de Moav, havia se tornado a capital de Sichon, e que de lá os Emorim avançariam como fogo, devorando as outras cidades de Moav.
 
Porém, o Talmud (Baba Batra 78b) traz outra mensagem "oculta" nas palavras deste versículo. A linguagem "Moshlim" também significa "aqueles que dominam", e a linguagem "Cheshbon" também significa "fazer as contas". O Talmud ensina que o versículo pode ser lido da seguinte maneira: "Por isso dizem os 'Moshlim', isto é, aqueles que dominam suas más inclinações: venham para 'Cheshbon', isto é, vamos fazer as contas do mundo, considerar as perdas que temos quando fazemos uma Mitzvá comparado com o que ganhamos com ela, e o que ganhamos com uma transgressão comparado com o que perdemos com ela".
 
Nossos sábios explicam que "Cheshbon Hanefesh" é o ato de refletir sobre as nossas atitudes, e envolve a revisão de quais são os nossos objetivos na vida e a avaliação se estamos ou não vivendo de acordo com estes objetivos. As Mitzvót têm seus preços, que são os investimentos financeiros, o nosso tempo e a nossa dedicação, mas trazem recompensas eternas no Olam Habá (Mundo Vindouro). Já as transgressões têm seus benefícios momentâneos, que pode ser algum tipo de prazer material, mas o preço a ser pago é uma perda por toda a eternidade. Aquele que faz Cheshbon HaNefesh reflete sobre as perdas e ganhos, e certamente se esforçará para cumprir mais Mitzvót e evitar a todo custo as transgressões.
 
Mas este ensinamento do Talmud desperta um grande questionamento, pois aparentemente apenas aqueles que dominam suas más inclinações nos incentivam a fazer "Cheshbon Hanefesh", implicando que aqueles que não dominam suas más inclinações não acreditam que a pessoa deva fazer "Cheshbon Hanefesh". Mas será que há alguém que acha que não devemos refletir sobre os nossos atos? Que mensagem o Talmud quer nos transmitir?
 
Explica o Rav Moshe Chaim Luzzato zt"l (Itália, 1707 - Israel, 1746), mais conhecido como Ramchal, em sua obra "Messilat Yesharim", que "aqueles que dominam suas más inclinações" são as pessoas que conseguiram desenvolver um entendimento mais profundo sobre as artimanhas do Yetser Hará (má inclinação), e por isso estão conscientes da necessidade de estarem sempre vigilantes contra as táticas que ele utiliza para nos fazer transgredir. Estas pessoas sabem que a ferramenta mais importante para vencer o Yetser Hará é o Cheshbon Hanefesh constante, e por isso sempre incentivam as outras pessoas a também fazerem Cheshbon HaNefesh.
 
Já "aqueles que não dominam suas más inclinações" são aqueles que não estão conscientes de como o Yetser Hará está constantemente nos enganando e nos encaminhando para os maus atos e para um estilo de vida indesejável. Esta pessoa vive de forma tão despreparada em relação às forças do Yetser Hará que passa a vida inteira tropeçando, como um cego que caminha na escuridão, inconsciente dos numerosos obstáculos que a aguardam pela frente. O Talmud não quer ensinar que este tipo de pessoa não concordaria sobre a importância do Cheshbon Hanefesh. Porém, por não entender como funcionam os ataques do seu Yetser Hará, ela não reconhece sozinha a necessidade de fazer Cheshbon Hanefesh, e acredita que está sempre tudo bem.
 
Qual é o principal fator que causa com que uma pessoa perca o entendimento de qual é o propósito verdadeiro da vida? Explica o Ramchal que as pessoas ficam tão absorvidas em suas atividades diárias que acabam não tendo a oportunidade de parar e verificar a direção que suas vidas estão tomando. Na realidade, esta é uma das principais táticas do Yetser Hará, de nos trazer cada vez mais ocupações e atividades, pois o Yetser Hará sabe que se a pessoa parasse para refletir e analisasse suas ações, então ela reconheceria as drásticas mudanças necessárias e consertaria seus atos. Então o Yetser Hará nos deixa tão ocupados que não sobra tempo livre nem mesmo para pensarmos sobre a direção das nossas vidas.
 
De acordo com o Rav Yehonasan Gefen, este conceito pode ser resumido em uma simples frase: "Há uma grande diferença entre uma atividade e uma realização". Uma pessoa pode ser extremamente ocupada, mas se ela parar e examinar o que está realmente realizando de maneira significativa na vida, pode ficar decepcionada. Muitas vezes estamos ocupados, realmente ocupados. Mas o que estamos fazendo hoje em dia fará alguma diferença em longo prazo? Estamos investindo nosso tempo e nossas energias nas coisas certas?
 
Se o Rav Moshe Chaim Luzzato já apontava como grande problema, há mais de 300 anos, as avalanches de atividades que surgem no nosso cotidiano, o que dizer do nosso desafio atual, em um mundo moderno e digital? Estamos saturados com aparelhos e tecnologias que conseguem nos manter ocupados e distraídos 24 horas por dia. Praticamente não conseguimos manter mais nenhuma conversa sem sermos interrompidos por uma chamada de celular, por um e-mail ou por uma mensagem no whatsapp. A consequência é que não estamos nenhum instante "a sós" para avaliar a direção das nossas vidas. O Cheshbon Hanefesh regular e constante nos ajuda a lembrar do nosso objetivo verdadeiro e verificar se estamos indo no caminho correto. Com o nosso novo desafio digital, um momento ideal para o Cheshbon Hanefesh é o Shabat, um dia no qual nos desconectamos dos nossos aparatos tecnológicos e podemos nos conectar com as nossas almas.
 
Porém, diferente do que poderíamos pensar, esta dificuldade não é encontrada apenas entre os que estão afastados da espiritualidade. Mesmo aqueles que vivem de acordo com a Torá e cumprem Mitzvót também podem ser atacados pelo mesmo tipo de Yetser Hará, que nos impede de viver a vida de uma maneira efetiva. Como na história do estudante ocupado com seus estudos, é mais difícil encontrarmos 5 minutos para fazermos Cheshbon Hanefesh do que encontrarmos 10 horas para estudar Torá. Podemos estudar Torá e cumprir Mitzvót o dia inteiro, mas fazer isso de uma maneira completamente mecânica e sem nenhuma Kavaná (intenção). Sem reflexão, sem a conscientização do nosso objetivo de se conectar constantemente com D'us, podemos estar o dia inteiro ocupados e, ao mesmo tempo, completamente desconectados.
 
Tudo o que é espiritualmente difícil de ser realizado é um sinal de que neste ato há muita santidade e o Yetser Hará quer fazer de tudo para nos impedir. O Cheshbon HaNefesh constante é difícil, sempre surgirão motivos e desculpas para não fazê-lo. Porém, se nos esforçarmos e vencermos nossa má inclinação, poderemos usar esta ferramenta especial, que pode mudar nossa vida e nos ajudar a não estar apenas ocupados, mas realmente viver a vida de uma maneira plena e significativa.

SHABAT SHALOM

R' Efraim Birbojm

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HORÁRIO DE ACENDIMENTO DAS VELAS DE SHABAT - PARASHÁ CHUKAT:

                   São Paulo: 17h17  Rio de Janeiro: 17h05                     Belo Horizonte: 17h13  Jerusalém: 19h10
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Avraham ben Chana, Bentzion ben Chana, Ester bat Rivka, Rena bat Salk, Chaia Lib bat Michle, Michle bat Enque, Miriam Tzura bat Ite, Fanny bat Vich, Zeev Shalom ben Sara Dvorah, Pece bat Geni, Salomão ben Sara, Tamara bat Shoshana, Yolanda bat Sophie, Chai Shlomo ben Sara, Eliezer ben Esther, Debora Chaia bat Gueula, Felix ben Shoshana, Moises Ferez ben Sara, Zelda bat Sheva, Yaacov Zalman bat Tzivia, Yitzchak ben Dinah, Celde bat Lea, Geni bat Ester, Lea bat Simi, Yaacov ben Ália, Chava bat Sara, Moshe David ben Chaia Rivka, Levi Itzchak ben Reizel, Lulu Chana bat Rachel, Haia Yona bat Sara, Shulem ben Chaia Sara, Daniel ben Yonit, Chai bat Rivka, Chaia Mushka bat Margalit Sima Rachel.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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